Sexto Domingo de Páscoa
05 de maio de 2024
Salmo 98; Atos 10.34-48; 1João
5.1-8; João 15.9-17
Texto:
João 15.13-14
Tema:
Vocês são meus amigos!
Um caçador relatou aos
seus amigos como havia sido perseguido por uma enorme onça. Na fuga acabou perdendo
a sua espingarda e até onde pôde correr, correu. Encurralado, a única coisa que
pôde fazer foi gritar o mais alto que podia. Seu berro foi tão forte que deixou
a onça apavorada e a mesma fugiu. Ao ouvirem a história os amigos diziam que se
isso tivesse realmente ocorrido, jamais a onça teria fugido, pelo contrário, a
onça o teria devorado. Indignado, o caçador perguntou aos amigos: vocês são meus amigos ou da onça?
Eugene H. Peterson, ao
escrever sobre a amizade entre Davi e Jônatas (1Sm 18.1-4) registrou que a
amizade é um dos aspectos mais subestimados da espiritualidade. É tão
importante quanto jejuar e orar. Esse autor enfatiza que assim como a água no
batismo e o pão e o vinho na ceia, a amizade transforma as coisas comuns numa
extraordinária experiência humana. Sem a amizade de Jônatas, Davi não teria
levado adiante o propósito de Deus para sua vida. Jônatas o
salvou algumas vezes. E devido a amizade de Jônatas, Davi não matou Saul.
Reunido com seus discípulos
na noite anterior do dia em que seria crucificado, Jesus deseja preparar seus discípulos
para tudo que aconteceria (Jo 13 – 17).
Jesus chamou seus
discípulos de amigos (Jo 15.13-14).
Ao chamar de amigos àqueles
homens simples, sem status de sacerdotes, foi surpreendente, afinal, isso era inimaginável para os líderes
religiosos: ser amigo de Jesus.
Esses líderes religiosos
descreviam a relação de Deus com as pessoas de uma maneira muito contrária ao
que Jesus destacava. Para os religiosos, Deus era zangado e irado. Qualquer
desvio que fosse, o castigo era certo. Dessa forma, ao declarar: “vocês são meus amigos...” (Jo 15.13), Jesus enfatizava
o amor de Deus e o quanto os amava.
O jeito de Deus se
relacionar com os seus é de amizade. Não é uma amizade qualquer, mas, de amor,
a ponto de dar a vida por seus amigos.
É bom desfrutar
de amigos! Há amizades profundas e duradouras. E por melhor que
seja um amigo, vez ou outra essa relação de amizade se estremece. Um
afastamento devido a uma oportunidade de emprego. Uma opinião contrária, em
especial, em questão política e religiosa.
Na amizade de Jesus para
conosco, apenas nós somos os beneficiados.
Ao chamar os discípulos de
amigos, Jesus faz uma revelação grandiosa: só um amigo sabe os planos do
outro (Jo 15.15).
Jesus é meu amigo! “Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que
dá a sua vida por eles” (Jo 15.13). Você
é amigo de Jesus? “Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando”
(Jo 15.14). Você é amigo de Jesus ou da onça?
Com o apostolo João (em cinco
escritos – pentateuco do NT), aprendemos os mandamentos de Jesus: “creia na luz” (Jo 12.36); “creia em Deus” (Jo 14.1); “creia em mim” (Jo 14.11); “permanecei em mim” (Jo 15.4); “peça o que quiser” (Jo 15.7); “permaneça no meu amor” (Jo 15.9); “amem uns aos outros” (Jo 15.12; 17.17). Esses mandamentos só se realizam
em Cristo, nosso
amigo.
A cruz é a afeição de Jesus
pelos seus amigos.
A cruz mostra o meio da reconciliação de Deus conosco. A cruz,
sua formatação, destaca que sou eu e Deus em Jesus e eu o meu próximo no amor
de Jesus.
Certa vez Jônatas disse
para Davi: “O que tu desejares eu te farei”
(1Sm 20.4). Ao nos chamar de amigos, podemos responder para Jesus: “o que desejares eu te farei”.
O apostolo Paulo escreveu
que éramos inimigos de Deus (Rm 5.10).
Jesus, por sua entrega, nos reconciliou com o Pai, a ponto de na noite anterior
a sua crucificação, ter chamado seus discípulos de amigos.
Somos amigos escolhidos
por Jesus. A amizade com Jesus não depende de nós. A escolha é dele e ele nos
escolhe por sua Palavra.
Enquanto o pecado me
separa de Deus, Jesus me reconcilia com Deus. Enquanto as desavenças desse
mundo me separam das pessoas, o amor nos une e nos reconcilia. Observe os benefícios de sermos
amigos de Jesus!
A amizade com Jesus se
define facilmente numa palavra: reconciliação. Em Jesus, reconciliados
com o Pai, no amor, reconciliado com as pessoas.
Interessante ouvir Jesus
chamar seus discípulos de amigos instantes antes de ser preso e crucificado.
Deus chamou Abraão de amigo (Gn 15.6; 2Cr 20.7; Tg 2.23; Is 41.8). Título dado à
Abraão pelo seu relacionamento de fé com Deus.
Jesus disse: vocês são meus amigos! Amém
Edson Ronaldo
Tressmann
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