terça-feira, 26 de abril de 2022

#A mensagem da ressurreição pelo ressuscitado!

    01 de maio 2022

3º Domingo de Páscoa

Salmo 116.1-14; Atos 2.14ª,36-41; 1Peddro 1.17-25; Lucas 24.13-35

Texto: Lucas 24.13-35

Tema: A mensagem da ressurreição pelo ressuscitado!

 

Lucas, o médico (Cl 4.14), ao escrever o evangelho precisava comunicar a respeito da ressurreição. Como? Talvez pedissem provas científicas, mas, sem nenhuma prova racional apenas descreveu o aparecimento do ressuscitado para as mulheres (Lc 24.10), para os dois discípulos que estavam voltando para casa (Lc 24.13-35), para Pedro (Lc 24.34), para os discípulos (Lc 24.36), e para muitas outras pessoas (Lc 24. 52).

As aparições de Jesus aos seus discípulos durante 40 foram essenciais, pois as mesmas ressuscitaram e firmaram a fé dos apóstolos. O invisível, o ressuscitado, tornou-se visível após sua ressurreição para ressuscitar e firmar a fé de homens fracos e covardes.

Os discípulos fugiram, abandonaram Jesus. Somente João permaneceu com Maria no momento da crucificação, os outros, estavam escondidos, cheios de dúvida e com medo quanto ao futuro sem Jesus.

As aparições do Jesus ressuscitado não foram importantes apenas para os discípulos. As aparições do Jesus ressuscitado foram necessárias para Lucas. Se como médico, amparado pela ciência, morreu acabou, agora em Jesus Cristo, ele soube que mesmo na morte haveria ressurreição.

Você saberia me dizer o motivo pelo qual Deus ressuscitou Jesus? Deve-se ao fato de Deus ter aceitado seu sacrifício na cruz. No entanto, o apostolo Pedro que é para as pessoas terem fé e esperança (1Pe 1.21).

Ter fé e esperança!

Será que os dois discípulos que estavam voltando para sua aldeia haviam perdido a fé e a esperança? Deduz-se isso pelas palavras ditas para Jesus enquanto não haviam reconhecido: “Alguns do nosso grupo foram ao túmulo e viram que realmente aconteceu o que as mulheres disseram, mas não viram Jesus” (Lc 24. 24). O testemunho das mulheres e o sepulcro vazio não foram suficientes para ressuscitar a fé firmar os discípulos na verdade da ressurreição.

Jesus ressuscitou para confirmar as Escrituras e nos levar a fé nas Palavras que por elas são anunciadas. Todavia, o grande ataque do inimigo é impedir que as pessoas creiam na mensagem evangélica da salvação (2Co 4.4).

Pelas Escrituras, Jesus quer abrir nossos olhos para sua pessoa e obra e, o intuito do inimigo, como escreveu Pedro, é devorar e impedir de ouvir e crer na pregação (Rm 10.17). Nesse sentido convém orar como Jesus ensinou: Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu. Jesus sabe do perigo de não crermos, por isso, nos ensinou a pedir ao Papai do céu para que a Palavra de Deus seja ensinada clara e puramente. Jesus nos ensinou a pedir sabedoria para que o pregador estude e ensine a Palavra de Deus somente. Que Deus nos conceda o Espírito Santo para crermos, afinal, a fé é obra divina. Jesus ensinou a orar também para que Deus desfaça as coisas que nos atrapalham ouvir a Palavra de Deus e que nos fortaleça e preserva na Palavra e na fé.

Jesus quer abrir nossos olhos pelo seu jeito de fazer as coisas. Fisicamente Jesus não foi logo reconhecido pelos seus. Mas, o seu jeito único de partir o pão abriu os olhos daqueles dois discípulos. E, homens que voltaram para casa sem esperança na ressurreição, mesmo sendo tarde, retornam para Jerusalém a fim de testemunhar para os outros que já não haviam criado no testemunho das mulheres.

Cerca de 3 anos atrás um Sínodo Diocesano em São Paulo teve a ousadia de fazer uma pesquisa com a seguinte pergunta: Você crê na ressurreição dos mortos? A conclusão foi que 25% dos católicos em São Paulo colocam em dúvida ou não creem na ressurreição dos mortos.

Com essa pesquisa, a igreja refletiu sobre a importância de repensar sobre a integralidade do evangelho destacando a ressurreição como sendo a essência do evangelho.

Uma pesquisa indica que nos EUA, 29% das pessoas aceitam a reencarnação como verdade e dos católicos americanos 36% admitem essa crença.

A mensagem da ressurreição é o cerne da mensagem cristã. Crer na mensagem da ressurreição nos faz cristão. Dessa forma, o cristão não está preso a esse mundo, mas, firme na fé e na esperança da eternidade. Sem a ressurreição seríamos mais uma das tantas crenças.

Sempre houve obstáculos a mensagem da ressurreição, assim quando Paulo falou da ressurreição, alguns zombaram dele (At 17.32). Sacerdotes e guardas do templo ficaram furiosos com Pedro e João quando eles passaram a ensinar sobre a ressurreição (At 4.2). No tempo de Jesus, saduceus não criam na ressurreição e Jesus os fez calar a boca (Mt 22.32).

O apostolo Paulo escreveu que “se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é vã” (1Co 15.14).

A mensagem da ressurreição visa fortalecer a fé e encher de esperança. Jesus fortalece a fé pela sua Palavra e no partir do pão. Amém!

ERT

segunda-feira, 25 de abril de 2022

#A maior aflição humana

  01 de maio 2022

3º Domingo de Páscoa

Dia festivo

Salmo 36.5-12; Isaías 30.18-21; Efésios 2.19-22; João 14.1-14

Texto: João 14.8

Tema: A maior aflição humana

 

As pessoas andam perturbadas e agitadas. Guerras? Vírus? Doenças?

O apostolo João narrou o discurso de despedida de Jesus (Jo 14.1-16.33). E chama atenção o fato de Jesus iniciar sua despedida dizendo: “Não fiquem aflitos...” (Jo 14.1) e termina seu discurso enfatizando: “No mundo vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33). Aflições e sofrimentos são naturais em nossa vida nesse mundo.

Em seu discurso de despedida, em especial no capítulo 14 de João, vemos três grandes aflições dos discípulos de Jesus e que são também aflições dos nossos dias.

Jesus disse: “não fiquem aflitos” – e por boca de Tomé, Filipe e Judas, percebemos três grandes aflições. Tomé quer saber o caminho que leva a Deus. Filipe deseja uma revelação do Pai e Judas sobre a manifestação de Deus.

Será que precisamos ter uma manifestação especial para saber quem é Deus?

Deus é espirito e só o conhecemos em Jesus (Jo 14.9). Jesus é o rosto de Deus. E não apenas isso! O rosto de Deus é também conhecido por nossas obras (Jo 14.12).

O mundo carece de que algo lhe prove que Deus é Deus. Eles buscam por caminhos que levam a Deus, buscam verdades libertadoras, buscam vida em meio a morte, buscam conhecer o rosto de Deus, mas, infelizmente ignoram a revelação do Pai que é Jesus.

Há muita aflição no mundo. E a real aflição humana e não saber quem é Deus e que em Jesus, Deus se revelou morrendo pelo pecador. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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terça-feira, 19 de abril de 2022

Evangelizando pela pregação!

  24 de abril 2022

2º Domingo de Páscoa

Dia festivo – Marcos, evangelista

Salmo 146; Isaías 52.7-10; 2Timóteo 4.5-18; Marcos 16.14-20

Texto: Mc 16.14-20

Tema: Evangelizando pela pregação!

 

A melhor notícia que o mundo já ouviu é: Jesus Ressuscitou! Sem ressurreição não haveria evangelho. O túmulo vazio é o berço da igreja. Aliás, a existência da igreja é prova inenarrável da ressurreição (William Barclay).

Há no mundo cinco grandes religiões: Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Sikhismo. A diferença primordial é que o cristianismo é a religião da ressurreição.

Mesmo que não seja final de semana de páscoa, é final de semana em que a igreja continua proclamando: Jesus Ressuscitou!

O texto de Marcos 16.9-20 indica a conclusão desse evangelho e é um dos textos mais controvertidos de todo Novo Testamento. Há consenso entre estudiosos que os versos 9 a 20 do capítulo 16 de Marcos não foi escrito por João Marcos. Alegam que o vocabulário desses versículos é diferente do resto do livro. Há estudiosos que nem sequer tentam interpretar esses versos por causa da sua posição de que esses versículos não são de Marcos. Eu particularmente acredito na integridade do evangelho de Marcos. Não consigo deixar os versos 9 a 20 de fora como se não tivessem sido escritos por Marcos. É preciso defender todo o texto bíblico, mesmo que seja difícil interpretá-lo. Abrindo um parêntese destaco que não posso construir uma teoria de que só faz milagre, expulsa demônios, fala em línguas, bebe veneno e não morre, é picado por cobra e não morre apenas aquele que crê. Isso acaba criando um grupo de elite entre os cristãos e muitos acabam querendo se sobrepor aos demais como sendo mais crentes pois, falam em línguas, expulsam demônios, ...

Para quem e em que época Deus concedeu esse ou aquele poder, teve sua finalidade. Após sofrerem um naufrágio, o apostolo Paulo colocando lenha na fogueira já a salvos na ilha de Malta, foi mordido por uma víbora e como se nada tivesse ocorrido, sacudiu a víbora e essa caiu no fogo (At 29.4-5). Deus teve seus propósitos nessa situação. O fato é que Paulo não se julgou melhor que ninguém por causa disso.

O cristianismo, e nós como parte da igreja cristã, cremos, ensinamos e confessamos a respeito da ressurreição. O fato é que nem todos creem no nosso testemunho e pregação.

João Marcos lembra que após os discípulos terem recebido o testemunho de Maria Madalena e de outros dois discípulos que estavam indo para os campos, os discípulos, sim, aqueles que andaram três anos com Jesus, não creram.

A primeira testemunha da ressurreição foi Maria Madalena. Seu testemunho não foi aceito pelo fato de que na sociedade judaica o testemunho de uma mulher não era aceito e além do mais, trazia consigo muitos estereótipos.

Maria Madalena foi a primeira pessoa a ver o Cristo ressurreto e a primeira a anunciar a sua ressurreição. A mulher que antes estava cheia de demônios, torna-se a embaixadora da boa nova da ressurreição, mas, não creram na mensagem.

Interessante notar que os discípulos que não creram, foram àqueles que fugiram no Getsêmani (Mc 14.50), somente João estava presente no calvário. Não foram os discípulos que pediram para Pilatos o corpo de Jesus para ser sepultado. Agora diante do testemunho de Maria Madalena e outros dois discípulos, não acreditam. Quantas vezes o próprio Jesus anunciou essa mensagem para eles?

Jesus aparece e censura a incredulidade deles (Mc 16.14), mas não deixa de enviá-los mundo a fora para serem testemunhas do Cristo ressuscitado.

A igreja cristã é uma comunhão que proclama o Cristo ressuscitado. Essa mensagem precisa ser proclamada para todos os cantos e para todas as pessoas. Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura...” (Mc 16.15).

Pregar é uma palavra muito utilizada por João Marcos. Ele a usa o verbo cerca de quatorze vezes enquanto que em Lucas e Mateus ocorre apenas nove vezes.

O Cristo que veio pregando (Mc 1.14), chamou discípulos e os preparou para pregar (Mc 3.14), Jesus os enviou para pregar (Mc 6.12), e, após serem exortados por sua incredulidade os ordena para que saiam pelo mundo com a tarefa da proclamação.

A igreja só existe por causa da proclamação! Uma proclamação a ser dada para toda criatura. Sem proclamação não há igreja, sem proclamadores não há atuação da igreja.

Deus quer que o evangelho chegue para todos em todos os lugares. A igreja está na missão da proclamação. Proclamemos! Amém.

ERT

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segunda-feira, 18 de abril de 2022

“...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11)

  24 de abril 2022

2º Domingo de Páscoa

Dia festivo – Marcos, evangelista

Salmo 146; Isaías 52.7-10; 2Timóteo 4.5-18; Marcos 16.14-20

 

Tema: ...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11)

 

Dia 25 de abril, a igreja cristã celebra o dia de João Marcos, o evangelista. João Marcos nasceu em Cirene (Líbia) por volta do ano 10 a.C. e morreu por volta de 68 d.C. em Alexandria.

A respeito desse Marcos, lemos na segunda carta para Timóteo: ...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Se no inicio das viagens de Paulo, houve um grande desentendimento e decepção de Paulo para com Marcos, no final da vida de Paulo, o apostolo pede por sua companhia para ajudar no trabalho.

João Marcos foi escolhido para acompanhar Barnabé e Paulo na primeira viagem missionária. João Marcos por sua vez desistiu no meio da viagem e voltou para casa. Qual motivo em ter abandonado o trabalho (At 15.38)?

Não se sabe dizer o real motivo, mas pode-se supor que houve apenas uma conversão em Chipre e com forte oposição demoníaca (At 13.4-12). É possível que João Marcos tenha desanimado com a dificuldade do trabalho e pouca adesão ao evangelho.

Por ocasião da segunda viagem missionária, Barnabé, tio de Marcos quis dar outra chance ao mesmo, mas, Paulo disse não. E como não houve acordo, cada qual foi para seu lado, Paulo levou Silas e Barnabé levou Marcos (At 15.38).

Passaram-se cerca de 11 a 12 anos e encontramos Marcos na Bíblia e junto com Paulo. Entre os anos de 60-61, enquanto na sua primeira prisão em Roma, o apostolo Paulo enviou algumas cartas e em uma delas é a carta aos Colossenses onde Paulo escreve que Marcos está com ele e que deve ser bem recebido se caso passar em Colosso (Cl 4.10-11). Paulo chamou Marcos como “auxilio fortificante” (Cl 4.11).

Na carta para Timóteo, Paulo enfatiza Marcos como sendo “lucrativo para o ministério”, ou seja, de fundamental importância.

...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Nessa época, Nero, um homem sanguinário era o imperador.

Na noite do dia 17 de julho de 1964, Roma foi incendiada. O fogo durou seis dias e sete noites. Dos 14 bairros de Roma, 10 foram completamente destruídos. Historiadores destacam que Nero arquitetou toda essa trama, para culpar os cristãos e persegui-los. Afinal, dos 4 bairros que não incendiaram, em dois moravam cristãos.

Cristãos foram amarrados em postes e incendiados vivos para servirem de luminária para os jardins e praças. Outros eram enrolados em peles de outros animais para serem devorados por cachorros famintos.

Paulo estava visitando igrejas quando a loucura da perseguição por parte de Nero foi lançada. Estava em Trôade na casa de Carpo quando foi preso por agentes do Imperador e levado a Roma. Dessa cadeia escreve a segunda carta para Timóteo e solicita que a capa que deixou em Trôade na casa de Carpo e os livros com capa de couro (2Tm 4.13) fossem trazidos para Paulo.

De Roma, dessa que seria sua ultima prisão antes da morte, Paulo escreve a carta para Timóteo orientando-o para que viesse vê-lo assim que possível (Tm 4.9); pois, alguns o abandonaram por causa do mundo e outros o deixaram por causa do trabalho da evangelização (2Tm 4.10,12). Entre tantos colaboradores apenas Lucas estava com ele (2Tm 4.11). é interessante que Paulo solicita que João Marcos seja procurado e trazido a sua presença. ...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11). Paulo enfatiza a utilidade em Marcos no ministrar!

Marcos não foi apostolo, não exercia pela de liderança, e nem era profeta, no entanto, teve um importante papel na evangelização na igreja primitiva. Dizem que foi uma grande viajante a exemplo de Paulo, a ponto de Pedro entre os anos de 62-64 escrever que Marcos havia ido a Babilônia (1Pe 5.13). Por pedido de Pedro, Marcos atuou no Egito e na África, residindo e morrendo em Alexandria. Por volta do oitavo ano do governo de Nero, após pregar em Alexandria sobre a morte de Jesus, sacerdotes pagãos e outras pessoas com ganchos e cordas prenderam Marcos e saíram arrastando seu corpo pela cidade. O prenderam muito machucado e no outro dia o arrastaram novamente. Os pagãos queriam queimar seu corpo, mas, uma forte chuva os impediu e assim os cristãos pegaram seu corpo e o sepultaram.

...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Apesar do desentendimento e Paulo, na segunda viagem missionária, não aceitar a participação de Marcos na viagem, não quer dizer que Marcos não servia para o reino de Deus. Muito pelo contrário, o próprio Paulo reconheceu seu valor na carta aos Colossenses, bem como em seu pedido para que Marcos viesse ajuda-lo no trabalho.

Desde jovem, Marcos viu a igreja recém-nascida se reunir na casa da sua mãe Maria. Aliás, após ser preso por Herodes e tendo sido libertado milagrosamente, Pedro foi até a casa de Maria e Marcos, onde os cultos eram realizados (At 12.12; Cl 4.10).

Foi discípulo de Pedro, chamado como “filho” (1Pe 5.13). Paulo o classificou como tendo ajudado muito no trabalho (Cl 4.11). Em um de seus aprisionamentos, Marcos esteve com Paulo lhe dando assistência (Fm 23-24).

Jerônimo (tradutor da Bíblia hebraica e grega para o latim) e, Eusébio de Cesáreia (pai da história da igreja), registraram que à pedido dos cristãos de Roma, Marcos escreveu um pequeno evangelho levando em consideração aquilo que Pedro lhe disse. Após ter escrito, Pedro leu e autorizou a publicação do evangelho. Esse pedido deve-se ao fato de que os cristãos da época queriam ter algo escrito para aprender e ensinar.

...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Você pode me ajudar no trabalho? Eu não estou preso, mas, estou com o platô da Tíbia quebrado.

Sem questionar, e sabendo quem era Marcos e como havia dedicado sua vida pelo evangelho, Paulo pede para que Timóteo o traga para auxiliá-lo no trabalho.

Merece destaque o fato de que Paulo não ora para ser liberto da prisão e nem transparece alguma expectativa de seguir com seu trabalho, por isso, escreveu: “Quanto a mim, a hora já chegou de eu ser sacrificado, e já é tempo de deixar esta vida” (2Tm 4.6), mas, ...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Paulo faz uma análise profunda do seu ministério (2Tm 4.6-8) e olha para o passado com gratidão; para o presente com serenidade; e para o futuro com esperança.

Durante o ministério Paulo lutou contra a maldade das pessoas; contra Satanás; contra vícios judaizantes, cristãos gentílicos; contra a hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto; lutou também contra fanáticos em Tessalônica; contra o gnosticismo e judaizantes em Efeso e Colossos. E ao fim da sua vida, preso em Roma, Paulo sabe do perigo que correrá Timóteo a quem está passando o bastão.

Aos líderes em Mileto o apostolo Paulo anunciou: “...O importante é que eu complete a minha missão e termine o trabalho que o Senhor Jesus me deu para fazer. E a missão é esta: anunciar a boa notícia da graça de Deus” (At 20.24).

Anunciar a boa notícia da graça de Deus!

Durante a carreira ministerial, o apostolo enfrentou muitas dificuldades. Entre essas dificuldades, muitos o abandonaram. Observe Demas, citado três vezes no novo testamento (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.10). N primeira vez, Demas é cooperador, na segunda vez, Demas é apenas mencionado e agora, na terceira vez é apresentado como desertor. Os dias em que vivia, levou Demas a perder-se por amor ao dinheiro. Ele foi seduzido e apaixonou-se pelo mundo.

Em meio a tantos problemas e abandonos, Paulo recorda que Lucas está com ele. Pode contar com Timóteo para lhe trazer livros e sua capa. E, por fim, pode contar com Marcos para ajudá-lo no serviço.

Nunca se está sozinho na obra do Senhor! “...o Senhor ficou comigo, me deu força para que eu pudesse anunciar a mensagem completa a todos os não judeus e me livrou de ser condenado à morte” (2Tm 4.17).

Há muitas situações que leva o cristão a desanimar do serviço no Senhor!

Quantas pessoas já abandonaram a obra da evangelização quer seja por um motivo ou outro. João Marcos correu esse risco, mas, não abandonou o serviço mesmo quando Paulo não o quis levá-lo na segunda viagem. Na verdade, estava a disposição do apostolo, tanto que Paulo recomendou a Timóteo: ...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).

Para concluir, é preciso lembrar: “...seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus” (2Tm 4.5).

Não desanime em meio ao trabalho, afinal, muitas pessoas já estão desinteressadas em relação ao evangelho. Não desista!

Não seja instável como tem sido muitos da nossa geração! Esteja alerta e vigilante, permanecendo firme e persistente e pregando a Palavra.

Não desista! Haverá oposição, mas pregue insistentemente.

Não desista! Não é pessoal, o problema é o evangelho que muitos já não suportam ouvir.

Não desista! Sempre haverá os desertores.

Deus nos abençoe. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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domingo, 10 de abril de 2022

Jesus Ressuscitou!!!

  17 de abril de 2022

Páscoa

Lecionário anual

Salmo 118.15-29; Jó 19.23-27; 1Coríntios 15.51-57; Marcos 16.1-8

Texto: Marcos 16.1-8

Tema: Jesus Ressuscitou!


Naquela primeira páscoa, a pedra removida, os lençóis, pareciam indicar que algo extraordinário aconteceu. O anjo anunciou o fato anômalo: Jesus ressuscitou (Mc 16.6).

Diante dessa boa, extraordinária e incomum notícia, o conselho dos anciãos não terem como contestar, deram uma grande soma de dinheiro para espalhar e divulgar uma mentira (Mt 28.11-12). Uma mentira que até hoje para muitos é verdadeira. Há quem duvide da ressurreição de Cristo.

A igreja é tida como cristã por compartilhar a verdadeira e única mensagem: Jesus Ressuscitou!

Dentro do sepulcro, o anjo deu uma notícia de primeira mão para Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago e Salomé: “Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto” (Mc 16.6).

Jesus Ressuscitou!

Desde aquela primeira páscoa, muitos tentaram e continuam ofuscando a beleza e a certeza da ressurreição. O mundo científico e tecnológico exige coisas concretas, palpáveis e racionais para fazer algo ser verdadeiro. A ressurreição de Jesus não atende esses critérios racionais e por isso, tornou-se para milhares de pessoas uma mentira.

Jesus Ressuscitou!

A mensagem da ressurreição foi anunciada por um anjo (Mc 16.1-8) à Maria Madalena que a proclamou aos discípulos, e esses não acreditaram (Mc 16.10-11).

Quem era Maria Madalena? Essa mulher se tornou seguidora de Cristo mesmo em meio a preconceito que sofria por sua vida antes de ter conhecido a Cristo.

Enquanto as mulheres anunciavam aos discípulos a verdade de que Cristo ressuscitou, a mentira de que o corpo de Jesus havia sido roubado estava se espalhando. E desde aquele dia há essa oposição. Enquanto alguns pregam a mensagem da ressurreição, outros espalham a mentira de que não há ressurreição.

A favor dos discípulos naquele domingo havia somente algumas manifestações da ressurreição. A pedra do túmulo removida e vazio, os lençóis, a aparição de Jesus à Maria Madalena e durante a tarde a aparição de Jesus aos discípulos. No entanto, o que pesava contra os mensageiros era a má fama de Maria Madalena e dos discípulos. Nesse sentido precisamos analisar o texto de Marcos 16.1 - 8 como sendo um relato diferente da páscoa. Há o anuncio e alguns sinais. Assim sendo, é necessário observe um detalhe: a páscoa só é páscoa devido ao anuncio. O anjo proclamou para as mulheres: “Não vos atemorizeis; buscai a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; ...” (Mc 16.6).

Não há nada comparado àquela manhã de domingo da ressurreição. Nem a travessia pelo mar vermelho (Ex 14.15-20), nem a travessia pelo rio Jordão (Js 3.17), nem o dia em o sol e a lua pararam (Js 10.13), nem a queda das muralhas de Jericó (Js 6.12-21).

Por maiores que tenham sido os feitos apresentados no Antigo Testamento, nada é similar ao domingo da ressurreição. A Páscoa é o dia mais importante do ano.

A importância está no anuncio da mensagem: Jesus Ressuscitou.

Páscoa não é apenas um dia de banquetes, um domingo de festa. É o dia especial entre os muitos dias especiais.

Jesus Ressuscitou!

É preciso anunciar e compartilhar a mensagem da páscoa, mesmo que infelizmente muitos não irão acreditar.

Lembre-se:

- num primeiro momento os discípulos também não creram, mas, quando creram, se tornaram testemunhas fiéis e a mensagem da páscoa chegou até nossos dias.

- Sem o anúncio por parte das testemunhas não haveria páscoa em nossos dias e essa mensagem teria sido perdida. E isso serve de estímulo para continuarmos sendo testemunhas da ressurreição.

Você não está sozinho nesse anúncio. As Escrituras falam sobre a páscoa. Davi a profetizou no Salmo 16.8-10; Jó a proclamou (Jó 19.25-26); e o próprio Jesus falou sobre sua ressurreição (Mt 16. 21; Jo 2.19).

Sem o anúncio por parte das testemunhas que somos nós, para muitos continuará não havendo páscoa.

Diferentemente de muitos outros religiosos: Buda, Zoroastro, Confúcio, Maomé, o único a ressuscitar foi Jesus ressuscitou! Ele vive!

O mundo continua querendo provas da ressurreição. Sem essas provas racionais, a páscoa continua sendo fake news. O mundo continua negando a ressurreição. Apesar disso, conforme narrado por João Marcos, é necessário e urgente continuar anunciando a páscoa.

O domingo da páscoa é o domingo dos domingos. Sem esse domingo não haveria cristianismo. E o cristianismo permanece por causa dos proclamadores, das testemunhas. Testemunhas como Pedro que num momento negou. Testemunhas como Maria Madalena que teve um passado pecaminoso. Testemunhas anônimas como Nicodemos e José de Arimatéia. E devido a essas e tantas outras testemunhas que não se calaram e proclamaram a mensagem da ressurreição estamos aqui reunidos.

Para o apostolo João, preso na ilha de Patmos, o próprio Jesus proclamou: “Eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 1.17-18). Amém!

E.R.T.

Edson Ronaldo Tressmann

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terça-feira, 5 de abril de 2022

“nas tuas mãos estão os meus dias” (Sl 31.15)

 

 Lecionário Anual

Salmo 31.9-16; Zacarias 9.9-12; Filipenses 2.5-11; Mateus 21.1-9

Texto: Salmo 31.9-12

Tema: nas tuas mãos estão os meus dias” (Sl 31.15)

 

Ó Senhor Deus, tem compaixão de mim, pois estou aflito! Os meus olhos estão cansados de tanto chorar; estou esgotado de corpo e alma. A tristeza acabou com as minhas forças; as lágrimas encurtam a minha vida. Estou fraco por causa das minhas aflições; até os meus ossos estão se gastando... nas tuas mãos estão os meus dias” (Sl 31.9-10,15).

 

Parece ser o relato de um cidadão contemporâneo descrevendo sua crise de ansiedade e depressão, no entanto, é um lamento de Davi, registradas no livro dos Salmos.

Não sabemos o que, pois as palavras do Salmo não anunciam, mas, algo estava causando muito sofrimento na vida de Davi. Tamanho o sofrimento, a ponto de Davi dizer que era “uma coisa que havia sido jogado fora” (Sl 31.12). Davi estava consumido pela tristeza que consumia seus olhos e seu ventre (corpo).

O ventre é uma referência ao estômago e assim pode-se dizer que a possível enfermidade de Davi fosse dores no estomago, tipo uma ulcera ou gastrite. Nessa enfermidade crônica, Davi exclama que “a tristeza acabou com suas forças” (Sl 31.10).

Nessa época os hebreus não respeitavam e nem valorizavam a pessoa do médico. Qualquer que fosse o problema físico, os hebreus clamavam a Deus por ajuda. Para os hebreus era carência de fé buscar cura fora de Deus. Os hebreus entendiam que os problemas físicos vinham em decorrência de algum pecado (Sl 103.3). Viviam regidos pela lei moral, ou melhor, tudo era colheita daquilo que haviam semeado. Dessa forma, sendo a doença uma punição da ira divina, buscar cura em médicos ou encantadores era pecado e, buscar pela cura só aumentaria e traria mais sofrimentos. Calvinistas continuam a dar muita ênfase nisso destacando que tudo já está predestinado para ser como é. Há correntes teológicas que culpam demônios por causa das enfermidades. Tenho para mim, que muito do que ouvimos a respeito da contrariedade das vacinas é resultado de teologias distorcidas. Lembre-se: Deus ilumina a mente dos cientistas e não apenas as mentes de alguns supostos indivíduos religiosos.

É preciso destacar que muitas enfermidades são naturais e outras provocadas por nossas escolhas, hábitos de vida e até mesmo decorrência de danos ambientais.

O pensamento da enfermidade como punição era tão inserida na vida dos hebreus que as pessoas ao tomarem conhecimento da doença se afastavam do combalido. Afastar-se era necessário, pois a ira divina que estava sob o achacoso, poderia pesar sob os que ajudassem o enfermo. Recorde-se que Jó foi criticado, ridicularizado e até abandonado.

Davi destaca que as pessoas fugiam dele como pássaros assustados. E assim como as pessoas falavam dele, tentando descobrir seu pecado, o salmista diz confiar Deus (Sl 31.14). A palavra confiança ocorre 152 vezes no novo testamento e traduz o vocábulo veterotestamentário refugiar-se (Rt 2.12), apoiar-se em (Sl 56.3), depender de (Sl 22.8), permanecer (Jó 35.14).

Enquanto as pessoas, que devido a enfermidade e com medo da ira de Deus, se tornaram suas inimigas, Davi confia, permanecendo no Senhor. A fé no Senhor era sua esperança, por isso disse: “nas tuas mãos estão os meus dias” (Sl 31.15).

A palavra traduzida no verso 15 como dias significa envolvido. Nesse sentido, Davi enuncia “nas tuas mãos estão os meus eventos” (Sl 31.15). Ou melhor, não estou sozinho! A mão de Deus está envolvida em sua vida. A existência do salmista não depende tão somente dele próprio, mas dos cuidados do Senhor. Jesus Cristo exclamou: “Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Porém tenham medo de Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Estamos envolvidos pelas mãos de Deus.

Davi confiava em Deus, por isso disse: “Como é grande a tua bondade” (Sl 31.19). O profeta Isaías disse: “O temor do Senhor é o tesouro mais precioso que o seu povo tem” (Is 33.6). O tesouro do cristão é a bondade de Deus. Essa bondade não termina na enfermidade. A bondade de Deus nos permite buscar e encontrar a cura para os males que roubam as nossas forças e energias.

Pela exposição do salmo, convém recordar a mensagem do profeta Zacarias: Alegra-te muito, ó filha de Sião!” (Zc 9.9).

Zacarias o profeta da esperança. Zacarias, cujo nome significa Deus lembra trouxe uma mensagem alentadora para o povo de Deus.

Um profeta enviado da parte de Deus para um povo que havia retornado do exilio, mas, ainda sob o domínio dos persas viviam em desanimado devido à hostilidade dos povos vizinhos.

Alegra-te muito, ó filha de Sião!” (Zc 9.9).

O filho é dependente do pai e sempre precisa de sua ajuda. Com a mensagem do profeta da esperança, Deus está dizendo que seu povo, sua filha, é objeto de sua ajuda e preocupação. Como bem disse o salmista: nas tuas mãos estão os meus dias” (Sl 31.15).

Estamos iniciando a semana da paixão. A palavra paixão significa emoções que podem ser sentidas. Jesus sentiu nossas emoções e por elas foi até a cruz (Fp 2.8). Esse Senhor continua sentindo nossas emoções e no garante que sua mão está envolvida na nossa vida e por isso, estamos bem independente se saudável ou enfermo, trabalhando ou desempregado, vivo ou morto. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

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