segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Sal e luz!

 

05 de fevereiro 2023

Salmo 112.1-9; Isaías 58.3-9ª; 1Co 2.1-12; Mateus 5.13-20

Texto: Mateus 5.13-20

Tema: Sal e luz!

 

Por quase um século, entre 1858 e 1947, a Índia foi dominada pelo Império Britânico. Na luta pela independência, muito baseada na desobediência civil e sem uso de violência, métodos defendidos por Mahatma Gandhi, um tempero comum teve papel chave: o sal.

No dia 7 de março de 1930, Mahatma Gandhi fez o que ficou conhecido como a Marcha do Sal, visando arrancar a independência da Índia do Império Britânico. Depois de um percurso a pé de 300 km, chegou no dia 6 de abril de 1930 ao litoral do Oceano Índico. Entrou na água e pegou em suas mãos um pouco de sal. Por este gesto irrisório e altamente simbólico, Gandhi incentivou seus compatriotas a violarem o monopólio do estado sobre a distribuição de sal. Este monopólio obrigava a todos os consumidores indianos, inclusive os mais pobres, a pagarem um imposto sobre o sal e lhes proibia recolhê-lo eles mesmos. Na praia, a multidão, nutrida de vários milhares de simpatizantes, imitou o Mahatma e recolheu água salgada em recipientes. Seu exemplo foi seguido por todo o país. De Karachi a Bombai, os indianos evaporavam a água e recolhiam o sal em plena luz do dia, desafiando os britânicos. A Marcha do Sal representou para os hindus o equivalente ao motim do chá em Boston, que levou os Estados Unidos à independência.

Vocês são o sal para a humanidade (Mt 5.13).

Como sal, o cristão está onde está para retardar a deterioração. Assim como o sal era usado para salgar os peixes e evitar que apodrecessem, assim é o cristão no mundo que se deteriora em meio às trevas.

Ser sal é ser mais corajoso e mais franco na condenação do mal. Ser sal é protestar contra o mal. O sal arde na ferida. E isso se dá pela correta exposição das Escrituras.

Nossa segunda vocação é para sermos “a luz do mundo”, pois a verdade do Evangelho é a luz. Fomos chamados a propagar o Evangelho.

O mundo está em decomposição e precisa de sal; ele é trevas e precisa de luz. Nossa vocação cristã é para sermos ambas. Jesus Cristo o declarou, e isso basta. (John Stott. A mensagem do sermão do Monte – contracultura cristã).

Nesses primeiros versículos, Jesus ensina que cada cristão é perfeito quando vive honestamente para com sua própria pessoa. Quando exerce e administra corretamente sua função, com a qual ajuda e serve seu próximo de modo conveniente. Jesus aponta para duas alternativas em que exercemos nosso ofício ministerial e servimos ao nosso próximo. Sendo sal e luz para o mundo.

O sal nunca salga a si mesmo. Ele salga carne e tudo o que é necessário na cozinha. Os cristãos são o sal de Deus e salgam o mundo. Podemos dizer que a congregação composta pelos cristãos é o saleiro de Deus.

Como posso salgar a minha família, meu bairro, meu munícipio? A exigência é simples: disposição. Disposição para que? Ser pobre espiritualmente, miserável, sedento, manso, sofrer perseguição, injúria e ofensa, ou seja, estar verdadeiramente em Cristo. Sem isso, o salgador, não conseguirá salgar nem ser luz de verdade.

Salgar significa pregar corretamente. Pregar é o mesmo que recriminar as coisas que o mundo julga normal e exaltar o que o mundo acha anormal. “a mensagem da cruz é loucura para os que estão se perdendo” (1Co 1.18).

Salgar a terra envolve mostrar, jogar sal na ferida aberta daqueles que se consideram melhores que os outros pela sua piedade e santidade. Pregar o Evangelho é esfregar sal nas feridas.

Corremos o risco de nos tornar sal insosso. Isso pode acontecer se desprezarmos o ministério da pregação e não o quisermos entre nós. Pode acontecer quando não formos mais denunciados e a nossa miséria e incapacidade sem Jesus não for mostrada de maneira clara e correta. Podemos nos tornar sal insosso se a Palavra de Deus for interpretada de maneira falsa e permitir que as pessoas não vejam mais Jesus Cristo.

Muitas pessoas não querem receber o sal de Deus e ser temperadas para salgar e iluminar. Há os que detestam os ministros que lhes dizem a verdade.

O Ministério da Pregação e a Palavra de Deus devem brilhar como sol sobre nossas vidas. Esses dois meios clareiam o caminho pelo qual precisamos seguir.

Ser sal e luz é render graças a Deus, pois Ele nos consagrou para esse ministério. Amém

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

“Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).

 

29 de janeiro de 2023

Salmo 15; Miquéias 6. 1 – 8; 1Coríntios 1.18 – 31; Mateus 5. 1 - 12

Tema:Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).

 

Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).

Jesus proferiu muitos sermões e ensinamentos. O sermão do monte proferido por Jesus é doce e amável para os seus discípulos e os crentes, mas aborrecedor e insuportável àqueles que se julgavam e julgam santos.

Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3). Que palavras doces e ao mesmo tempo um duro golpe para os que se acham invencíveis devido a sua piedade.

Ouça novamente: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3), pois essas palavras precisam ser doces para os ouvidos daqueles que se sentem horríveis diante de seus pecados e, ao mesmo tempo palavras que condenam o ensino e pregação de muitos que distorcem a Palavra de Deus. Há muitos pregadores que anunciam o mesmo que os judeus na época de Jesus: se forem piedosos e servirem a Deus, Deus lhes dará tudo aqui na terra e não lhes deixará faltar nada. Esse ensino judaico provém de uma falsa interpretação do Salmo 144.8,13,14.

Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).

Jesus está anunciando que é preciso mais do que ter todas as coisas aqui na terra. Jesus instrui aos seus discípulos para não inverterem o verdadeiro ensino, mas que anunciem aos pobres e miseráveis pecadores que os mesmos são amados por Deus e não rejeitados nem abandonados por Ele. Não são as riquezas que mostram a nossa aceitação da parte de Deus.

Os judeus acreditavam e ensinavam que quando “uma pessoa era bem sucedida” era sinal de que a mesma era agraciada por Deus e que por sua piedade havia conseguido a prosperidade.

É preciso recordar que tal ensinamento proveniente da distorção da Palavra de Deus não é invenção dos nossos dias.

Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3), são as primeiras palavras do sermão de Jesus.

Com essas palavras, Jesus quer arrancar dos corações à falsa ilusão de que são amados por Deus por aquilo que possuem aqui e agora.

Com essas palavras, Jesus deseja corrigir a distorção que fariseus e escribas faziam da Palavra de Deus.

Ao dizer: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3), Jesus quer trazer seus ouvintes de volta a correta compreensão da Palavra, afinal, as pessoas simples estavam sendo iludidas por falsos mestres.

O falso ensino de que Deus se agradava das pessoas e a prova desse agrado era sua prosperidade, levou muitas pessoas a viver uma vida piedosa, mas hipócrita e mentirosa. Por avareza, muitos buscavam viver uma vida piedosa para não ficar para trás na prosperidade. A “teologia da prosperidade” é uma armadilha do diabo encarada como bênção de Deus.

Entre as muitas igrejas, essa é a mais difundida na terra. E para contrapor esse ensino distorcido da Palavra de Deus, as palavras de Jesus, proferidas a cerca de dois mil anos são atuais e necessárias: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).

O sermão de Jesus: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3) não quer ensinar que precisamos ser pobres, miseráveis e abrir mão do que temos. Se todos fossem pobres o mundo em si não iria subsistir. Outra artimanha do nosso inimigo é a “teologia da pobreza” como requisito de salvação.

Há pessoas que se julgam amados por Deus por causa de sua vida cheia de alegrias e vitórias. Cuidado! Deus ama os seus - independente do seu humor e das suas conquistas.

Ao falar: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3), Jesus não discute sobre riqueza versus pobreza.

Os “... espiritualmente pobres,...são aqueles que não colocam a confiança, o consolo e a segurança nos bens materiais nem prendem neles o coração.

Jesus chama esses “pobres” de felizes. Jesus enfatiza de que não é a riqueza que mostra o amor de Deus pelos seus.

Recordemos as palavras do rei Davi: “sou teu hóspede por pouco tempo” (Sl 39.12). Mesmo sendo rei de um reino rico e próspero, Davi não olhou para sua situação de riqueza e nem se vangloriou como sendo agraciado por Deus por sua piedade. Na verdade, reconheceu-se, assim como cada um precisa reconhecer: “um hóspede”. Ou seja, alguém que está na estrada e não tendo lugar para ficar (Fp 3.20). Ouça o apóstolo Pedro: “Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo....” (1Pe 2.11).

A fé cristã nunca pode ser medida pela riqueza ou pobreza. A fé julga entre o “espiritualmente rico,” aquele que é avarento e o “espiritualmente pobre” aquele que não prende sua confiança e adoração aos seus bens materiais, mas apenas em Cristo Jesus.

Aos “espiritualmente pobres” Jesus acrescenta uma promessa maravilhosa e excelente: “deles é o Reino dos céus.” A pobreza espiritual só pode ser produzida pelo Espírito Santo.

Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3) são as primeiras palavras no ministério da Pregação de Jesus e com essas palavras Cristo nos deixa seguir nosso caminho. Não quer nos forçar nem nos arrastar pelos cabelos, mas está nos dando seu conselho e quem quiser aceitá-lo saiba que será feliz eternamente. Amém!

 

Pr. Edson Ronaldo Tressmann

cristo_para_todos@hotmail.com

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

“O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas” (Is 9.2)

                                                                 22 de janeiro de 2023

Salmo 27.1-9; Isaías 9.1-4; 1Coríntios 1.10-18; Mateus 4.12-25

Texto: Isaías 9.2

Tema: O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas” (Is 9.2)

 

O profeta Isaías referiu-se aos territórios de Zebulom e Naftali na Galiléia como sendo a “Galiléia dos gentios” ou “terra das trevas profundas” (Is 9.1-2; Mt 4.15-16).

Durante o ministério do profeta Isaías em Judá, Tiglate Pileser III era rei da Assíria conquistou e anexou o território de Zebulom e Naftali e acabou exilando muitas pessoas das quais não se ouviu a voz (1Rs 16.29; 1Rs 17.5,24). Essa era a política da Assíria, subjugar o local destruindo-o e transferindo seus habitantes para outro local. Exilavam os fortes e os pobres da terra deixavam no local com povos de outras línguas, cultura e religião, para que aos poucos fossem desorientados e desmoralizados. Era um formato que impedia união para qualquer levante contra a Assíria. Por esse motivo, Isaías chama Zebulom e Naftali de terra de profunda escuridão. Uma referência a dificuldade e sombria vida das pessoas que lá residiam. Essa região da Palestina sofreu muito.

No tempo de Jesus a região era uma mistura multiétnico de povos que tinham pouca riqueza e nenhuma força para se defender contra quem quer que fosse (Babilônia, Síria, Grécia, Roma).

Na época de Jesus, Zebulom e Naftali ainda era a “Galileia dos gentios”. Mesmo que estivessem gozando de um período de paz, os habitantes dessa região eram caracterizados como pessoas sofredoras, era terra de ninguém, terra de profunda escuridão.

O profeta Isaías anunciou: “O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas” (Is 9.2) e o evangelista Mateus confirmou: O povo que vive na escuridão verá uma forte luz! E a luz brilhará sobre os que vivem na região escura da morte!” (Mt 4.16) que ao ir para aquela região, estava cumprindo a profecia anunciada pelo profeta.

Zebulom e Naftali, a “Galileia dos gentios”, terra de profunda escuridão viu grande luz. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12; 9.5).

Não moramos em Zebulom e Naftali, mas, pode ser que estamos habitando numa terra de escuridão, por isso, recebemos o anuncio: “Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!” (Mt 3.17). Saiam das trevas e voltem a luz - Jesus. Ouça o profeta: "a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas e  oferece perdão, vida e salvação. Amém

ERT

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

“... aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...” (1Co 1.2)

 15 de janeiro de 2023

Salmo 40.1-11; Isaías 49.1-7; 1Corintios 1.1-9; João 1.29-42

Texto: 1Corintios 1.1-9

Tema:... aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...” (1Co 1.2)

 

A primeira carta aos Coríntios é o livro da Bíblia com mais conselhos práticos para a igreja.

A igreja em Corinto foi fruto do trabalho missionário do apostolo Paulo que perdurou 1 ano e seis meses (At 18.11). Logo após sair de Corinto e ir até Éfeso, enviou essa carta aos cristãos daquela cidade. Apesar de ser a primeira carta aos coríntios na Bíblia, não foi a primeira. Temos uma carta perdida de Paulo (1Co 5.9). Essa carta que temos em mão parece ser uma resposta de consultas que os coríntios fizeram ao apostolo Paulo após a sua primeira carta (1Co 7.1).

Problemas da igreja em Corinto chegou para Paulo através de Cloe. Essa irmã foi visitar Paulo em Éfeso e disse o que estava acontecendo em Corinto e o pior é que a igreja estava dividida.

Ler 1Coríntios 1.1-9

Os nove primeiros versículos mostra como Deus vê a igreja. Os versículos 10 - 31 é como o ser humano vê a igreja.

1Co 1.1-3: igreja é povo separado por Deus para Deus.

Igrejaeclesia - chamado para fora. Tirado das trevas e colocado na luz. Tirado do mundo para viver no mundo com os propósitos de Deus. O cristão vive em dois mundos (aqui e agora e espiritual - Ef 2.6).

A igreja não é minha, não é sua, não é nossa. Ela é de Deus (At 20.28). Podemos dizer: a igreja de Deus em Querência do Norte. Por ser de Deus, a igreja, o cristão, é chamada a santidade.

Quem crê em Jesus já é santo. Confessamos no Credo “comunhão dos santos”.

Ser santo é estar em Cristo. Ser santificado é viver em Cristo.

Ao escrever: “... aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...” (1Co 1.2), parece uma contradição. Afinal, se é santo, porque se é chamado para ser santo?

Quem está em Cristo é santo, é chamado para andar em Cristo. Chegar e estar em Cristo é diferente de permanecer em Cristo. O desejo de Paulo é que as pessoas permaneçam em Cristo, “... aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...” (1Co 1.2).

A igreja de Cristo é maior que nossa denominação, ela é muito mais que nossa igreja local. Ela é composta por aqueles que invocam o nome do Senhor (1Co 1.2). A igreja é como uma família grande, ou seja, tem pessoas espalhadas por muitos cantos.

O desejo de Paulo é que as pessoas permaneçam em Cristo, por isso destaca que a igreja é um povo enriquecido pela graça de Deus (1Co 1.4-6). Os separados por Deus para Deus são enriquecidos pela graça de Deus.

A palavra enriquecido (plutocracia) é referência a uma pessoa muito rica. Com isso, Paulo escreve que o cristão é uma pessoa rica. Aos Efésios Paulo escreveu: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais, em Cristo” (Ef 1.3). A riqueza dos cristãos está na Palavra, no conhecimento e nos dons espirituais (1Co 1.7; 2Co 8.7). A igreja em Corinto tinha todos os recursos para realizar a obra de Deus. E o que dizer da igreja em ...?

A igreja espera a segunda vinda Cristo (1Co 1.7). A volta de Jesus é que motiva a santidade da igreja – permanecer em Cristo. A igreja não pode perder de vista a segunda volta de Jesus Cristo que virá para julgar os vivos e os mortos. Enquanto aguarda, a igreja vive numa dependência da fidelidade de Deus (1Co 1.8,9).

Os problemas de vida não podem nos tirar das mãos de Deus e nos afastar do seu amor (Rm 8.35-39).

A Igreja têm problemas! Partidarismo, desvios morais, casamentos conturbados, avareza, uso errado dos dons, contendas, ...

Possivelmente alguns desses problemas são nossos. Basta pregar a Palavra de Deus e os problemas logo surgem. A igreja de Corinto a julgar pelos seus problemas nem parecia ser uma igreja cristã, por isso, ter uma igreja em Corinto era um milagre. Assim como é um milagre ter uma igreja aqui. Você é parte desse milagre, você vivencia esse milagre.

Paulo escreve à Igreja de Deus que está em Corinto (1Co 1.2a). Apesar da localização geográfica, a frase escrita por Paulo visa destacar que a igreja é de Deus. A igreja não é de Paulo, nem de Apolo e nem de Cefas, pessoas pelas quais as pessoas estavam divididas. A igreja é de Deusvocê é de Deus – não deixe de permanecer em Jesus por causa dessa ou de outra pessoa e nem permaneça por causa dessa ou outra pessoa.

A Igreja tem problemas por ser formada por pessoas pecadoras. Todavia, é de Deus e só persiste por ser de Deus. Assim como confessamos no Credo: a igreja só é cristã e santa por causa da obra de Jesus Cristo - verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

É preciso observar que conforme a Bíblia não há igreja com uma única pessoa. Essa ideia de ser crente sem a comunhão dos santos é diabólica. O próprio Jesus, cabeça da igreja, afirmou: “onde tiver dois ou três em meu nome, estarei ali junto com eles” (Mt 18.20).

Apesar dos problemas existentes - onde há Palavra e Sacramentos - há uma igreja e por meio da Palavra e dos Sacramentos - Deus age em prol daquela que é sua obra: a igreja. Em Corinto, em meio as muitas dificuldades dentro e fora da igreja, Deus trouxe a graça e pela graça transformou a vida de muitas pessoas. Por esse motivo, Paulo louva a Deus pela graça derramada em Corinto através do evangelho.

Há problemas na igreja? Não se afaste, permaneça em Cristo - você é parte da solução, afinal, você é igreja de Deus. E Deus que te chamou e te fez igreja – te enriquece com sua Palavra e conhecimento da sua graça e amor. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

“Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.14-15)

 08 de janeiro de 2023

Batismo de Jesus

Salmo 29; Isaías 42.1-9; Romanos 6.1-11; Mateus 3.13-17

Texto: Mt 3.13-17

Tema: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.14-15)

 

João Batista está no auge do seu ministério e Jesus sai da Galiléia e vai rumo ao Jordão, para assim como muitos que vão até João Batista para ser batizado. É fato interessante que os 4 evangelistas registram o batismo de Jesus.

João Batista foi enviado da parte de Deus para preparar o caminho do Senhor. E no momento oportuno Jesus inicia seu ministério pelo seu batismo. No batismo, Jesus se identifica com o povo que veio salvar. O batismo de João levava o povo de volta para Deus. Os que vinham para serem batizados precisavam ter plena consciência de seu pecado e precisavam se arrepender e depois do batismo produzir frutos dignos de arrependimento.

Mas, era necessário Jesus ser batizado? Afinal, ele não tinha pecado? João fez essa pergunta pra Jesus e sua resposta foi: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.14-15).

Entre os quatro evangelistas, somente Mateus registra esse conflito com João Batista.

João Batista sabia que precisava do que Jesus podia dar e não do que ele poderia oferecer a Jesus. Mas, Jesus se diz identificado com o seu povo, a quem veio salvar. Jesus veio para cumprir a demanda da justiça de Deus. Jesus foi batizado porque o pecado do povo estava sobre ele, e para cumprir a justiça, ele recebeu o batismo. Com o batismo Jesus estava aceitando seu destino, pagar pelo pecado do povo.

A voz do céu mostra que o Pai o identifica como sendo seu filho amado, enviado para salvar o povo com o qual ele agora havia se identificado.

Chama atenção é que assim como a Trindade estava presenta na criação, ela estava presente no momento inicial da redenção.

Jesus não precisava do batismo. O ponto é que Jesus é a garantia de que tudo o que Deus promete conceder no batismo, perdão, vida e salvação, ele de fato concede.

Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.14-15).

João Batista sabe que Cristo não precisa ser batizado e julga-se indigno de batizar Jesus a ponto de exclamar: “eu é que preciso ser batizado por ti” (Mt 3.14).

Ao que Jesus responde que toda a justiça de Deus precisa ser cumprida, ou seja, Jesus veio salvar o pecador com o qual estava se identificando por ocasião do batismo.

Toda justiça – há nesse batismo uma instituição entre o precursor e o que segue. Por meio dele Jesus iniciou seu grande trabalho. Por meio desse ato, Deus declararia o inicio da obra salvadora de Cristo por meio do seu ministério. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...