segunda-feira, 30 de março de 2015

Jesus ressuscitado é a nossa ressurreição!

05/04/2015

A Ressurreição do Senhor

Domingo de Páscoa
Sl 16; Is 25.6-9; 1Co 15.1-11; Mc 16.1-8
Tema: Jesus ressuscitado é a nossa ressurreição!

         Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Diziam uma às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse. E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém (Mc 16.1-8).

         Nesse dia de festa, páscoa, iremos pregar sobre a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, em honra e louvor ao misericordioso e eterno Deus. Falar sobre a ressurreição é falar sobre o que há de mais sublime e elevado, pois, na ressurreição se baseia, não só a nossa vida presente, mas também a nossa vida futura e eterna. Além de pregar sobre a ressurreição é importante que cada qual escute com seriedade e agradeça a Deus por esse fato extraordinário.
         O problema é que não podemos anunciar nem sequer ouvir tal mensagem de forma suficiente, por não ser possível compreendê-la suficientemente.
         É necessário lembrar a todos que não pregarei nada de novo nesse dia, afinal, pregarei sem parar a respeito daquele homem chamado Jesus Cristo, verdadeiro Deus e homem, e morto por nosso pecado e ressuscitado por causa da nossa justiça, “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).
         É necessário que se pregue constantemente a respeito da ressurreição de Jesus, pois nunca estaremos inteirados sobre o mesmo suficientemente, continuaremos sendo bebê e criancinhas a esse respeito.
         No atual contexto eclesiástico poucos são os pregadores que pregam a respeito da ressurreição como convêm, e pior ainda, são poucos os que aprendem e entendem esse assunto. Na verdade, não se pode esvaziar uma história tão cheia de detalhes como a que acabamos de ouvir através de João Marcos no evangelho desse domingo de páscoa (Mc 16.1-8).
         Jesus não foi e não é qualquer profeta. Jesus não é um espírito que atingiu o ápice da reencarnação. O que há de sublime e extraordinário nas palavras do evangelho é a vitória do Senhor Jesus Cristo sobre o pecado, a morte, o diabo e o inferno. Jesus Cristo dilacerou a morte em si mesmo. Nem o diabo, nem a morte nada puderam fazer a Jesus. Ele ressuscitou!
         Nossa confissão, a confissão de cada cristão é: “Creio em Jesus Cristo, filho único de Deus, concebido pelo Espírito Santo, nascido da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, crucificado, morto e sepultado. Desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, ...”. As palavras da Confissão mostram que Jesus é vencedor da morte, do inferno, do diabo e que pela fé, nós também o somos.
         Como Luteranos, durante todo o ano ouvimos como o nosso Senhor Jesus Cristo, através da sua vitória alcançada em si mesmo, derrotou e venceu pecado, morte e diabo: ao diabo trucidou em seu próprio corpo; afogou a morte em seu próprio sangue; apagou-o em seu sofrimento e em sua paixão. Efetuou isso tudo por si só e em si só, mas não o guardou para si só e para si mesmo. Pois, sendo Deus verdadeiro e eterno e Senhor de todas as coisas, não tinha necessidade de tal vitória, para si mesmo, e muito menos necessidade de tornar-se homem, ou de sofrer sob Pôncio Pilatos. O fato de Jesus Cristo ter realizado tais coisas, isto é para mim, para você e para todos.
         Nós não apenas cremos somente que Cristo, em pessoa, morreu e ressuscitou dos mortos. Igualmente cremos que precisamos nos apoderar deste sofrimento e da ressurreição, como sendo tesouro dado e doado a nós, e encontrar no mesmo consolo. A mensagem da ressurreição de Jesus Cristo pretende nos consolar e tranquilizar. A mensagem da ressurreição de Jesus Cristo é maior do que o céu e a terra, e na qual o pecado e a morte de todo o mundo foram devorados. Essa ressurreição eu deverei possuir para vencer a minha morte. A minha santidade não o deverá fazer; de fato, ela é incapaz de efetuá-lo, assim como é incapaz de me livrar de qualquer peso do pecado e mesmo da morte. Foi Jesus que em si e por si obteve eterna e gloriosa vitória contra pecado, morte e diabo, e essa vitória é minha, uma vez que eu creia em Jesus.
         Quem não quiser crer, que o deixe, mas, continuarei a pregar o que vocês precisam e necessitam ouvir. A ressurreição de Jesus é a nossa vida (Cl 3.4).
         Quando o diabo ataca uma pessoa, faz com que céu e terra a apertem. Tal coisa ele faz através do pecado. Da mesma forma vai agindo através da morte. A esta ele consegue exagerar de forma tão horrível, hedionda e abominável que as pessoas se esquecem totalmente de Deus e de sua palavra, principalmente a certeza de que “a morte já não tem mais poder para ferir”. O diabo é artista de mil artimanhas, é mestre do pecado e da morte.
         E proveitoso e é necessário que as pessoas se animem contra tal inimigo, que se preparem para o enfrentar, com a reta compreensão do poder e do fruto da ressurreição de Cristo. Pois ele não veio ao mundo por amor de si mesmo, não se fez pregar na cruz em seu próprio benefício. Não teve necessidade de fazer tal coisa em seu próprio proveito, mas carregou o nosso pecado, devorou a nossa morte através da sua morte, e o inferno que nos era destino, ele o destruiu, como anunciou por boca do profeta Oséias: "Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte, Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?" (Os 13.14).
         Diga sempre, repita todos os dias: “sei que meu pecado é grande, por mais que a morte me assuste, pareça horrível e amarga, no entanto, na paixão e morte de Jesus, bem como a sua ressurreição está a minha garantia de que sou e estou salvo e que nem mesmo a morte, por mais dolorosa que seja, me tirará de suas mãos”.     
         Jesus Cristo presenteia sua ressurreição, sua vitória e seu triunfo a todos os que creem. “Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).
         Você se alegra por essa vitória? Ou, apenas deseja vitória financeira?
         A vitória de Jesus Cristo, sua ressurreição, um tesouro inestimável, mas que não é valorizado por não poder ser tateado e manuseado nessa vida.
         “Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui;...”. Que a certeza da ressurreição seja nosso consolo e motivação para enfrentarmos a vida nesse mundo. Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann


Bibliografia
Dez sermões sobre o Credo. Tradução: Lindolfo Weingartner. Editora: Sinodal, 1987.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Estão abertas as portas das justiça!

29/03/15
Domingo de Ramos
Sl 118.19-29; Zc 9.9-12; Fp 2.5-11; Mc 14.1-15.47
Tema: Estão abertas as portas da justiça!

      
           Cada porta traz em si algo misterioso. As pessoas são curiosas em saber o que há atrás das portas.      Havia um programa na TV brasileira cujo apresentador após contar o sonho do participante, pedia que as portas da esperança fossem abertas dizendo a seguinte frase: “Abram-se as portas da Esperança”.
         “Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao Senhor” (Sl 118.19)
         O que há por trás das portas da justiça? O que é “porta da justiça”?
         Nas portas eram resolvidos as principais questões. Só adentrava a porta quem já estava com sua situação resolvida ou por ser atendida.
         “Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao Senhor” (Sl 118.19). Deus abriu as portas da justiça em seu Filho Jesus. Jesus disse: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (Jo 10.9).
         Quem poderá estar junto aos santos cantando de maneira alegre esse hino de agradecimento a Deus?
         De acordo com a tradição hebraica, “portas” significa prefeituras, escolas, sinagogas, tribunais e todas as instituições públicas onde se trata de assuntos comunitários e públicos (Pv 31.23). Assim, “Portas da justiça” pode ser tido como uma referência as paróquias onde se desenvolve publicamente os ofícios da cristandade: pregação, ensino, batismo, administração do sacramento, disciplina, consolo.
         Ao pedir para que as “Portas da justiça” lhe sejam abertas o salmista se refere aquilo que é tratado amplamente no novo testamento, ou seja, dá-me perdão dos pecados, graça e fé.   
         Pastores são chamados para abrir as “portas da justiça”, ou seja, exercer em lugar da comunidade cristã, o ofício das chaves, oferecendo as pessoas perdão dos pecados.
         É importante manter a igreja em atividade. No entanto, não como uma atividade humana, mas sim divina. A igreja é o lugar onde se proclama a Palavra de maneira correta, se administra os Sacramentos conforme a ordem divina. Afinal, pelos meios da Graça – Palavra e Sacramentos, é que se é dado o perdão dos pecados.
         “Esta é a porta do Senhor; por ela entrarão os justos” (Sl 118.20)
         Com essas palavras o salmista fala sobre culto. A verdadeira porta, o verdadeiro templo, o verdadeiro culto é realizado quando se louva a Deus pela salvação recebida: “Render-te-ei graças porque me acudiste e foste a minha salvação” (Sl 118.21). Infelizmente, muitas “portas da justiça” foram transformadas em portas da justiça pessoal. Há muitos que mesmo se confessando cristão, vivendo numa prática cristã, não reconhecem Jesus como seu salvador, assim, não se sentem acudidos e nem confessam Jesus como seu salvador.
         Mesmo que muitos adentrem na igreja, ninguém pertence a verdadeira comunidade dos santos sem que seja verdadeiramente crente, cristão. Quem não é crente, cristão não pertence a igreja cristã. Todo crente, todo cristão é aquele que crê em Jesus como sendo seu único e suficiente salvador. O cristão só se gloria de uma coisa – é santo e justo em Cristo (Dn 7.18,21,25,27). Infelizmente muitos que se dizem cristãos estão vendendo suas obras como obras santas.
         Quem crê é justo e santo e entra pela porta. Os judeus se gloriam de serem descendência de Abraão, de terem a lei, isso parecia lhes dar uma proximidade maior com Deus. No entanto, disse o salmista e é repetido no Novo testamento: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular;” (Sl 118.22). Jesus foi humilhado mais do que todos os santos para que cada um de nós sejamos exaltados.
         O salmo 118 era bastante conhecido entre o povo de Israel. As palavras do versículo 25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade!” foram cantadas por ocasião da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. No domingo de Ramos ouvimos esse cântico.
         O povo clama: “Socorro, por favor, socorro”. Essas palavras são expressas por corações insistente, por pessoas que tentam convencer a Deus através da sua exclamação. E certos de que a salvação estava chegando o povo exclamava: “Bendito o que vem em nome do Senhor...” (Sl 118.26).
         As pessoas cantavam aleluia pela salvação que estava chegando. Cantar aleluia no final da quaresma, início da semana santa é ressaltar que a salvação enviada por Deus em seu Filho Jesus.
         Somente os crentes cantam: “bendito aquele que vem em nome do Senhor”. Esse hino nunca estará na boca de um ateu. São palavras da boca de um cristão. Nós somos abençoados por estarmos na casa de Deus, por termos adentrado nas “portas da justiça” e mais uma vez receber a certeza da salvação no perdão oferecido e dado por Jesus. E justamente por isso junto ao salmista e todo o povo de Deus podemos confessar: “Tu és o meu Deus, render-te-ei graças; tu és o meu Deus, quero exaltar-te” (Sl 118.28). Amém!


Rev. M.S.T. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com
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segunda-feira, 16 de março de 2015

Ricos na riqueza da Palavra de Deus

22/03/15
5º Domingo na Quaresma
Sl 119.9-16; Jr 31.31-34; Hb 5.1-10; Mc 10.35-45
Tema: Ricos na riqueza da Palavra de Deus! 


1 - Jovem, qual é a sua maior riqueza? 2 - Por que os jovens são acusados de serem desajustados? Será que é devido à falta de responsabilidade? Sonhos? Foco? 3 - O que seria do Brasil sem os abrigos para menores, FEBEM, Conselho tutelar, etc.? 4 - Qual é o motivo pelo qual, mesmo que existam esses órgãos, não há resolução para muitas delinquências juvenis?
Acredito que a resposta é simples: “Não se conhece ou se conhece não se faz uso da solução”. O salmista diz: “Como pode um jovem conservar pura a sua vida? É só obedecer aos teus mandamentos” (119.9).
E quem se recusar de ouvir a Palavra? Salomão diz: “Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer (Ec 11.9). A Palavra de Deus nos é dada para nossa felicidade e auxilio para uma vida plena.
Conhecer a Palavra: eis a solução de Deus para os jovens! No entanto, conhecer não é apenas ter decorado histórias bíblicas, saber decorada uma oração, ou o credo. Conhecer - envolver viver os ensinos da Palavra de Deus.
A Palavra de Deus que é viva e poderosa, que corta mais que qualquer espada afiada, que atinge o íntimo de qualquer pessoa e que julga desejos e pensamentos (Hb 4.12) revela o pecado e aponta o verdadeiro e único salvador. A Palavra de Deus é instrumento dado por Deus para que os jovens enfrentem as situações vividas no dia-a-dia. “A tua palavra é lâmpada para guardar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho” (Sl 119.105); “As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver” (Pv 6.23); “Os ensinos do Senhor são certos e alegram o coração. Os seus ensinamentos são claros e iluminam a nossa mente” (Sl 19.8).
De que maneira o jovem pode guardar puro o seu caminho? Observando segundo a sua palavra”.
         As palavras do Salmo 119 foram escritas por alguém que considerava a Palavra de Deus como a maior riqueza que Deus lhe havia deixado. 
          Jovem, qual é a sua maior riqueza? A Palavra de Deus é descrita como uma riqueza através dos seguintes verbos: Observar, buscar, guardar, ensinar, testemunhar, valorizar, meditar, sentir prazer.
           O que torna a Palavra de Deus a maior de todas as riquezas é porque a mesma aponta para o amor de Deus revelado em Cristo Jesus, como apresentado pelo evangelista: “...o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente” (Mc 10.45). Amém! 

 M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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segunda-feira, 9 de março de 2015

A misericórdia de Deus dura para sempre!

15/03/15
4º Domingo na Quaresma
Sl 107.1-9; Nm 21.4-9; Ef 2.1-10; Jo 3.14-21
Tema: A misericórdia de Deus dura para sempre!

         A misericórdia de Deus dura para sempre. Dizer isso quando tudo está bem é fácil, mas e quando as coisas vão de mal a pior?
         Entre os anos de 1513 – 1515, Lutero, professor lecionado salmos ressaltou que os salmos são uma pequena Bíblia. Por que? Como um espelho, de maneira clara e pura, mostra o que é cristandade. Os salmos resumem a Bíblia toda por mostrar as palavras e não as ações dos santos.
         Os salmos são verdadeiros testemunhos a respeito dos feitos de Deus em prol do seu povo. Não há nenhum testemunho pessoal, pessoalmente quando exaltamos a nós mesmos é por causa de nossas convicções pessoais.
         Nunca vemos nos salmos o salmista se vangloriando, na verdade, eles vangloriam a misericórdia e a bondade de Deus. (Convicção, algo que eu tenho em mim, testemunho é algo de fora de mim).
         Os salmos mostram como os santos falavam com Deus, e essa maneira mostrava a sua confiança nEle. Os salmista não são justos calados. Na verdade os justos se expressam vigorosamente e de maneira viva.
         O poder do ser humano está na fala, na comunicação. Pela fala nos distinguimos dos animais. Os salmos são as melhores conversas dos salmistas. Conversas serias que mantiveram com Deus. Os salmos mostram os verdadeiros tesouros da fala dos salmistas.
         Os salmos mostram como homens pecadores se portaram em todas as coisas, no perigo e na necessidade.
         A vida do ser humano é como um barco em alto mar agitado pelo vento. Há temor e preocupação. O vento impetuoso nos ensina a falar com Deus com seriedade, abrir o coração e despejar o que está no fundo dele. Os salmos são testemunhos de pessoas que agitados por ventos abriram seu coração e testemunharam sua confiança em Deus.
         A convicção muda a medida em que os temporais vão acontecendo.
         Uma pessoa triste fala diferente de alguém que está alegre.
         Os salmos são um livro de todos os santos. Os salmos não apetecem a vida de um ímpio. O cristão quando lê um salmo e esse combina com a sua situação, ele se sente em sintonia com o salmista. Os salmos ensinam em alegria, temor, esperança e tristeza cada qual em pleno século XXI a pensar e a falar da mesma maneira que todos os santos pensaram e falaram. Nos salmos encontramos a nós mesmos, além do próprio Deus.
         Lutero disse que os salmos são “ginásio, campo de treinamento da fé”. Os salmos são uma escola apropriada, onde se aprende e se fortalece a fé e a boa consciência junto a Deus.
         Mesmo que haja inúmeros motivos para murmúrio, Deus nos convida a testemunhar que o seu amor dura para sempre.
         “A misericórdia de Deus dura para sempre” – Essa é uma exclamação, um testemunho cúltico da comunidade reunida no templo (1Cr 16.34; 2Cr 5.13; 7.3; Ed 3.11; Jr 33.11).
         Por Misericórdiahésed, entendemos “bondade, lealdade e amor”. Conforme a tradução grega pode significar “fazer o bem” ou “bom serviço”. Ou seja, “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, e o seu bom serviço dura para sempre”.
         “O bom serviço de Deus dura para sempre” – Olam – ou seja, em todos os tempos, sejam bons ou ruins. Talvez as pessoas que estão doentes não vejam o bom serviço de Deus nesse momento de doença, mas a esses Deus diz: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. ...quando sou fraco, então é que sou forte” (2Co 12.9,10).
         “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, e o seu bom serviço dura para sempre


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 2 de março de 2015

Ouvindo loucuras!

08/03/15
3º Domingo na Quaresma
Sl 19; Ex 20.1-17; 1Co 1.18-31; Jo 2.13-22
Tema: Ouvindo loucuras!


         Querido leitor, ouvinte, inicio a reflexão fazendo uma pergunta: Você ouviria e seguiria o conselho de um louco?
         Deixe-me citar dois exemplos:
         1 – Apareceu um louco na Internet vendendo lotes na lua. O pior dessa loucura é que muitos acharam que é uma ótima ideia comprar lotes desse corretor lunático. Você já comprou?
       2 - Um motorista que teve um problema em seu carro em frente a um sanatório. A princípio imaginou que fosse um pneu furado, mas, ao descer do carro percebeu que o problema era bem mais grave. Os parafusos do pneu haviam quebrado e isso impossibilitava a continuação da viagem. Ele para todos os lados e não viu ninguém que pudesse ajuda-lo. Viu apenas um louco que segurava as grades do portão do sanatório. O homem começou a resmungar se dizendo perdido. Ao que o louco lhe disse: Moço, pega uma parafuso de cada uma das outras três rodas e coloque na que está faltando, assim lentamente você conseguirá chegar até um local adequado para arrumar seu carro.
         Você daria ouvido a um louco?
         A Palavra da cruz é loucura
         Disse Jesus: “...quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, ...” (Jo 5.24).
         Não são muitas as pessoas dispostas a ouvir a mensagem da loucura. A igreja através da atuação de seus pastores, líderes e congregados oferecem a mensagem louca as pessoas, mas por ser a loucura da cruz, muitos não a querem ouvir.
         Deus enviou seu Filho e Jesus é a maior manifestação do amor de Deus. Como Paulo anuncia aos coríntios, Jesus é a sabedoria e o poder de Deus (1Co 1.24).
         O apóstolo João registrou que Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Os judeus, a quem Jesus era considerado escanda-lo, não o receberam como Senhor e Salvador. O Messias ao qual esperavam era diferente desse que Deus lhes enviou. Esperavam um Messias glorioso e não um crucificado como maldito (Dt 21.22-23). Os gregos também não receberam Jesus, pois não estava a altura da suposta sabedoria de seus filósofos. Gregos que em Atenas achavam que Paulo estava lhes trazendo coisas estranhas e não as últimas novidades (At 18.18ss).
         Querer sinais? Querer ouvir as últimas novidades? Continua sendo a tendência dos brasileiros, americanos, iraquianos, etc.
         O povo precisa se conformar com simples pregadores da Palavra da loucura. Reparai na vossa vocação. Pregadores estão desanimados por causa das pessoas que não querem dar ouvido a mensagem da Palavra de Deus. Não espere sinais, eles não serão dados, Rm 10.17. Deus não precisa me curar, resolver meus problemas financeiros, não precisa libertar um parente viciado, etc. Deus não se obriga a dar sinal algum para que o homem creia.
         O único sinal de Deus é o seu Filho Jesus. Esse sinal é escanda-lo para os judeus e loucura para os gregos. Para alguns a mensagem da cruz continua sendo vergonha, para outros um absurdo.
         Para os cristãos a cruz, a sua mensagem, é o poder de Deus.
         A mensagem da cruz é a “dinamis” de Deus. É a sabedoria de Deus. A mensagem da cruz é a inversão de valores humanos. Os fracos se tornam fortes. Os humildes se tornam poderosos. Os ignorantes em sábios.
         Quem são os pregadores valorizados nesses dias?
         Espero que seja aquele que valoriza e proclama a mensagem do Jesus crucificado. 
         Espero que você sempre possa dar ouvidos a um louco, o louco que anuncia a loucura da cruz. Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
Inscreva-se na palestra: www.conasm.com.br

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Dar a vida pelos irmãos! (1Jo 3.16)

  Quarto Domingo de Páscoa 21 de abril de 2024 Salmo 23; Atos 4.1-12; 1Jo 3.16-24; João 10.11-18 Texto: 1João 3.16-24 Tema: Dar a ...