segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Palavras encorajadoras para seguir viagem!

 02 de janeiro de 2022

2º Domingo após Natal

Lecionário anual

Salmo 77.11-20; Gênesis 46.1-7; 1Pedro 4.12-19; Mateus 2.13-23

Texto: Gn 46.1-7

Tema: Palavras encorajadoras para seguir viagem!

 

Jacó e seus 130 anos!

Quantas lições esse homem aprendeu até aquele momento.

Trapaceiro, teve que fugir. Habitou 20 anos com seu sogro e por ele foi enganado. Ao ter que voltar para casa pelo mesmo motivo que o fez fugir, trapaça, enfrentou o medo do reencontro com seu irmão.

Nas muitas tentações e provações as quais Jacó esteve exposto, foi reprovado em muitas. Mas, sempre pode contar com a presença, cuidado e amor de Deus. E agora, nesse momento em que após longos anos soube que seu filho José estava vivo, tendo sido convidado a morar no Egito, Deus lhe dá garantias de seu amor, proteção, cuidados e cumprimento de promessas.

Já haviam se passado cerca de 35 anos desde o dia em que Deus havia aparecido a Jacó em Betel e dito: “Darei a você e aos seus descendentes esta terra onde você está deitado” (Gn 28.13). Agora, Deus diz a ele descer para o Egito sem medo, e que a promessa de que seriam uma grande nação estava em andamento e que os descendentes voltariam e que aquela terra seria deles (Gn 46.4).

Jacó, como sempre, oferece sacrifícios a Deus. E em Berseba, centro da vida patriarcal, no “poço do juramento,” onde Isaque e Abimeleque (rei de Gerar, Gn 26.26-37), fizeram um pacto, Jacó leva ofertas para Deus antes de ir e, até buscar orientação de Deus se deveria descer ao Egito. Em Berseba, Abraão, Isaque e Jacó adoraram o Senhor (Gn 21.32-33; 26.23-25; 28.10-15).

Atualmente, Berseba é a oitava cidade mais populosa de Israel. Com cerca de 205.810 habitantes.

Berseba – um lugar de culto instituído por Abraão quando plantou uma tamargueira (Gn 21.33). Ficava a 40 Km de onde Jacó morava. Aqui, Deus falou com Hagar (Gn 21.14-17).

Isaque estava em Berseba quando Deus lhe apareceu numa noite e disse: “Eu sou o Deus de Abraão teu pai, não temas, porque eu sou contigo e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo” (Gn 26.23-24).

Na Bíblia, quando Deus chama duas vezes é indicio de algo especial. Deus chamou Abraão para o sacrifício 2 vezes (Gn 22.11). Moisés, 2 (Ex 3.4). Samuel, 2 (1S 3.4). Temos ainda Marta (Lc 10.41), e Saulo (At 9.4).

Deus tinha um recado especial para Jacó!

Não temas!

Abraão enfrentou sérios problemas no Egito (Gn 12.10-20). Isaque, pai de Jacó, a caminho do Egito, foi impedido pelo Senhor de ir para lá (Gn 26.1,2). O Egito não era um lugar para se ir.

Deus disse: não temas! Assim como havia dito a Isaque (Gn 26.24), foi dito por Moisés a todo o povo de Israel (Dt 1.21; 31.8). Foi dito por Deus à Josué (Js 1.9; 8.1); a Gideão (Jz 6.23), por Boaz a Rute (Rt 3.11); Davi à Abiatar (1Sm 22.23); para Elias (2Reis 1.15); para Davi (1Cr 22.13); para Salomão (1Cr 28.20); para Acaz (Is 7.14); aos israelistas (Is 10.24; 40.9; 41.10; 54.4; Jr 30.10; 46.27-28); a Ezequiel (Ez 2.6; 3.9); a Jerusalém (Sf 3.16); a José (Mt 1.20); a Zacarias (Lc 1.13); a Paulo (At 18.9,27,24) e a João (Ap 1.17).

Eu sou Deus, o Deus de teu pai – Jacó teve profundas experiências com Deus em Berseba, local onde Isaque morou (Gn 22.19). Onde nasceram seus filhos gêmeos. Isaque só saiu de Berseba por causa da fome (Gn 26.1) indo morar em Gerar.

Deus promete que descerá com Jacó até o Egito. Na cultura daqueles povos, os deuses estavam restritos à sua região ou território. Dessa forma, ao fazer a promessa, Deus destaca que não está restrito à Canaã ou qualquer outro lugar (Ex 19.5; 1Co 10.26-28; Lv 25.23; Sl 83.18). Desça ao Egito e eu trarei seus descendentes de volta para a terra prometida.

Jacó foi encorajado por Deus e seguiu sua descida, viagem, para o Egito certo do cuidado de Deus. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Vá para manjedoura!

 25 de dezembro de 2021

Mensagem de Natal

Texto: Lucas 2.16

Tema: Vá para manjedoura!

 

O período da pandemia fez com que as pessoas ficassem mais tempo on line do que off line. On line muitas pessoas navegaram em sites e canais que semearam sementes duvidosas e causaram muitos estragos na vida espiritual de muitos cristãos.

Muitos canais com seus influenciadores lançaram sementes que apenas contradizem a Boa Nova do evangelho. Dessa forma, uma expressão bíblica combinada com outra contraditória e tudo que se crê desde infância tornam-se questionáveis. Cheios de questionamentos e duvidosos das suas crenças que foram abaladas, pessoas tem deixado de ver o que de fato precisa ser visto nas páginas, nos ensinamentos e doutrinas das Escrituras: Jesus.

O que você tem visto nas páginas da internet está contribuindo para o seu desenvolvimento espiritual cristológico (Cristo) ou tem levado você a dúvida?

A internet é uma grande bênção, mas, tem sido também arma nas mãos do inimigo do evangelho para confundir as pessoas. Temos a possibilidade de ver muitas coisas, todavia, entre as muitas coisas que vemos, principalmente na internet, tem impedido as pessoas de verem Jesus Cristo, nascido na manjedoura.

O apostolo Paulo escreveu aos coríntios: “O deus deste mundo cegou a mente daqueles que não acreditam, para que eles não vejam a luz das Boas novas...” (2Co 4.4). As boas novas da qual a Palavra de Deus fala é Jesus Cristo. Tudo que nos impede de ver Jesus Cristo é arma do diabo para nos fazer perder a herança eterna.

Lutero disse que a Bíblia é a manjedoura dentro da qual Jesus está deitado.

Ouça a mensagem dos anjos aos pastores: “Eu vim para lhes dar Boas Novas de grande alegria para todo o povo. Hoje, na mesma vila onde Davi tinha nascido, nasceu o Salvador. Ele é o Cristo, o Senhor! E isto lhes servirá de sinal: Vocês encontrarão um menino enrolado com panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2.10-12).

Os pastores que viram os anjos foram até o local indicado “e viram o menino deitado na manjedoura” (Lc 2.16). Desse ver os pastores se tornaram os primeiros evangelistas humanos a respeito de Jesus. Lucas registrou que “quando eles (os pastores) o viram, contaram a todos sobre a mensagem que tinham recebido a respeito daquela criança” (Lc 2.16).

As pessoas veem evidencias de estudiosos a respeito disso ou daquilo e assim passam a duvidar da mensagem a respeito de Jesus. Parece que simples argumentos são mais suficientes do que a evidência da manjedoura e da cruz.

O argumento é sempre a tese de Tomé: se eu não ver com meus olhos de modo nenhum crerei.

O mistério da encarnação do Filho de Deus não cabe na nossa limitada razão. Crer é uma batalha no campo da razão. Por isso, o profeta Isaías e o apostolo Paulo repetiu aos Corintios: “Destruirei a sabedoria dos sábios e acabarei com o conhecimento dos instruídos” (Is 29.14; 1Co 1.19). Dessa forma, “Deus tem mostrado que a sabedoria deste mundo é loucura” (Jó 12.17; Is 19.12; 44.25; 1Co 1.20). Por esse motivo, o apostolo João na sua segunda carta adverte que “se alguém for até vocês e não levar o ensinamento de Cristo, não recebam essa pessoa na casa de vocês...” (2Jo 10). Desconecte-se desse canal. Não deixe nenhum argumento racional destruir sua fé. O apostolo Judas na sua carta impeliu “tenham misericórdia dos que têm dúvidas” (Jd 22). Essa mensagem é justamente pensando em você que está lutando nesse campo de batalha e começando a deixar germinar a semente da dúvida. Cuidado para esse semente que está germinando não cresça e produza frutos.

A Bíblia não me proíbe argumentar, raciocinar e questionar, no entanto, a Bíblia tem apenas um objetivo: levar a fé em Jesus (Jo 20.31; Rm 10.17).

Nesse sentido, Deus deseja que seus filhos ouçam constantemente sua Palavra. Como anunciado por Jesus Cristo: “Tudo passará, só não passará a Palavra de Deus” (Lc 21.33).

O apostolo João ao escrever a carta de Jesus para sua igreja, destacou a respeito do cuidado que devemos ter com a meretriz, ou melhor, com aquele que nos afasta de Cristo, pois, todos os que estiverem vivos ouvirão a voz da igreja triunfante o grande aleluia e assim a meretriz será destruída e os crentes viverão eternamente (Ap 19).

Anjos continuam sendo enviados. Esses anjos conforme disse Jesus são os pastores (Ap 1.20). Esses pastores por sua vez continuam a ver o menino Jesus na manjedoura (Bíblia) e continuam a testemunhar a respeito dessa criança.

Eles os pastores encontraram Jesus na manjedoura. Os pastores de hoje continuam encontrando Jesus na manjedoura: as Escrituras. Eles testemunham fielmente a respeito de tudo que ouvem das Escrituras, o berço onde Jesus está deitado. Dessa forma, recomendo: vá a manjedoura onde está Jesus e ao vê-lo, testemunhe! Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

E ele trará a paz! (Mq 5.5)

 19 de dezembro de 2021

Salmo 80.1-7; Miquéias 5.2-5; Hebreus 10.5-10; Lucas 1.39-45

Texto: Miquéias 5.5

Tema: E ele trará a paz! (Mq 5.5)

 

Disse o profeta: E ele trará a paz! (Mq 5.5).

Essa paz não tem nada haver com a paz almejada pelo ser humano. A paz da guerra, da violência, das lutas. A paz anunciada pelo profeta não é ideológica conquistada por meios que geram outras guerras, lutas e desastres.

A paz almejada pelo mundo é aquela em que concentra o poder numa só pessoa. A paz humana é aquela realizada pela dominação de um só país. A paz humana é imposta pelo poder das armas.

O apostolo Paulo na carta aos Tessalonicenses destacou o engano dessa paz humana. “Quando as pessoas disserem: Estamos em paz e segurança, então de repente a ruína cairá sobre elas, como dores de parto para a mulher grávida, e não poderão escapar. Mas vocês, irmãos, não vivam em trevas, de tal modo que esse dia possa surpreendê-los como um ladrão. Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Portanto, não fiquemos dormindo como os outros. Estejamos acordados e sóbrios” (1Ts 5.3-6).

O apostolo Paulo enfatizou a paz humana como trevas enganadoras e dominadoras da paz da alma. Um exemplo que posso citar é do nosso município. Quando não havia segurança, vivíamos tensos, sempre preparados e atentos. Agora, com vasto policiamento, descuidamos um pouco. Nesse sentido, a crítica do apostolo Paulo é que a segurança das armas não possa deixá-los com sentimento de segurança a ponto de ignorar a segurança da alma. Cuidado com a falsa paz e segurança!

Os evangelhos proclamam Jesus como alguém que promove a paz. Ele trouxe a paz! A paz de Jesus não está fundamentada nas ameaças das armas ou de quem detém o poder. A paz de Cristo é a paz com Deus.

O profeta Miquéias anunciou a respeito daquele que nasceria e nasceu em Belém-Efrata: E ele trará a paz...” (Mq 5.5a).

Que paz é essa? Quão maravilhosa é essa paz!

Para sabermos qual é essa paz e quão maravilhosa é essa paz precisamos observar um mero detalhe do texto do profeta Miquéias. “O Senhor Deus diz: - Belém-Efrata, você é uma das menores cidades de Judá, mas do seu meio farei sair àquele que será o rei de Israel...” (Mq 5.1a).

Belém significa “casa do pão”. Efrata significa “lugar frutífero”.

As palavras do profeta anunciadas da parte de Deus é que Judá produziria o pão necessário para alimentar toda a humanidade. Anos após a profecia Jesus disse: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35).

Deus veio ao nosso encontro para nos oferecer o pão da vida, o fruto de Belém, para nos dar paz com Deus. Essa paz, nenhuma violência, nenhuma guerra, nenhuma situação por mais desastrosa que seja, pode tirar. Disse Jesus: “Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo” (Jo 14.27). 

"E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus" (Fp 4.7). Amém

ERT

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Unidos com o Senhor - alegrai-vos!

 12 de dezembro de 2021

Salmo 85; Sofonias 3.14-20; Filipenses 4.4-7; Lucas 7.18-28

Texto: Fp 4.4

Tema: Unidos com o Senhor - alegrai-vos!

 

Filipenses é denominada como sendo a carta da alegria. No entanto, desperta atenção o fato das circunstâncias em que o apostolo Paulo se encontrava quando escreveu essa carta.

As circunstâncias desfavoráveis não desanimaram o apostolo que da prisão escreveu a carta da alegria, uma das mais animadoras do Novo Testamento.

O apostolo estava preso e sem muita certeza quanto ao seu futuro. Ele passou mais de quatro anos aprisionado e durante esse período recebeu ajuda dos filipenses.

A questão que fica evidente é: preso, necessitado e com o futuro incerto, onde reside a fonte da alegria do apostolo? A resposta está numa frase simples: “unidos com o Senhor” (Fp 4.4).

A frase é simples, mas suas implicações são profundas.

Unidos com o Senhor... pare de se preocupar e martirizar pelos problemas. Unidos com o Senhor, ore pedindo e agradecendo (Fp 4.6).

Unidos com o Senhor... a culpa não pode dominar você a ponto de paralisar. Em Jesus temos paz com Deus (Fp 4.7).

O terceiro domingo do advento é denominado como sendo o domingo da alegria. Você é uma pessoa alegre? Qual é o motivo da sua alegria?

Se a pergunta fosse o inverso, ou seja, você é uma pessoa triste? Qual motivo da sua tristeza? Com certeza seria muito mais fácil responder a essa questão.

Humanamente falando o apostolo Paulo devido a situação, exigia que estivesse triste, acabrunhado, cheio de ódio e amargor. Mas, não é essa a realidade do apostolo. Ao contrário, o apostolo está radiante de alegria e isso se deve ao fato de estar no Senhor. Por isso, antes de encerrar a carta escreveu: “Na minha vida em união com o Senhor, fiquei muito alegre...” (Fp 4.10) e passa a descrever o porquê da sua alegria. Unidos com o Senhor os filipenses não o abandonou a própria sorte (Fp 4.10). Unido com o Senhor o apostolo não se sentia abandonado, pelo contrário sentia-se suprido (Fp 4.11). E o segredo da sua felicidade devia-se ao fato de que Cristo era sua força em toda e qualquer situação (Fp 4.13).

Parece que temos apenas motivos para chorar, reclamar, murmurar. Muitas são as circunstâncias da vida diária que o lamento parece ser a melhor alternativa. Dessa forma, o apostolo Paulo nos transmite um recado muito especial através de uma frase muito simples: “unidos com o Senhor” (Fp 4.4).

Recorde que não é qualquer Senhor. É aquele que se sujeitou ao plano do Pai para que você fosse resgatado. É o Senhor que nos dá paz com Deus (Fp 4.7). Em outras palavras podemos dizer que apesar de todas as circunstâncias que podem nos levar a tristeza, o Senhor mostra que eu e você somos o centro do coração de Deus. O Pai entregou o Filho para não nos abandonar a própria sorte.

A alegria não está em nós. Estou sorridente, alegre, mas, um fato ocasional, uma palavra de mau gosto, uma brincadeira, são motivos para me entristecer. A verdadeira alegria está no Senhor. Observe que o apostolo destaca isso num momento difícil da sua vida e é possível ouvir Neemias, que num dos momentos mais críticos do povo de Jerusalém, disse: “A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem alegres” (Ne 8.10).

A alegria apesar das circunstâncias não é uma obra humana. O apostolo Paulo registra que a alegria é um dos frutos do Espírito Santo (Gl 5.22).

Unidos com o Senhor é certeza de alegria duradoura apesar das ocorrências devastadoras do dia-a-dia.

Não deixe as circunstâncias de o dia-a-dia permitirem você esquecer-se do Senhor a quem você está unido. Recorde-se que mesmo andando num vale da sombra da morte, o Senhor a quem você está unido, está contigo (Sl 23).

Unidos com o Senhor é certeza de que Deus está conosco. Aliás, essa é a promessa do salvador ressuscitado, vitorioso: “eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28.20).

Não sei se você já se fez essa pergunta: qual motivo em querermos tanto ter momentos alegres? É por que a alegria não é da terra, mas é algo divino, sua fonte é o céu. E a alegria do céu nos foi enviada e agora pela fé estamos unidos ao Senhor, unidos à alegria. E daqui a pouco, essa alegria voltará (Fp 4.5) e com um belo e maravilhoso sorriso no rosto ouviremos o majestoso convite: “venham benditos do meu Pai” (Mt 25.34). Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Dar a vida pelos irmãos! (1Jo 3.16)

  Quarto Domingo de Páscoa 21 de abril de 2024 Salmo 23; Atos 4.1-12; 1Jo 3.16-24; João 10.11-18 Texto: 1João 3.16-24 Tema: Dar a ...