quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Mulher – a auxiliar da parte de Deus!

 Salmo 128; Gênesis 2.18-25; Hebreus 2.1-13; Marcos 10.2-16

Texto: Gênesis 2.18-25

Tema: Mulher – a auxiliar da parte de Deus!

 

Mulher é um mal necessário”. Quem já não ouviu esse dito popular? Vamos ouvir a voz de Deus sobre isso!

Deus disse: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade”.

Antes de entregar ao homem a sua outra metade, Deus colocou Adão para dar nome aos animais. Entre todos os animais: macho e fêmea, Adão não encontrou sua metade. Diante de nenhum animal, Adão exclamou que tinha uma metade. No entanto, após acordar do profundo sono que Deus o colocou e lhe entregar a mulher, Adão exclamou: “Agora sim! Esta é carne da minha carne e osso dos meus ossos. Ela será chamada de ‘mulher’ porque Deus a tirou do homem” (Gn 2.23).

Adão recebeu de Deus uma companheira. E essa companheira foi bem recebida por parte de Adão a ponto do mesmo dizer: “Agora sim!...”, ou seja, isso me fazia falta. Agora tenho alguém igual.

Com seu poema apaixonado, Adão destaca que agora estava num relacionamento prazeroso e esse é o relacionamento de acordo com a vontade de Deus.

Ao dizer: “... Esta é carne da minha carne...” Adão lembra o ato criador de Deus. É a confirmação da sabedoria de Deus. Nada na natureza substitui a companhia providenciada por Deus.

Adão foi criado do pó da terra e a mulher foi criada da costela do homem. Isso indica que ambos são obra das mãos criadoras de Deus. Ambos a imagem de Deus e assim, importante e necessário para esse mundo. O homem como cuidador e a mulher como auxiliadora.

Diante dos animais, Adão não encontrou ninguém para ter intimidade e cumplicidade.

A mulher não é um mal necessário. É uma bênção divina!

... Enquanto ele dormia, Deus tirou uma das suas costelas e fechou a carne naquele lugar. Dessa costela o Senhor formou uma mulher e a levou ao homem...” (Gn 2.21-22).

A sociedade pinta a classifica a mulher como sendo um mal necessário. Há muito desrespeito para com a mulher. Cerca de 12 mulheres são assassinadas por dia no Brasil pelo simples fato de ser mulher (feminicídio). A raiz do feminicídio está no menosprezo e na discriminação à condição feminina.

Ser feita da costela significa que a mulher desfruta do esforço e da dignidade e honra do homem. A mulher é tão digna quanto o homem. Ser da costela do homem significa que a mulher respeita a fonte da sua existência. Por isso, a mulher honra, estima e permite ser governada. Ser feita da costela significa que o homem governa a mulher com consideração e gentileza.

Homem e mulher foram preparados por Deus para que vivam em companheirismo e intimidade. O homem foi colocado diante de todos os animais para ver que não há nenhum igual diante dele na natureza. A mulher sendo feita da costela do homem mostra que ambos são inseparáveis um do outro.

Há um relacionamento único entre homem e mulher. A união entre homem e mulher é algo extraordinário. É divino. É uma união inseparável. O próprio Senhor Jesus disse para “que ninguém separe o que Deus uniu” (Mc 10.9).

A esposa é mais querida que a mãe e o pai. Nada é mais íntimo que a relação homem e mulher. O homem precisa deixar para trás pai e mãe. A mulher precisa ajudar seu marido, ela não pode ser obstáculo para o marido. O homem não pode preferir pai e mãe antes da sua esposa.

Martinho Lutero disse que a criação da mulher da costela do homem é um conto de fadas de Deus. E o casamento é justamente viver esse conto de fadas que é uma verdadeira bênção de Deus. Os problemas no casamento não é o homem e a mulher, ou seja, não é por ser esse homem ou essa mulher. O problema é a natureza pecaminosa que não nos deixa ver e agradecer as bênçãos de Deus. Devido a nossa natureza pecaminosa, brigamos, reclamamos, discutimos, achamos defeitos um no outro...

Mulher não é um mal necessário!

A mulher é auxiliadora do homem. Lembre-se: sem a mulher você não teria amigos, seus familiares, nem você. Sem a mulher não haveria completitude. Cada dia da criação, Deus dizia que era muito bom. Mas, vendo sua criação, Deus observou que não é bom que o homem viva sozinho (Gn 2.18).

A mulher é uma dádiva de Deus e essa bênção foi dada ao homem. Observe um detalhe no texto de Gn 2.18-25. Os animais foram trazidos por Deus para Adão por o nome. Mas, após isso, Deus trouxe a mulher para ser auxiliadora do homem. E essa auxiliadora é tão espetacular que Adão colocou nome em Eva após a promessa de Deus referente ao salvador. Destacando que assim como a mulher era auxiliadora na criação, ela também foi auxiliadora no plano de salvação. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Feliz aquele que teme a Deus!

 03 de outubro de 2021

Salmo 128; Gênesis 2.18-25; Hebreus 2.1-13; Marcos 10.2-16

Texto: Sl 128.1-2

Tema: Feliz aquele que teme a Deus!

 

O Salmo 128 é um salmo sobre a família!

Salomão, no salmo 127, escreveu que a família depende de Deus. E ao depender de Deus, essa família, teme ao Senhor.

Ao ser descrito como “Salmo de peregrinos” o salmo 128 enfatiza que o mesmo era cantado por famílias que iam adorar e louvar, ofertar e oferecer sacrifícios, àquele que tudo concedia.

Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).

A expressão temor é usada frequentemente nos Salmos e no Antigo Testamento. Entre suas muitas ocorrências e variações no significado, aqui no Salmo 128.1, a sentença significa confiança reverente, ou seja, é uma postura de quem é devoto a Deus.

No livro de Provérbios, Salomão escreveu que essa postura reverente e agradecida diante de Deus é um tesouro na vida dos cristãos (Pv 15.16). A devoção dos seus deve-se ao grande amor de Deus (Sl 5.7), e é nesse amor que os santos põem a sua esperança (Sl 147.11).

Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).

O cristão louva, adora, oferta a Deus pelo fato de crer que o Deus que tudo concede (Sl 127) nunca deixa nada faltar aos seus. E por outro lado, os seus desfrutam as bênçãos de Deus. Você reconhece as bênçãos de Deus em sua vida?

Primeira grande bênção: a vida matrimonial!

No texto de Gênesis lemos que: “Depois que o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves, ele os levou ao homem para que pusesse nome neles. E eles ficaram com o nome que o homem lhes deu. Ele pôs nomes nas aves e em todos os animais domésticos e selvagens. Mas para Adão não se achava uma ajudadora que fosse como a sua outra metade. Então o Senhor Deus fez com que o homem caísse num sono profundo. Enquanto ele dormia, Deus tirou uma das suas costelas e fechou a carne naquele lugar” (Gn 2.19-21).

Observe que o homem não encontra na natureza sua metade. A auxiliadora do homem, a sua metade, é algo concedido por Deus. Assim, a vida matrimonial é uma grande bênção dada por Deus. E o homem que reconhece isso, é feliz.

Não há nada pior num casamento do que a reclamação de um para com o outro. Falta isso em você. Falta aquilo em você. As reclamações levam o outro cônjuge a tristeza. Deixa-se de louvar e agradecer a Deus pela companhia que Ele em seu amor nos providenciou.

Jesus disse que o motivo para separação está na “dureza de coração” (Mc 10.5). E essa dureza de coração não permite devido a reclamação, reconhecer que o cônjuge é uma bênção de Deus.

Segunda grande bênção: os filhos!

O salmista destaca que Em casa, a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas” (Sl 128.3).

Por ser uma poesia, as expressões “parreira” e “oliveiras” expressam felicidade.

Dessa forma, ao dizer: “Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1), o salmista destaca que os filhos são uma bênção de Deus (Sl 127.3).

A união matrimonial, grande bênção de Deus, proporciona outra grande bênção: um filho!

Seu filho, sendo menino ou menina, é uma grande bênção de Deus. Cada um, menino ou menina, têm sua finalidade e utilidade dentro do plano criador de Deus.

Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).

Pela fé confessamos e reconhecemos como verdade que tudo o que somos e temos é um presente do Pai. A vida humana é boa por ser um presente de Deus. Nossa vida é boa por causa daquele que nos concede essa vida.

A vida é tão valiosa que o Pai, enviou seu Filho Jesus para nos resgatar da terrível condenação eterna do pecado.

Terceira grande bênção: o sustento!

Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).

Jesus disse que o “sol brilha sobre bons e sobre maus” (Mt 5.45).

Há enigmas no trato de Deus com os seus. Temer ao Senhor significa esperar em Deus também nesses tempos.

Quando olhamos para o caos, passaremos a viver preocupados e infelizes.

A vida Cristã é vivida em um campo de batalha. Pecado, morte e o diabo são os inimigos (Rm 7.7-25). A vitória está na fé (1Jo 4.17; 5.4). Por isso, “Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1). Ou seja, o filho de Deus, aprendeu do Filho de Deus a orar: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt 6.11). O Pai celestial sabe o que precisamos e nos concede todo o necessário para o corpo e a vida.

Já vivemos dias em que a chuva excessiva inibiria a plantação e colheita. E também já vivemos dias como esses. Dias em que a estiagem parece atrasar o plantio e trará muita quebradeira. Mas, quer tenham sido dias de chuva excessiva ou estiagem prolongada, nunca houve carência de alimento. Deus continua cumprindo a sua promessa pós-dilúvio: “Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.22).

Convido você para que no almoço, na janta ou num lanche da noite, olhe para os alimentos e agradeça a Deus pela fartura proveniente das mãos divinas. Tente pensar em quantas mãos foram utilizadas para que você no conforto da sua casa possa saborear o que está saboreando.

As famílias enquanto iam para o Templo louvar, adorar, ofertar e realizar sacrifícios, o faziam na certeza do cuidado de Deus.

Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1). Eis a felicidade que vem do alto, afinal, nosso cônjuge, nosso(a) filho(a), o sustento, é concedido por Deus. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Tolerância religiosa

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto: Marcos 9.38-50

Tema: Tolerância Religiosa!

 

Durante a viagem desde as vizinhanças de Cesaréia de Filipe até Cafarnaum, os discípulos de Jesus discutiam sobre quem deles era maior. Jesus sabendo o que discutiam, Jesus salienta que o maior é sempre aquele que serve ao outro.

Tudo o que se é e possui nos faz sentir e ser julgados como melhores e maiores. No entanto, Jesus Cristo realça que não é o que uma pessoa é e possui que a torna maior, mas, o fato de servir ao outro é que a faz ser maior.

Se aquilo que se é e possui não é utilizado para servir o outro, então não se é maior, apenas é egoísmo e individualismo.

João, um dos doze, perturbou-se com essa exortação de Jesus e relata para o mestre que haviam proibido um homem que expulsava demônios em nome de Jesus. A proibição foi feita pelo fato desse homem não seguir com eles (Mc 9.38).

Tende destacado que o maior é aquele que serve, Jesus avulta que quem não é contra é a favor de Jesus e esse homem não estava contra o Reino de Jesus. Não era preciso proibi-lo. E para ilustrar isso, Jesus frisa que a simples e corriqueira tarefa de dar um copo da água em nome de Jesus já será recompensada (Mc 9.41). Dessa forma, não proíbam ninguém que está agindo em nome de Jesus.

E nesse contexto, Jesus acentua para que as mãos (Mc 9.43), os pés (Mc 9.45) e os olhos (Mc 9.47), não sejam utilizados para provocar prejuízo espiritual para si e outras pessoas.

O ensinamento de Jesus é sobre a tolerância religiosa. Não no sentido de aceitar o erro que vai contra Jesus. Afinal, o que não é contra Cristo é a favor dele (Mc 9.40).

Os discípulos proibiram aquele homem pelo simples fato de que o mesmo “não seguia com eles” (Mc 9.38). Repetiram o episódio ocorrido durante a caminhada do povo de Deus no deserto, quando Eldade e Medade pediram que Moisés proibisse alguns que profetizavam no arraial (Nm 11.28). O próprio Moisés acentuou que seria maravilhoso se mais pessoas profetizassem (Nm 11.29). O apostolo Paulo na carta aos Filipenses, mesmo apontando o erro dos opositores, sublinhou que mesmo que seja por inveja ou egoísmo, o importante é que Cristo seja proclamado (Fp 1.18).

As intolerâncias religiosas paginam páginas sangrentas e escuras da História Eclesiástica. É preciso desenvolver uma atitude tolerante.

Divisões e contendas religiosas têm causado muitos estragos. Nossa luta não é contra pessoas, mas as forças do mal (Ef 6.12). E as forças malignas só podem ser vencidas em Cristo. Quem não é contra Jesus é por nós, mesmo em formas (liturgias) de culto diferente.

Cuidado para não cair na idolatria da tradição religiosa, costume religioso, forma e estrutura de culto.

Nossos olhos, mãos e pés precisam estar sob a orientação correta para servir nas duas dimensões: Deus e o Próximo (Mt 22.37-39). As mãos, os pés e os olhos não podem ser usados para o próprio prejuízo espiritual e nem do próximo.

Lembre-se: no aqui e agora onde muitos são cotados como maiores por aquilo que são e possuem, pelo fato de não servirem ao próximo e nem a Deus, incorrerão em prejuízo eterno.

Jesus relata a respeito do inferno. Apesar de muitos questionarem, ou colocarem essa realidade em dúvida, Jesus garante que após o aqui e agora, além da eternidade com Deus, há também a eternidade nesse local terrível onde um verme nunca morre e o fogo nunca se apaga (Mc 9.43,45, 46,47). Não deixe o aqui e agora tirar você da eternidade feliz e abençoada e coloca-lo na eternidade cheio de sofrimento.

Jesus acentua a importância do servir. E o servir deve-se ao fato de que o outro necessita. A necessidade pode ser um copo de água e quando esse copo de água é dado em nome, por honra e glória de Jesus, não ficará sem recompensa (Mc 9.41). Muitas pessoas, fora das nossas trincheiras, servem a Cristo e assim, não são contra nós, mas por nós.

É preciso desenvolver uma atitude de tolerância religiosa.

Querido irmão e irmã, cuidado para que a sua religiosidade não se torne extremada a ponto de prejudicar espiritualmente outras pessoas. Numa variante do verso 40 continha o seguinte: “aquele que não é contra vós é por vós. Aquele que está longe hoje estará perto amanhã.

Para nos tirar do inferno, Deus enviou seu filho Jesus. Para tirar outros do inferno, Deus envia os seus para que através de uma atitude tolerante pessoas sejam ganhas para Cristo. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

Esperando no Senhor!

 Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto: Salmo 104.27-35

Tema: Esperando no Senhor!

 

O Salmo 104 retrata uma alegre comemoração do mundo criado por Deus. Suas palavras são uma recriação poética de Gênesis 1. Não por menos, afinal, a Bíblia é de autoria do Espírito Santo.

Suas palavras mostram uma alegre comemoração do mundo criado por Deus. Os versos 27 a 30 do Salmo 104 reconhecem que toda vida depende do Senhor e, nos versos 33 a 35 o salmista ora pela glória de Deus.

O salmista destaca que “todos esperam”. Toda criação depende do Senhor para nascer, crescer e sobreviver. Até a morte está nas mãos do Senhor. E sobre essa em Jesus, é vencedor e triunfador.

Deus se agrada da sua criação e é assim desde o início (Gn 1.31).

Toda vida está nas mãos do Senhor (Sl 104.29). O ato de respirar é uma dádiva de Deus. Deus é Senhor e doador da vida (104.30). Criar e manter a terra são algo prazeroso para Deus (Sl 104.31-34). Mesmo assim, há os que ignoram Deus, seu cuidado e proteção (Sl 104.35).

Você percebe o Deus criador e mantenedor da vida?

Nos dias do Antigo Testamento, muitas pessoas trocaram Deus por Baal. O deus cananeu da chuva e da fertilidade (Nm 25.3). O povo foi duramente advertido pelo profeta Oséias (Os 2.9).

O salmista convida a nos manter leais e fiéis ao criador (Sl 104.3).

Acreditar no Deus criador era a mensagem para o povo de Deus, no entanto, passaram a se julgar melhor que os outros povos. Esqueceram que tudo o que eram e tinham, devia-se a graça e a benevolência de Deus.

Não somos maiores e melhores que ninguém, afinal, Jesus disse que não nos é possível acrescentar nem uma hora a mais a nossa existência (Mt 6.27) que está nas mãos de Deus.

A preocupação nos leva a trabalhar desenfreadamente e ao final do trabalho, louvamos nossos esforços e dedicação. Deixa-se de honrar ao Senhor, confiar no seu poder mantenedor, e entender que a vida, toda existência, está nas mãos daquele que criou.

O ato de Deus ter criado, manter e preservar confere paz a minha vida.

Assim como o salmista, reconheçamos que toda vida depende do Senhor e, oremos pela glória de Deus. Continuemos a esperar no Senhor, por Ele nascemos, crescemos e sobrevivemos. Amém

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Unção com óleo!

 26 de setembro de 2021

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto: Tiago 5.14

Tema: Unção com Óleo

Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14).

O assunto unção com óleo é cheio de dúvidas e tem causado muitos transtornos na vida de muitos congregados. É preciso aproveitar o texto de Tiago 5.14 “Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor” e enumerar alguns pontos.

1 - Desvios sobre o ensino da unção com óleo

a) Extrema Unção – A igreja Romana desde o século XII e XIII criou o dogma da extrema unção com base em Tiago 5:14. Esse dogma foi mudado e reafirmado pelo Concílio Vaticano II, quando se tira a expressão “extrema unção” e muda para “unção de enfermos”.

A extrema unção é para a alma e não para o corpo. É preparação para a morte e não cura para a vida. Enquanto o propósito de Tiago é claro: unção para cura e não preparação para a morte.

b) Posição Neopentecostal – A crença que toda doença procede do diabo e consequentemente é da vontade de Deus curar a todos em todas as circunstâncias.

c) A Prática da Unção Generalizada – Pastores que ungem todas as pessoas que estão dentro da igreja, bem como objetos.

d) A Prática da Unção Realizada por todas as Pessoas – São os presbíteros que ungem e não outros membros da igreja.

Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14)

2 - A Bíblia é a prática da unção com óleo

a) O óleo como cosmético – Mt 6:17

b) O óleo como remédio – Lc 10:25-37; Is 1:6

c) O óleo como símbolo espiritual – Mc 6:13; Tg 5:14

A unção com óleo, na época era um remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo, “azeite em nome do Senhor” na Escritura sempre representa um sinal para o Espírito Santo (Êx 29.7; Nm 32.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). Simbolizando assim que o Espírito Santo concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7), começando pelo íntimo e chegando ao físico. E em tantas outras partes da Escritura encontramos a cura sem a unção com óleo e com a imposição de mãos (At 5.12; 14.3; 19.11). É preciso destacar que o ponto não está no óleo, nem nas mãos, mas na oração em nome do Senhor, pois no verso 15, ouvimos as palavras de Tiago: “Essa oração, feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido” (Tg 5.15).

3. A unção com óleo em Tiago - remédio ou símbolo espiritual?

a) A posição de que o óleo é remédio

Jay Adams é o maior defensor desta tese. Seu principal argumento é a palavra grega usada por Tiago (aleipho = friccionar + lipo = gordura).

Thomas Goodwin usava os argumentos de que os presbíteros são os administradores da unção e não tinham necessariamente o dom de cura. Ele observa que os receptores da unção eram os membros da igreja, enquanto que os milagres se estendiam a todas as pessoas. Isso, pelo fato dos cristãos entenderem a simbologia da unção com óleo. Outro ponto, é que o dom de cura não estava limitado ao uso do óleo, pois, se a unção com óleo significasse cura eficaz, os cristãos teriam encontrado uma forma de escapar da morte e esqueceriam de Jesus.

b) A posição de que o óleo é um símbolo espiritual

Tiago usou aleipho e não chrio, sendo que ambos significam ungir. O fato é que chrio jamais é usado para o ato físico de unção, sendo apenas usado no sentido metafórico (Lc 4:18; At 10:38).

O óleo em Tiago 5:14 não é medicinal porque não é o óleo que cura, nem o óleo mais a oração que curam, mas a oração da fé. Pois, os presbíteros são chamados para ungir com óleo, pois, se a unção fosse medicinal, poderia ser feita por qualquer outra pessoa sem a necessidade de convocar os presbíteros e que a mesma precisassem ser feitas em nome do Senhor.

As palavras “em nome do Senhor” colocam os limites da cura. O poder está no nome de Jesus. A cura vem pelo poder do nome de Jesus e não pelo efeito terapêutico do óleo. Isso faz da unção com óleo um exercício espiritual e não uma prática medicinal.

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

O desviado diante de Deus em oração!

 26 de setembro de 2021

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto: Tg 5.19-20

Tema: O desviado diante de Deus em oração!

 

Todos os cristãos correm o mesmo perigo e risco: afastar-se da verdade! Tiago termina sua carta falando sobre esse perigo e alerta aos cristãos sobre como agir caso alguém tenha se afastado da verdade.

Paulo escreve aos Gálatas dizendo que é preciso falar de Deus para um desviado (Gl 6.1) e, Tiago escreve dizendo que é preciso falar do desviado para Deus (Tg 5.19).

A sabedoria desse mundo se opõe a sabedoria de Deus (Tg 3.13-18). A sabedoria de Deus é Cristo e é de Cristo que o nosso inimigo quer nos afastar. Por esse motivo, o autor a carta aos Hebreus escreveu: “por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas” (Hb 2.1).

Tiago diz que alguém que se afastar da verdade e enveredar-se no pecado está na morte eterna. Além de colocar tal pessoa diante de Deus por nossas orações, Tiago diz também que quem fizer com que essa pessoa retorne ao bom cainho, tirará essa pessoa da morte eterna e fará com que seus pecados sejam perdoados.

Em sua exortação aos que se afastaram da verdade e que estão longe do Senhor (Mc 9.42-50), Jesus diz: “... se o sal perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? ...” (Mc 9.50). Por isso, Jesus aconselha “tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Mc 9.50).

Se relembrarmos o sermão do Morte (Mt 5 -7), ouvimos Jesus dizendo por essas palavras que os cristãos são o sal de Deus e salgam o mundo (Mt 5.13). Salgamos o mundo com nossas orações. Salgamos os afastados da verdade, quando falamos deles ao Pai celestial.

Precisamos ajudar os que se desviaram da verdade! Ela precisa voltar, para ser salva da morte, receber perdão, vida e salvação. Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann

Bom tempo para oração!

26 de setembro de 2021

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto:  Tiago 5.17-18

Tema: Bom tempo pela oração!

 

Creditamos o bom tempo, a boa colheita, as inovações tecnológicas. Tudo isso, é motivo de louvarmos a Deus. No entanto, é preciso orar pelo tempo.

Tiago cita o exemplo de Elias, um ser humano comum como todos nós, mas sua oração fervorosa, ficou sem chover 3 anos e seis meses. (1Rs 17.1).

Israel havia se afastado de Deus e em confronto com o Rei, o povo e os profetas de Baal, Elias orou para mostrar que Deus ainda era Deus e que ele governa todas as coisas. Após o grande período de seca, Elias orou, e choveu e a terra deu as suas colheitas.

As pessoas não estão usando o maior poder que Deus lhes coloca as mãos, a oração.

Não oramos pela produção, pela fertilidade da terra, pela chuva, pelo meio ambiente.

Assim como Elias orou fundamentado na promessa de Deus (1Rs 18.1), podemos nós orar, pois recebemos uma promessa de Deus: “...Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.22).

Oramos por causa das promessas de Deus. E muitas são as suas promessas relacionadas a oração, por isso, “orem sempre” (1Ts 5.17). O Deus que nos convida a orar, é aquele que nos ouve e promete nos atender. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

Orem sempre!

 26 de setembro de 2021

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50

Texto: Tg 5.14-16

Tema: Orem sempre!

 

Tiago, irmão do Senhor Jesus, escreveu uma carta que convida os que creem a prática da fé.

Dentro dessa prática, convida o cristão sofredor a orar e o cristão que já recebeu a bênção de sair do sofrimento a cantar louvores (Tg 5.13). Entre as práticas da fé, Tiago enumera algumas atitudes que tem causado muitos atritos entre pastores e congregados. Ouçamos com atenção as recomendações: “Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14). “Essa oração, feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido” (Tg 5.15). “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros, para que vocês sejam curados. A oração de uma pessoa obediente a Deus tem muito poder” (Tg 5.16).

1 - Doente – chame os presbíteros para que orem, coloquem azeite na cabeça.

2 – Doente – ao chamar os presbíteros, aproveite e confesse seus pecados e orem;

Qualquer doença traz solidão. Nessa situação é comum que a pessoa fique queixosa e passe a reclamar de muitas coisas, inclusive do pastor que não lhe visitou. Tiago aconselha que o próprio enfermo cristão, tome a iniciativa: “chame os presbíteros da igreja”.

Se a tendência do enfermo é ficar resmungando e dizendo que ninguém o vem visitar, Tiago recomenda que o enfermo chame os presbíteros com a mesma naturalidade que chamam um médico.

Por que chamar os presbíteros da igreja?

Jesus concedeu uma importância especial à visita a enfermos e concedeu à oração conjunta uma promessa especial (Mt 25.36; 18.19).

E na visita aos enfermos há 3 recomendações importantes de Tiago: ore na fé em Jesus, derrame uma unção de óleo, confesse os pecados.

A visita ao enfermo não visa somente a cura do doente. O desejo de Deus é que o enfermo sinta o amor e a presença de Deus. A visita ao enfermo é uma excelente oportunidade para que o doente veja sua situação diante de Deus, confesse seus pecados e receba o bálsamo do perdão.

A unção com óleo, na época era um remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo, “azeite em nome do Senhor” na Escritura sempre representa um sinal para o Espírito Santo (Êx 29.7; Nm 32.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). Simbolizando assim que o Espírito Santo concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7), começando pelo íntimo e chegando ao físico. E em tantas outras partes da Escritura encontramos a cura sem a unção com óleo e com a imposição de mãos (At 5.12; 14.3; 19.11). É preciso destacar que o ponto não está no óleo, nem nas mãos, mas na oração em nome do Senhor, pois no verso 15, ouvimos as palavras de Tiago: “Essa oração, feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido” (Tg 5.15).

A oração feita com fé significa que está fundamentada na fé no Senhor a quem se ora. É a oração feita por alguém que crê em Cristo, que está na comunhão dos santos, e que confia naquele a quem ora. Essa oração feita com fé, salvará a pessoa doente. Mas, além da cura física, Deus dá o que mais a pessoa precisa: perdão dos pecados.

Se a doença traz solidão e acusação dos pecados – na doença, junto ao presbítero, haverá possibilidade de confissão e perdão.

Na angústia da doença, a pessoa se desnuda. A pessoa já não quer mais preservar a sua imagem. Tudo o que ela deseja é consolo e esse está no perdão. Ela diz coisas que não diria em outra situação. Tenho vivido momentos maravilhosos com pessoas no leito da morte. Momento de confissão, perdão e oração.

É interessante a ligação que Tiago faz entre doença e pecado (vv. 15 e 16). Nem toda doença é devido a um pecado pessoal, afinal, só há doença por causa do pecado, da natureza pecaminosa, resultado da queda em pecado. Sabendo disso, Tiago recomenda que se chame o presbítero (responsável pelo ensino). Já que o doente está impossibilitado de ir à igreja, chame o pastor.

Sempre brinco com as pessoas que muitos acham que o pastor é bruxo. Pensam que ele tem bola de cristal e consegue por si só saber quem está precisando. Avisem! Chamem!

Muitas vezes, a pessoa quando doente quer falar alguma coisa que pesa sobre a mesma. Quando ficamos doentes é comum querer saber o pôr que. E muitas vezes, as pessoas sobrecarregam a sua consciência com algum pecado cometido e precisam confessar seu pecado e ouvir a boa nova do perdão. Observe que pecado privado, requer confissão privada. Pecado público, requer confissão pública.

Tanto a imposição de mãos, bem como a unção de óleo são símbolos da ação de Deus. Não é que a mão de determinada pessoa ou o óleo de determinada demonização é mais poderoso. A recomendação da oração vem de Deus. Ele prometeu ouvir e atender as orações a seu modo e tempo. Todo o poder é dele e todo louvor precisam ser a ele.

Orar pelo tempo! (vv.17-18)

Creditamos o bom tempo, a boa colheita, as inovações tecnológicas. Tudo isso, é motivo de louvarmos a Deus. No entanto, é preciso orar pelo tempo.

Tiago cita o exemplo de Elias, um ser humano comum como todos nós, mas sua oração fervorosa, ficou sem chover 3 anos e seis meses. (1Rs 17.1).

Israel havia se afastado de Deus e em confronto com o Rei, o povo e os profetas de Baal, Elias orou para mostrar que Deus ainda era Deus e que ele governa todas as coisas. Após o grande período de seca, Elias orou, e choveu e a terra deu as suas colheitas.

As pessoas não estão usando o maior poder que Deus lhes coloca as mãos, a oração.

Não oramos pela produção, pela fertilidade da terra, pela chuva, pelo meio ambiente.

Assim como Elias orou fundamentado na promessa de Deus (1Rs 18.1), podemos nós orar, pois recebemos uma promessa de Deus: “...Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.22).

Oramos por causa das promessas de Deus. E muitas são as suas promessas relacionadas a oração, por isso, “orem sempre” (1Ts 5.17).

Tiago termina sua carta falando sobre o maior de todos os perigos que corremos – afastar-se da verdade.

Paulo escreve aos Gálatas dizendo que é preciso falar de Deus para um desviado (Gl 6.1) e, Tiago escreve dizendo que é preciso falar do desviado para Deus (Tg 5.19).

O maior risco é se afastar da verdade. Assim como falado na semana passada, a sabedoria desse mundo se opõe a sabedoria de Deus, que é Cristo, por esse motivo, o autor a carta aos Hebreus escreveu: “por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas” (Hb 2.1).

Tiago diz que alguém que se afastar da verdade e enveredar-se no pecado está na morte eterna. E quem fizer com que essa pessoa retorne, tirará essa pessoa da morte eterna e fará com que seus pecados sejam perdoados.

Em sua exortação aos que se afastaram da verdade e que estão longe do Senhor (Mc 9.42-50), Jesus diz: “... se o sal perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? ...” (Mc 9.50). Por isso, Jesus aconselha “tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Mc 9.50).

Se relembrarmos o sermão do Monte (Mt 5 -7), ouvimos Jesus dizendo por essas palavras que os cristãos são o sal de Deus e salgam o mundo (Mt 5.13). Salgamos o mundo com nossas orações. Salgamos os afastados da verdade, quando falamos deles ao Pai celestial.

Precisamos ajudar os que se desviaram da verdade! Ela precisa voltar, para ser salvo da morte, receber perdão, vida e salvação.

Tiago termina sua carta falando de oração. Oração pelos que sofrem, pelos enfermos, e cuidado e restauração aos que se desviaram da verdade.

 

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

A oposição sobre a verdade!

 19 de setembro de 2021

Salmo 54; Jeremias 11.18-20; Tiago 3.13-4.10; Marcos 9.30-37

Texto: Jr 11.18-20

Tema: A oposição sobre a verdade!

 

O profeta Jeremias nasceu na cidade de Anatote, 626 anos antes do nascimento de Cristo. É conhecido como o profeta chorão. Foi o profeta que mais sofreu, devido ao afastamento e rebeldia do povo de Deus. O povo que havia sido escolhido por Deus, agora, após muitos anos da libertação da escravidão do Egito e instalados e ricos na terra prometida, voltou-se a outros deuses, em especial Baal. O povo de Deus violou a aliança que Deus havia feito com eles.

O profeta Jeremias foi enviado para repreender o povo afastado e rebelde. Jeremias advertiu, aconselhou, enfrentou governantes e falsos sacerdotes. Jeremias foi um pregador fiel. Mas, como a verdade sempre sofre oposição, assim foi com Jeremias. Ele foi ridicularizado, ignorado, passou fome, foi ameaçado e amaldiçoado.

O profeta Jeremias é um exemplo de dificuldades e perigos que um profeta de Deus enfrenta em meio a um povo rebelde e afastado de Deus. Ao mesmo tempo, Jeremias é um exemplo de que apesar de todas as adversidades, o apego a Deus é fortaleza, força e motivação para continuar servindo com fidelidade.

Deus disse ao profeta Jeremias tudo o que seus inimigos estavam tramando contra o profeta. Deus trouxe orientação, ânimo e conforto a esse profeta.

Jeremias resistiu diante desse povo rebelde e desobediente apegado à Palavra de Deus. Deus era seu orientador, confortador e animador numa situação em que a melhor alternativa seria desistir.

O apostolo Tiago adverte (Tg 3.1-12) sobre o oficio do ensino. Cada pregador tem uma enorme responsabilidade no ensino e na proclamação da Palavra de Deus. E por se tratar da Palavra de Deus, cada pregador está sujeito à rejeição, humilhação, zombaria e perseguição.

Tenho observado muitos colegas pastores desanimados, deprimidos, angustiados. Muitos estão sofrendo e não encontram respostas para suas dúvidas e inquietações. Sempre comento com a minha esposa que estou preocupadíssimo com a relação eclesiástica – pastore congregados. Pois se pastores estão pensando em desistir é porque estão sofrendo nas mãos de um povo que não é qualquer povo, mas o povo de Deus.

O que fazer?

Apegar-se, tanto o pastor quanto congregação, à Palavra de Deus.

O apostolo Tiago recomenda: “limpem os vossos corações” (Tg 4.8). Entendo que, ao pronunciar isso, um pastor deprimido, angustiado, humilhado, será ainda mais oprimido. Mas, não se pode calar. É necessário advertir, afinal, Jesus deixa claro em sua explicação aos mandamentos: “Faze isto e viverás” (Lc 10.28) e o apostolo admoesta: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5.14).

Quem de nós consegue cumprir tais exigências? É possível limpar o coração? Fazer e viver? Despertar do sono? Ninguém é capaz.

É o mesmo quando um credor exige pagamento, mas o devedor não tem condições de efetuar o pagamento. O credor sabe que o devedor está sem trabalho, sem dinheiro, mas o cobra, pois sabe que o devedor foi displicente e, além de tudo, vaidoso e presunçoso. Quando o credor cobra a dívida atrasada, mesmo sabendo que não há condição para tal, o credor deseja humilhá-lo e fazer com que o devedor abandone o seu orgulho.

Queridos.

Não tenhamos a mesma atitude que teve o povo rebelde e desobediente. Eles queriam silenciar Jeremias. Nem se deram conta de que silenciando o profeta, estariam silenciando a Palavra de Deus e sem a Palavra de Deus, estariam se perdendo.

Quando Deus em sua Palavra nos cobra para que limpemos o coração, cumpramos a lei para vivermos e acordemos da sonolência, o faz para mostrar e provar para mim que eu não posso cumprir as minhas obrigações. E tendo me humilhado, apresenta-se a mim com seu doce evangelho restaurador.

No evangelho restaurador, onde Deus, mesmo o povo sendo rebelde e desobediente, vem ao nosso encontro para através dele nos motivar, animar a servi-lo com fidelidade.

Deus foi ao encontro de Jeremias com sua Palavra.

Deus continua vindo ao nosso encontro com a sua Palavra.

Como está o nosso ouvir? Lembre-se: santificar o dia do descanso é mais do que um mero costume de ir à igreja. Santificar o dia do descanso é ouvir, estudar, meditar na Palavra de Deus. Uma palavra que conforta, anima e orienta.

Se o profeta Jeremias não tivesse dado atenção a Palavra de Deus e tivesse agido como o povo, virado as costas, não teria encontrado ânimo, força e motivação para continuar na missão de Deus.

Continuar com as costas viradas para Deus é continuar enfrentando o problema que queremos derrotar e não o derrotaremos.

Limpem o vosso coração, façam e vivam, acordem da sonolência!

Eu não consigo!

Diante disso, Jesus ensinou e ensina que só uma coisa é necessária (Lc 10.38-42), dar ouvidos à Palavra de Deus. Deus age pela sua Palavra. Pela Palavra Deus oferece e dá a fé.

Vamos parar de resistir a graça de Deus. A chama ardente que o corrói por dentro, se deve ao fato de que se reconhece o pecado. Não apague essa chama com pensamentos ou com coisas fugazes. O evangelho transformador, a água viva, apagará essas chamas e transformará você gradativamente.

Tantos se perderam eternamente ao longo da história da humanidade por não darem ouvidos a Palavra de Deus. Não faça parte dessa estatística. Ouça o que Deus lhe diz. E tudo o que Deus nos diz está resumido em seu Filho Jesus Cristo, aquele que tornou e torna possível a limpeza do nosso coração, o fazer e viver e o acordar da sonolência. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...