segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Diante da maldade – viva alegre, em oração e gratidão.

 17 de dezembro de 2023

Terceiro domingo de advento

Salmo 126; Isaías 61.1-4,8-11; 1Tessaloniceses 5.16-24; João 1.6-8,19-28

Texto: 1Ts 5.16-24

Tema: Diante da maldade – viva alegre, em oração e gratidão.

 

A terceira vela na coroa de advento simboliza a alegria.

estejam sempre alegres, orem sempre e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões...” (1Ts 5.16-18).

Estar sempre alegre significa descansar em Deus. Alegrar-se é continuar vivendo mesmo sendo abatido pela tristeza em decorrência das vicissitudes do dia-a-dia.

Chamou minha atenção uma informação que li de Gleen Coon, adventista, onde o autor destaca que há mais ordem na Bíblia para alegria do que guardar o sábado.

O apostolo Paulo na carta aos Tessalonicenses, em especial a perícope de 1Ts 5.16-18, enumera três conselhos:

                                               1 – alegrar-se;

                                               2 – orar sempre;

                                               3 – agradecer sempre;

Qual a razão desses conselhos do apostolo Paulo?

A julgar pelo verso 15 do capítulo 5: “Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal. Pelo contrário, procurem em todas as ocasiões fazer o bem uns aos outros e também aos que não são irmãos na fé” (1Ts 5.15), pode concluir que diante da maldade das pessoas o recomendável é: alegrar-se, ora, agradecer.

Ao destacar a alegria constante, oração contínua e a gratidão incessante, o apostolo enfatiza com realce a dependência de Deus. Ou explicando melhor:

alegrar-se diante das maldades alheias, é saber que se é dependente de Deus e esse Deus do qual dependo, reverte a maldade em bem. Assim como fez com José (Gn 50.20) e como escreveu Paulo aos Romanos (Rm 8.28). Orar é depender de Deus. Ser agradecido é estar em divida com Deus diante de toda sua providência.

Estamos rodeados por pessoas maldosos. Um autor desconhecido escreveu: “Existe tanto bem no pior de cada um, e tanto mal no melhor de cada um, que dificilmente sabemos julgar quem é ovelha e quem é cabrito”. No entanto, diante da maldade, continue alegrando-se, orando, agradecendo, ou, esperando em Deus, afinal, se é dependente dEle.

Ore sempre – seja constante na oração. Não desista, não deixe de orar. Orar é a transpiração do cristão. Oração é uma chave que abre e fecha. Oração é uma arma de defesa. A oração é uma bomba atômica de Deus deixada a nossa disposição.

Crisóstomo escreveu “a oração é tão poderosa que amarrou a ira de leões, aplacou a ordem da natureza, expeliu demônios, curou enfermidades,...” . Durante a história da igreja, tribunais, arenas, fogueiras, fuzilamento, prisões, fome, sede, perseguição, incompreensão, foram encarados com oração.

Quando a Índia era dominada pelos ingleses, o Lord Halifax, vice rei na Índia, escreveu uma carta para Londres chamando Gandhi de homem estranho. Na carta o Lord destacava que quando Gandhi não conseguia dominar a vontade rebelde do seu povo, passava a noite trancado em seu quarto. E o que chamava a atenção era que no outro dia, seus conterrâneos lhe obedeciam. Após isso, Lord Halifax escreveu que enquanto ele apelava para os políticos e armas dos ingleses, Gandhi conhecia uma arma secreta desconhecida por ele.

A oração é fundamental para cada cristão. Sei que Deus ouve meu orar. Não oro por Deus me atender, afinal, há orações que Deus não atende e nunca atenderá. Oro por saber que Deus me ouve e está atento ao meu clamor. Oro por ser dependente de Deus. E por essa dependência eu me alegro, mesmo diante das maldades. Por essa dependência diária, eu agradeço em todas as ocasiões, inclusive nas situações adversas.

                                               1 – alegrar-se;

                                               2 – orar sempre;

                                               3 – agradecer sempre;

Ser agradecido!

Se você pudesse fazer uma lista de dez coisas pelas quais é agradecido, o que seria?

Recordemos que um homem perdeu tudo que possuía, e mesmo assim louvou (Jó 1.21).

A ingratidão é como uma gripe – passa de um para outro.

Converse com quem reclama. Em pouco tempo, você estará reclamando, inclusive de uma das dez coisas que é agradecido.

Pessoas reclamam do cansaço e não agradecem o trabalho.

                                               1 – alegrar-se;

                                               2 – orar sempre;

                                               3 – agradecer sempre;

O apostolo Paulo na carta aos Tessalonicenses enumera essas três atitudes cristãs diante das maldades das pessoas. Continue a viver dependente de Deus, afinal, o pão nosso de cada dia nos dá hoje. Ele faz nascer o sol sobre justos e injustos. Amém

E.R.T.

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Conscientizados da nossa total dependência de Jesus Cristo - Is 64.1-9

 03 de Dezembro de 2023

1º Domingo no Advento - Cor litúrgica: Azul ou roxo

Sl 80.1-7; Is 64.1-9; 1Co 1.3-9; Mc 11.1-10 ou Mc 13.24-37

Tema: Conscientizados da nossa total dependência de Jesus Cristo

 

Abordamos o texto de Isaias nesse primeiro domingo de Advento. Observando bem de perto, transparece um pedido, uma súplica. O povo está sofrendo, e isso se deve ao silêncio de Deus. O que indica é que aqueles que abandonaram a Deus agora enfrentam uma vida sem Deus. O povo que caiu na tentação e aceitou a viver conforme o espírito de auto suficiência e orgulho sente-se agora desamparado e isso os levou ao sentimento de desamparo.

O povo lembra do passado: “Elas seriam como a água que ferve em cima de um fogo forte. Os teus inimigos reconheceriam a tua fama e tremeriam de medo diante de ti. Quando fizeste coisas maravilhosas, que nós nem esperávamos, tu desceste do céu, e as montanhas tremeram diante de ti. Nunca ninguém viu ou ouviu falar de outro deus além de ti, de um deus que faz coisas assim em favor dos que confiam nele” (Is 64. 2 – 4). E olhando para esse passado, o povo lembra da intervenção gloriosa de Deus no meio do povo.

Temos diante de nós um texto (Is 64.1-9) que reflete conscientização do povo sobre sua atual situação. Já que haviam iniciado uma jornada que os afastou de Deus e os levou a tentarem buscar independência de Deus, houve arrependimento e confissão dos pecados: “...Tu estavas irado conosco, mas nós continuamos a pecar; ...todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, os carregam para longe” (Is 64.5b–6). Dessa forma, arrependido, o povo declara sua dependência de Deus: “Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti” (Is 64.8).

Querer tornar-se independente de Deus é desejar viver o caos. Deus nos leva pela sua Palavra a termos consciência de nossa total dependência dEle. E justamente para a dependência de Deus que o apóstolo Paulo aponta aos coríntios: “Por estarem unidos com Cristo Jesus, vocês foram enriquecidos em tudo, ...” (1Co 1.5a). Assim como o profeta Isaias precisou conscientizar o povo para sua total dependência de Deus, o apostolo Paulo conscientizou os cristãos de Corinto.

O povo ao qual o profeta Isaias anunciou a Palavra de Deus reconheceu seu pecado e clamou por perdão. Deus em seu amor através do profeta Isaias anunciou a mensagem de esperança, a mensagem da salvação no descendente de Davi que viria daquele povo exilado na Babilônia. Com a certeza da salvação o povo era convidado a permanecer em Deus.

Precisamos ser conscientizados da nossa total dependência de Jesus Cristo. Pois facilmente, assim como o povo de Deus no antigo testamento, podemos nos deixar levar pelo espírito da auto suficiência e do orgulho de querer viver longe do nosso salvador. Conscientes de que o melhor lugar, é estar edificado em Jesus, nele seremos enriquecidos, e enriquecidos nEle, nada nos separará de Jesus. Em Jesus, Deus não esquecerá jamais que somos o povo dele. Amém!

E.R.T.

Entrada triunfal de Jesus - Marcos 11.1-10

 03 de Dezembro 2023

Primeiro Domingo de Avento

Salmo 80.1-7; Isaías 64.1-9; 1Co 1.3-9; Marcos 11.1-10

Texto: Marcos 11.1-10

Tema: Entrada triunfal de Jesus

 

A festa da Páscoa era o prazer dos judeus e o desespero dos romanos. Era festa para aqueles e o medo de uma insurreição para estes. Foi nessa maior festa pública dos judeus que Jesus veio a Jerusalém para morrer, e Ele desejou que toda a cidade pudesse saber isso.

Jesus preanunciou sua entrada em Jerusalém três vezes. Agora havia chegado o grande momento. Não tem nada de improvisação. Nada de surpresa. Ele veio para essa hora.

A entrada de Jesus em Jerusalém foi externamente despretensiosa. Não entrou cavalgando um cavalo fogoso, ou brandindo uma espada nem acompanhado de um exército. Não veio como um conquistador político, mas como o redentor da humanidade.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi totalmente diferente daquelas celebradas pelos conquistadores romanos. Quando um general romano retornava para Roma, depois de sua vitória sobre os inimigos, era recebido por grande multidão. O general vitorioso desfilava em carruagem de ouro. Os sacerdotes queimavam incenso em sua honra e o povo gritava o seu nome, enquanto seus cativos eram levados às arenas para lutarem com animais selvagens. Essa era a entrada triunfal de um romano.

Ao montar um jumentinho Jesus dizia que sua missão era de paz, de acordo com a profecia de Zacarias: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9.9). O fato de Jesus montar um jumentinho definia a natureza do seu reino, que não havia de vir com força militar nem com ostentação carnal.

A entrada triunfal de Jesus proclamava o Messias com vozes de júbilo, tanto pela multidão que estava em Jerusalém quanto àqueles que o acompanhavam à cidade santa. Os gritos do povo apontou Jesus como o Salvador: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor”.

A palavra Hosana é um clamor pelo Salvador. É um clamor de um povo que aguardava o salvador. Hosana significa “salvar agora”, ou “salve – nós suplicamos”.

Os gritos do povo apontavam Jesus como o Rei. Jesus é o Rei e com Ele chegou o seu reino. Os reinos do mundo levantam-se e caem, mas o reino de Cristo jamais passará. Jesus é maior do que Davi. Davi inaugurou um reino terreno e temporal, mas o reino de Cristo é celestial e eterno. Com essa saudação a multidão estava reconhecendo, em Jesus, o Messias que salva o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21).

E.R.T.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Rebanho de Cristo! Mateus 25.31-46

 

26 de novembro de 2023

Salmo 95.1-7; Ezequiel 34.11-16,20-24; 1Coríntios 15.20-28; Mateus 25.31-46

Mateus 25.31-46

Tema: Rebanho de Cristo!

Versículo tema: “ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. ... Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo ...” (Mt 25.32,34).

 

A distinção das ovelhas e das cabras era possível devido à coloração do pelo. Mesmo à distância, o pastor conseguia distinguir a ovelha da cabra. Cabra e ovelha são animais diferentes um do outro, e mesmo assim, ambos pastavam e pastam juntos.

As ovelhas são animais mansos, obedientes, ingênuos e facilmente podem se perder. As ovelhas dependem da condução de alguém. As cabras, pelo contrário, são desobedientes, destruidores dos campos e de espécies de árvores. Ao destruir a vegetação, impossibilitavam uma boa alimentação das ovelhas. Na Palestina, mesmo pastando junto das ovelhas, os cabritos eram considerados inúteis devido à destruição que causavam.

Jesus aproveita-se desse contexto cultural e conta a parábola onde fala sobre a separação das ovelhas e das cabras. Ele Jesus, é o pastor (Jo 10; Sl 23), que está na porta do aprisco e separará as ovelhas dos cabritos.

Aproveito-me dessa figura usada por Jesus para destacar que ovelhas e cabritos continuam pastando juntos nesse mundo. E assim como era possível diferenciar um do outro pela cor do pelo, ainda hoje, é possível diferenciar as ovelhas dos cabritos pelo critério anunciado por Jesus. As ovelhas têm uma fé prática no amor. Os cabritos apenas causam destruição.

Um autor desconhecido escreveu: “Existe tanto bem no pior de cada um, e tanto mal no melhor de cada um, que dificilmente sabemos julgar quem é ovelha e quem é cabrito”.

A prerrogativa da separação das ovelhas e dos cabritos é de Jesus, o vencedor da morte, do diabo e do inferno. Daquele que veio e pagou um alto preço pelo rebanho. Aquele que vitorioso subiu aos céus e em glória e majestade descerá do céu e separará as ovelhas das cabras.

O ser humano, ovelha ou cabrito, considera pela aparência externa e espetáculo humano. Jesus Cristo, o pastor do rebanho, reconhece suas ovelhas que são práticos no amor que emana da fé (Hb 11.6; Tg 2.17). As ovelhas do rebanho amam as ovelhas do rebanho, em especial as ovelhas feridas pelos cabritos.

O Rebanho de Cristo age como ovelha representando seu Pastor e Senhor, em favor dos marginalizados pelos cabritos que as perseguem, mata e explora.

No rebanho de Cristo, as ovelhas socorrem as ovelhas do rebanho (Mt 25.40). Os pequeninos com sede, fome, presos, são ovelhas de Jesus prejudicadas pelos cabritos.

A Palavra de Deus, por boca de Jesus, é clara ao enumerar que ovelhas e cabritos pastam juntos (Mt 25.31-46), e que, trigo e joio crescem juntos (Mt 13.24-30). Cabritos serão separados das ovelhas e o joio do trigo por Jesus.

Cabritos e joio causam estragos, destruição e frustração, mas, devem continuar pastando e crescendo juntos as ovelhas e o trigo.

Não é atribuição humana separar cabrito e arrancar o joio. É preciso permanecer rebanho de Cristo, sendo sua ovelha.

Ao falar das 10 virgens, Jesus alerta seu rebanho à vigilância. Ao contar a parábola dos talentos, Jesus convida seu rebanho a fidelidade no exercício do sua responsabilidade. E ao enumerar que o pastor separará as ovelhas das cabras, lembra a todos que continuem animados, firmes, fiéis na prática do amor e no serviço do Senhor.

Os cabritos que destroem estão desanimando as ovelhas. Muitas ovelhas se encontram desorientadas e perdidas seguindo os cabritos. Muitas ovelhas já abandonaram a pratica do amor e do serviço cristão. Infelizmente, contaminadas pelo mundo e pela carne pecaminosa, concluíram que a honestidade não vale a pena. As pessoas não precisam ser ajudadas, precisam apenas ser motivadas para realizar seus objetivos.

Rebanho de Cristo – Cuidado! O bom pastor Jesus, dono do rebanho, continua pastoreando os seus. As ovelhas socorrem ovelhas prejudicadas pelos cabritos. As ovelhas que abandonaram o serviço cristão e a pratica do amor, ouça o que o Senhor da Igreja, o dono do rebanho anunciou por João na carta em Apocalipse: “...volte ao primeiro amor... arrependa-se do seu pecado e façam o que faziam no princípio” (Ap 2.4-5).

Os cabritos recebem o hoje como uma oportunidade do dono do rebanho para poderem seguir as pegadas do rebanho (Ct 1.8). Nesse sentido, ser e permanecer ovelha é atuar na missão de Deus de salvar (1Tm 2.4). O pastor do rebanho virá e dirá: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo ...” (Mt 25.34).

O rebanho de Cristo, nesse mundo, por causa dos cabritos, caminha nesse mundo como que em um vale de lágrimas (Sl 23.4). Mas, mesmo em meio aos cabritos, o pastor Jesus sabe quem é sua ovelha pela prática das boas obras e deseja que o socorro continue sendo prestado constantemente. As ovelhas podem ter por certo de que o pastor delas, Jesus, nunca dorme, nem cochila para continuar cuidando dos seus, afinal, os cabritos causam muita destruição. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Mordomos do e no tempo! Salmo 90.12

 

19 de novembro de 2023

Salmo 90.1-12; Sofonias 1.7-16; 1Tessalonicenses 5.1-11; Mateus 25.14-30

Salmo 90.12

 

Texto: Salmo 90.12

Tema: Mordomos do e no tempo!

 

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12)

 

Todas as pessoas se preocupam com tempo. Perguntas como: o que o futuro me reserva? O que será de mim amanhã? O que acontecerá na próxima semana?

Para muitas pessoas o passar do tempo é apenas um fator incontrolável que traz felicidade ou infelicidade.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

O termo Mordomia corresponde ao termo Grego “oikonomos” (mordomo) e “oikonomia” (mordomia). A raiz da palavra é oikos (casa), e o verbo nemeim (distribuir, fazer, gerir). No grego clássico significa “administrador de uma casa.Oikonomia significa gerência, direção, ou administração doméstica e suas diversas implicações.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

1 - A Bíblia nos diz muito sobre o tempo

O cristão sabe pela Palavra de Deus que é um administrador daquilo que Deus dá.

É impossível definir o tempo, mas é possível descrevê-lo. Tempo é muito mais que certa quantia de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos. O tempo é um período de oportunidades. É um presente valioso de Deus. Deus nos confiou tempo, e com ele, inúmeras oportunidades para cumprir o objetivo de nossa vida servindo a Deus e ao nosso próximo.

Thomas Edison, que passou muitas horas do dia e da noite em seu trabalho, disse: “tempo é a coisa mais preciosa do mundo”. Nenhum dinheiro pode comprar o tempo, ainda mais o tempo perdido. No seu leito de morte, a rainha da Inglaterra, gritou: “Milhões em dinheiro por uma polegada de tempo”.

Uma das maiores tragédias é o fato de milhões de pessoas não saberem a razão de sua existência nesse mundo. Os atenienses descritos por Lucas em Atos 17.2 se reuniam todos os dias, gastavam todo o seu tempo, em nada mais do que ouvir alguma novidade. Assim como tantos hoje, não se conscientizaram da inestimável herança que lhes foi dada pela dádiva do tempo. O tempo nunca para.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

Para uma adequada concepção de tempo, é preciso:

Primeiro: reconhecer que o tempo é uma dádiva vinda de Deus;

Segundo: compreender que o tempo é um período de oportunidades para cumprir os objetivos de nossa vida;

Terceiro: é um dever sagrado que devemos usar com sabedoria.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

2 - O valor adequado do tempo

Quando Deus em sua Palavra exorta “remir o tempo”, deseja nada mais que nos mostrar a usar o tempo da melhor forma possível (Ef 5.16; Cl 4.5). Porque usar o tempo da melhor forma possível?

Primeiro: o tempo é curto e incerto. O tempo normal da vida é entre 70 – 80 anos (Sl 90.10; 1Cr 29.15; Tg 4.14; Sl 90.9; 1Pe 1.24).

Segundo: o tempo de vida concedido aos nossos semelhantes, a quem precisamos ganhar para Cristo, não é mais longo e mais certo que o nosso próprio. Por isso, Deus em sua Palavra aconselha (Is 55.6; 2Co 6.2; Hb 3.15). Deus convida ao arrependimento àqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo. Deus também lembra o cristão de que nosso tempo é limitado, e nesse tempo, precisamos conduzir nosso semelhante a Cristo.

Terceiro: é preciso remir o tempo, pois não há certeza sobre o dia exato de quando este mundo acabará e quando o dia da graça terá passado para sempre (Mt 24.35; Hb 1.10-12, 2Pe 3.10).

O tempo só se torna valioso quando cada qual o encara como um período da graça que Deus concede para que cada qual cumpra o propósito de Deus em sua vida. Mas, com tantas coisas na vida para fazer, como acharemos tempo para os propósitos de Deus? Aí entra a mordomia, a administração do tempo.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

3 - Uso adequado do tempo.

Frequentemente as pessoas dizem: “Eu não tenho tempo.Será? Para que não se têm tempo?

Deus nos tem dado todo o tempo que existe. Esta é uma dádiva que todas as pessoas partilham igualmente. É uma dádiva perdida se não for usada. Afinal, tempo, uma vez perdido, jamais pode ser recuperado.

Muitas das pessoas que reclamam “a falta de tempo” sempre dão um jeito de encontrar tempo para fazer aquilo que desejam. Tudo depende se a pessoa acredita ou não que o tempo é propriedade sua para fazer com ele o que bem desejar, ou se a pessoa acredita que o tempo pertence a Deus e que devemos santificá-lo também para Cristo. Jesus com seu sangue na cruz nos comprou para lhe pertencermos e servirmos.

Um cristão reconhece que todo o tempo é tempo de Deus!

O tempo é um dever sagrado que necessita ser usado segundo a vontade de Cristo.

Ninguém sabe quanto tempo vai durar a vida nesse mundo. Mas, enquanto durar, priorizemos o tempo com a família, no trabalho, na igreja, com os amigos (as), etc.

A matemática do tempo nos indica que está se trabalhando 8 horas por dia, repousando outras 8 horas e que outras 4 horas são usadas para a rotina do dia a dia, assim, estão sobrando outras 4 horas que não se sabe dizer como que está sendo gasto. A verdade é que se está gastando pouco tempo com aquilo que é importante e essencial.

A matemática do tempo nos permite fazer o seguinte calculo: - uma pessoa que trabalha seis dias na semana; e, por mais ocupada que seja lhe sobram 4 horas livres por dia e outras 12 horas do domingo, totalizando 36 horas vagas na semana. Como se está ocupando essas horas vagas? Mesmo que a pessoa participe de dos dois cultos semanais, ainda lhe sobrará 32 horas vagas.

É impossível pegar um padrão geral para cada indivíduo, mas acredito que esse seja um padrão quase que geral.

Querido e querida o salmista orou: Ensina-me a contar os dias da minha vida!

O tempo é um período de oportunidades para executar o propósito de Deus em nossa vida. É exigir demais alguns minutos diários para devoção, oração, estudo bíblico, culto, escola bíblica, ...?

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

4 - Organização adequada do tempo

Como estás com seu tempo? Como o estás organizando?

Se o tempo é tempo de Deus, então isto significa que todo o nosso tempo deve ser consagrado a Deus. Também aquele tempo com a família e o lazer. A confusão que as pessoas fazem é achar que o único tempo dedicado a Deus é aquele na igreja (1Co 10.31; 1Pe 4.11). Tempo gasto no trabalho é tempo gasto num propósito santo (contando que nosso trabalho seja um trabalho que agrade a Deus). A ocupação diária dos cristãos como agricultores, como donas de casa, lojistas, churrasqueiro, cozinheira(o), empresário(a), etc, é uma ocupação santa porque serve em benefício dos outros e é, portanto, feito para a glória de Deus.

Tempo dedicado a Deus é o tempo em benefício de todos. Deus não se alegra só com trinta ou sessenta minutos em um departamento da igreja. Dedicar tempo à Deus é se dedicar ao máximo para o trabalho, à família e à igreja.

O cristão é convidado a “remir o tempo”, ou seja, “aproveitar as oportunidades”.

Colocar prioridade no tempo é parar de falar “não tenho tempo” e passar a “ter tempo pra tudo.” O biográfo Douglas Eouthall Freeman escreveu: “apenas o tempo é insubstituível; não o desperdice”.

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

5 - Tempo e juventude

Salomão em Eclesiastes (Ec 12.1) escreveu para que os jovens lembrem do criador nos dias da mocidade. Nessas palavras o Dr. Walther parafraseou a verdade de que “Deus quer toda a vida dos jovens. Deus deseja o vinho suave da juventude.”

Muitos jovens se dizem jovens demais para se ocuparem com a igreja. Mas, se hoje sou muito jovem, amanhã poderei ser muito velho e ninguém sabe, mas pode ser que a pouco seja tarde demais. “Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

 

Bibliografia

LAUTERT, Nelson. Mordomia cristã e a oferta. Um enfoque evangélico. Ed. ULBRA e Concórdia, Canoas e Porto Alegre, RS, 2004. Pp. 19-20

 

REIN, R.C. Proezas na Mordomia cristã. Editora Concórdia, Porto Alegre, RS, 1993. pp. 27-35

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Ressurreição – mensagem missionária!

 12 de novembro de 2023

Salmo 70; Amós 5.18-24; 1Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 25.1-13

Texto: 1Tessalonicensses 4.13-18

Tema: Ressurreição – mensagem missionária!

 

Tendo ido ao cemitério essa semana por ocasião do dia de finados, caminhando com uma pessoa até determinada sepultura, ao exclamar: só em pensar que um dia essas pessoas aqui se levantarão, uma alegria intensa tomou conta de mim.

Quanta alegria a mensagem da ressurreição tem te oferecido? Aliás, essa mensagem ainda faz sentido?

Muitas pessoas estão contaminadas pela falsa certeza de que a única certeza dessa vida é a morte. Essa frase e certeza não são bíblicas. Pela Escritura aprendemos que as certezas são a respeito da obra de Cristo na cruz, da ressurreição dos mortos e da volta de Cristo.

Os cristãos em Tessalônica estavam com dúvidas a respeito dos que já haviam morrido. Eles perderiam as bênçãos decorrentes do retorno de Cristo? Viviam a falsa esperança de que o cemitério é a última morada. Recordo-me que certa vez disse para uma pessoa, não se preocupe, essa é a penúltima morada. Espero que a última dos que morrem seja a celestial. As bênçãos do retorno de Cristo, serão para os vivos e mortos, que estiverem vivos ou tiverem morrido na fé na obra de Cristo na cruz (1Ts 1.10-2.12,19; 3.13).

A cada 23 versículos do Novo Testamento é afirmado a respeito da ressurreição e do retorno de Cristo. A mensagem da ressurreição era marca registrada da Igreja Primitiva. É a mensagem distintiva do cristianismo. Por isso, o apostolo exortou aos cristãos de Tessalônica “consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4.18).

Momentos de morte não são fáceis para lidar. Tempo fértil para especulação e dúvidas. Território minado e muitos acabam sendo explodidos por mensagens de auto ajuda e ignorando a ajuda do alto.

As cidades de Corinto e Tessalônica enfrentavam dúvidas sobre a ressurreição dos mortos. O apostolo Paulo escreve sob orientação do Espírito Santo que vivos e mortos serão beneficiados igualmente das bênçãos celestiais.

O perigo dessa geração do imediato é que buscam e querem de imediato todas as coisas do aqui e agora, mas perderam a iminência do imediato retorno de Cristo para julgar os vivos e os mortos.

Certo dia alguém questionou: pastor, todos dizem que Cristo em breve voltará. Tenho ouvido isso desde criança e Jesus ainda não retornou? A mensagem do retorno imediato de Cristo é a confissão de fé de que Cristo voltará em glória para julgar os vivos e os mortos. Não é determinação de tempo, mesmo que Deus já esteja por pronunciar a sua palavra de ordem (v.16).

A mensagem da ressurreição é a mensagem missionária para a igreja cristã de nossos dias. O apostolo escreveu aos tessalonicenses: “...queremos que vocês saibam a verdade a respeito dos que já morreram...” (v.13) e “...animem uns aos outros com essas palavras...” (v.18).

O apostolo Paulo compreende os perigos que os cristãos corriam numa época de muitas dúvidas sobre os mortos e a ressurreição. E alerta para a necessidade de que os mesmos soubessem a verdade que não era a verdade de Paulo, mas de Deus (v.15; Mt 22.32).

A mensagem da ressurreição é a mensagem missionária para a igreja cristã de nossos dias, por isso é preciso sempre ouvir a Palavra de Deus e animar os outros com essa Palavra esperançosa que é a ressurreição.

Hoje, estamos cercados por mensagens espíritas, hinduístas e pagãs. E elas estão expostas nas lápides de entes queridos no cemitério. Se não bastasse isso, ouço pessoas comentando que oram pelos seus entes queridos, pedindo que esses cuidem delas. Outros, dizem que o ente falecido está olhando e cuidando. Coisas muito estranhas a fé cristã. São reações emocionais e racionais diante da morte. As pessoas preferem se consolar nessas mensagens do que na esperança da ressurreição.

A mensagem da ressurreição e da volta de Cristo está sendo silenciada num mundo em que busca auto ajuda. Um mundo que na vida e na morte rejeita ajuda do alto enviada por Deus que é seu Filho que morreu, venceu a morte, o inferno e o diabo, ressuscitou e vivo está. Assim como a ajuda do alto desceu, vitorioso subiu aos céus e de lá virá para julgar os vivos e os mortos. 1Ts 4.13-18.

Deus nos preserve nessa fé. Amém

ERT

 


Máscara de Deus! Amós 5.18-24

 12 de novembro de 2023

Salmo 70; Amós 5.18-24; 1Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 25.1-13

Texto:  Amós 5.18-24 

Tema:  Máscara de Deus!


Dizem que as máscaras vieram para ficar. Muitas pessoas não querem e não usam máscaras. Há alegações favoráveis para o uso e o não uso das máscaras. Não sei a sua opinião sobre o tema, mas, o fato é que cada vocação é máscara de Deus para esse mundo.

O profeta Amós foi enviado para pregar nos dias em que Uzias (Judá) e Jeroboão (Israel) governavam. Era um tempo de prosperidade material. Além da riqueza, os sacerdotes tinham agendas lotadas, o Templo estava sempre cheio de pessoas, as ofertas eram abundantes. Mas, o ponto é que o louvor visava o favorecimento de Deus ou, adoravam por julgarem ser favorecidos por Deus.

Tempos de prosperidade material, mas os pobres eram oprimidos (Am 2.6); famintos morriam à míngua (Am 6.3-6); a justiça favorecia quem pagasse mais (Am 2.6; 8.6); os agiotas exploravam as pessoas cobrando juros sobre juros (Am 5.11; 8.4-6); a religiosidade foi pervertida (Am 3.4; 4.4; 7.9).

Amós foi o profeta de Deus para denunciar uma religiosidade sem procedência da fé, por isso, Deus anunciou pelo profeta: “Parem com o barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de harpas” (Am 5.23).

A prosperidade não é pecado e Deus não a condena em sua Palavra, mas, Deus alerta a respeito do perigo que as riquezas trazem embutidas em si. E esse é o alerta do profeta Amós. Palavras que parecem ter sido entendidas pelo apostolo Paulo que escreveu: “Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos” (1Tm 6.10).

A prosperidade têm em si uma fascinação a ponto de fazer com que pessoas se afastem de Deus. E quando não afastam do culto, acaba afastando do próximo a quem Deus deseja que seja amparado. Quem não ama o seu próximo é por que já não ama a Deus (1Jo 4.20).

Na atualidade muitos cristãos estão encarando a vida como se o único desejo de Deus é de prosperidade e a riqueza é um sinal da aprovação de Deus. Assim, julgando-se abençoados por Deus, exploram as pessoas. Buscam seus próprios interesses. E para esses o profeta Amós anuncia: “...quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr ...” (Am 5.24). Estevão, conforme Lucas no livro de Atos, foi morto por causa desse denúncia ao Sinédrio.

Amós é o apostolo Tiago do AT, pois diz claramente que a fé sem obras é morta e que as obras sem fé também é morta. Ninguém agrada a Deus sem a fé, por melhor que seja a sua ação. E por mais insignificante que seja a realização em favor de alguém, sendo proveniente da fé, agrada a Deus.

Estamos vivendo tempos em que o mundo está usando máscaras devido a pandemia. As mais variadas vocações nesse mundo são as máscaras de Deus em favor do próximo a quem somos enviados para amar, lutar pela justiça.

Kant escreveu em sua obra: Princípios éticos diz que o próximo precisa ser tratado como uma finalidade e não um meio. O próximo precisa ser tratado como é, amado por Deus, a quem eu com minha vocação sou máscara de Deus.

Deus continua anunciado e denunciando seu povo por boca do profeta Amós: “...quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr ...” (Am 5.24). Somos uma máscara de Deus em favor do próximo! Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Sagrado e Profano! Mateus 22.15-22

 22 de outubro de 2023

Salmo 96.1-9; Isaías 45.1-7; 1Tessalonicenses 1.1-10; Mateus 22.15-22

Texto: Mateus 22.15-22

Tema: Sagrado e Profano!

É comum as pessoas pensarem que Deus não se ocupa e preocupa com aquilo que denominamos secular. Parece que Deus só se interessa pelas coisas sagradas e o secular precisa ser abandonado. Infelizmente, muitos deixam de viver a vida entre o aqui e agora nesse mundo e o reino celestial.

Deus é dono da história e ainda age na história. Usou Ciro, um pagão para cumprir com sua promessa ao seu povo de retorno a Jerusalém.

Sagrado e Profano parecem ser duas realidades distantes, distintas e separadas. Mas, Deus age tanto na esfera secular quanto na sagrada para auxiliar seu povo. Somos governados por Deus através de dois regimes: espiritual e civil.

Os romanos haviam conquistado a Palestina desde 63 a.C. e cobravam impostos dos judeus para manter o território em paz e segurança. Muitos eram contrários a esse domínio. Os fariseus consideravam a presença dos romanos um castigo de Deus pela negligência das pessoas no cumprimento das leis cerimoniais. Eles pregavam a necessidade duma piedade maior para se livrar deste castigo de Deus. Os herodianos eram favoráveis aos romanos e procuravam denunciar qualquer ação ou manifestação contrária ao império romano. Dessa forma a pergunta sobre o ser correto ou não pagar impostos, era uma armadilha. Responder sim era se colocar contra o povo que o seguia e responder não era correr o perigo de ser preso como revolucionário.

Jesus, conhecendo a malícia, o objetivo da questão, responde: “Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21).

Jesus não fala em pagamento, mas devolução. Vamos observar o que Jesus ensina numa pergunta que tinha o objetivo de jogar Jesus contra o povo ou as autoridades romanas.

1 – Devolva o que recebeu de quem recebeu

Na resposta, Jesus omite a palavra “imposto.

O verbo usado para imposto era “didomi” (dar, pagar). E foi com essa palavra que os herodianos questionaram Jesus. E Jesus, responde com o verbo “apodidomiapódote” (Mt 22.21). Esse verbo vai além do sentido de “pagar”. Apodidomi pode significar dar de volta.

A devolução não é um pagamento de imposto, mas, é um entregar o que se tem de quem recebeu (Mc 10.42; Lc 23.2). De quem se recebe o salário? Dos impostos. Então, devolva com aquilo que você recebeu. Ao dizer: dêem ao imperador, Jesus está enfatizando: Devolva o que você recebeu, de quem você recebeu.

Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21).

Na segunda parte da resposta, quando Jesus fala sobre devolver a Deus o que é de Deus, Jesus deseja que os fariseus reflitam sobre onde estarem depositando a sua fé.

Para um judeu, a resposta de Jesus: “Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21), teria como reação: Mestre, toda a terra é de Deus” (Dt 19.5; 26.8; Sl 136.22), então tudo precisa ser devolvido a ele.

Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21).

2 – Visão ampla de Reino

A resposta de Jesus mostra o equilíbrio entre os dois reinos: da mão direita e da mão esquerda.

As autoridades constituídas apenas administram a vida pública (Pv 8.15). Deus, através do evangelho comanda e governa todas as dimensões da vida humana.

Pagar impostos é devolver o que se recebe de Deus pelo Estado, legitimidade por Jesus em sua resposta aos herodianos. Ofertar no Templo é devolver parte do pão de cada dia. Servir ao Senhor é usar dons e talentos dados por Deus. Louvar, cantar, testemunhar é devolver a Deus tudo o que dEle recebemos.

Pelos impostos estamos amando ao próximo. Pelos impostos o governo mantêm a saúde, a educação, a segurança. Muitas pessoas não querem mais pagar impostos, alegando que não estão recebendo o devido retorno em serviços públicos essenciais. Bem! Aqui cabe uma advertência, denuncie aos órgãos competentes.

Na época de Jesus, muitos julgavam que a arrecadação de tributos não era correta. Afinal, os impostos eram cobrados na Palestina, mas revertidos em benefícios dos romanos e de Roma.

A solução não é ser um Tiradentes, ou seja, lutar contra os impostos. O cristão é um cidadão do Reino de Deus com compromissos nesse mundo e, como filho(a) de Deus exerce sua fé ativamente na sociedade.

Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21).

3 – Vida santificada

O cristão vive sua fé nas obrigações civis e públicas. A autoridade civil tem por obrigação, como representante de Deus nesse mundo, prestar serviços necessários à existência da sociedade organizada.

O cristão é governado por Deus por meio de duas mãos: mão esquerda e mão direita. Pelas leis desse mundo e pelo Evangelho.

O cristão não está isento das obrigações para com o Estado. Pelos dez mandamentos aprendemos que o cristão é um ser de mão dupla, confessa sua fé (1º,2º,3º Mandamentos) e convive em sociedade com o próximo (4º ao 10º Mandamento).

Ao responder: “Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21) Jesus enfatiza que seus filhos sejam bons cidadãos e bons cristãos. O cristão justificado vive uma vida santificada.

O cristão pertence a Deus e reconhece sua cidadania celestial (Fp 3.20). No entanto, não abdica, e nem deixa de viver a sua cidadania terrena exercitando sua cidadania. O cristão não é do mundo, mas vive no mundo. Por isso, o apostolo exortou para que o cristão persevere na fé e no amor (1Ts 1.3), na certeza de que esse mundo continua sendo governado por Deus (Is 45) que age pelo bem de todas as pessoas. Amém!

ERT

Edson RonaldoTressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...