quarta-feira, 29 de abril de 2020

Temos Referência!


03 de maio de 2020
4º de páscoa
Domingo do bom pastor
Sl 23; At 2.42-47; 1Pe 2. 19-25; Jo 10.1-10
Texto: 1Pe 2.19-25
Tema: Temos referência!

Na época em que Pedro escreveu essa carta, haviam milhões de escravos domésticos. Os que se tornavam mais esclarecidos e instruídos tornavam-se mestres e ensinavam as crianças e as mulheres tornavam-se companhia para as esposas dos patrões. Alguns escravos recebiam por seus trabalhos.
O termo empregado, ou escravo, era alguém que morava na mesma casa. E como empregado, sua liberdade, seu direito de ir e vir devia-se ao patrão que havia pago um preço por esse escravo.
Nesse sentido Pedro aconselha: sejam obedientes aos seus patrões e os respeitem.
Patrão – (déspota, mostrando senhorio absoluto. Ele tem poder sobra você). E haviam bons e maus patrões.
sejam obedientes aos seus patrões e os respeitem, não somente os que são bons e compreensivos, mas também aqueles que os tratam mal.
Maus – perversos. Isso significa que haviam patrões que foram torcidos pelo mal. No entanto, mesmo tendo um patrão ruim, o cristão era chamado a sujeitar-se.
Se vocês suportarem sofrimentos injustos, sabendo que esta é a vontade de Deus, ele abençoará vocês por causa disso. Pois, se vocês fazem o mal e são castigados, qual é o merecimento de suportarem com paciência o castigo? Mas, se vocês sofrem por terem feito o bem e suportam esse sofrimento com paciência, Deus os abençoará por causa disso, pois foi para isso que ele os chamou.
Suporte aquele lugar de trabalho em que seu patrão é ruim. Suporte a tristeza por causa da sua consciência com Deus.
Não há glória nenhuma se você sofre por ser um mau empregado. Deus se agrada quando você sofre por fazer o bem. Afinal, foi para isso que você foi chamado.
Jesus nunca enganou seus discípulos. Ele disse: tome a sua cruz; a porta é estreita;
O próprio Cristo sofreu por vocês e deixou o exemplo, para que sigam os seus passos.
Jesus sofreu injustamente. E sofreu por mim e por você.
É ruim sofrer? Claro que é, mas, não por fazer o bem. Pois, o fazer o bem tem como resultado o louvor e a honra à Jesus Cristo.
O apostolo Pedro ao escrever: O próprio Cristo sofreu por vocês e deixou o exemplo, para que sigam os seus passos. Ele não cometeu nenhum pecado, e nunca disse uma só mentira. Quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu, não ameaçou, mas pôs a sua esperança em Deus, o justo Juiz. O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta. Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados. Escreveu na intenção de consolar os que estavam debaixo de um patrão torto, debaixo de um governo hostil, diante de um mundo pagão. Afinal, verso 25: Vocês eram como ovelhas que haviam perdido o caminho, mas agora foram trazidos de volta para seguir o Pastor, que cuida da vida espiritual de vocês. Não tínhamos referência. Era escravo de tudo e de todos e agora eu tenho um Senhor, de quem sou servo. Amém!

ERT
Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Amor fraternal!


Dia 26 de abril – 3º de Páscoa
Sl 116.1-14; At 2.14a, 36-41; 1Pe 1.17-25; Lc 24.13-35
Texto: 1Pe 1.17-25
Tema: Amor fraternal!

Quando oram a Deus, vocês o chamam de Pai, ele que julga com igualdade as pessoas, de acordo com que cada uma tem feito. Portanto, durante o resto da vida de vocês aqui na terra tenham respeito a ele” (1Pe 1.17).
Pedro escrevendo para cristãos perseguidos, com medo da perseguição, isolando-se num lugar e outro, exorta os cristãos: não perca o foco, a atenção. Deus é salvador e também juiz. Não podemos desvincular a nossa esperança futura da nossa vida presente.
Ao assinalar a responsabilidade de cada um por suas obras, Pedro a exemplo de Paulo, fala que a fé que se manifesta nas obras do amor e exclui a vanglória das obras.
Nesse sentido a nova Cristo está numa vida de respeito a Deus. Respeito a Deus, temor, não é simplesmente um sentimento de medo, mas, reconhecimento amoroso da presença do Deus justo. Nesse Deus está a esperança cristã.
Deus visa o amor fraternal. E para que isso seja possível e se torne visível, em Jesus pelo poder do Espírito Santo, Deus purifica a nossa vida e nos regenera por meio da Palavra. Por isso, ao escrever “amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração”, o amor sincero só pode ser concretizado por causa da palavra do Senhor, (1Pe 1.25).
O apostolo Pedro, preocupado com aqueles recém convertidos a fé cristã, que devido a perseguição foram obrigados a se espalhar, escreve pastoralmente para que não deixem de amar sinceramente uns aos outros.
Como é possível amar o próximo em tempos de perseguição? O apostolo Pedro fundamenta-se na Palavra de Deus como acontecimento divino. A mesma Palavra de Deus que os fez crer, os faz amar nesses tempos difíceis. ... a palavra do Senhor permanece para sempre. Essa é a palavra que foi anunciada a vocês”.
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
Falta amor fraternal entre nós? Se a resposta é afirmativa, é possível concluir que o que falta é purificação. Ou seja, estudo, reflexão e crescimento na Palavra de Deus.
A purificação acontece na alma. Nosso corpo acompanha as reações da alma (Pv 15.13). O corpo peca por ter a alma pecado antes (Mt 5.28). Nosso alma afeta o corpo e o que o corpo faz afeta a alma e o espirito.
O termo alma (na tradução da NTLH, vida) ocorre com frequência em 1Pedro (5 vezes).
Alma é a sede da vida, abarca todo o ser natural com o pensar, sentir e querer.
Tempos atrás, ao estudar sobre o tema adoração, aprendemos que o corpo é templo do Espírito. Dessa forma, a porta de acesso ao templo vivo é a alma. Pelos olhos, ouvidos e demais sentidos, alimentamos o intelecto, as emoções e nossa vontade. Dessa maneira, quando algo ou alguém domina nossa mente, nossas emoções e nossa vontade, tudo em nós fica cativo por um novo dono.
A nossa alma, assim como nosso corpo, se alimenta, e o tipo de nutrientes com o qual nos alimentamos define a qualidade da nossa saúde. Isso se aplica a nossa alma.
A alma pode se tornar impura, até mesmo por ser pecadora, revelando-se essa natureza pecaminosa pela nossa carne. Por causa dessa natureza pecaminosa, a ira, o ódio, a discórdia, a inveja, o egoísmo, a desconfiança bloqueiam e impedem a prática do amor fraternal.
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
A expressão: obediência à verdade – atrela a resposta ao conselho de alguém. O apostolo quer dizer aos cristãos espalhados pela Ásia Menor, que os mesmos foram “libertados pelo precioso sangue de Jesus Cristo ...” (1Pe 1.19) e por essa mensagem da Palavra de Deus são purificados.
Obediência à verdade – é a resposta a Palavra de Deus que nos cativou e cativa. Essa palavra desmascara meu ódio, minha inveja, meu descontrole, egoísmo e coisas semelhantes.
A Palavra de Deus com a mensagem salvadora tem o propósito do amor fraternal e sincero. O amor fraternal caracteriza o relacionamento básico entre os discípulos (Jo 13.34; 15.12; 17.26; 1Ts 3.12; 4.9).
Amy Carmichael, missionária cristã protestante na Índia em Dohnavur por 55 anos, disse que o desamor é fatal, é mais perigoso que uma serpente. Assim como uma gota de veneno se espalha pelo corpo de quem foi inoculado, assim uma gota de desamor afeta a todos. Assim, tendo conhecimento de qualquer ato de desamor, corrija-o imediatamente.
O amor aos irmãos nem sempre é fácil. Afinal, egoísmo, situações complicadas, índole não simpática, podem dificultar o amor.
Nenhum ser humano consegue produzir uma postura espiritual a partir da sua natureza, pois a mesma é pecaminosa. Por isso, a exortação quanto ao amar uns aos outros, só é possível pelo fato de Deus criar uma vida nova (2Co 5.17; 1Pe 1.23).
Pela Palavra de Deus os renascidos se tornam irmãos, independente se sentem ou não simpatia recíproca ou não. Esse novo nascimento não pode ser produzido por si mesmo, ele se dá e efetua pela força viva da Palavra de Deus.
O ser humano, que busca ser o centro do universo, que a luz da ciência e cultura, parecem ser grandes, é descrito pela Palavra de Deus como sendo uma erva do campo e uma flor da erva (1Pe 1.24).
Essa palavra é citada por Pedro com o termo rhéma e não logos. Essa palavra trouxe o evangelho (1Pe 1.25; Is 40.8), ou seja, o discurso de Deus. Esse discurso de Deus é que renova o ser humano e o capacita ao amor fraternal. Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann

terça-feira, 14 de abril de 2020

Resultado final!

Dia 19 de abril – 2º de Páscoa
Sl 148; At 5.29-42; 1Pe 1.3-9; Jo 20.19-31
Texto: 1Pe 1.3-9
Tema: Resultado Final!

No capítulo 1, o apostolo Pedro trabalha sobre a conduta na sociedade
Os cristãos eram odiados pela maioria da população.
Esse ódio disseminado pelo imperador e pelo império trouxe consequências terríveis, tais como: - Corpos encharcados de óleo e queimando durante os jantares dos generais; - Pessoas jogadas no Coliseu para serem comidas pelos leões.
Essa situação fez os cristãos se espalharem por toda a parte. E Deus? Fez uso dessa situação para espalhar a fé sobre a ressurreição a todos os lugares do Império. No entanto, para que não houvesse desânimo, foi preciso que Pedro, com uma preocupação pastoral lhes escrevesse essa carta.
Os versos 1 e 2 destacam: o cristão como uma sementes de Deus! (1Pe 1.1); o cristão está no serviço do Senhor em todas as situações! (1Pe 1.2).
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,” (1Pe 1.3, ARA)
Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Por causa da sua grande misericórdia, ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva” (1Pe 1.3, NTLH)
Os cristãos são a semente de Deus, semeadas pela perseguição, agora disponíveis ao serviço do Senhor na certeza do perdão. Nesse momento difícil é como se estivessem subindo uma montanha, no entanto, aquele que está no alto, Deus, olha para cada um deles, assim, eles estão sob os cuidados de Deus Pai.
Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (ARA) – essa formulação aparece em 2Co 1.3; Ef 1.3.
Os apóstolos, com exceção da carta a Tito e aos Gálatas, iniciaram suas cartas com gratidão e louvor. Os apóstolos escreviam movidos por um costume judeu. Em Israel, na medida do possível, tudo era iniciado com oração. A diferença é que, a partir dos apóstolos, os costumes judeus tiveram acréscimos do evangelho.
Essa saudação, é feita também aos cristãos, aos eleitos, as sementes semeadas pelo império, para que mesmo diante da perseguição, do sofrimento, louvassem a Deus Pai de Jesus Cristo, pois mesmo na perseguição, ele é misericordioso. Os cristãos precisam ouvir que em Jesus foram regenerados para uma viva esperança.
Bendito – louvado: eulogetos – elogiado, exaltado. Eulogen – falar bem.
Quando se diz louvar, glorificar – significa que os seres humanos estão falando bem de Deus. Quando se diz abençoar, no sentido de bênção de Deus, significa que Deus nos diz coisas boas. O falar coisas boas é o mesmo que fazer coisas boas.
Pedro, após anunciar que os cristãos eram sementes, e que estavam mesmo na perseguição a serviço de Deus, estavam sendo convidados a louvar esse Deus.
Bendito, louvado: não podemos guardar para nós mesmos o louvor. Ele se manifesta em adoração, testemunho ou canção (Ef 1.6,12). O louvor não pode ser ignorado pelo mundo. Enquanto que os judeus diziam: “louvado seja o Deus de Abraão, Isaque e Jacó” a igreja devido a obra de Jesus passa a dizer: “Louvado seja o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Essa mensagem irrita um judeu, pois isso significa reconhecer que Deus se revelou em Jesus. É testemunhar que Deus se mostrou e revelou em Jesus.
Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Com que facilidade esquecemos as palavras “nosso Senhor”.
Reconhecer Jesus como nosso, é reconhecer que ele é o benefício de sua obra é benefício para mais pessoas (2Co 5.14; Cl 3.4; Gl 4.6; Rm 8.17).
Esse Deus Pai de Jesus Cristo, a quem somos chamados a louvar fez e faz uma grande obra na nossa vida: nos faz renascer para uma viva esperança.
... ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva. (NTLH)
... nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, (ARA)
Renascidos – há diversas opiniões a respeito desse termo aqui em Pedro. Uns interpretam que significa viver a partir de Deus. Há àqueles que afirmam que Pedro emprega o termo renascidos em outro sentido, ou seja, a ressurreição de Jesus deu e dá aos discípulos uma viva esperança. E devido à dificuldade, a proposta é meditar na correlação das palavras: renascidos para uma viva esperança.
Buscando entender em bloco, é preciso ressaltar que a ênfase recai sobre a palavra esperança. A preocupação do apostolo Pedro é pastoral. Afinal, a carta está sendo escrita e será lida por cristãos perseguidos e atribulados. E quem deseja passar esse período de aflição, precisa fortalecer sua esperança.
É como se Pedro estivesse dizendo: Vocês são cristãos e como tais foram semeados em todo o império romano e estão no serviço do Senhor e vivem no perdão de Jesus. Assim, não se abalem, fortaleçam sua esperança na certeza de que tem um Senhor e esse é Pai de Jesus Cristo que ressuscitou.
Pedro lembra aos cristãos espalhados como semente que eles possuem uma riqueza e que essa mesma riqueza está com eles, a viva esperança que os fez renascer, continua lhes animando a perseverar.
Qual é a sua esperança? Quais foram as suas esperanças que já morreram?
A esperança em Jesus é a única que não morre, pois ela é viva. E sua vivacidade está na certeza da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
E essa esperança é apenas uma esperança dos cristãos! Há muitas pessoas que ainda não renasceram. Jesus ressuscitou, mas pessoas ainda não renasceram (1Pe 4.3).
Todos que estão em Cristo, estão renascidos e vivem a viva esperança.
Analisando a vida de Pedro, por ocasião da morte de Jesus, as esperanças de Pedro parece ter morrido. A ressurreição de Jesus transformou a esperança dos discípulos e lhes deu um novo sentido. A ressurreição era a certeza da messianidade de Jesus.
A esperança viva é um patrimônio do cristão, ou seja, ele sabe qual é a sua riqueza apesar dos acontecimentos desse mundo. A ressurreição é a nossa herança. Enquanto no mundo, ainda não usufruímos essa herança, mas sabemos que temos essa herança. Seguiremos esse estudo no verso 4.
1 Pedro 1.4
No verso 3 aprendemos que louvar a Deus não envolve apenas a um aguardar no íntimo, mas na esperança como patrimônio, herança.
Pedro disse sobre o ser renascido para uma viva esperança e agora diz que essa esperança viva é cheia de vida por ser uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros.
V. 4 Assim esperamos possuir as ricas bênçãos que Deus guarda para o seu povo. Ele as guarda no céu, onde elas não perdem o valor e não podem se estragar, nem ser destruídas
Ricas bênçãos que Deus guarda para o seu povo - Herança – essa palavra mostra que o que o cristão possui é real, não é apenas um sentimento.
Na Bíblia, a palavra herança, possui um significado importante.
No antigo testamento, o legado é o alvo das promessas de Deus, relacionados com a terra de Canaã (Gn 12.7; 50.24; Nm 16.14; Dt 9.5ss; 34.4; Js 22.19) e na sequência com o mundo celestial de Deus (Dn 12.13). No Novo Testamento encontramos a palavra especialmente em Paulo (Rm 8.17; Gl 4.7; Cl 3.24; Tt 3.7; At 20.32).
Por herança entende-se que os filhos de Deus, os eleitos de Deus, ainda tem diante de si coisas grandiosas, a saber a consumação de sua existência e participação no mundo celestial de Deus. Paulo os chama de “co-herdeiros do Cristo” (Rm 8.17). Obterão participação em tudo que lhe pertence.
A palavra herança significa que hoje já somos herdeiros e mesmo assim não estar com a herança em mãos. Já e ainda não. Por isso, os tempos do fim não nos assustam.
Saber que temos uma herança, que (possuímos as ricas bênçãos que Deus guarda para o seu povo) é importante e necessário, pois diante dos sofrimentos e da perseguição, não iremos desanimar (1Jo 3.2).
Engraçado que Pedro classifica essa herança, as ricas bênçãos, com expressões negativas: elas não perdem o valor e não podem se estragar, nem ser destruídas (incorruptível, imaculado, imarcescível).
Esses adjetivos negativos expressam a maravilhosa superioridade da herança celestial, das ricas bênçãos de Deus, sobre qualquer bem imanente. Significa que tudo o que pode acontecer com uma herança humana, de maneira nenhuma acontecerá com a herança celestial.
1Pedro 1.5
Essas bênçãos são para vocês que, por meio da fé, são guardados pelo poder de Deus para a salvação que está pronta para ser revelada no fim dos tempos.
Pedro segue falando da herança. O cristão sabe que possui uma herança e por isso o tempo, a perseguição, não assusta.
A herança já existe e é perfeita, foi preparada por Deus. Ainda está oculta, mas será revelada num momento em que for decisivo. Isso será no ultimo tempo.
Há dois termos para tempo.
Chronos – é o tempo que transcorre regularmente e pode ser medido, enquanto que Kairos é o tempo pleno, marcado por determinados acontecimentos, a hora marcada por Deus, o momento, o prazo.
O apostolo Pedro usa o termo kairos.
Kairos é o limite escatológico para o dia da parousia e do juízo, ou seja, para a implantação definitiva e total do reinado de Deus (Lc 21.8; 1Pe 5.6; Ap 1.3; 11.18).
Essas bênçãos são para vocês que, por meio da fé, são guardados pelo poder de Deus para a salvação que está pronta para ser revelada no fim dos tempos.
A força de Deus vigia os herdeiros do céu para a redenção.
A salvação dos filhos e herdeiros de Deus já é questão firmemente decidida no céu. Pedro reafirma isso, dizendo que pela fé estão guardados para que não haja nenhuma dúvida. Os herdeiros estão guardados pela força de Deus.
Resumo
v.1 O cristão é uma sementes de Deus!       v. 2 – O cristão está no serviço do Senhor!
v.3 – O patrimônio cristão é a esperança!         v. 4 – O cristão recebe de Deus ricas bênçãos!
V. 5 – O cristão é guardado pela força de Deus!
Resumo
v.1 O cristão é uma sementes de Deus semeada para produzir frutos!
v. 2 – O cristão está no serviço do Senhor, produzindo frutos!
v.3 – O patrimônio cristão é a esperança que o faz produzir frutos!
v. 4 – O cristão recebe de Deus ricas bênçãos! Seu patrimônio é a esperança e sua herança é a vida eterna.
V. 5 – O cristão é guardado pela força de Deus! Deus mantêm suas sementes produtivas no serviço, na esperança e certos da herança.

Sabendo disso, Pedro escreve aos cristãos espalhados pela província romana, hoje Turquia, para que “Alegrem-se por isso, se bem que agora é possível que vocês fiquem tristes por algum tempo, por causa dos muitos tipos de provações que vocês estão sofrendo” (1Pe 1.6)
O apostolo Pedro está dizendo: vos alegrais nisso.
Vos alegrais, alegrem-se – é expressada em demonstração de felicidade, chegando até dar saltos.
Essa alegria da forças para suportar as aflições. A alegria pela salvação é a vontade de Deus.
Pedro ouviu a respeito das aflições que os cristãos da Ásia Menor estavam passando. E para ajudá-los pastoralmente envia essa carta. Seu desejo é ensinar sobre a forma de encarar os sofrimentos pelos quais estavam passando.
É preciso recordar sobre a salvação apresentada nos vv.3-5.
Quando se está sofrendo, o sofredor não consegue ver que aquilo terminará. Pedro escreve: Alegrem-se por isso, se bem que agora é possível que vocês fiquem tristes por algum tempo, por causa dos muitos tipos de provações que vocês estão sofrendo” (1Pe 1.6).
Algum tempo – indica uma condição transitória, em contraposição a uma consumação que virá mais tarde. Um tempo breve em detrimento da eternidade. São poucos os sofrimentos em comparação a glória que está em jogo.
Pedro não quer diminuir os sofrimentos. Na verdade, ele quer colocar os cristãos sob a luz correta, isto é, a luz de Deus. Como escreveu Paulo aos Coríntios (2Co 4.17), não dirigimos nosso olhar para o agora, para o visível. Assim, podemos ver toda a tribulação como sendo momentaneamente peso leve.
Provações
A palavra provação denota que os sofrimentos não são absurdos, mas estão inseridos no plano de Deus, que por trás deles há uma intenção divina de amor. E aqui reside um grande consolo. Deus permite as tentações do diabo para testar a fé dos cristãos. Deus determina a medida e o limite dos sofrimentos teste.
A provação não é algo absurdo. Na verdade, a provação faz parte do plano de Deus, pois por trás das mesmas há uma intenção divina de amor. Jó é o maior exemplo disso. Ou seja, Deus permitiu a tentação, a provação para testar a fé em Deus. E Deus determinou a medida e o limite do sofrimento (Tg 1.13).
Qual é a finalidade das provações?
v. 7
Para saber se o ouro é autêntico precisa passar pelo fogo (Sl 12.6; Pv 17.3; 27.21; Ml 3.3).
Na purificação o ouro não é afetado em nada, mas as impurezas são expulsas no processo. E devido a nossa fé se misturar com impurezas, Deus precisa realizar um processo de depuração do ouro. Assim, o sofrimento é um teste para a fé.
Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra, no dia em que Jesus Cristo for revelado” (1Pe 1.7).
A fé que vocês tem é verdadeira. Por que a fé é verdadeira? Porque é dada por Deus (Ef 2.8). A fé honra a Deus (Hb 11.6).
Vocês o amam, mesmo sem o terem visto, e creem nele, mesmo que não o estejam vendo agora. Assim vocês se alegram com uma alegria tão grande e gloriosa, que as palavras não podem descrever” (1Pe 1.8)
Só é possível servir, amar, crer, e sentir alegria por que o Senhor está vivo.
A próxima etapa da salvação é a glorificação de Jesus que virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Vocês já tiveram noção do plano que estão inseridos? Enquanto uns atravessaram o mar vermelho, outros estiveram no nascimento de Jesus, outros na crucificação e ressurreição, nós, estamos na etapa da glorificação. Ou seja, poderemos participar da vinda de Jesus.
Vocês têm essa alegria porque estão recebendo a sua salvação, que é o resultado da fé que possuem” (1Pe 1.9).
Deus deseja que vivamos sempre com os olhos fixos nesse resultado final. Amém
ERT
Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A morte não é o fim!


Dia 12 de abril – Páscoa
Sl 118.15-29; At 10.34-43; Cl 3.1-4; Mt 28.1-10
Texto: Mateus 28.1-10
Tema: A morte não é o fim!

O morte põe fim aos nossos sonhos, planos, desejos. No entanto, essa não foi a realidade para Cristo.
As mulheres, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago (Mt 28); Salomé (Mc 16) e Joana (Lc 24.10) estavam indo para embalsamar o corpo sem vida, assim como haviam depositado no sepulcro. Estavam vivendo como se os sonhos, planos e desejos de Cristo também estivesse terminado naquele sepulcro.
Mateus, talvez pelo relato das mulheres, ou ele mesmo tenha sentido, escreve que houve um grande tremor de terra. Esse tremor se deve ao fato da ressurreição de Jesus e a chegada do anjo que foi enviado para remover a pedra.
O que merece destaque é a mensagem do anjo às mulheres: não temais (v. 5).
Não temais foi a mensagem do anjo na noite de natal. Não temais é a mensagem do anjo no domingo de páscoa.
A mensagem do natal foi anunciada aos pastores, pessoas desprezadas. A mensagem da páscoa foi dada as mulheres, ignoradas e rejeitadas. Uma delas, ex prostituta.
Mesmo que os guardas estivessem assustados, foi para as mulheres que o anjo anunciou não temais. Ou, por que estão com medo? A morte não venceu Jesus. O sonho, os planos não acabaram. Jesus ressuscitou e o plano de Jesus continua, dirijam-se à Galiléia (v. 7). Jesus é vencedor. Anunciou sua vitória ao diabo, seus ajudantes e os que morreram sem crer (1Pe 3.19-22).
Mateus diz que as mulheres saíram correndo para falar aos discípulos, no entanto, João escreve que Maria permaneceu ali chorando (Jo 20. 11). Marcos relata que de medo e pavor, não contaram nada a ninguém (Mc 16.8). Mas, entendo que esse ninguém se refere a pessoas fora do grupo dos discípulos. Pois, Lucas (Lc 24.10) diz que elas contaram aos 11 e os demais que estavam com eles.
As mulheres que ouviram a boa notícia da ressurreição, testemunharam essa notícia. Que tal você?
Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos. O COVID-19 pode até colocar fim nos seus planos, desejos e sonhos, mas, não pode te afastar de Cristo. Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...