segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Recordações reais!

 

31 de janeiro de 2021

Salmo 111; Deuteronômio 18.15-20; 1Coríntios 8.1-13; Marcos 1.21-28

Texto: Sl 111.1,4

Tema: Recordações reais!

 

Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o Senhor, com todo o meu coração, junto com os que lhe obedecem. ... O Senhor não nos deixa esquecer dos seus feitos maravilhosos; ele é bom e tem muita misericórdia” (Salmo 111.1,4)

 

O facebook sempre nos lembra vez ou outra sobre uma foto ou fato ocorrido em anos anteriores.

Recordações que são reais! Fatos que vivemos e quando recordados, são revividos com outro sentimento.

Certo dia, o salmista, não se sabe quem, olhando para o facebook, recordou-se dos feitos maravilhosos de Deus. Talvez alguém ao atravessar o mar vermelho, aproveitou e fez uma selfie pegando ao fundo Moisés com o cajado erguido. Ou, algum dos israelitas, fez um tik tok enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas de chifres de carneiro e a muralha de Jericó começava a ruir.

Recordações que o fizeram lembrar. “Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o Senhor, com todo o meu coração, junto com os que lhe obedecem. ... O Senhor não nos deixa esquecer dos seus feitos maravilhosos; ele é bom e tem muita misericórdia” (Salmo 111.1,4).

O Antigo Testamento está repleto de eventos de recordação. A mais constante foi a libertação da escravidão do Egito, mencionado cerca de 150 vezes. Esse evento, além de ser uma recordação, passou a ser uma confissão de fé para todo israelita.

Recordações são importantes, pois as mesmas nos fazem reviver eventos reais e nos leva ao desejo de querer revivê-los.

O ato de recordar, lembrar, era o que Deus desejava do seu povo. Era preciso manter viva na memória os feitos de Deus. A constante lembrança não os deixaria esquecer do cuidado e da proteção de Deus no presente e futuro.

Toda lembrança traz um certo tipo de sentimento. Sorrisos, lágrimas, suspiros, revolta ...

O salmista ressalta o sentimento de louvor e gratidão. “Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o Senhor, com todo o meu coração, junto com os que lhe obedecem. ... O Senhor não nos deixa esquecer dos seus feitos maravilhosos; ele é bom e tem muita misericórdia” (Salmo 111.1,4).

Deus não os deixava esquecer, para que fosse louvado constantemente.

Recordar os atos de Deus e louvar evitaria e evita desviar-se da fé. Muitos israelitas se desviaram de Deus por terem caído no esquecimento dos atos poderosos de Deus. Quantas vezes durante a dificuldade da caminhada pelo deserto, o povo sentiu saudade do Egito?

Os Salmos 111, 112 e o 113 iniciam com a palavra Aleluia.

É a expressão máxima de adoração a Deus. E não será somente ele que irá louvar: “...junto com os que lhe obedecem” ou seja, junto aos que estão no culto, na reunião do povo de Deus devido as recordações dos atos poderosos de Deus.

Você ainda se lembra daquilo que Deus fez na sua vida? Naquele dia do batismo, quando lhe tirou das trevas e o colocou na luz? Naquela viagem? Numa cirurgia?

O louvor é fruto da recordação de tudo o que Deus fez e faz. A lembrança motiva o louvor e o louvor motiva a lembrança. Por esse motivo, o salmista Davi ressalta: “Alegrei-me quando me disseram: “vamos à casa do Senhor”” (Sl 122.1) e o autor a carta aos Hebreus aconselha: “Não deixemos de nos congregar como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o dia está chegando” (Hb 10.25).

O Salmo 111 não é apenas um convite para o louvor. É também uma afirmação de louvor por alguém que está constantemente se lembrando e sendo lembrado do amor de Deus. A igreja tem em suas mãos o álbum de fotografias que é a Palavra de Deus que a faz recordar com constante amor de Deus. E essa recordação a faz louvar. O louvor é dado por uma pessoa que reconhece tudo àquilo que Deus fez e faz.

No culto, há um evento em particular que nos faz lembrar. “Fazei isto todas as vezes ...” (Lc 22.19; 1Co11.25). Todas as vezes que participamos da ceia lembramos da morte de Cristo na cruz. Lutero, destaca as palavras do verso 5, onde está escrito que “Ele dá alimento aos que o temem e nunca esquece a sua aliança”, apontando uma íntima ligação com a santa ceia.

A ceia do Senhor, não nos deixa esquecer o ato poderoso de Deus. Ter abandonado seu Filho na cruz para nos acolher em seu reino.

O Salmo 111 era cantado por ocasião da santa ceia na igreja primitiva. A ceia do Senhor nos faz recordar o sacrifício de Jesus Cristo. “Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o Senhor, com todo o meu coração, junto com os que lhe obedecem. ... O Senhor não nos deixa esquecer dos seus feitos maravilhosos; ele é bom e tem muita misericórdia”. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Aguardando com confiança!

 

24 de janeiro 2021

Salmo 62; Jonas3.1-5,10; 1Coríntios 7.29-31; Marcos 1.14-20

Texto: Sl 62.8

Tema: Aguardando com confiança!

 

Confie sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio.

 

Palavras de Davi que visam fortalecer a confiança em Deus. Só ele é refúgio seguro.

Seja cristão ou não cristão, o ser humano procura e quer algo em que possa depositar sua confiança. Davi, não foi diferente. Tanto que no Salmo 62, destaca que se todas as coisas em que pudesse colocar a confiança, juntas numa balança, não pesariam nada, não teriam valor. Mas, infelizmente para muitos, todas essas outras coisas parecem ter valor.

A poucos dias celebramos a virada do ano. Quantos de nós desesperadamente ousou usar branco, vermelho, amarelo, julgando que essas cores nos darão aquilo que tanto esperamos para esse novo ano?

Davi não escreveu essas palavras num momento em que tudo estava bem. Na verdade, Davi, estava em meio a um grande problema. Seu filho Absalão havia se rebelado contra ele e tomado o governo do povo de Israel.

O filho revoltou contra o pai. E quem é pai ou mãe, sabe o quanto se sofre diante da revolta de um filho. A revolta de Absalão não foi sair de casa. Pelo contrário, foi expulsar o pai de casa e tirar o seu governo. Nessa situação, Davi põe toda sua confiança em Deus (Sl 62.5).

Todos nós enfrentamos problemas. E para cada problema aparece alguém com uma solução. E na maioria das vezes a solução é uma simpatia ou benzimento. O desespero ante a situação leva a pessoa a depositar a sua confiança nesses ou outros meios proibidos por Deus.

A pergunta a se fazer é: por que Deus permite que as pessoas aconselhem a tomar esses caminhos proibidos por ele? A Resposta é: para provar sua fé (1Pe 1.7; Tg 1.3).

Davi ressalta que a confiança em Deus não impede os problemas, mas, nos ajuda a superá-los sem desespero ou medo. Um dos maiores males da queda em pecado é o medo. Aliás, essa foi a primeira sensação de Adão e Eva (Gn 3.10). E o medo desesperador só é superado pela confiança em Deus.

Davi, em meio a uma situação que levaria muitos ao desespero e a alternativas inadequadas para sua resolução, mostra confiança em Deus. Ele ressalta essa confiança destacando Deus como rocha, salvação, refúgio (v.2).

Os problemas e as preocupações têm conduzido pessoas ao desespero e ao ponto de buscarem alternativas não recomendáveis para sua solução.

Davi exclamou: “Somente em Deus a minha alma espera silenciosa; ...” (Sl 62.1).

Esperar silenciosamente em Deus!

Quando uma pessoa está com problemas, é natural que passe a falar sobre. Assim, em pouco tempo, quase todos já conhecem o seu problema. Dessa forma, o inimigo (diabo), que está em derredor procurando alguém para devorar (1Pe 5.8), aproveita-se mediante seu exército a te afastar de Jesus Cristo: a rocha, a salvação e o refúgio. Por isso, o profeta Jeremias aconselhou: “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (Lm 3.26). O apostolo Paulo questionou os Romanos sobre quem os separaria do amor de Cristo. A tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada? (Rm8.35).

Querido irmão e irmã na fé em Cristo Jesus. Lembre-se, Deus não está demorando com seu socorro. Ele está te guiando por esse vale da sombra da morte (Sl 23.4).

Davi estava enfrentando uma grande problema. Solução poderia ter, mas, sua confiança em Deus, o fez esperar somente no Senhor. Confie sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio (Sl 62.8).

Querido irmão e irmã na fé em Jesus: está faltando algo para você? Abra seu coração a Deus! Não esconda nada. Foi Jesus quem aconselhou a orar: “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Deus conhece as nossas carências e as supre, mas, deseja que supliquemos: “Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; ...” (Mt 7.7).

Confie sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio (Sl 62.8). Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Senhor, tu me sondas e me conheces

 

17 de janeiro 2021

Salmo 139.1-10; 1Samuel 3.1-10; 1Coríntios 6.12-20; João1.43-51

Texto: Salmo 139.1

Tema: Senhor, tu me sondas e me conheces

 

Há pelo menos 20 sondas espaciais ativas no sistema solar. Em Marte, há oito sondas. Três na lua. Uma em Vênus. Duas no sol e uma em Júpiter. Há também três em asteroides e três fora do sistema solar.

Cada descoberta que uma dessas sondas faz a respeito do sistema solar, o ser homem sente-se surpreendido. E seu espanto se deve ao fato de descobrir algo que ressalta a criação de Deus e não as teorias humanas.

Entre as publicações cientificas dos últimos 25 anos, as palavras mais usadas são: inesperado, surpreendente e fascinante, com o sentido de “não esperávamos por isso”. Ou seja, a sondas encontram exatamente aquilo que a ciência não quer reconhecer: a grandeza de Deus.

Senhor, tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1).

A palavra “sonda” é a tradução do termo hebraico chaqar. Essa palavra tem como significado pesquisar; procurar; penetrar; examinar detalhadamente”.

O profeta Jeremias disse ao povo de Israel: “Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras” (Jr 17.10). Jesus revelou à João, e o mesmo escreveu em Apocalipse: “...todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras” (Ap 2.23).

Senhor, tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1).

Quem é esse que nos sonda? É Deus, o Senhor. E esse Deus e Senhor descrito pelo Salmista se apresenta nas palavras dessa bela poesia e cântico, como sendo Onipresente. Ou seja, está presente em toda a parte e enche todas as coisas.

Davi exalta a onipresença e onipotência de Deus. O profeta Jeremias anunciou: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor” (Jr 23.24). Ou, como ressaltou Davi: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (Sl 139.7).

Depois de saber que Deus é quem me examina e conhece, cabe nos uma pergunta: Quando Deus pesquisa, procura, penetra, examina detalhadamente, o que ele encontra?

Não podemos ser ateístas e negar a realidade do pecado e nem ser panteísta, acusando Deus de ser a causa do pecado. O ensino da onipresença de Deus é uma maneira que Deus nos concede para podermos agir de maneira correta, tentando evitar o pecado, pois Deus não incentiva e nem aprova o pecado (Gn 2.17; 3.8; 4.6-7; Sl 5.4-5).

As pessoas negam que alguns seres humanos sejam pecadores. Muitos até afirmam que crianças não nascem em pecado. No entanto, lendo Romanos 6.23: “o salário do pecado é a morte”, fico pensando: se as crianças não tivessem pecado, de nenhuma maneira elas morreriam. Esse pecado não é pecado por ter sido cometido pela criança, mas o qual está cravado na geração humana após a queda em pecado no paraíso.

Quando Deus, em sua onipresença, onipotência e onisciência, examina profundamente o ser humano, o que ele realmente encontra é que pensa, age e fala de maneira pecaminosa. Encontra um ser humano corrompido pelo pecado. E essa corrupção se apresenta dia após dia, através da violência, ódio, corrupção, ...

Sendo que o “Senhor, ... me sondas e me conheces” (Sl 139.1), o que fazer?

Podemos nos guiar pelo pedido de Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139. 23-24).

As sondas que os seres humanos enviam para o espaço tem o objetivo de que se avance cientificamente. Ao pedir que Deus nos sonde, é clamar para que tenha misericórdia de nós. É pedir uma luz, uma direção. É como gritar do íntimo em oração: Deus, eu não sei de fato quem sou, mas pelo pouco que sei, quero só uma direção. Ajuda-me!

Mas, por qual razão eu posso fazer esse pedido a Deus?

Por que Deus tem por mim amor (Rm 5.8). Por que Deus quer me sarar (Os 6.1).

Esse amor de Deus pode ser observado nas palavras do próprio Davi. Recorde que Davi teve duas grandes experiências em sua vida. Era um humilde pastor de ovelhas. Pela sua família, nem foi chamado a presença de Samuel, quando o mesmo foi enviado por Deus para fazer um dos filhos de Jessé o novo rei de Israel. Davi recebeu grandes vitórias nas guerras. Mas, esse Davi, “homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.13-14; 16.12; Sl 89.20; At 13.22) também experimentou o pior do seu íntimo: cometeu adultério e assassinato. E após a maravilhosa experiência com o profeta Natã, recebendo de Deus o perdão, Davi, é o mais aconselhado a nos incentivar a pedir que Deus nos sonde a cada dia, afinal, “...onde o pecado abundou, superabundou a graça;” (Rm 5.20).

Senhor, tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1).

Após falar da sondagem onipotente e onipresente de Deus, Davi exclama que essa sondagem revela um Deus amoroso. Ao exclamar: “Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe” (Sl 139.13), o salmista ressalta pelo uso da palavra hebraica “qanah” - “formaste” a ideia de que aquele ser gerado é um ser adquirido e comprado por esse Deus que conhece e sabe todas as coisas. O Deus onipresente e onipotente é o Deus criador e redentor.

Por esse motivo, assim como Davi é possível exclamar: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139.14).

Senhor, tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1). Essa sondagem e conhecimento “causa espanto e admiração”. Deus, pelo preço pago por nós, nos tornou distintos. E essa distinção já foi enumerada por ocasião da criação, quando foi dito que o ser humano foi criado a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27).

Todos somos a imagem e semelhança de Deus. Alguém sabe me dizer a cor do ser humano quando Deus os criou? O ser humano em muitas situações é racista. E o racismo é uma das consequências do pecado.

Ser a imagem e semelhança de Deus aponta para o contraste do ser humano aos animais. O ser humano foi criado para conhecer, servir e experimentar perfeito gozo em comunhão com Deus. Mas, após a queda com o conhecimento do homem sobre o amor e a misericórdia de Deus, o objetivo é que o ser humano confie em Deus e o adore como sendo único.

O ser humano foi criado com distinção e o salmista apresenta essa distinção com as palavras: “...quando os meus ossos estavam sendo feitos, quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, ...” (Sl 139.15).

O termo hebraico “Ìasah” “fazer, fabricar, formar” nos remete a palavra grega que foi usada por Paulo na carta aos Efésios capítulo 2 verso 10 “poiema”, “uma obra, aquilo que foi feito”.

Tanto o salmista como Paulo transmite a ideia de um pintor que está pintando uma tela. O ser humano é uma obra primorosa de Deus. O ser humano foi criado numa perfeição sem igual, num riqueza de detalhes.

Que pena, com a queda em pecado, o homem continua sendo exaltado por sua inteligência, mas infelizmente exerce seu domínio sobre a criatura de maneira errada e perdeu a comunhão com Deus.

Mas Deus, por amor e misericórdia, continua em busca do ser humano para restaurar essa comunhão e o faz isso através de seu Filho Jesus.

Senhor, tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1).

É maravilhoso ler no Salmo que Deus nos conhece completamente e perfeitamente e mesmo assim nos ama. Amém.

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O mundo precisa de Jesus!

 10 de janeiro de 2021

Salmo 29; Gênesis 1.1-5; Romanos 6.1-11; Marcos 1.4-11;

Texto: Marcos 1.4-11

Tema: O mundo precisa de Jesus!

 

Escrito no ano 50 d.C., o evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito. Em seus 661 versículos, 50 exclusivos, o interprete de Pedro busca elucidar para aquela comunidade composta por muitos judeus e ex gentios sobre quem é Jesus.

Quem é Jesus Cristo? Faça essa pergunta aos seus amigos, parentes, conhecidos. Pergunte em suas redes sociais. Tenho certeza que você ficará impressionado com as respostas.

A casa de Maria, mãe de João Marcos, autor do evangelho era local onde a igreja primitiva se reunia. Ele mesmo fugiu, sem tempo de se vestir (Mc 14.52), quando Jesus estava sendo preso.

Aprendeu sobre Jesus, conheceu Jesus, e impactou a igreja da época e o mundo com esse evangelho a respeito de Jesus. Tanto que inicia com as palavras: “A boa notícia que fala a respeito de Jesus Cristo ...” (Mc 1.1).

A boa notícia é a respeito de Jesus. Jesus é o conteúdo do evangelho. O mundo precisa muito saber quem é Jesus. Para isso, Deus continua a chamar discípulos e os enviando para preparar o caminho para que Jesus chegue até as pessoas.

Paul Rees escreveu que o “evangelho não é uma argumentação, nem um debate. É uma proclamação.” Sendo uma proclamação, se trata falar a respeito de alguém. Sendo boa notícia, refere-se a Jesus Cristo.

No tempo da epifania a igreja é lembrada sobre sua razão existencial. E sua essência nesse mundo é fazer com que o evangelho, Jesus Cristo, chegue as pessoas e por ele sejam salvas.

As pessoas, não só pelo isolamento social, mas também devido ao individualismo, não conhece o morador da próxima rua, corre o risco de não mais conhecer e saber quem é Jesus. Há tanta informação a respeito de Jesus que muitas vezes se perde em meio as informações.

Após a ressurreição e ascensão de Jesus aos céus, surgiram muitas histórias, relatos sobre a pessoa de Jesus e assim, tornou-se urgente e necessário dizer em breves palavras quem é Jesus. Marcos, o primeiro evangelho a ser escrito ao iniciar escrevendo que trará “a boa notícia que fala a respeito de Jesus Cristo ...” (Mc 1.1), expõe de maneira clara quem é Jesus.

Na pericope de Marcos 1.4-11, ouvimos João Batista e o próprio Deus dizendo quem é Jesus.

João Batista, conforme Jesus, entre os homens nascido de mulher foi o maior de todos (Mt 11.11; Lc 7.28), deixa claro que Jesus é o centro da missão de Deus. É o cordeiro de Deus enviado pelo Pai para tirar o pecado do mundo (Jo 1.29).

Por ocasião do batismo de Jesus, Deus também esclarece quem é Jesus ao dizer: “Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria” (Mc 1.11).

Deus considerava Israel como sendo seu primeiro filho (Ex 4.22; Os 11.1; Jr 31.9,20; Is 63.16), e assim todo israelita se entendia como sendo filho de Deus (Dt 14.1). Aqui, Deus chama Jesus de filho amado (querido)... Ou seja, Jesus é o agapetos, mais amado, privilegiado, escolhido para um fim último (Gn 22.2,12,16; Is 42.1; Mc 12.6). Por ser esse filho, nEle, Deus satisfará sua obra de redenção. Em Jesus, o servo escolhido, Deus salva a humanidade.

João Marcos, ao narrar o que Jesus viu após seu batismo, têm por finalidade mostrar quem Ele é. “Jesus viu o céu se abrir e o Espírito de Deus descer como uma pomba sobre ele” (Mc 1.10).

Jesus não era um dos muitos Jesuses que haviam na época. Jesus era um nome comum. Jesus não era um ninguém, mesmo sendo apresentado sem um título honroso e sendo de Nazaré que para ser encontrada precisava ser denominada como sendo da Galiléia.

Jesus é o que veio para rasgar os céus.

Durante o tempo da pregação do profeta Isaías, vemos o povo de Deus entregue a si mesmo. Haviam virado as costas para Deus. Céus e terra estavam fechados um para o outro e o abismo estava escancarado. A única esperança do povo era que Deus rasgasse o céu (Is 61).

Jesus é o portador do Espírito Santo.

Logo após a libertação do povo de Deus da escravidão do Egito, a população voltou-se contra Deus, fabricando e adorando o bezerro de ouro. A partir desse evento, o Espírito Santo só descia sobre poucos escolhidos. Mas, o fato é que após o profeta Malaquias, por cerca de 430 anos, o Espírito não desceu sobre ninguém, e assim, passou a ser o período do silêncio de Deus. E, o descer do Espírito sobre Jesus, marca o fim desse silêncio.

Jesus é o fim do julgamento de Deus sobre a terra.

Uma pomba desceu sobre Jesus. Assim como na arca de Noé, a pomba põe fim ao julgamento e a saída da arca, Jesus é o fim do julgamento. Jesus disse que não veio julgar, mas salvar o mundo (Jo 12.47).

Para apresentar esse Jesus ao mundo que tanto precisa, Deus ainda utiliza-se dos seus precursores.

A questão é: qual é o nosso papel nesse missão?

Com João Batista aprendemos nossa incumbência dentro da urgência em mostrar Jesus para as pessoas.

Descobrimos e assimilamos nosso lugar e honra no plano de salvação com as palavras de João Batista: “Depois de mim vem alguém que é mais importante do que eu, e eu não mereço a honra de me abaixar e desamarrar as correias das sandálias dele” (Mc 1.7).

Muitas pessoas, tanto da Judéia bem como de Jerusalém, iam até o rio Jordão e confessavam seus pecados para João Batista e eram batizadas por ele.

João Batista sabia que as pessoas precisavam ser alertadas sobre quem ele era e quem ele não era. Fiel na sua missão em apontar para Jesus, destacou que não era o mais importante. O mais importante era aquele que vinha e que mesmo um escravo judeu não sendo obrigado a desamarrar as sandálias do seu dono, ele não era digno sequer de fazer o trabalho que só era permitido a um escravo pagão. João Batista não era o maior e mais importante, mas aquele que estava vindo. João Batista compreendia sua tarefa a partir de Cristo.

Não merecemos ser escravos de Cristo, somos honrados em servir a Deus na missão de apontar Jesus para esse mundo.

Números do data folha de dezembro de 2019 apontam que 1 a cada 3 brasileiros é evangélico. Apesar de ser uma boa notícia, infelizmente os mesmos ao invés de serem estrelas que conduzem pessoas a Cristo, os evangélicos estão sendo classificados como progressistas e esquerdistas fanáticos. Nos tornamos políticos e defensores políticos e deixamos de repreender Herodes e apontar-lhes Jesus quando em pecado.

Cristo é maior que nós e nossos interesses. O único interesse que a igreja e os discípulos precisam zelar é apresentar Cristo a esse mundo. Em conclusão, em Cristo o céu está aberto para o pecador e o julgamento de Deus termina. Amém!

ERT

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Deus disse:haja luz e houve luz!

 10 de janeiro de 2021

Salmo 29; Gênesis 1.1-5; Romanos 6.1-11; Marcos 1.4-11;

Texto: Gn 1.3

Tema: Deus disse: haja luz e houve luz!

 

Observe que Deus através do seu falar, faz com que algo que não existia, passe a existir.

O instrumento e meio para sua obra criadora é a Palavra.

O verbo hebraico é amar que significa simplesmente a palavra proferida. Ou seja, uma coisa é a palavra outra é quem fala (Jo 1.1 – Jesus Cristo). Antes de todas as criaturas, existe a Palavra, e a Palavra é tão poderosa que cria todas as coisas a partir do nada.

Agostinho diz que a forma verbal: Deus disse significa que ele criou e fez todas as coisas mediante o verbo, como confirma o autor a carta aos Hebreus 1.2,3 e também Paulo Cl 1.16.

A cada dia da criação há a afirmação que é testemunho para nossa fé: Deus disse.

O salmista confirma esse testemunho de fé (Sl 33.6). Salomão diz que a sabedoria foi ajudante na criação (Pv 8.22,27). Com certeza, há testemunho disso de outros escritores, Enoque, Elias, mas, como o NT cita e nós não temos esses escritos entre nós, ficamos apenas com esses testemunhos.

O mundo foi feito do nada (tohu vohu), a luz foi feita de uma matéria que antes não era luz, a tradução latina sugere: “da não-luz foi feito luz”. Paulo diz em 2Co 4.6.

Haja luz não é uma palavra de Moisés, mas de Deus. Deus chama a existência as coisas que não são para que sejam Rm 4.17.

O que para nós é uma palavra – para Deus é realidade. Assim sendo, a criação e inclusive nós, somos a Palavra de Deus, a realidade de Deus. Nós também falamos, mas falamos das coisas já criadas. Recitamos vocábulos, Deus falou e tudo veio a realidade.

A criação nada mais é do que a Palavra de Deus, dita e expressa por ele.

Deus criou tudo pela sua Palavra que esteve com Deus antes da criação (Ef 1.4).

Deus é o falante que cria, sem utiliza matéria a partir do nada, unicamente pela palavra que profere.

No princípio, quando a terra era sem forma e vazia, o primeiro mandamento de vida de Deus foi: “Haja luz”, chamado na Bíblia hebraica de ‘or’ na Septuaginta grega de genetheto fos e na Vulgata latina de fiat lux. E houve luz, conforme o relato fidedigno e inerrante das Escrituras.

De acordo com Gênesis 1, nos primeiros três dias da criação Deus Elohim criou os reinos e só depois, nos três últimos dias, os reis; ou seja, no primeiro dia Deus criou a luz (reino) e no quarto os luzeiros – sol, lua, estrelas – (reis); no segundo dia formou céus e águas (reinos) e no quinto as aves e os peixes para desfrutarem deles (reis); no terceiro dia fez separação entre terra e mares (reinos) e no sexto dia formou o homem e a mulher para governarem sobre eles (reis). No sétimo dia, o Deus Criador que reina sobre tudo e todos, descansou.

Ao ressaltar que Deus disse: haja luz, e houve luz, é preciso destacar que Moisés está relatando um fato histórico. Ele não está fazendo interpretações. Deixemos o texto como é, ou seja, a luz é luz verdadeira e física.

O que Moisés faz é um testemunho claro da criação. E Moisés diz que houve luz e que esse foi o primeiro dia da criação. Essa luz, foi aperfeiçoada ou mais iluminada pelo sol, é possível, pois a Bíblia diz que o Sol brilhará mais que agora (Is 30.26).

ERT

Edson Ronaldo Tressmann 

Saindo ileso da cova!

30 de março de 2024 Salmo 16; Daniel 6.1-28; 1Pedro 4.1-8; Mateus 28.1-20 Texto : Daniel 6.1-24 Tema : Saindo ileso da cova!   Tex...