segunda-feira, 25 de abril de 2016

Apocalipse! O Recheio do Bolo! Parte 5

6º Domingo de páscoa - 01/05/2016
Sl 67; At 16.9-15; Ap 21.9-14,21-27; Jo 16.23-33 ou 5.1-9
Tema: Apocalipse! O recheio do bolo! Parte 5

         Muitas pessoas se comunicam pelas redes sociais. No Brasil os meios mais usados e populares são: Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagran, Google+, Wathasapp. 
         Cristãos também possuem contas nas redes sociais e se comunicam pelas mesmas.
         Você faz uso de alguma conta na rede social? Qual foi a última mensagem que recebeu em sua rede social? Pelo celular? Por carta? E-mail? 
         São milhares de mensagens por dia. É difícil lembrar de todas. Em meio as milhares de mensagens por celular ou pela rede social, é natural que se esqueça ou nem se leve em consideração alguma mensagem.
         Dia 01 de maio é uma grande oportunidade para refletir sobre o trabalho, afinal desde 1919 esse dia passou a ser feriado em comemoração ao dia do trabalhador. Mas, prefiro trazer a reflexão a respeito de um assunto tão importante quanto a bênção do trabalho.
         Qual foi a última mensagem que você recebeu em seu trabalho, quer seja do patrão ou de algum colega?
         O dia 1º de maio é o sexto domingo de Páscoa. Já se passaram algumas semanas daquele domingo em que os cristãos se saudaram “Ele Ressuscitou” e ouviram de que “Ele realmente Ressuscitou”. Mas, em meio a tantas mensagens, corre-se o risco de alguém ter esquecido a mensagem da páscoa. Qual é a mensagem da Páscoa? Jesus Vive! Jesus Ressuscitou! 

       A cada domingo a igreja cristã celebra a ressurreição de Jesus. É necessário relembrar que durante a quaresma, os domingos não são contados como sendo domingos de quaresma, mas domingos na quaresma. Os cinquenta e dois domingos de cada ano são cinquenta e duas oportunidades para se celebrar a páscoa, a ressurreição de Jesus.
         Nesse domingo, dia 01º de maio de 2016, temos uma oportunidade ímpar. Celebrar novamente a páscoa e sua real aplicação para a vida cristã.
       As palavras registradas pelo apóstolo João no capítulo 21 de Apocalipse (Ap 21.9-14,21-27) apresenta o resultado da mensagem da páscoa na vida de cada pessoa. O texto mostra a ressurreição de todas as pessoas no último dia da existência desse mundo. A volta do Jesus vitorioso em glória e majestade marcará o fim desse mundo e das consequências do pecado para os cristãos, iniciará um novo céu e uma nova terra. Os filhos de Deus, aqueles que viveram e morreram na fé, tomarão posse da cidade celestial.
         O livro de Apocalipse causa medo em muitas pessoas. Muitos leitores olham para as catástrofes apresentadas no livro e assim preferem não meditar na real mensagem desse que é, um dos mais belos livros da Bíblia.
         Através de Apocalipse, Deus dá aos cristãos a oportunidade de saberem o fim. Saber o fim é na verdade a revelação da graça de Deus que em seu amor e misericórdia deseja ajudar sua igreja, seus filhos e filhas. Deus deseja que todos sejam salvos e que ninguém se perca (1Tm 2.4). O inimigo de Deus e da igreja, o diabo, busca de todas as maneiras desde a criação do mundo destruir a relação Deus e Homem. Enquanto Deus se aproxima do homem pelos meios da graça, o diabo, faz com que o homem se afaste cada vez mais de Deus desvalorizando sua graça e amor.
         Mostrar o final da história, mostrar a nova Jerusalém, a alegria dos vencedores na fé, tem como intuito consolar e animar a todos que sofrem por causa da vida na fé. Ao mesmo tempo, Jesus também quer alertar aos perseguidores daqueles que vivem na fé. Arrependam-se, há oportunidade para que ocupe um lugar na nova Jerusalém.
         A mensagem da páscoa mostra um Jesus vitorioso. Um Jesus que venceu a morte, o diabo e o inferno (1Pe 3.13-22). A mensagem de Apocalipse é que Jesus vence a batalha final. Todos os que perseguem os cristãos e a igreja já estão vencidos, os cristãos que vivem e morrem na fé, já possuem a vida eterna. Aqueles que morreram no Senhor já estão diante do altar de Deus, como esposa de Cristo.
         O apóstolo Paulo em sua carta aos cristãos da Ásia Menor (Efésios) diz que o marido (Jesus) deu a vida pela esposa(igreja) (Ef 5.25). Esse amor sem limites faz a noiva ser, estar e continuar submissa (Ef 5.21). A noiva foi e é preparada pelo noivo para que se apresente “...em toda sua beleza, pureza e perfeição, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito” (Ef 5.27; Ap 21.27). 
         A mensagem da páscoa para a vida real do cristão é de que: “...o anjo me levou para uma montanha grande e muito alta. Ele me mostrou Jerusalém, a Cidade Santa, que descia do céu e vinha de Deus, brilhando com a glória de Deus. A cidade brilhava como uma pedra preciosa, como uma pedra de jaspe, clara como cristal. Ela era cercada por uma muralha muito alta e grande, com doze portões, guardados por doze anjos. Nos portões estavam escritos os nomes das doze tribos do povo de Israel. Havia três portões de cada lado: três ao norte, três ao sul, três a leste e três a oeste. A muralha da cidade estava construída sobre doze rochas, nas quais estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.10-14).          As 12 portas abertas representam o povo do Antigo Testamento. As 12 pedras preciosas representam o povo do Novo Testamento. Ou seja, os cristãos que viveram na e pela fé, tomarão posse da Jerusalém Celestial.
         Os cristãos do século XXI continuam sendo a igreja militante. Muitas são as tentações. A mais perigosa é que em meio a tantas mensagens esqueçamos a principal. Por isso, Jesus nos convida a não desanimar e nem desistir. Nossos nomes foram e estão escritos no livro da vida. Esse nome não pode ser apagado, pois foi escrito com sangue de Jesus Cristo derramado na cruz. E a certeza da vitória é a sua ressurreição. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Apocalipse - o Recheio do bolo! Parte 4. Novo Céu e Nova Terra.

24/04/16
5° Domingo de páscoa
S 148; At 11.1-18; Ap 21.1-7; Jo 16.12-22
Tema: Apocalipse - o recheio do bolo! Parte 4
Novo céu e Nova terra.


Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai encontrar com o noivo. Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: - Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão os povos dele. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram. Aquele que estava sentado no trono disse: - Agora faço novas todas as coisas! E também me disse: - Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e merecem confiança” (Ap 21.1-5)

       Uma breve introdução àquelas visões que seguem. Novo céu e nova terra aparecem diante dos olhos do apóstolo João, assim como profetizado pelo profeta Isaías (Is 65.17).
           Não significa que a terra em que vivemos e o céu serão aniquilados. Ele recriará novo céu e nova terra. Ap 21.5 ensina que Deus faz novas todas as coisas. Será assim também com os corpos colocados na sepultura. Eles serão renovados (2Pe 3.13).
         A voz que o apóstolo João ouve, mesmo vinda do trono de Deus, não é a voz do próprio Deus. É uma voz que fala com a autoridade de Deus. Essa grande voz fala: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens.” Para os judeus, o tabernáculo era a moradia de Deus, simbolizava a presença de Deus no meio do povo.
         “Deus habitará com eles” – por 3 vezes é dito que Deus realmente habita com os seus. A presença de Deus com os seus no céu e na nova terra será direta, olho no olho. Novo céu e a nova terra é a eterna, íntima e bem-aventurada comunhão com Deus.
         Todos os medos que afligem o ser humano aqui na terra não existirão mais.
         Um dos apóstolos que não sabia quanta tribulação ainda iria enfrentar por ser seguidor de Jesus, ouve a boa notícia de que todas as coisas que assustam, terão um fim. Para João, preso em Patmos, era um conforto a visão do Novo céu e Nova terra.
         A felicidade no céu é inexplicável em palavras humanas, por isso, o apóstolo João a descreve com negativos, “não existirá mais...”.
         “E continuou: - Tudo está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim. A quem tem sede darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida. Aqueles que conseguirem a vitória receberão de mim este presente: eu serei o Deus deles, e eles serão meus filhos” (Ap 21.6-7)
         O apóstolo João escreveu o livro de Apocalipse no momento em que teve as visões. Somente em Ap 10.4 João recebeu a ordem de não escrever no exato momento em que viu. Apocalipse é uma reprodução fiel do que João viu e ouviu.
         Deus atesta a verdade contida em Apocalipse, “...porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. Todas as profecias se cumpriram, “Tudo está feito”. Foi uma longa caminhada desde a promessa no jardim do Éden até esta afirmação em Apocalipse 21.
         Nada existe sem Cristo. Ele assinou toda a história da salvação com seu sangue.
         Quando o texto diz: “Eu lhe serei Deus e ele me será filho” não indica que aqui nesse mundo não somos os filhos de Deus. Na verdade, a afirmação quer dizer que no céu entraremos em pleno uso da gloriosa herança, prometida aos que creem em Jesus (Rm 8.16 – 17). No céu, não haverá possibilidade de queda, eis a promessa: “...eu lhe serei Deus e ele me será filho”.
         Mas os covardes, os traidores, os que cometem pecados nojentos, os assassinos, os imorais, os que praticam a feitiçaria, os que adoram ídolos e todos os mentirosos, o lugar dessas pessoas é o lago onde queima o fogo e o enxofre, que é a segunda morte” (Ap 21.8).
         Para que não haja dúvida a respeito desse assunto, o versículo diz que “os que não crerem serão condenados”. Liga-se muito a salvação e a condenação pelos seus atos. A condenação não é desejo de Deus. Os covardes são aqueles que abandonaram a luta pela fé devido a perseguição, etc. Os incrédulos são os que não possuem a fé salvadora. Os abomináveis são os que aderiram o culto ao imperador, com todas suas orgias. Os assassinatos, a impureza, a feitiçaria são pecados dos pagãos, (Rm 1.29; Ef 5.5; Gl 5.19 – 20), pessoas que não acreditavam em Deus. A questão da salvação e da condenação está atrelada a fé na obra de Jesus. Os condenados segundo o livro de Apocalipse são os que pertencem aos seguidores da “grande meretriz.” Pela meretriz os mártires foram mortos (Ap 17.6). A meretriz é a mãe dos impuros (Ap 17.5). Pela meretriz, nações foram seduzidas (Ap 18.23) e desviadas.
         A visão do novo céu e da nova terra, bem como todo o livro de Apocalipse é um convite a permanecermos fiéis na fé em Jesus como nosso Salvador. As constantes promessas de vitória final é o incentivo a permanência na fé.
         Jesus é vencedor! Em Jesus nós também somos vencedores. Sempre houve a sedução da meretriz, mas “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Rev. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

Bibliografia: Vem, Senhor Jesus. Apocalipse de João. Johannes H. Rottmann. Ed. Concórdia, 1993. pp. 295 – 301.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Apocalipse - o Recheio do bolo! Parte 3. Matemática Divina.

17/04/16
4º Domingo de Páscoa
Sl 23; At 20.17-35; Ap 7. 9-17; Jo 10.22-30
Tema: Apocalipse - o recheio do bolo! Parte 3
Matemática divina

Uma conversa antes do cordeiro abrir o sétimo selo
1º Selo: Cavalo branco (Ap 6.2): Símbolo de santidade e de vitória
2º Selo: Cavalo vermelho (Ap 6.4): símbolo de guerra
3º Selo: Cavalo preto (Ap 6.5): símbolo de fome e carência (injustiça social)
4º Selo: Cavalo amarelo (Ap 6.8): símbolo da morte eterna que persegue
5º Selo: almas debaixo do altar (Ap 6.9): na presença de Deus.
6º Selo: violento terremoto, sol negro e lua vermelha como sangue (Ap 6.12): há muita coisa para ser revelada. (Em 27 de abril de 2015, o mundo ficou assustado com o terremoto de atingiu o Nepal, mais de 10 mil mortos).

         O texto que hoje vamos estudar está entre a abertura do sexto e o sétimo selo, que conforme Apocalipse 8, ao ser aberto houve silêncio, ou seja, acontecimentos que serão manifestados durante a história do povo de Deus aqui na terra ainda não foram revelados. Antes da abertura do sétimo selo a pergunta: “Chegou o grande dia da ira deles, e quem poderá aguentá-la?” (Ap 6.17) mostra a realidade de que no dia do juízo final, todos são iguais. Todos são réus da morte eterna. O cordeiro é o juiz. Ele é digno de abrir o livro.
         O capítulo 7 de apocalipse é muito importante, pois mostra os acontecimentos que atingem a igreja. Igreja que é composta por aqueles que segundo Jesus “ouvem a sua voz” (Jo 10.27), a voz do Evangelho. Também conforme Jesus em sua carta, Apocalipse, a igreja é composta por aqueles que “foram marcados” (Ap 7.4).  
         Essa marca não é visível como uma tatuagem. Essa marca foi colocada por ocasião do batismo. Na cerimônia do batismo é dito: “Recebe o sinal...” Assim como o sinal é invisível, a igreja cristã também é invisível. É composta por todos que tem fé. A fé recebida quando se recebeu o sinal, tanto pelo batismo como pela pregação do Evangelho.
         Mesmo que invisível, essa igreja neste mundo recebe nome e identidade, conforme (Ap 7.4-8) “Aí me foi dito o número dos que foram marcados (selados): eram cento e quarenta e quatro mil. Eles pertenciam a todas as tribos do povo de Israel, doze mil de cada tribo: de Judá, Rúben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulom, José e Benjamim”.
         Que igreja é essa? É a igreja militante. Está espalhada pelo mundo, entre aqueles que receberam o sinal dado no batismo ou na pregação, a fé na obra redentora de Jesus Cristo.
         São apenas 144 mil?
         A interpretação desse número é: 12 é o número dos eleitos (12 tribos de Israel, filhos de Jacó). Multiplicando 12 x 12 = 144. Esse número é triplicado pela totalidade 144 x 10 x 10 x10 = 144.000. Ou seja, 144 mil é o número total dos eleitos de Deus. Esse é número de Deus e não da matemática humana. Todos os 144 mil estarão diante do trono (Ap 14.1).
         Quando se diz que o nome e a identidade da igreja de Deus começa por Judá é justamente porque dessa tribo, nasceu Jesus. Jesus é que faz com que o triunfo seja possível. A fé em Jesus Cristo, na sua obra redentora é o divisor de águas. Os seis selos que já foram abertos, conduz ao cataclisma. Antes de abrir o sétimo selo, Jesus ressalta a importante mensagem para sua igreja. A multidão dos que creem irá prevalecer. Ninguém deveria estar nessa multidão, mas por graça, pelo dom da fé, muitos irão prevalecer. A vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o inferno e o diabo, garante aos seus a vitória eterna. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Apocalipse - O recheio do bolo! Parte 2

10/04/16
3° Domingo de Páscoa
Sl 30; At 9.1-22; Ap 5. 8-14; Jo 21.1-14
Tema: Apocalipse -  o recheio do bolo! Parte 2
O único digno de abrir o livro.

         Num primeiro momento parece ser estranho, mas o propósito do capitulo 4 e 5 de Apocalipse é preparar para os capítulos 6 e 7. Eles servem de fundamento para a compreensão do restante do texto apresentado em Apocalipse.
         A visão do livro, dos sete selos e do Cordeiro são fundamentais para que a igreja e seus membros se assegurem de que como filhos de Deus, que seguem a Palavra de Deus, estejam absolutamente seguros e certos da providência divina. Deus se revelou nos capítulos 4 e 5 como: Todo Poderoso - 4.8; Criador 4.11; Redentor – 5. 5 – 14; Santificador – 4.5.
         O capitulo 4 apresenta a visão do trono. Símbolo do Reino, do domínio e do poder de Deus. O capitulo 5 apresenta a visão do Cordeiro. Quem está sentado no trono é Deus, o Pai.
         A expressão “mão direita” (Ap 4. 2,3) significa a mão do seu poder e da sua majestade (Ap 1.16). Nessa mão poderosa e majestosa está um livro. Esse livro é um símbolo. Ao dizer que o livro está escrito por dentro e por fora indica que não há mais espaço para escrita, ou seja, está completo. O conteúdo é tudo aquilo que foi prometido a João em Apocalipse 4.1. Tudo o que está escrito deve acontecer. O fato de estar selado com sete selos indica que não há possibilidade de alguém ler uma única palavra.
         O número sete é a combinação do número de Deus e do mundo criado. Essa combinação demonstra que o que se trata aqui são as coisas que da parte de Deus acontecem no mundo. Essa combinação que forma o número sete indica que essas coisas acontecem com os filhos de Deus e a sua igreja. Os acontecimentos são revelados a medida em que os selos vão sendo abertos.
         Só Deus sabe o que vai e quando vai acontecer. E por amor a sua igreja e aos seus filhos, revela os acontecimentos.
         Apocalipse capítulo cinco apresenta alguém digno de abrir os selos e o livro (Ap 5.2-4). Essa pessoa não é alguém com coragem ou forte. A pergunta é feita por um anjo forte: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (Ap 5.2).
         “Quem é digno?” O texto faz referência a céu, Terra e debaixo da terra. Céu - significa que ninguém da multidão dos anjos. Terra - significa que ninguém dos seres vivos humanos. Debaixo da terra significa os que já morreram. A pergunta feita pelo anjo: “Quem é digno?” apresenta uma situação sem solução. E é justamente por estar diante de uma situação sem solução é que o apóstolo João “chorava muito”.
         No entanto, esse choro foi interrompido por um representante da Palavra de Deus que lhe disse sobre o Leão de Judá.
         O antigo testamento, através de Moisés e do profeta Oséias (Gn 49.9 – 10; Os 11.10), apontam para Jesus Cristo, o cordeiro de Deus como sendo o único que poderia tirar o livro da mão direita de Deus, abri-lo e olhar seu conteúdo.
         “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra” (Ap 5.6).
         Palavras iniciais da grande visão do Cordeiro. Esse Cordeiro é digno de abrir o livro. Mas, e o Leão descrito pelo Antigo Testamento? Observe dois detalhes importantes antes de concluir qualquer coisa. O Leão é o grande vencedor. O Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo, (conf. Is 53.7 e explicado ao eunuco em At 8. 32 -35. Recordar a pregação do dia 03 de maio de 2015, no arquivo do blog). 
         A visão mostra que o cordeiro tinha “sete chifres”. Mas não existe cordeiro com chifres? Na verdade, “sete” é o número da aliança de Deus com os homens. É o próprio Deus em relação com os homens. Na Bíblia, “chifres”, simbolizam poder e força, (Dn 7.7,20; 8.3; Ap 12.3; 13.1,11; 17.3,7,12,16). Isso quer dizer que Deus tem uma aliança com seu povo.
         Ao ler que o Cordeiro tinha “... sete olhos que são sete Espíritos de Deus, ...” é preciso entender que essas palavras fazem referência ao Espírito Santo. Isso quer dizer que João recebe e escreve a respeito da visão do Deus Triuno.
         Certa vez um filosofo registrou que “esse mundo vai de mal a pior, porque Deus está morto”. Comparou o mundo a um trem desgovernado conduzido por um maquinista morto. O maquinista é Deus.
         A mensagem de Apocalipse, por mais estranha que pareça ser a visão de Apocalipse 5.8-14, é importante e necessária. Afinal, a mesma responde aos questionamentos: onde está Deus? Será que ainda está no controle? Estamos dentro de um trem desgovernado, guiado por um maquinista morto?
         Os cristãos a quem o apóstolo João enviaria a carta de Jesus, são cristãos que viviam num mundo caótico. Havia fome, violência, imoralidade, perseguição, etc.
         A visão do Cordeiro vencedor. A visão do Deus único e verdadeiro mostra que Ele ainda está no controle da situação. O trono continua ocupado. Ao lado do Trono, há alguém digno de abrir o livro que está em suas mãos.
         Deus não ignora a situação caótica do mundo. Ele é onisciente e Todo Poderoso.
         Através da sua carta, mostra aos seus filhos o recheio, justamente para prepara-los para todas as coisas piores que ainda viriam. Sempre se espera por dias melhores, mas pelo que indica a visão, dias piores virão.
         Só irá acontecer coisas piores, porque satanás e os governos desse mundo buscarão fazer tudo para destruir a igreja e apagar a imagem de Deus das pessoas.
         Certa vez um navio em alto mar passou por uma terrível tempestade. Com a força do vento o navio era jogado de um lado a outro. As águas praticamente cobriam o navio. Todos estavam desesperados. Havia naquele barco um menino de 10 anos que diferentemente dos demais, estava tranquilo, sentado num canto onde a água ainda não havia atingido lendo uma revista. Ao que o marinheiro lhe perguntou: “Você não está com medo do barco afundar?” O menino então lhe respondeu: “Sim, tenho medo. Sei do perigo, mas nada de pior vai acontecer, pois o meu pai é o piloto e eu confio nele”.
         Isso é o que a visão do Cordeiro quer nos ensinar. Por mais que os ventos da sociedade caótica nos atinjam, por mais que coisas ruins aconteçam, Deus nosso Pai continua no controle. Amém!

M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

Saindo ileso da cova!

30 de março de 2024 Salmo 16; Daniel 6.1-28; 1Pedro 4.1-8; Mateus 28.1-20 Texto : Daniel 6.1-24 Tema : Saindo ileso da cova!   Tex...