Sexto Domingo de Páscoa
05 de maio de
2024
Salmo 98; Atos
10.34-48; 1João 5.1-8; João 15.9-17
Texto: João 15.16
Tema: “...a fim de que o Pai lhes dê tudo o
que pedirem em meu nome”
(Jo 15.16)
“Não foram vocês que me escolheram; pelo
contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não
se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (Jo 15.16)
Será que o Pai (Deus) nos concede tudo o que pedimos em seu
nome?
Sim!
Não!
Oração
é comunhão com o Pai. Oração não é apenas aquisição de favores ou satisfação
dos nossos desejos.
Orar
é falar com Deus até o que nosso amigo mais íntimo desconhece.
O
problema em Deus não atender muitas das coisas que pedimos é: o que queremos
não é o que Deus quer.
João
em seu evangelho fala das coisas que Deus quer. Ao chamar os discípulos de amigos, Jesus faz uma revelação
grandiosa: só um amigo sabe os planos do outro (Jo 15.15). E o que Jesus
quer e espera dos seus é: “creia na luz”
(Jo 12.36); “creia em
Deus” (Jo 14.1); “creia em mim” (Jo 14.11); “permanecei em mim” (Jo 15.4); “peça o que quiser” (Jo 15.7); “permaneça no meu amor” (Jo 15.9); “amem uns aos outros” (Jo 15.12; 17.17).
O apostolo João escreveu em sua carta: “Quando estamos na presença de Deus, temos
coragem por causa do seguinte: se pedimos alguma coisa de acordo com a sua
vontade, temos a certeza de que ele nos ouve” (1Jo 5.14).
Somos amigos de Jesus, ele deu a sua vida por
nós. Podemos pedir o que quisermos, todavia, Deus nos concede apenas aquilo que
está de acordo com a sua vontade. Assim sendo, a oração precisa ter o padrão de
Deus. Orar no padrão de Deus é confiar que Ele tem o melhor para nós. O que
Deus quer e oferece para nós é melhor do que aquilo que nós queremos.
Lemos
em Gênesis (3.8) que a cada virada do dia, ao entardecer, Deus se reunia com
Adão e Eva para conversarem. A queda impossibilita esse encontro pessoal, mas,
mesmo ao pecador, Deus concede a graça de falar com Ele em oração.
O
fato é: nossa oração não manipula Deus. Para orar e ser atendido por Deus, é
preciso ser educado na vontade de Deus. A “vontade
que é feita assim na terra como no céu”. E a vontade de Deus é
desfazer o que nos impede crer, ouvir e viver sua Palavra.
Orar
é um exercício em torno do desejo de Deus. O apostolo Tiago escreveu: “E, quando pedem, não recebem porque os
seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus
próprios prazeres” (Tg
4.3).
A oração nunca é pressionar a Deus para fazer o
que queremos. Agostinho deixou registrada uma frase brilhante: “Senhor, dá-me o que ordenas”.
Assim sendo: desista dos seus desejos e
não da oração. O problema não é a oração, mas, os seus desejos. Oração
é sobre a vontade de Deus.
Jesus ensinou a pedir por bens
espirituais; (Você tem orado por sua igreja? Pastores? Líderes? Os
que estão com dificuldade para vir e se integrar na igreja?)
Jesus ensinou a pedir por bens materiais;
(Tem orado por seu trabalho? Projetos?)
Jesus ensinou a pedir por Livramento do
mal;
Será que o Pai (Deus) nos concede tudo o que pedimos em seu
nome?
Sim!
Não!
Certo
dia conversando com uma pessoa a mesma me disse. Por anos orei para ganhar na loteria.
E certa noite eu obtive a resposta: com dinheiro você sabe que irá se perder.
O
salmista no Salmo 1 destaca que um homem (mulher) feliz se agrada na vontade de
Deus. E a vontade de Deus prevalece a qualquer desejo pessoal, carnal e
egoísta.
Saber
que a vontade de Deus prevalece é viver descansado, assim, como escreveu Pedro:
“Entreguem todas as suas
preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês” (1Pe 5.7).
Jesus
chamou os seus de amigos! Ele escolheu e escolhe os seus amigos. ele ouve os
seus amigos. Descansa em Deus, pois, o seu amigo sabe o que é melhor para você.
Amém!
Edson
Ronaldo Tressmann
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