segunda-feira, 25 de outubro de 2021

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará

 31 de outubro 2021

Salmo 43; Habacuque 2.2-4; Romanos 5.1-2; João 8.31-32

Texto: João 8.31-32

Tema: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará

 

Quem disse: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”? Há quem dia que foi o presidente Bolsonaro.

Muitos têm feito uso da Bíblia por motivos políticos. Deus não está interessado por partido A, B ou C. Sabemos que uma verdade política hoje, pode ser uma mentira amanhã. E uma mentira política hoje, pode ser uma verdade amanhã. Estamos inseridos nesse contexto e por ele arrumando inimizades.

A visão moderna de verdade foi construída ao longo dos séculos, desde a antiguidade, misturando concepções grega, latina e hebraica. Em grego, a verdade (aletheia) significa aquilo que que não está oculto, não escondido, e é manifestado aos olhos e ao espírito e evidente para a razão. Em latim, a verdade (veritas) é aquilo que pode ser demonstrado com precisão e refere-se à exatidão. Como descreveu Tomás de Aquino, é a expressão da realidade.

Disse Jesus: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.Qual é essa verdade? E a mesma nos liberta de que?

Os judeus que se diziam livres devido o conhecimento e suposto cumprimento da lei, na verdade, estavam escravizados pela ignorância. Esperavam o Messias - o libertador político e ignoravam o libertador que de fato e verdade lhes daria a verdadeira libertação.

A festa dos tabernáculos (Lv 23.34-43) havia terminado. Essa era a festa mais popular e alegre de todas as sete. Durante os sete dias de festa, em pelo menos 3 dias, Jesus ensinou muitas pessoas. Ante esses ensinamentos, fariseus e escribas opuseram-se ferrenhamente.

Pessoas passaram a crer, e a fé não deveu-se algum sinal (Jo 2.23). O ouvir da Palavra gerou fé (Rm 10.17). Os crentes não falavam nada abertamente por medo dos líderes judeus (Jo 7.13).

Apesar dos que creram, havia também àqueles que pensavam que Jesus estivesse louco ou endemoniado. Dessa forma, assim como é em nossos dias, havia uma multidão dividida (Jo 7.12-13).

Judeus invejosos que julgavam como um ridicularizador da lei de Moisés e das tradições religiosas enviaram soldados para prender Jesus. Esses soldados foram impactados por suas palavras (Jo 7.46) e não prenderam Jesus Cristo.

Um dos líderes entre os judeus, Nicodemos, tentou impedir os judeus de ignorarem e rejeitarem Jesus alegando que de acordo com a lei não se podia tomar tal atitude sem antes investigar a pessoa (Jo 7.31).

Todas essas situações levaram judeus a perturbarem o ensinamento de Jesus e manter as pessoas escravas da suposta imposição da lei e da tradição religiosa judaica. Os constantes debates e perguntas dos lideres judeus, mantiveram muitas pessoas cativas a ponto de não compreenderem quem era Jesus (Jo 7). Por isso perguntaram sobre quem ele era.

Pelo ouvir da Palavra de Deus muitos chegaram a fé e Jesus sabia que pelo ouvir, muitos poderiam se afastar da fé, por esse motivo, Jesus exorta: “...quem permanecer na minha palavra...” (Jo 8.31).

As muitas pessoas com nome ou anônimas que estava crendo em Jesus corriam um perigo: abandonar a fé em Jesus devido à confusão causada pelos fariseus e escribas. Jesus exorta que o abandono e a rejeição poderiam custar muito caro (Jo 7.28).

Estamos vivendo dias em que muitos se dizem cheios de “verdades”. No entanto, essas “verdades” apenas afastam de Cristo, a verdade absoluta.

A “verdade” da evolução retira a verdade da criação e da ação do Deus triuno na história. A “verdade” da reencarnação retira a mensagem e a certeza da ressurreição e importância da obra de Jesus Cristo. Supostas “verdades” escravizam pessoas e as mantêm cativas. Disse Jesus: “e conhecereis a verdade e a verdade os libertará” (Jo 8.32).

Fariseus e escribas estavam certos de suas supostas “verdades” e por isso, impedidos de ver a verdade absoluta de Deus: Jesus! O próprio Cristo exclamou: “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6).

Presos por uma verdade, fariseus e escribas trouxeram uma mulher adultera diante de Jesus. Pela lei (Lv 20.10; Dt 22.22-24) a mesma deveria ser apedrejada.

Observe que Jesus não se opõe ao apedrejamento, mas, Jesus os faz refletir: “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” (Jo 8.7).

Nesse episódio, atrelado a essas palavras, há uma verdade libertadora! Atire a pedra quem não tiver nenhum pecado!

Os fariseus e escribas eram intocáveis. Esses homens eram santos. Após constatarem que não há ninguém que não peca, a lei que os faria apedrejar aquela mulher, os condenou e os fez ver que precisavam rever sua postura.

Os que defendiam a lei e a moralidade absolveram a adultera e o mesmo estava fazendo Jesus. Liberta da morte que a lei lhe causaria, o evangelho do perdão também a libertou e por isso pode ouvir e seguir o conselho de Jesus: !

Querido irmão e irmã em Jesus: e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Na Escola da Sorte! Sl 126

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24 de outubro de 2021

Salmo126; Jeremias 31.7-9; Hebreus 7.23-28; Marcos 10.46-52

Texto: Salmo 126

Tema: Na Escola da Sorte!

 

Você já teve uma maré de azar daquelas que o mundo parece estar conspirando contra você? Com certeza você já quis melhorar a sua sorte?

Richard Wiseman, professor de psicologia na Universidade de Hertfordishire, fez uma pesquisa cientifica sobre a sorte.

Ele pesquisou 1.000 pessoas e concluiu que algumas pessoas são muito azaradas. O estudo revela que é possível mudar a sorte. Segundo o professor, a sorte não é sobrenatural, mas, algo que criamos pelo nosso pensamento e comportamento. Richard realizou experimentos, aos quais nomeou como sendo “Escola da Sorte”. As pessoas azaradas precisam agir como as pessoas sortudas. Maximize oportunidades; Dê ouvidos à intuição; Acredite em boa sorte; Transforme a má sorte em boa.

Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha” (Sl 126.1).

Há situações na vida em que parece ser o fim! Assim foi com o povo de Deus quando encaminhado para o exilio babilônico. Pensaram ser o fim. Mas, quando veio o livramento, “ficaram como quem sonha” (Sl 126.1).

Assim como Richard no seu estudo nomeou sua pesquisa como Escola da Sorte, podemos dizer que aqueles que visualizam o livramento diário de Deus, as bênçãos infindáveis do Senhor, são alunos na Escola da Sorte que não falta!

Quando Nabucodonosr entrou em Jerusalém para levar o povo de Deus, com autorização do próprio Deus, a cidade ficou completamente destruída. O profeta Jeremias descreve a situação no livro de Lamentações. Além da destruição, houve mortes, humilhações, estupros, fome a ponto das mães matarem seus filhos para comer. Ruinas, tanto dos muros quanto do templo. Nesse contexto, o povo foi exilado (2Rs 17.6). Daí foram setenta anos em que tudo parecia perdido. No entanto, “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha” (Sl 126.1).

O Salmo 126 é a explosão de alegria de um pequeno grupo que retorna na primeira leva dos cativos da Babilônia. A libertação foi tão extraordinária que o povo exclamou: “ficamos como quem sonha” (Sl 126.1).

Retornar do cativeiro, anunciado pelo profeta Jeremias em oposição a tantos falsos profetas (Jr 25.11; 29.10), pareceu ser um sonho para todos.

É uma reação natural do ser humano! Espantar-se das coisas que Deus fez e faz.

O Salmo 126 é um salmo de peregrinação, as pessoas iam cantando desde suas casas até Jerusalém. Nesse cântico relembravam tudo o que Deus havia feito por eles, libertando e cuidando deles. É um cântico onde transparece um belo testemunho.

Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha” (Sl 126.1).

Nesse mundo, aqui e agora, sofremos, desiludimos e nos enganamos, mas, nossa alegria está em Deus que todos os dias e nas situações mais adversas, muda a nossa sorte. Que sorte!

Você já teve uma maré de azar daquelas que o mundo parece estar conspirando contra você? Com certeza você já quis melhorar a sua sorte?

Para sua sorte, Deus está trabalhando para te dar o que ninguém pode te dar: vida eterna.

Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Expectativa!

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24 de outubro de 2021

Salmo126; Jeremias 31.7-9; Hebreus 7.23-28; Marcos 10.46-52

Texto: Marcos 10.46-52

Tema: Expectativa!

 

Na saída da cidade sempre há alguém esperando por carona. A expectativa do caroneiro e que passe alguém conhecido e o leve até o destino.

Todos os anos milhares de pessoas passavam por Jericó rumo a Jerusalém. Das sete festas, Páscoa (lv 23.4-5); Pães Asmos (Lv 23.6-8); Primícias (Lv 23.9-14); Pentecostes (Lv 23.15-25); Trombetas (Lv 23.23-25); Expiação (Lv 23.26-32); Cabanas (Lv 23.33-44); em três (Sucot, Shavuot, Pessach), cada homem judeu precisava se dirigir ao Templo.

Jesus, seus discípulos e muitas outras pessoas estavam subindo para Jerusalém. Jericó era a ultima oportunidade para as caravanas se abastecerem das provisões e seguir viagem. Estavam a 25 km de Jerusalém, numa subida de 1.000 metros.

Após passar um dia em Jericó, Jesus e muitos outros seguem viagem. Na saída da cidade, como sempre, havia pessoas deficientes esperando alguma esmola. João Marcos relata sobre um deles, Bartimeu (Mc 10.46).

Esse homem era cego! E os cegos eram tidos como os mais fracos e necessitados entre o povo. A lei de Deus dava uma proteção espacial a eles (Lv 19.14; Dt 27.18). Qualquer israelita piedoso socorria um cego (Jó 29.15).

Pedir esmola significava pedir justiça. A palavra hebraica esmola (tzedakah) deriva de justiça (tzedek). Quando uma pessoa pedia esmola gritava por tzedakah, os ouvidos judeus entendiam: “faça justiça! Cumpra a Torá”. Quando alguém não dava esmola era como não cumprir a Torá, ou seja, era estar fora do caminho de Deus.

O fato é que esse homem que pedia esmola ouviu alguém dizer que a pessoa que estava passando ali era Jesus de Nazaré (Mc 10.47). Abro parênteses para indicar a importância do testemunho. Essa pessoa apenas informou para um curioso que queria saber quem estava vindo cercado por uma multidão, e ao falar que era Jesus de Nazaré, Bartimeu, apenas cego fisicamente, fez uma bela confissão: “Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!” (Mc 10.47).

Muitas pessoas repreenderam e o mandaram calar a boca. Qual seria o motivo para querer silenciar esse homem? Seria indiferença social? Pode até ser. Afinal, a insensibilidade social persiste até os dias de hoje.

No entanto, eu acredito que o motivo de quererem silenciar Bartimeu era que não reconheciam Jesus assim como Bartimeu. Em outras palavras, cegos, eram milhares que compunham aquela multidão.

O grito de Bartimeu revela sua expectativa messiânica. Era como alguém esperando uma carona e sabe que aquele que o daria carona está passando.

O cego estava vendo e revelou com seus gritos o que a multidão não via. Jesus era o Messias aguardado pelo povo. Ele estava indo para Jerusalém para ser o sacrifício perfeito de Deus em prol do ser humano.

Jesus ouviu seu clamor e entendeu sua confissão de fé e pediu que o chamassem (Mc 10.49). Jesus anunciou a cura (Mc 10.52).

Cada judeu clamava três vezes por dia por misericórdia e por esse clamor entendiam que um dia seria restabelecido o reinado da casa de Davi. Interpretavam que de acordo com as palavras do Salmo 146.8, quando isso ocorresse, curaria o mundo começando pelos cegos (Is 29.18; 35.5). Por isso, quando João Batista teve dúvidas e mandou seus discípulos fazerem perguntas a Jesus, este recomendou que dissessem a João Batista que “os cegos vêem” (Mt 11.5).

Bartimeu cego viu o que os olhos sãos não conseguiam ver. Depois de curado, seguiu o caminho, o qual não podia seguir estando cego.

Bartimeu! Cego, mas, cheio de expectativa! E sua expectativa não era cega.

Por falar em expectativa, observe que Tiago e João (Mc 10.37) tinham uma expectativa meramente humana em Jesus, tanto que Jesus responde dizendo para eles: “não sabeis o que pedis” (Mc 10.38). Em oposição a Tiago e João, temos o relato de Bartimeu, onde Jesus faz a mesma pergunta que já havia feita para Tiago e João, “que queres que eu te faça” (Mc 10.36,51). No entanto, a resposta parte de uma expectativa diferente. Enquanto Tiago e João queriam destaque (Mc 10.37), Bartimeu queria apenas que sua expectativa, ou seja, que o Filho de Davi, o Messias realizasse a cura do mundo, começando pelo cego.

Na saída da cidade sempre há alguém esperando por carona. A expectativa do caroneiro e que passe alguém conhecido e o leve até o destino. Bartimeu parado na beira do caminho esperando uma esmola para sobreviver, ao deparar-se com Jesus e curado por ele, passou a seguir Jesus até o destino final, a cruz. E na cruz, Jesus é a luz do mundo! Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A espada de Deus - afiada dos dois lados!

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 17 de outubro de 2021

Salmo 119.9-16; Eclesiastes 5.10-20; Hebreus 4.1-13; Marcos 10.23-31

Texto: Hebreus 4.12

Tema: A espada de Deus - afiada dos dois lados!

 

A tecnologia permite as pessoas terem muitos livros. Há aqueles que apesar da tecnologia possuem uma biblioteca com livros físicos.

Seja qual for a sua biblioteca – qual é o livro mais antigo?

A Bíblia é um livro antigo, mesmo que tenha sido impresso esse ano!

O vocábulo Bíblia não se acha no texto das sagradas escrituras. Consta apenas na capa. Como o novo testamento foi escrito na língua grega, a expressão Bíblia deriva de Biblos – papiro que dava origem a folha de papel e um rolo pequeno de papiro era chamado de Biblion.

O nome Bíblia foi primeiramente aplicado às sagradas escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, século IV.

Mesmo que a expressão Bíblia não apareça dentro dos livros na Bíblia, o Espírito Santo intitula a mesma com muitos e belos nomes.

Dt 31.26 – livro da lei; Rm 1.16 – evangelho; Rm 1.12 - Sagrada Escritura; Sl 12.6 – Palavras do Senhor; Sl 19.7 – Lei do Senhor; Sl 40.7 – rolo; Sl 119.105 – Lâmpada; Is 34.16 – Livro do Senhor; Mt 21.42 – Escrituras; Mc 7.13 – Palavra de Deus; At 7.38 – Palavras da vida; Rm 1.2 – Sagradas Escrituras; Rm 3.2 – oráculos de Deus; Cl 3.16 – Palavra de Cristo; 2Tm 3.16 - Escritura Sagrada; 2Pe 1.21 – mensagem profética; Ef 6.17 – espada do espírito; Hb 4.12 – espada afiada; Jo 17.17 – verdade; Lc 11.28 – Palavra de Deus; Fp 2.16 – Palavra da vida;

O que distingue a Bíblia de outros livros é que seu autor, mesmo a obra sendo milenar, está vivo e deseja por sua Palavra dar vida eterna.

Cada vez que alguém lê um livro, o faz por algum motivo. Deus teve seu motivo em nos deixar sua Palavra e por sua Palavra ele fere e cura (Dt 32.39; 1Sm 2.6; Jó 5.18; Sl 147.3; Is 30.26). Para ferir, curar, matar e ressuscitar, a Bíblia é uma espada afiada dos dois lados. “Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12).

O objetivo de Deus com a sua palavra viva, poderosa, cortante, separadora e critica é justamente dar o descanso que só Ele pode providenciar (Hb 4.9).

Entre tantos livros, as pessoas ignoram a Palavra de Deus. No entanto, há também o outro extremo, as pessoas manuseiam a Bíblia de maneira equivocada. Assim como fez o diabo ao tentar Jesus. É preciso cuidar, afinal, é uma espada afiada dos dois lados.

Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados....” (Hb 4.12).

Ao usar esse símbolo de espada afiada, o Espírito Santo busca mostrar algo muito especial aos ouvintes e leitores da Palavra de Deus.

A espada de dois gumes era usada pelos soldados romanos. Essa arma facilitava a penetração profunda e uma morte rápida.

Uma espada afiada dos dois lados era usada para atacar e ferir mortalmente qualquer inimigo. Ver alguém com essa espada indicava que o mesmo estava preparado para se defender de qualquer ataque.

Dessa forma, ao destacar a Palavra de Deus como uma espada afiada dos dois lados, Deus demonstra seu poder de penetração no coração e sentimentos humanos (Ec 12.11; Is 49.2; Ap 1.16; 2.12; 19.15) e assim, causa ferimento e cura. A Bíblia é uma arma, a exemplo da espada de dois gumes, para ataque e defesa.

É preciso recordar que o diabo fez uso dessa arma para atacar Jesus. O salvador utilizou-se da mesma arma para vencer os ataques do inimigo. É preciso saber manejar a Palavra de Deus. Ela é a espada e precisa estar em mãos certas e ser usada de maneira adequada (Ez 28.3; 2Tm 2.15).

Pois a palavra de Deus é viva e poderosa...” (Hb 4.12).

Viva e poderosa!

A Palavra produz vida, pois seu autor vive. Jesus disse: “As palavras que eu vos digo são Espirito e Vida” (Jo 6.63). Salomão disse: “convertei-vos pela minha repreensão: eis que abundantemente derramarei sobre vós o meu Espírito e vos farei saber as minhas palavras” (Pv 1.23).

Querido irmão e irmã em Jesus. Quando Deus em um de seus mandamentos nos instrui a descansar em sua Palavra, tendo um dia para culto, o fez na certeza de que a sua Palavra nos oferece e dá o que só ela é capaz de doar: vida.

Trazemos uma criança ou adulto, mortos diante do altar, e ao receberem o batismo, recebem a vida. A cada culto, chegamos destruídos pelo pecado e o perdão oferecido por Cristo em sua Palavra e Santa Ceia nos dá vida.

Pelo apostolo João, Jesus disse para a igreja de Pérgamo: Ap 2.16.

Infelizmente, a Palavra viva e poderosa tem sido usada por muitos para beneficio próprio para reivindicar aquilo que desejam ou pretendem. Ocupam-se de revelações humanas e ignoram as revelações a respeito de Cristo, que é o que de fato precisa ser comunicado. Afinal, em Cristo obtemos vida e paz com Deus.

Esse Jesus que a Palavra de Deus revela têm se tornado pedra de tropeço para muitos (1Pe 2.7-8).

A vida e a morte eterna estão na Palavra! Só ela, oferece e dá o que Deus deseja doar: vida!

Interessante que a expressão grega para julgar (críticos) aparece somente aqui em todo novo testamento. Lembro isso, apenas para enfatizar que muitas pessoas têm se tornando criticas a Palavra de Deus e aos que pregam a Palavra de Deus. E estão passando a viver suas vidas ignorando a verdade expressa num versículo: “Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12).

Grande é o enigma que envolve a Palavra de Deus. Assim como têm edificado a muitos, ela também tem destruído milhares. A Palavra traz Cristo ao ser humano e leva o ser humano a Cristo, mas, como bem escreveu o apostolo Paulo: “a mensagem da cruz é loucura para os que se perdem e poder para os salvos” (1Co 1.18).

Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12).

A Palavra de Deus é tudo o que Deus diz. O que Deus fala é a verdade absoluta. São palavras que inquietam e ferem a alma. No entanto, a Palavra cura a alma com o perdão de Jesus.

A Palavra do Deus vivo é viva e poderosa. Como Deus anunciou pelo profeta Isaías, “ela nunca volta vazia” (Is 55.11). A Palavra de Deus têm um poder vivo, enérgico e ativo. Ela é adaptada para produzir efeito.

A Palavra de Deus é poderosa. Desperta consciência, alarma o medo, revela sentimentos secretos do coração. Essa Palavra faz o pecador tremer com apreensão quanto o julgamento vindouro.

A Palavra de Deus é uma espada afiada dos dois lados. Ela causa feridas que só podem ser curadas pela Palavra de Deus. Essa Palavra mata o pecador com a acusação da lei e o ressuscita com o evangelho. Quando a lei fere e mata (Rm 7.9), o evangelho ressuscita com uma nova esperança. A Palavra de Deus com sua lei derruba as convicções humanas de salvação. A Palavra de Deus com sua lei derruba as convicções humanas de perfeição. Assim como fez Jesus diante do jovem rico (Mc 10.17-22).

A Palavra de Deus nos coloca diante da impossibilidade humana: salvar-se. A Palavra de Deus coloca o ser humano diante da possibilidade divina: salvar-se.

Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12).

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Guardar a Palavra que traz vida!!!!!!!

 17 de outubro de 2021

Salmo 119.9-16; Eclesiastes 5.10-20; Hebreus 4.1-13; Marcos 10.23-31

Texto: Sl 119.11

Tema: Guardar a Palavra que traz vida!

 

Você tem o hábito de guardar alguma coisa? Há algum motivo pelo qual as pessoas guardam as coisas (parafusos, prego, arame, grampo, ...)?

Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11). Aqui há três verdades preciosas.

1 - Guardar a Palavra de Deus

Muitos creditam a autoria do Salmo 119 Davi, Esdras ou Daniel. Não pretendo gastar tempo sobre o escritor humano desse salmo, desejo enfatizar que o autor divino, o Espírito Santo, através de um desses três homens, registrou a maior apologia sobre a Palavra de Deus.

O que é magnifico nessa apologia da Bíblia é que mesmo tendo sido escrita por um ser humano, seu autor é o Espírito Santo. Pena que poucos conheçam essa apologia, pois, se trata do maior capítulo de toda a Bíblia. São 176 versos dedicados a exaltação da própria Palavra de Deus.

Cada estrofe de 8 versos descrevem a Palavra de Deus de acordo com uma das letras do alfabeto hebraico.

Não se sabe o autor, Davi, Daniel ou Esdras, mas, seja qual for, era alguém que considerava a Palavra de Deus sua maior riqueza. E o mais incrível é que foi escrito numa época que nem toda a Bíblia estava completa.

Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Explicar a palavra Guardar (hebraico).

As pessoas guardam as coisas. Mas, é preciso saber onde guardar e quão seguro é o lugar onde guardam.

Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

2. Guardar a Palavra de Deus no coração

Bíblias, há nas suas mais variadas versões. Há variedades de Bíblia de Estudo. No entanto, enquanto que os tradutores e as sociedades bíblicas desejam divulgar a Palavra na língua de cada povo, muitos se apropriam de determinada versão, ou Bíblia de estudo para defender a sua linha teológica. Por mais que haja Bíblias, infelizmente, há muito desconhecimento da Palavra. Ou melhor, há muito desconhecimento do por que e para que da Palavra de Deus.

Pessoas usam a Bíblia como um amuleto protetor de suas casas. Você conhece alguma casa, onde a Bíblia fica abera no Salmo 91? É assim que as pessoas lidam com a Bíblia, ou seja, de forma mística. E se falta ignorância bíblica, tenho observado que em alguns lugares além da Bíblia estar aberta, há um punhado de alho e um crucifixo junto.

Além disso, observo que outros fazem uso da Bíblia da seguinte maneira, buscam abrir a Bíblia, esperando que Deus revele algo para aquele momento. Cuidado - pois você pode abrir a Bíblia no versículo onde diz: “Judas foi e se enforcou”.

A Bíblia para outros tornou-se um livro moral, onde as pessoas citam versículos para reprimir a moral de outras pessoas. Reprovam o que a Bíblia não reprova e aprovam o que a Bíblia não aprova.

Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Explicar a palavra Coração (hebraico)

3 – Guardar a Palavra com um propósito

O que tem me afastado da Palavra de Deus? Você lê a Bíblia?

As pessoas que guardam as coisas, o fazem não apenas pelo hábito de guardar, mas, por que em inúmeras situações o que guardaram serviu para determinada situação.

A Palavra de Deus guardada em nosso coração tem uma finalidade. Qual?Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

A Palavra de Deus é um remédio diário contra o pecado. Não que deixaremos de pecar, mas, dela recebemos forças para lutar contra o pecado e de maneira especial, nela encontramos perdão.

Observe que não é você que lê a Bíblia, é a Bíblia que te lê. Ela nos examina e nos corrige (Hb 4.12; 2Tm 3.15-16).

Em 1500, a igreja estava afundada numa das maiores crises. A Reforma Protestante só aconteceu por um motivo: a Bíblia foi aberta e interpretada corretamente. As pessoas foram incentivadas a saberem sobre a Bíblia e ensinarem a Bíblia. O problema hoje é justamente o analfabetismo bíblico.

Os sermões precisam ser simples, diretos, e rápidos. Não se aceita mais um tempo adequado para tirar as dúvidas do texto bíblico. As pessoas preferem cantar uma hora, mas não querem estudar a Bíblia 20 minutos. As pessoas preferem ficar ouvindo o pregador contando histórias, mas, não querem que a passagem bíblica seja esgotada em seu pleno sentido.

A crise da Idade Média foi justamente o aprisionamento da Palavra. Era lida em latim e o povo simples nada entendia. Os sacerdotes eram os únicos a lerem as Escrituras e muitos, sem conhecimento bíblico nenhum ensinavam o que não sabiam.

Não estranhe501 anos depois e qualquer similaridade é mera coincidência.

Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Três lições:

- Guardar a Palavra

- Guardar no coração

- Guardar para não pecar contra o Senhor

Jesus disse: “... As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, ... (Jo 6.63).

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

 10 de outubro de 2021

Salmo 90.12-17; Amós 5.6-7,10-15; Hebreus 3.12-19; Marcos 10.17-22

Texto: Marcos 10.17-22

Tema: Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

 

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Um homem, conhecido como jovem rico, tem sua história registrada por três de quatro evangelistas. O relato quer nos ensinar varias e preciosas lições. Desejo exprimir uma possível reflexão do mesmo.

Conforme João Marcos (Mc 10.17-22) esse homem se aproximou de Jesus e se ajoelhou.

O ato de ajoelhar significava intensidade e sinceridade. É um gesto de submissão completa. Ajoelhar-se perante alguém indica que se reconhece a autoridade dessa pessoa.

O homem rico reconhecia a autoridade de Jesus como bom mestre. Entre os judeus, havia a ideia de que Deus é bom, e o melhor de todos os homens era apenas um representante da bondade absoluta de Deus. Dessa forma, ao ajoelhar-se diante de Jesus e chama-lo de bom mestre, o homem rico (Mc 10.17-22), reconhecia a autoridade de Jesus como sendo um representante da bondade de Deus e achava que ele também o fosse. E para classificá-lo como tal, diz que observava todos os mandamentos.

Querendo receber de Jesus o título de bom, o homem foi questionado sobre a observação dos mandamentos da segunda tábua que falam sobre a vida diante do próximo. Ao responder que observava os mesmos, Jesus coloca o dedo na ferida fazendo-o refletir que não era um representante da bondade de Deus, pois lhe faltava prático amor ao próximo. Jesus disse: “Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu” (Mc 10.21).

Esse pobre homem rico, ajoelhado, considerando Jesus um representante da bondade de Deus e desejando esse título, ouve de Jesus que ele não representava a bondade de Deus, afinal, não era capaz de vender seus bens e doar aos pobres.

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Depois de falar que observava os mandamentos que indicava seu relacionamento com o próximo, Jesus indica que esse homem amava a si mesmo e principalmente o dinheiro.

Salomão disse que “quem ama o dinheiro nunca fica satisfeito...” (Ec 5.10) e o apostolo Paulo escreveu a Timóteo que “o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males...” (1Tm 6.10).

Jesus disse que o maior entre todos é aquele que serve (Mc 10.43). E assim, diante dessa narrativa (Mc 10.17-22) cabe a pergunta: O que temos e somos serve aos outros?

De nada adianta querer ajoelhar-se, supostamente observar os mandamentos e, não passar disso.

Ao dizer de maneira humorada que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mc 10.25), Jesus enfatiza o perigo que corre a alma humana. Seu alerta é para que se tenha cuidado com uma vida dividida. Não é possível supostamente cumprir a lei referente ao próximo sem amá-lo verdadeiramente. Cuidado! Não deixe o terreno, o passageiro, tirar o eterno.

Jesus olha com amor (Mc 10.21) para esse pobre homem rico. Com olhar misericordioso, Jesus aponta seu pecado e o quanto estava distante de Deus imaginando estar perto pelo aparente cumprimento da lei.

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Um homem que dizia amar o próximo por não cometer adultério, não matar, não roubar, não dar falso testemunho, honrar pai e mãe, mas, quando desafiado a vender seus bens e doar aos necessitados, saiu triste.

Por amor a esse pobre homem rico, Jesus apontou seu pecado e a raiz da sua pobreza espiritual. Ele amava ao dinheiro.

Quantas pessoas dizem que nunca mataram, roubaram, adulteraram e assim buscam ser taxados de bons e até merecedores do céu e das bênçãos de Deus. Assim como foi com esse pobre homem rico, Jesus continua a olhar com amor e deseja incutir cada qual do seu pecado e fazê-lo refletir. Quantas vezes nos ajoelhamos para falar e nos levantamos triste depois de ouvir!

Precisamos ser convencidos do nosso pecado para verdadeiramente nos ajoelhar diante do Pai e dizer: nada tenho observado da tua lei, pequei e peco pelo meu olhar, pensar, falar, fazer e deixar de fazer. Tenho amado mais o que tenho e sou e desprezei o meu próximo a quem deveria amar. Obrigado Senhor por meu amar mesmo assim. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Estímulo diário!

 

10 de outubro de 2021

Salmo 90.12-17; Amós 5.6-7,10-15; Hebreus 3.12-19; Marcos 10.17-22

Texto: Hebreus 3.12-19

Tema: Estímulo diário!

 

Nos versos anteriores ao da nossa reflexão (Hb 3.7-11) há a descrição do fracasso de Israel. Esse incidente está descrito nos capítulos 13 e 14 do livro de Números. A viagem dos israelitas através do deserto estava próximo do fim. A travessia do mar Vermelho, a recepção dos Dez Mandamentos no monte Sinai, a construção do tabernáculo haviam ficado para trás. Nas fronteiras da Terra Prometida num acampamento chamado Cades-Barneia, Moisés ordenou ao povo acampar-se. Foi organizada uma equipe de reconhecimento, constituída de um homem de cada uma das 12 tribos, e enviada para espiar “a terra de Canaã” e avaliar a posição do inimigo, trazer informações ao exército israelita.

Esses homens fizeram como ordenado, mas o relatório da maioria encheu de medo o coração do povo. O relatório que apresentaram a Moisés preocupava a todos (Nm 13.27-30). Uma terra da qual manava leite e mel, mas, havia gigantes que pareciam insuperáveis. O medo fez com que muitos desejassem retornar ao Egito, e, dois membros da equipe (Josué e Calebe) buscavam animar o povo (Nm 14.8).

O povo fora tomado de pânico, e não havia jeito de convencê-los a avançar. A razão cedeu lugar ao medo. Foi um dos mais trágicos episódios da história do povo de Israel. O povo de Deus rejeitou as promessas de Deus e assim foram castigados. Passaram além dos dois que já haviam passado outros 38 anos peregrinando no deserto.

De acordo com o que escreveu Moisés em Dt 1.2, o povo só precisava de onze dias para ir de Horebe a Cades-Barneia, pelo caminho da montanha de Seir. Mas, como preferiram aceitar o conselho dos seus temores em vez de confiar nas promessas de Deus, a viagem de onze dias prolongou-se por quarenta anos.

A situação pode ser resumida em apenas uma palavra: incredulidade. Deus havia feito à promessa: “Eu vos darei esta terra” (Gn 12.1-3,7; 15.18; 17.7-8; 26.4; 28.13; Dt 1.8). Porém o povo deu crédito a capacidade dos gigantes do que a disposição de Deus de cumprir sua promessa.

Os filhos de Israel peregrinaram quarenta anos para fazer uma viagem que podia ser feita em onze dias. Isso por não terem ainda aprendido uma importante lição. A incredulidade fez perder uma geração toda.

Na passagem de Hb 3.7-19 o escritor nos exorta a aprender com o erro de Israel em vez de incidir no mesmo padrão trágico da incredulidade.

Incredulidade foi o problema de Israel, e sem constante vigilância, pode ser nosso também. É tolice pensar que somos mais inteligentes ou mais espirituais do que Israel.

Em Cades-Barneia, Deus serviu-se dos gigantes para testar a Israel (Hb 3.8-9). Deus permitiu que eles se encontrassem com os “filhos de Enaque” para que pudessem recorrer as suas promessas em vez de confiar em sua própria força e capacidade. Israel reagiu com dúvida e ansiedade em face de circunstâncias desfavoráveis.

A incredulidade se encontra na fronteira de duas realidades: a terra prometida era bela e rica, mas, lutar e vencer gigantes, impossível.

O povo estava interessado em possuir a terra prometida, mas, não tinham interesse nenhum em lutar contra gigantes.

No dia-a-dia, é comum darmos “de cara” com um gigante. Isso ocorre quando nossos negócios se complicam, ou morre algum ente querido, ou um filho ou nós mesmos caímos num vício. Os gigantes são variados e os confrontamos todos os dias. Quando estamos em luta com os mesmos somos tentados a pensar que estamos abandonados e que seremos derrotados.

Nessas situações, corremos o risco de virar as costas para Deus, ficar indignados, ou encarar a situação com os olhos da fé, e enfrentar os gigantes na certeza de que Deus tomará e cuidará da nossa causa.

Hebreus 3.1-6 apresenta o que Cristo fez; Hebreus 3.7-11, o que faremos tendo aprendido a lição do povo de Israel.

O autor aos Hebreus diz que enquanto o povo de Israel é exaltado em Cristo (Hb 3.1-6); o povo exaltado em Cristo é exortado a não perder o maravilhoso plano de Deus em sua vida (Hb 3.7-11).

Nesse contexto ouça a exortação: “cuidado para nos vos endurecer na incredulidade” (Hb 3.12) e a recomendação ao estímulo mútuo diário (Hb 3.13).

Enquanto Deus fez uma promessa, Israel respondeu com a incredulidade. Muitas pessoas têm respondido com incredulidade, a exemplo do jovem rico, que confiava em suas realizações.

O trecho de Hb 3.15-19 apresentam duas ideias paralelas: o que fez Israel e qual a resposta de Deus a incredulidade. Apesar de o autor relatar que Israel ouviu (Hb 3.16), o mesmo não entendeu o que Deus esperava deles.

O problema de Israel foi à escolha que fizeram diante desse ouvir. Eles pecaram (Hb 3.17). Eles não creram (Hb 3.19).

O povo não duvidou da capacidade de Deus, mas da disposição de Deus em derrotar esses gigantes. Ou seja, o povo duvidou se Deus iria fazer o que prometeu.

Deus foi provocado (Hb 3.16). O povo da Israel considerou Deus mentiroso (Nm 23.19). Deus foi ofendido (Hb 3.17).

Qual foi a reação de Deus?

Jurou vingança (Hb 3.18). Fez a promessa de que os rebeldes não entrariam na terra prometida e que viveriam como peregrinos no deserto. Essa promessa está fundamentada num pedido do próprio povo (Nm 14.2-3). Deus deu ao povo o que queriam: morrer no deserto. O salmista traz à lembrança esse episódio (Sl 106-13-15).

Estimulemo-nos a confiança diariamente, mesmo que os gigantes pareçam nos derrotar e devorar. Jesus venceu o maior de todos os gigantes: a morte eterna. Amém.

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Bibliografia

HENRICHEN, Walter A. Depois do Sacrifício. Estudo prático a carta aos Hebreus. Trad. Luiz Aparecido Caruso. Editora Vida, 1996, São Paulo, SP. pp. 34-39

Saindo ileso da cova!

30 de março de 2024 Salmo 16; Daniel 6.1-28; 1Pedro 4.1-8; Mateus 28.1-20 Texto : Daniel 6.1-24 Tema : Saindo ileso da cova!   Tex...