segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Uma oportunidade - o Tempo!

Mensagem de ano novo
31 de dezembro de 2016
Sl 90.1-12; Is 30.15-17; Rm 8.31-39; Lc 12.35-40
Tema: Uma oportunidade – o Tempo!


O ano de 2016 foi marcado por guerras, mortes e violações dos direitos humanos mundo afora.
A crise de refugiados bateu recorde de mortes – mais de 7 mil, de acordo com a Organização Internacional de Migrações (OMI).
O furacão Mathew deixou 900 mortos em sua passagem pelo Haiti.
O Equador foi atingido por um violento terremoto, magnitude de 7,8 graus. Mais de seiscentas pessoas morreram e trinta mil desabrigadas.
O traficante mais procurado do século XXI e líder do cartel de Sinaloa foi preso pela terceira vez. A prisão aconteceu nos primeiros dias do ano de 2016.
No início do ano, em janeiro, a OMS (organização Mundial de Saúde) enquadrou pela primeira vez o vírus zika como emergência sanitária mundial. Estima-se que de três a quatro milhões de pessoas em todo o mundo tenha contraído a infecção.
Houve ataques terroristas em Bruxelas por parte do EI (Estado Islâmico). Foram explosões em pontos estratégicos, tais como Aeroporto de Zavantem e a estação de metrô Maalbeck, num saldo de 30 mortos e 300 feridos.
Onze milhões e quinhentos mil arquivos, baseados em informações de um escritório de advocacia do Panamá denunciavam um esquema global de ocultação de patrimônio e dinheiro por parte de líderes mundiais, chefes de estado e figuras públicas.
O avião da empresa EgyptAir com 66 pessoas caiu no trajeto entre Paris e Cairo. Não houve sobreviventes. Recentemente, o Ministério da Aviação do Egito divulgou um relatório que revelou indícios de explosivos nos restos mortais das vítimas, sinalizando que a queda pode ter sido resultado de uma explosão. Outro acidente de avião foi o que vitimou toda uma equipe de futebol. Foram 71 pessoas mortas e pelo que tudo indica, falta de combustível, irresponsabilidade humana.
Países buscaram se isolar de outros. Houve tentativa de golpe militar na Turquia. A cidade de Aleppo, que era o principal centro financeiro da Síria, está reduzida a pó e a população sofre com falta de itens essenciais e com a violência da guerra. O mundo presenciou em pleno século XXI, uma enorme tensão racial nos EUA.
O mundo está angustiado pelos teste nucleares realizados pela Coréia do Norte.
Há somente no Sudão do Sul, conforme a ONU, 3,7 milhões de pessoas passando fome. A fome é o resultado da guerra civil iniciada no final de 2013.
Não foi apenas o Brasil que teve sua presidente destituída do cargo. O mesmo aconteceu com a presidente da Coréia do Sul.

Poderia relatar muitas outras notícias, no entanto, essas apresentam de maneira muito viva e real as situações narradas pelo apóstolo Paulo na sua carta aos Romanos (Rm 8.31-39).
Muitos eventos ocorridos em 2016, são fatos que casam angústia, perseguição, tribulação, fome, desespero. São situações que afetam o corpo e a mente, situações que ferem o corpo e prejudicam a vida.
Em sua oração, assim como relatado no Salmo 90, Moisés pede que “Deus lhe ensine a contar todos os seus dias, para que alcance um coração sábio” (Sl 90.12).
A vida humana é muito breve, não passa de um resumo de uma história eterna.
O sábio Salomão em seu último escrito, após ter vivido muitas experiências, ressaltou que “há tempo para tudo debaixo do céu” (Ec 3.1-8). Com essa expressão, Salomão ensina que em os tempos, permitidos por Deus, precisam ser vividos com fé e esperança.
Todo tempo - bom ou ruim é uma oportunidade de Deus. Uma oportunidade, conforme apresentada pelo profeta Isaías: “Pois somente a tentação ensina a prestar atenção na palavra” (Is 28.19).
As pessoas, quer seja em conversas, ou em publicações nas redes sociais, estão agradecendo por esse ano estar terminando. Qual será o motivo? A julgar pelas notícias, os muitos momentos de aflição, angustia, perseguição, fome, violência, levam muitos a louvar pelo ano trágico que está por terminar. Mas, saber que o ano está terminando e outro iniciando resolverá alguma coisa?
Pode-se perguntar, assim como perguntou o apóstolo Paulo: “O que dizer diante dessas coisas?” (Rm 8.31).
A resposta está na maneira como se vê todos os acontecimentos nos mais variados tempos permitidos por Deus.
Os mais variados tempos, bons ou ruins, são determinados e assim como não é possível dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço, não é possível viver dois tempos opostos num mesmo momento. Cada coisa tem a sua ocasião.
O capítulo 8 de Romanos é o capítulo das perguntas sem resposta para os que não creem. Mas, aos que creem, mesmo que racionalmente não encontrem respostas, pela fé não apenas a sabem como a vivenciam.
Aqueles que creem que Deus não poupou seu próprio Filho, antes o entregou por nós, tem a respostas certa para as perguntas feitas pelo apóstolo Paulo (vv.31-39).
1 – Se Deus é por nós, quem será contra nós? (v. 31)
2 – Será que Deus não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (v.32).
3 – Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? (v.33).
4 – Quem condenará os eleitos de Deus? (Rm 8.34).
5 – Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (Rm 8.35)
O que dizer diante dessas coisas?” (Rm 8.31). Nada! São perguntas sem respostas humanas. Para essas perguntas há somente a resposta da fé.
Paulo não faz nenhuma referência aos desejos humanos. A verdade é que o apóstolo enfatiza que Deus também dará uma cruz ao cristão. Tudo o que Deus realizou por nós foi na cruz e é na cruz que o cristão vive e se gloria.
As circunstâncias e os tempos podem ser os mais variados possíveis e podem mudar a qualquer momento, mas, Deus não muda.
Moisés ensina uma bela oração para o um novo ano: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). Uma oração de quem já “sabe que é mais que vencedor” (Rm 8.37). Afinal, pela maravilhosa obra do Espírito Santo, todos aqueles que estão em Cristo, por mais que seja atingido por terremoto, fome, perseguição, angústia, tribulação, não será separado do amor de Jesus.
A maravilhosa obra do Espírito Santo faz com que os filhos e filhas de Deus tenham plena e inabalável segurança no amor e na misericórdia de Deus que age em todos os tempos e concede as mais variadas oportunidades.
2016 não é um ano para se esquecer – 2016 é ainda um ano, para isso temos tempo ainda, para louvar a Deus! Afinal, muitas oportunidades foram recebidas das mãos graciosas de Deus para crescimento e testemunho. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Natal é o carimbo de Deus!

Mensagem de Natal
25 de dezembro de 2016
Sl 2; Is 52.7-10; Hb 1.1-6; Jo 1.1-14
Tema: Natal é o carimbo de Deus!

Não esqueça o carimbo!
O carimbo mostra a seriedade do documento.
Na China, o carimbo é mais importante que a própria escrita, tanto que, a assinatura só tem valor com o carimbo. Desde a antiguidade até o presente, o carimbo fixa o seu crédito e sua promessa, e dá autenticidade à sua escrita. Artistas chineses ainda hoje seguem o costume de carimbar suas obras e assiná-las.
Jesus Cristo é autenticação da obra de Deus em prol do pecador. “... expressão exata do seu ser ...” Hb 1.3.
Jesus é a autenticação do documento anunciado e escrito pelos profetas. As profecias anunciadas pelos profetas é o documento de Deus. Jesus é o carimbo que autentica o mesmo.  
O autor a carta aos Hebreus registrou que Jesus “expressa a imagem do ser de Deus”. O termo grego charakter significa carimbo ou gravação de cera que autenticava o documento.
Além de autenticar o documento (a Bíblia), o autor a carta aos Hebreus ao ressaltar que “... depois de ter feito a purificação dos pecados” (Hb 1.3), faz uso do termo poiesamenos (ter feito, tendo feito). Esse termo corresponde ao bará da língua hebraica, e significa criar.
O autor a carta aos Hebreus enfatiza que Jesus Cristo não só autentica o documento, as profecias de Deus anunciadas pelos profetas no Antigo Testamento como, compara a obra de Jesus em pé de igualdade com o ato criador de Deus. Em Jesus surge uma nova criação (2Co 5.17).
Esta nova criação, as novas criaturas, precisam saber que “nestes últimos tempos, nos falou pelo Filho”.
Os últimos tempos, dias, é uma referência ao tempo em que se vive, um tempo escatológico. O tempo da preparação para a segunda vinda de Jesus.
Nestes últimos tempos é necessário saber quem é Jesus.
Jesus é o ponto final da obra de salvação. Jesus é a o carimbo que autentica a obra de Deus.
Jesus, assim como proclamado pelo evangelista João, “tabernaculou entre nós”. Isso significa dizer que a glória vista por Moisés no monte Sinai quando recebeu os dez mandamentos, que a glória presenciada pelo povo de Israel no tabernáculo, é a glória vista e recebida em Jesus.
Sendo o tabernáculo, de acordo com a orientação de Deus, a esquina de encontro entre Deus e o seu povo (Ex 36.26; Js 6.24). O fato de Jesus ter tabernaculado entre nós, mostra que Ele é a esquina de encontro do seu povo com Deus.
Não é possível encontrar Deus fora de Cristo.
O ser humano em sua ignorância não compreende o fato de Deus ter se feito homem. Não compreende o fato de Deus ter nascido numa manjedoura e ter morrido numa cruz. 
Não esqueça do carimbo!
Não esqueça que Jesus é a autenticação da obra de Deus em prol do pecador. Sem Jesus, o documento de Deus, a Bíblia, perde todo seu valor. Sem Jesus, as profecias dos profetas e apóstolos não tem nenhum sentido. Sem Jesus, o natal, a páscoa, ou qualquer outro dia não tem sentido. Natal só é natal, só é a boa notícia por causa de Jesus. Amém!

M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O evangelho de Deus!

4º Domingo no Advento
18 de dezembro de 2016
Sl 24; Is 7.10-17; Rm 1.1-7; Mt 1.18-25
Tema: O evangelho de Deus!

O primeiro capítulo da carta aos Romanos em si apresenta de maneira transparente toda a mensagem de Paulo aos Romanos. Os versículos 1-6 da carta de Paulo aos Romanos pode ser classificado de: Paulo e o evangelho; os versículos 7 a 13: Paulo e os Romanos; os versículos 14 a 17: Paulo e a evangelização.
É interessante observar que o livro histórico de Lucas (Atos dos Apóstolos) culminou com o relato de que o evangelho chegou a Roma. No livro de Atos, o médico e pesquisador Lucas termina sua apresentação mostrando Paulo pregando o evangelho em Roma. Qual foi o evangelho pregado em Roma?
Possivelmente a carta aos Romanos tenha sido a primeira peça literária cristã que os romanos tiveram conhecimento. Exatamente por isso, Paulo expressa que o evangelho de Deus é Jesus Cristo. Se apresenta como “servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1) 
Não há igreja sem os meios da graça (Batismo, Pregação e Santa Ceia). Não há apóstolo sem evangelho.
Há muitos que ostentam o título de apóstolo. Mas, tal título só pode ser ostentado para quem tem como credencial “pregador do evangelho”.
Saber o que é o evangelho de Deus, auxilia na compreensão sobre quem de fato é verdadeiro apóstolo. Jesus alertou que nos últimos tempos haveria falsos profetas e mestres.
O evangelho tem origem em Deus.
A carta aos Romanos é um livro sobre Deus, sobre o evangelho de Deus.
Paulo inicia essa carta apresentando-se como apóstolo.
Apóstolo significa “enviado”. O termo apóstolo pode ser aplicado aos doze discípulos chamados por Jesus para serem suas testemunhas, e, num sentido mais lato, aos missionários do Evangelho.
Paulo se considera apóstolo por anunciar a notícia do evangelho de Deus. Desculpe-me a ousadia, mas, seu pastor pode receber o título de apóstolo? A igreja, a congregação a qual frequenta, pode ser classificada como apostólica?
A resposta está no fato de pregar ou não o evangelho de Deus!
O apóstolo de Jesus é aquele que se ocupa com a proclamação do evangelho de Deus. Um apóstolo não reparte com outros especulações humanas e filosóficas, ele reparte a mensagem do evangelho de Deus.
O apóstolo está ocupado em repartir o evangelho de Deus, a boa nova do próprio Deus para um mundo perdido. Um mundo que necessita tão somente do evangelho salvador.
Mas do que se trata o evangelho de Deus? É toda a profecia do Antigo Testamento que trata a respeito de Jesus Cristo que veio da descendência de Davi.
O evangelho de Deus é Jesus!
O evangelho de Deus é a boa notícia – a boa noticia de Deus é seu Filho Jesus. Essa notícia é tão extraordinária que Deus enviou anjos para proclamá-la naquela primeira noite de natal.
Ao enfatizar que é servo e apostolo por causa do evangelho, o apóstolo Paulo mostra que o evangelho provém de Deus e que o mesmo é Jesus.
Ao definir espetacularmente que “o evangelho de Deus é Jesus” as portas das Escrituras são escancaradas para o pecador. Jesus é o evangelho de Deus!
A igreja moderna busca ser uma igreja semelhante ao Google. Ou seja, busca resposta imediata para todo o qualquer assunto. Cristãos e supostos apóstolos estão buscando responder sobre tudo, mas, esquecendo-se de “dar razão da sua esperança” (1Pe 3.15).
Muitos púlpitos se transformaram em verdadeiros palanques filosóficos, políticos e sociais. Muitos apóstolos e igrejas ditas apostólicas deixaram de ser o local de onde o evangelho de Deus emana.
Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, ... Deus me chamou e me separou para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus” (Rm 1.1).
Há boas livrarias, inclusive, há muitos sites na internet onde é possível baixar livros sobre os mais variados temas e assuntos. No entanto, cada culto, cada estudo bíblico, o tema sempre deve ser o mesmo: o evangelho de Deus!
A igreja é de Deus! Precisa preservar a Palavra de Deus. E a Palavra de Deus é seu evangelho – Jesus, aquele que foi enviado pelo Pai para resgatar os pecadores.
A oração da igreja precisa ser um clamor por servos e apóstolos que simplesmente se ocupem em proclamar o evangelho de Deus – Jesus.
Ao escrever a carta aos Romanos, Paulo está em Corinto (inverno de 57/58 d.C), prestes a partir para Jerusalém, de onde ele esperava dirigir-se a Roma e a Espanha (Rm 15.22-32; 1Co 16.3-6; At 19.21; 20.3). O perigo que os cristãos convertidos do judaísmo e do paganismo corriam era se desentenderem em relação ao evangelho de Deus. Para que isso não acontecesse, Paulo lhes anuncia o mesmo tema que havia anunciado aos Gálatas, o puro e doce evangelho de Deus – a salvação pela fé na obra realizada por Jesus, assim como proclamada pelos profetas.
Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, ... Deus me chamou e me separou para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus” (Rm 1.1).
O evangelho da igreja e do apóstolo não é um evangelho pessoal - é a mensagem do coração de Deus. Um Deus amoroso e misericordioso que enviou seu Filho.
O evangelho de Deus é a mensagem expressa nas páginas das Sagradas Escrituras, no Antigo e Novo Testamento, pelos profetas, discípulos e apóstolos. Essa continua sendo a missão e tarefa primordial de um apóstolo e de uma igreja apostólica. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Inércia Constante!

3º Domingo no advento
11/12/2016
Sl 146; Is 35.1-10; Tg 5.7-11; Mt 11.2-15
Tema: O cristão vive em constância inércia!

A inércia é uma massa (corpo, objeto) que está em repouso ou em movimento em linha reta, a menos que uma força atue sobre esse corpo, objeto.
Ilustração: Uma bola parada. Colocá-la em movimento. Para que o movimento aconteça é necessário que algo atue sobre ela (chute). Após chutada (em movimento) para que a mesma pare é necessário que uma força atue sobre ela (segurar com o pé).
O apóstolo Tiago ressalta que o cristão vive em constante inércia!
Há situações em que a inércia é um constante repouso. É preciso uma força para que do repouso o cristão passe a agir. Há situações em que o cristão em movimento precise de uma força para parar. Parar em seus erros e pecados.
Tiago é o apóstolo que fala sobre a inércia cristã. Tiago é o apóstolo da inércia da fé, uma inércia em movimento.
A exortação de Tiago não é doutrinária. Em especial é uma exortação motivacional para que os cristãos não sejam apenas ouvintes, inertes no repouso, mas praticantes da Palavra de Deus (Tg 1.22).
A vida prática da fé se dá nas mais variadas situações vivenciais do cristão. E como homem de fé, Tiago ressaltou que a força que o fazia agir era a fé viva e eficaz.
Querer o bem é a principal característica de um cristão. Muitas vezes, ele não vai além da boa intenção de praticá-lo. Antes que se dê conta, desviou-se do alvo proposto. E é justamente como um alerta, que o apóstolo Tiago exorta o cristão para que o mesmo não caia na inércia do repouso e deixe de viver a fé diante da eminente volta de Cristo. Tiago fala sobre sofrimento e perseverança diante da volta de Jesus Cristo (Tg 5.7-11).
Ao se referir a perseverança, Tiago faz uso da palavra grega “makrothymia” (paciência).
A paciência é uma ação voltada ao próximo e o enfrentamento das provações e tribulações diante dos sinais da volta de Jesus Cristo.
Tiago exorta a ação prática da fé numa disposição inabalável, num espírito que nunca se deixa abater, com um “coração fortalecido” (Tg 5.8). Do coração fortalecido, os profetas tiveram disposição e espírito inabalável (Tg 5.10).
Tiago exorta a ação prática da fé citando o exemplo da paciência e perseverança de Jó (Tg 5.11).
O cristão vive em constância inércia! Nessa inércia é exortado a agir pela fé é esperar constantemente no coração misericordioso de Deus (Tg 5.11).
O lavrador prepara a terra, semeia a semente, mas, não faz nada além disso. Após preparar a terra e semear, apenas espera. Espera que a semente germine e produza. E enquanto o lavrador permanece inerte, sem movimento, esperando a germinação e o fruto, a semente está em movimento, germinando e crescendo.
Tiago sabia que muitos cristãos corriam o risco de ficarem inertes ante a volta de Jesus Cristo. Os cristãos corriam o risco de deixar de agir na e pela fé. E, é exatamente por isso que exorta a todos os cristãos a movimentarem-se perseverantes diante do sofrimento e das dúvidas ante a volta de Jesus Cristo.
Constantemente os escritores do Novo Testamento consideravam a volta de Jesus como algo próximo. Devido a demora, muitos cristãos estavam desanimando.
O cristão vive em constância inércia! Uma inércia sem movimento.
Os cristãos vivem dias conturbados. Muitas são as provações diante do sofrimento e da espera pela volta de Cristo. O sofrimento e a espera conduz as queixas e murmurações.
Entre os exemplos de perseverança no sofrimento citados por Tiago, vê-se profetas. Entre os quais pode-se citar Isaías, que segundo a tradição foi serrado ao meio; Jeremias, apedrejado pelos seus conterrâneos. Os profetas eram homens de Deus que pacientemente esperaram no Senhor.
Outro exemplo de paciência e perseverança na tribulação foi Jó. Por mais que tenha sofrido, chorado, reclamado, discutido com amigos, Jó esperou em Deus.
O tempo de advento, de maneira especial, o segundo advento que se está vivendo, é de preparação. Nesse tempo de preparação é preciso ouvir atentamente a exortação do apóstolo Tiago: “..., tenham paciência até que o Senhor venha” (Tg 5.7). Amém!


Rev. Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...