Salmo 67; Isaías 56.1,6-8; Romanos 11.1-2, 13-15, 28-32; Mateus 15.21-28
Texto Base:
Mateus 15.21-28
Tema:
Deus não está distante!
Aqui
no Brasil estamos no quinto mês dessa Pandemia. Coisas que antes eram
corriqueiras tornaram-se distantes nesse tempo. Escolas Públicas, rapidamente
migraram para o ensino a distância. Supermercados passaram a vender a
distância, via wathsap.
Você sabia que Jesus
realizou durante o seu ministério duas curas a distância?
Mateus 8.5-13; 15.21-18. O servo do centurião e a filha dessa mulher sírio
fenícia.
Essas
curas a distância não mostra apenas o poder de Deus, mas, a fé, a grande fé de
duas pessoas que não eram judias e mesmo assim criam.
Merece
destaque o fato de Mateus, que escrevendo para judeus, relata esses dois
episódios em que o próprio Jesus Cristo elogio a fé.
Antes
da Pandemia, a sociedade já vivia um certo distanciamento decorrente do
individualismo. Eis que agora o distanciamento se dá pelo medo.
Dias
atrás passei pelo COVID-19. É digo que o pior dessa doença é o isolamento, o
distanciamento de quem amamos. O isolamento de uma pessoa doente é forçado,
você não quer, gostaria de ter amigos e parentes por perto, mas não pode
tê-los.
A
mulher sírio fenícia vivia um certo isolamento por parte dos judeus. Por ser
mulher, jamais receberia a atenção de um rabino judeu. Os discípulos estavam
incomodados com sua gritaria e queriam que Jesus a atendesse logo. Ela jamais
poderia ter se aproximado chamando Jesus de “Senhor, filho de Davi” (Mt
15.22).
Havia
muitos empecilhos que isolavam os judeus dos gentios. E a fama de Jesus se
espalhou e aquela mulher só tinha uma alternativa, ir ao encontro de Jesus para
buscar socorro para sua filha. Barreiras e obstáculos humanos poderiam
impedi-la de achar graça diante de Deus, mas, nada supera a fé, a certeza de
coisas que não se veem (Hb 11.1).
A
fé cegou seus olhos para as barreiras e os obstáculos e abriu seus olhos e sua
boca persistente.
Jesus
conhecia a fé dessa mulher. O seu suposto silêncio, as supostas palavras duras,
foram justamente para leva-la a confissão e ouso dizer que é uma das mais belas
confissões de fé registrada na Bíblia.
Uma
mulher gentia, parecia distante de Deus e não merecedora da atenção e misericórdia
de Deus, afinal, não observava a lei e não fazia parte do povo de Deus. Mas,
havia nela algo que a aproximava de Deus: Fé em Jesus! Tanto que ela se aproximou
exclamando o que muitos judeus estavam ignorando: “Senhor, filho de Davi” (Mt
15.22). Em outras palavras, você é o prometido de Deus.
Nessa
fé, a mulher suplicou, suplicou e confessou!
Enquanto
que os judeus tratavam os gentios como “cães,” ou, os consideravam impuros, Jesus deu
lhe a oportunidade de confessar com sua boca o que tinha em seu coração. Assim,
ao citar o exemplo do “cachorrinho,” Jesus Cristo não está falando de
um animal imundo, de rua, assim como os judeus, mas de um cachorrinho de
estimação. Dessa forma, a mulher compreendendo pela fé o recado de Jesus, diz: Senhor, filho de
Davi, prometido de Deus. É verdade que como gentia eu não posso me assentar a
mesa para comer o pão, mas, como um cachorrinho de estimação me alimento das
migalhas que me satisfazem.
Quão grande é a sua fé!
Essa
frase contraste ao episódio ocorrido anteriormente, onde Jesus caminha sobre as
águas e Pedro vacila e é repreendido por Jesus como sendo “homem de pequena fé” (Mt 14.31).
Muitas
pessoas sentem-se isoladas e distantes de Deus por dizerem que tem uma fé
pequena. Não importa, o tamanho da fé, se podemos dizer assim. Toda fé, mesmo
que seja uma fagulha, me aproxima de Deus e me dará a salvação.
Deus
tomou e toma a iniciativa para me aproximar dele. Por isso, deixou-nos a
Pregação e o Batismo. Pelo poder do Espírito Santo, Deus nos presenteia com a
fé (Ef 2.8). Essa fé vai sendo alimentada, para que possamos enfrentar as
armadilhas do nosso inimigo e sobressair-se diante das provações. E aqui a fé
precisa estar firme. Afinal, se estivermos fracos na fé, qualquer outra
alternativa que nos for dada, será uma âncora que nos conduzirá para mais fundo
ainda.
Jesus
alertou sobre o perigo que corremos. Ele nos convidou a confiar nEle acima de
todas as coisas (Primeiro Mandamento),
afinal, muitas são as situações diárias que podem nos afastar da fé e nos fazer
tomar o nome de Deus em vão (Segundo
Mandamento).
Pelo
batismo fui tornado filho e filha de Deus. O Espírito Santo me presenteou com a
fé. Aproximou-me de Deus. No entanto, é preciso relembrar a rodovia de mão
dupla que Jesus nos disse para seguir: “batizando-os e ensinando-os” (Mt 28.19-20).
Ambos,
batismo e Pregação, ensino, nos dão a fé. Mas, o ensino, a pregação, nos faz
permanecer na fé e firmar nossa fé. a pregação, o ensino, é alimento para a fé
que enfrenta os mais variados ataques durante a semana. Deus disse: “Vocês têm seis
dias para trabalhar, porém não trabalhem no sétimo dia, nem mesmo no tempo de
arar ou de fazer a colheita” (Ex 34.21;
Lv 23.3; Dt 5.13-14).
Esses
dias dando uma olhada em algumas anotações, eis que encontrei uma oração
escrita por minha esposa que registrou a data da oração (27/11/2016). Como
havíamos perdido o primeiro filho, muito abalada ainda e confiante, escreveu: Uma carta para Jesus.
Peço
meu Deus, esteja me ouvindo. O Senhor sabe o meu maior desejo. Realiza meu
sonho e me dê o maior de todos os presentes. Deixe eu colocar mais um nome em
minha família. Eu e meu esposo agradecemos. Mostre-me o sinal que tanto
preciso. Obrigado Pai por tudo. Amém!
Veio
outra gravidez e mais um aborto retido. Outra gravidez, outro aborto retido.
Querido
irmão e irmã em Jesus! Aquele aparente silêncio de Deus. Quando Deus parece
demorar a nos atender e antes de atender, fala coisas que incomodam. Então!
Tudo isso é para nos levar a suplica e a confissão. Jesus não está distante.
Ele prometeu estar conosco todos os dias, até o fim dos tempos! (Mt 28.20).
Amém!
ERT
Edson
Ronaldo TREssmann
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