terça-feira, 27 de setembro de 2022

Uma certeza num mundo cheio de certezas incertas!

 02 de outubro 2022

Salmo 62; Habacuque 1.1 – 4; 2. 1 - 4; 2Timóteo 1. 1 - 14; Lucas 17. 1 - 10

Texto: 2Timóteo 1. 12

Tema: Uma certeza num mundo cheio de certezas incertas!

 

A reação de qualquer pessoa diante do que lhe é dito é: você tem certeza?

As pessoas querem ter certeza! Seja diante de algum negócio ou alguma notícia.

Ao refletir sobre certeza, você tem certeza da salvação? Se você morresse hoje, tem certeza de que Deus o receberia no céu?

Infelizmente muitos não têm essa certeza! Mesmo entre cristãos, são poucos os que a têm certeza de sua salvação.

Conforme a lei de Deus, todos nós estamos pedidos, condenados e merecemos a eterna condenação. Não temos forças e nem sequer é possível por nós mesmos mudar esse terrível quadro. Precisamos de um salvador! O que nenhum ser humano pôde fazer, Deus realizou por seu Filho, Jesus Cristo. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

A salvação está em Cristo! Como eu obtenho essa salvação?

A Palavra de Deus responde que é por arrependimento e fé. Arrependimento é reconhecer os pecados e como pecador sou condenado pela lei de Deus e perdido, pois não posso salvar a mim mesmo.

O ser humano se julga necessitado de tantas coisas, e busca de todas as maneiras suprir suas supostas necessidades. E, é apenas pelo Espírito Santo que pela Palavra de Deus nos mostra a necessidade de salvação. O arrependimento não é uma obra nossa, mas do Espírito Santo que mostra a necessidade do perdão e da salvação. Arrepender-se é constatar de que estou perdido. Assim, viver longe da Palavra é passar a viver distante da maior necessidade e carência humana: a salvação. Sem a Palavra de Deus ignoramos a necessidade do arrependimento e não temos a certeza do perdão e da salvação. Pela Palavra que opera no batismo e na pregação, recebo a fé, o presente das mãos de Deus. Pela sua Palavra, Deus iniciou e continua sua boa obra. Por esse motivo o apostolo expressa: “Porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1.12).

A certeza da salvação pela fé é uma doutrina que o diabo atacou desde o princípio e continua atacando, semeando dúvidas. O diabo procura tirar esta certeza. Por esse motivo, tenha muito cuidado, pois alguns ensinam que Cristo dá o primeiro passo e que é preciso trabalhar para completar a salvação por suas boas obras. Lembre que a salvação me leva as boas obras e não são as boas obras que me levam a salvação. Tenha muito cuidado, muitos negam o pecado original e dizem que o ser humano não é totalmente corrompido pelo pecado original e assim pode se decidir por Deus e dessa forma a salvação deixa de ser graça para ser obra da vontade humana.

Num mundo cheio de certezas incertas, a certeza da salvação em Cristo é constantemente questionada. Exclamamos nossas certezas com força nos pulmões, mas ficamos receosos diante da certeza da salvação. Essa é a grande tentação proveniente da nossa natureza pecaminosa e da nossa carne que atormenta nossa consciência e semeia dúvida. Assim a pessoa passa a se questionar: será que minha fé é verdadeira?

Nessa situação pare de olhar para você. Olhe e ouça a Palavra de Deus! A fé não é sentimento. Eu não creio na minha fé. E a fé, presente de Deus que me agarra a Cristo e na salvação que ele oferece.

Num mundo cheio de certezas incertas, a Palavra de Deus me dá a certeza da salvação em Cristo e por essa Palavra, “... sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1.12). Amém.

ERT

Edson  Ronaldo Tressmann

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Que todo meu ser louve ao Senhor.

 

25 de setembro 2022

Salmo 146; Amós 6.1-7; 1Timóteo 6.6-19; Lucas 16.19-31

Texto: Sl 146

Tema: Que todo meu ser louve ao Senhor.

 

O mundo se divide entre evolucionista e criacionista.

Sou feliz e esperançoso por crer no Deus que criou e tudo mantêm.

A felicidade é o resultado do louvor. Louvo por ser e estar feliz em Deus.

Deus está além de todas as coisas.

O salmos146 ao 150, iniciam com aleluia. Aleluia – louva ao Senhor. Esse louvor é início, meio e fim.

Deus é Deus da história e da criação.

Moisés em Dt 4.39, destaca que não há outro Deus. Não existe nada sem Deus. Ao abrir a boca, tudo passou a existir e pela sua palavra mantêm todas as coisas. Nada existiria sem Deus abrir a boca, e meu louvor não existiria se Deus não abrisse a boca e pela sua Palavra me colocasse na fé. Os sem fé, defendem ideologias evolucionistas e ignoram o Deus criador e mantenedor de todas as coisas.

Talvez você ignore o que aqui estou dizendo. O profeta Jeremias disse que Deus é a verdade (Jr 10.10). Pilatos perguntou sobre a verdade. Se ele tivesse tido a chance de ter ouvido assim como ouvimos e cremos no que disse Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Fora de Deus não há vida, verdade e vida. Fora de Deus, por mais sorrisos, não há felicidade. Fora de Deus, mesmo que otimista, não há esperança.

Crer no Deus criador e Senhor da história nos fornece oportunidade de saber que tudo está bem, mesmo parecendo ruim (escravidão, caminhada pelo deserto, exilio).

Confessar que Deus é Senhor (Yahweh), é estar certo do cuidado de Deus, pois SENHOR, representa justiça. E a justiça é a misericórdia de Deus.

Louvar a Deus é reconhecer que não estamos abandonados. Aleluia! Que todo o meu ser te louve, ó Senhor!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Segue-me!

 18 de setembro de 2022

Salmo 119.33-40; Ezequiel 2.8-3.11; Efésios 4.7-16; Mateus 9.9-13

Culto festivo

 Texto: Mateus 9.9-13

Tema: Segue-me!


Na era das redes sociais as pessoas buscam seguidores e de acordo com o número de seguidores passam a ser influenciadores. Você segue alguém nas redes sociais? Qual é o grau de influência desse "influencer" na sua vida?

Jesus saiu dali...” (Mt 9.9)

De onde Jesus saiu? Do lugar onde havia curado o paralítico e estava andando pelo caminho à Cafarnaum.

..., no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. ...” (Mt 9.9).

Dia 21 de setembro a igreja cristã lembra Mateus, apóstolo e evangelista.

Mateus - “Dom de Deus”. Na listagem dos discípulos, Mateus é o único chamado de “o publicano”, (Mt 10.3). O nome cobrador de impostos, publici – publicanos - sinônimo de pecador desprezado. Quando criança aprendeu a lei, os salmos e os profetas. Mas, na juventude buscou riqueza e abraçou a profissão de cobrador de impostos, que devido às facilidades da época, podia se cobrar a mais e ter um bom lucro além do salário. Na época era funcionário dos romanos. Por isso, um judeu ser cobrador de imposto era o mesmo que ser um traidor da pátria.

Provavelmente Mateus já havia ouvido Jesus pregar ou ouviu a seu respeito, afinal, Jesus atuava na Galiléia e estabeleceu residência na cidade de Cafarnaum. Ali Jesus ensinou durante várias semanas e efetuou muitos milagres.

Talvez a pessoa de Mateus depois das pregações de Jesus e seus milagres até teve a vontade de seguir o mestre, pois com certeza a noticia de Jesus teve efeitos no seu coração. A lembrança de Deus, do pecado, da justiça e da vida eterna o havia feito repensar em muitas coisas. Mesmo havendo a vontade, havia um empecilho segundo o próprio Mateus e os judeus da época. Qual? Sua condição social o impedia. Era cobrador de impostos, desprezado pela sociedade judaica, classificado como pecador. Para Mateus e os judeus isso era empecilho, mas, para sua surpresa e de todos, Jesus o chama. Jesus coloca honra sobre aquele que era tido como pecador. A reação dele foi imediata - Mateus o seguiu.

O que impede as pessoas de virem à igreja, à Jesus? Jesus em Lc 14.18-20 conta sobre o convite ao reino. As pessoas convidadas negaram-se a aparecer, pois não tinham tempo. As desculpas: - comprei um sitio preciso ver; - comprei uma junta de bois, precisa prová-la; - casei estou em lua de mel. Na carta aos Romanos (Rm 6.14), o apostolo cita que o cristão muitas vezes pela fraqueza cai nas armadilhas do diabo e assim se afasta de Deus. Na carta aos Coríntios (1Co 6.7-11) enfatiza que as pessoas que estão na prática do pecado são chamadas ao arrependimento, mas por preferirem continuar nessa prática se afasta de Deus. Aos Gálatas (Gl 5.19-21) Paulo ensina que as coisas humanas produzem tudo aquilo que nos afasta do perdão de Deus e na carta aos cristãos da Ásia Menor (Ef 5.5-6) escreve que os descrentes serão condenados por causa dos pecados por não quererem receber de Cristo o perdão dos pecados. O apostolo Pedro em sua segunda carta (2Pe 2.20-22) enumera quanto ao cuidado, pois mesmo um cristão pode cair da fé, e isso é pior que a situação daqueles que nunca conheceram a Jesus.

Jesus lhe disse: Venha comigo. Mateus se levantou e foi com ele” (Mt 9.9).

Segue-me! É possível, eu, pecador desprezado, seguir o profeta, o Filho de Deus? Esses eram considerados impuros e por isso proibido de entrar no templo. Será que ouvi bem! Jesus está me chamando? As pessoas à volta de Jesus, sem dúvida, se admiraram. Jesus está chamando esse homem tão desprezível para segui-lo, para ser seu discípulo?

Quantos convites nós recebemos diariamente para seguirmos? A mídia? Amigos? Familiares?

Mateus fez uma festa de gratidão ao seu novo mestre. Alegria, gratidão e felicidade inundaram sua alma. Coisas que o muito dinheiro não lhe pôde dar. Num pulo Mateus trocou a mesa de dinheiro, pela pobreza; um rico e poderoso senhor, por um homem simples e pobre que não tinha onde reclinar sua cabeça, mas tinha “as palavras da vida”. Trocou uma vida esplêndida, por uma vida de sofrimento e de martírio, como Jesus disse: o mundo vos odeia.

Ainda hoje Jesus chama! Como Deus nos chama? Não é o poder da retórica ou do marketing, mas pelo poder de Deus que atua pela Palavra. Lutero explica no 3º Artigo do Credo Apostólico:, “Creio que pela minha própria razão ou força não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem vir a ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo evangelho,...”.

Pela Palavra e os Sacramentos, o Espírito Santo atua poderosamente (Lc 14.17; 14.16-24; Mt 22.1-14). Ele chama, ilumina, opera a fé, congrega e santifica, (2Tm 1.9; 1Pe 2.9; 2Co 4.6; Jr 31.18; Jó 3.5-6; Ef 2.8-9). Pela Palavra, Jesus chama pecadores ao arrependimento e à fé. Quem não reconhece seus pecados, não perguntará por salvação, nem dará ouvidos ao chamamento de Jesus.

Quais pessoas, Mateus convidou para a festa? ...muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama, Jesus e os seus discípulos” (Mt 9.10). Pessoas que ele conhecia do trabalho, pecadores e publicanos. Mateus dá a chance aos seus colegas para conhecer a Jesus. Relembremos o apostolo Paulo que escreveu para Timóteo que Deus derramou sua graça sobre ele e esse é o desejo de Deus, derramar sua graça sobre todos. Mateus dá a chance aos seus colegas para conhecer a Jesus. Jesus veio chamar pecadores ao arrependimento e lhes oferecer perdão, vida e salvação.

Para os judeus comer com alguém significava uma íntima amizade. Mateus encaminhou a Jesus seus amigos; e Jesus ao comer com essas pessoas deixou claro sua intenção de ter essas pessoas em sua companhia. Jesus chama pecadores ao arrependimento para consolá-los com o maior e mais poderoso consolo que há no mundo: o perdão dos pecados. “Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados” (Mt 9.2); “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3.8); “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste” (Jo 17.3).

Alguns fariseus...”. Quem são? Um dos principais grupos judaicos nos tempos de Cristo. Eram muito rigorosos na obediência à lei de Moisés e a outros ritos e costumes que se agregaram com o passar dos tempos. Eles eram críticos a pessoa de Jesus e desafiavam sua autoridade divina (Mt 16.1-4; Jo 9.13) e esses eram influentes na vida religiosa e social do povo.

...viram isso e perguntaram aos discípulos: Por que é que o mestre de vocês come com cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama” (Mt 9.11).

Os fariseus quando ouviram que Jesus convidou Mateus e este o seguiu, não quiseram acreditar. Eles foram até a casa de Mateus ver o que estava acontecendo. Eles chamaram alguns discípulos de Jesus e questionaram a Jesus pelos discípulos (Mt 12.1-2; 15.2; 19.3; Lc 18.11-12; At 15.5; 23.6-8).

Jesus ouviu a pergunta e respondeu: Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas; Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais. Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons” (Mt 9.12-3).

Antes que seus discípulos pudessem responder, Jesus, para mostrar sua onisciência, respondeu: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes”. Jesus é o verdadeiro cura d´almas. E aquele que conhece sua enfermidade (pecado), dará ouvido a Jesus. Os fariseus, que em sua religiosidade de obras exteriores se julgavam sãos, o desprezavam.

A pergunta a ser feita é: por que se requer arrependimento? A Bíblia é escrita por dois fios - lei e evangelho. Sem a lei ninguém é levado ao arrependimento e a fé. Sem se arrepender de seus erros a pessoa está satisfeita com aquilo que faz e sempre despreza o convite as bodas celestiais. Por isso as pessoas arrumaram aquelas desculpas, não posso comprei um sítio, uma junta de bois, casei. Onde não se tem sede espiritual e também não se aceita o salvador Jesus a lei precisa ser dita. Enquanto a pessoa não reconhecer seu estado de pecador miserável, perdido e condenado, ele fará pouco caso do salvador Jesus (Pv 27.7). O arrependimento não perdoa, ele me leva a fé em Jesus que me dá o perdão.

No Catecismo Menor, sobre a santa ceia, há a pergunta: quem não deseja vir a santa ceia. O que fazer? Examinar se ainda tem corpo e carne. A pessoa que não quer abandonar seus pecados grosseiros e voltar a Jesus Cristo precisa examinar se ainda está neste mundo. Preciso ansiar pela misericórdia de Deus em Jesus Cristo.

Jesus convida os fariseus a reconhecerem seus pecados, principalmente o da hipocrisia. Eles não eram melhores que ninguém, mas se mostravam para as pessoas por causa da lei a qual diziam ser observadores.

Os fariseus faziam vestibular da religião. Muitos hoje também fazem, começam a enumerar pecados nos outros, julgam seu semelhante por comida, bebida, dia de festa, etc. Paulo disse aos Cl 2.16-17; Gl 4.3; Rm 14.1-6; Tg 4.12; Lc 12.5; Gl 1.6. Vivemos pela promessa: Hb 10.19-25; Mt 18.20.

Jesus diz: “Siga-me!

Siga Jesus! Gl 3.10-11; Rm 1.17; At 15.10-11

Jesus chama Mateus e mostra aos próprios fariseus como é difícil levar alguém que confia em suas obras ao reconhecimento de seu erro e movê-los para que confie no evangelho. Somente o evangelho, a boa nova da graça de Cristo, no qual há perdão, vida e eterna salvação, traz paz e esperança ao coração. Mateus se alegrou com essa paz. De rejeitado pela sociedade - foi chamado por Deus. Nós também estávamos perdidos em nossos pecados e delitos, mas fomos trazidos para luz e na luz nós vivemos e precisamos ser uma luz para outros.

Mateus e seus colegas, pecadores arrependidos, alegraram-se com a boa notícia do perdão e seguiram Jesus. Mateus, após a ascensão de Jesus, trabalhou alguns anos entre os Judeus. Escreveu seu evangelho, especialmente para mostrar aos judeus que Jesus é o verdadeiro Messias prometido e profetizado no Antigo Testamento. Depois foi para a África, onde trabalhou conforme a tradição em especial na Etiópia, onde sofreu a morte de mártir.

Felizes aqueles que como Mateus dão ouvidos ao chamado de Jesus e o seguem. Amém.

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Reflexão a respeito da cruz!

 11 de setembro de 2022

Dia da Santa Cruz

Salmo 40.1-11; Números 21.4-9; 1Coríntios 1.18-25; João 12.20-33

Culto festivo

Texto: 1Coríntios 1.18

Tema: Reflexão a respeito da cruz!

 

Ao passar numa rodovia e ver uma cruz ao lado, logo vem na mente que ali alguém morreu. Num cemitério, para onde se olha se vê uma cruz e a lembrança é apenas de morte.

Até mesmo na igreja - a cruz lembra a morte, no entanto, a morte que a cruz lembra é algo que nos traz esperança, todavia “... a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18).

A cruz – símbolo de morte na verdade é símbolo de vida, pois, numa cruz Jesus matou a morte. A cruz recebe um dia especial no calendário da igreja. Dia 14 de setembro é o dia da santa cruz. Dia esse em que a cruz é celebrada.

Foi fixado o dia 14 de setembro para celebrar o dia da cruz pelo fato de que nesse dia no ano 335, foi exposta a cruz na igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, a basílica construída sobre o tumulo de Jesus.

Muitas pessoas questionam o costume de se fazer o sinal da cruz. Esse é um costume antigo e sinaliza pertencimento a Deus. Aliás, por isso é que surgiu o costume de usar a cruz no cemitério, afinal a cruz não mostra apenas que tem alguém morto ali na sepultura, a cruz destaca que o corpo ali sepultado pertence a Jesus que foi morto na cruz, mas que não ficou morto - ressuscitou.

A cruz é símbolo distintivo da fé cristã. A cruz, seu efeito salvador, é poder de Deus para salvação (1Co 1.18). Os padres dos primeiros séculos da igreja viam a cruz de maneira muito positiva. A cruz vai muito além da dor, sofrimento e morte. No culto da semana passada ouvimos a leitura onde Jesus convida a carregar a cruz, ou melhor, suportar sofrimentos, divisões, perseguições por causa do evangelho de Jesus. Recorde que, após carregar a cruz, há ressurreição e vida. Toda vocação cristã é realizada sob a cruz, seguindo em sua direção, olhando constantemente para a cruz.

Aquele que enganado pela sua religiosidade perseguiu Jesus, foi rendido e passou a proclamar a mensagem da cruz, pois descobriu que a mensagem, o conteúdo da cruz (Jesus), é o poder de Deus para salvar. Por mais que haja Deus, sem a obra redentora de Jesus Cristo na cruz, não há salvação.

A mensagem da cruz é o poder de Deus para condenação e para salvação! Ver a cruz, lembrar a cruz, fazer o sinal da cruz não significa ter um amuleto, significa recordar o ferimento do diabo no Filho de Deus e também o esmagamento da cabeça da serpente realizado por Jesus (Gn 3.15). Na cruz, Jesus que parecia ter sido derrotado estava derrotando o poder da condenação da lei e do pecado, bem como o diabo e a morte eterna. Por esse motivo o convite para olhar para a cruz e crer na mensagem da cruz é constante, pois a mensagem da cruz é poder de Deus para salvar (1Co 1.18).

Em um episódio ocorrido no Antigo Testamento (Nm 21) o povo de Deus era curado quando olhava para a serpente de bronze (Nm 21.9) e, a luz do Novo Testamento, de igual modo ao contemplarmos a cruz e seu conteúdo e mensagem, se é salvo. Na cruz contempla-se aquele que morreu e se entregou livremente: “...o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.14-16).

A cruz é também símbolo de discipulado! A cruz proposta para cada seguidor traz com ela a marca distinta daquele que se segue, assim, divisão, sofrimento, perseguição, são inevitáveis, mas não a derrota e nem sequer algo estranho na vida cristã. Essas coisas não sinalizam que Deus o abandonou, pelo contrário, é evidência de que se está na caminhada cristã.

A cruz é a identidade do cristão tanto que ao ser batizado, cada um recebeu e recebe o sinal da cruz, tanto no peito quanto na testa. Esse mesmo sinal da cruz é realizado quando o corpo é guardado na sepultura. Pela cruz nascemos e vivemos e por sua mensagem vivemos eternamente.

Todo lar cristão poderia ter um crucifixo. Dessa forma, todo o dia o crente lembraria que não importa a cruz daquele dia, pois na cruz, o Filho de Deus venceu o pior inimigo (morte eterna e o diabo). O olhar para cruz lembra o que Deus por amor é capaz de fazer. E esse amor se renova a cada manhã (Lm 3.22-23).

O mundo precisa da mensagem da cruz! Carregue sua cruz com alegria e que a mensagem da cruz, o poder de Deus, salve aqueles que infelizmente continuam relutantes a cruz! Amém

ERT

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Palavras que levam a misericórdia!

 04 de setembro de 2022

Décimo terceiro após pentecostes

Salmo 32; 2Crônicas 28.8-15; Gálatas 3.15-22; Lucas 10.23-37

Lecionário anual

 

Texto: 2Crônicas 28.8-15

Tema: Palavras que levam a misericórdia!

 

O nome "Crônicas" refere-se ao título hebraico - Dibrey hayamim - "Narrativas dos dias passados", uma conotação de "história" do povo de Israel - desde Adão até o Edito do imperador Ciro, libertando Judá do exílio na Babilônia.

Na Bíblia Hebraica, 1 e 2 Crônicas, são os últimos livros do Antigo Testamento. Foram escritos após o povo de Judá ter voltado do exílio babilônico e o autor quer mostrar que o povo do pós-exílio é o povo da linha messiânica.

Era uma época de grandes problemas para o povo. Crônicas auxilia aquele povo a entender-se melhor, a partir da sua história, uma história onde fica evidente a presença de Deus e a sua aliança com eles.

A história ensina e dá lições importantes. E o relato de 2Cr 28.8-15 destaca justamente isso. As palavras de Odede (2Cr 28.9-11) resume bem a lição. Aliás, bem irônico, afinal, os de Judá estavam sendo punidos pelas 10 tribos do Norte e os do reino do norte que estavam afastados de Deus, ouviram a Palavra de Deus e exerceram misericórdia com aqueles que estavam sendo punidos.

A história do povo de Deus ensina valiosas lições entre duas realidades: “...ele pecou contra Deus, o Senhor,...” (2Cr 22.4) e “...fez o que é agradável a Deus, o Senhor, ...” (2Cr 25.2).

Em contraste ao rei Davi, Acaz foi mau. Fez ídolos representando Baal e praticou culto cananeu. Acaz chegou a se envolver em rituais de sacrifícios humanos, inclusive crianças. Toda essa situação desastrosa está descrita em 2Rs 16.

Acaz foi derrotado pela Síria bem como por Israel (tribos do norte) e sofreu muitas perdas. Dessa forma Acaz apelou para que o rei da Assíria o ajudasse a sair das calamidades (2Cr 28.16). E, após os edomitas e filisteus terem invadido Judá e houve um caos generalizado. Apesar do norte (10 tribos), terem se afastado de Deus e se tornarem idolatras, estavam sendo usados por Deus para conclamar seu povo ao arrependimento.

Acaz não se arrependeu, mesmo tendo recebido a promessa de Deus (Is 7.14). Pelo contrário, Acaz cometeu mais transgressões. O cronista destacou que não lhe foi reservado lugar entre os sepulcros dos reis de Judá devido a sua profunda iniquidade (2Cr 28.27).

O mau cheiro da idolatria se tornou intolerável, por isso, Deus estava rebaixando Judá (2Cr 28.19).

Acaz, um rei que fazia o que era mal perante Deus, caiu nas mãos dos arameus, cujo rei era Rezim (2Rs 16.5). Judeus foram aprisionados e levados para Damasco. Esse era o terceiro ataque dos arameus contra Judá.

Além dessa derrota, houve também a invasão do exercito israelita, pelo rei Peca, e com isso, 120.000 mil soldados mortos num único dia. Entre esses mortos estavam membros da família de Acaz, inclusive seu filho (2Cr 28.7) e membros da corte. Israel (norte) levou 200.000 mil esposas, filhos, filhas para a Samaria.

Na Samaria havia um profeta de Deus e esse anunciou que Judá estava sendo punida por Deus. No entanto, a vara nas mãos de Deus exagerou, passou dos limites (2Cr 28.9).

A iniquidade de Acaz fez com que a maré da história voltasse contra ele. Acaz ouviu a promessa com respeito ao salvador (Is 7.14) e mesmo assim pecou contra Deus. Ele foi convidado a voltar para Deus, mas permaneceu idolatra e afastado de Deus.

Odede exortou os soldados a devolver as pessoas e os bens para Judá, afinal, a derrota na guerra era punição divina, mas a tribo do sul (Judá) não deveria ser tratada como se fossem pagãos. Eles eram irmãos e não poderiam ser escravizados (Lv 25.39-46).

Odede disse que toda calamidade era um chamado de Deus para o arrependimento e não uma autorização para os israelitas passarem do limite. Houve exagero, um ato de brutalidade sem precedentes e isso precisava ser corrigido, é assim que o profeta Zacarias anuncia: “...quando eu estava um pouco irado com o meu povo, elas fizeram com que ele sofresse muito...” (Zc 1.15).

Deus está sempre pronto a intervir! E sua intervenção visa salvar os seus: “Fiquem sabendo que o Senhor, nosso Deus, os corrige como um pai corrige o filho” (Dt 8.5); “Porque o Senhor corrige quem ele ama, assim como um pai corrige o filho a quem ele quer bem” (Pv 3.12); “Pois o Senhor corrige quem ele ama e castiga quem ele aceita como filho” (Hb 12.6); “Feliz é aquele a quem Deus corrige! Por isso, não despreze o castigo do Deus Todo-Poderoso” (Jó 5.17).

O profeta Odede anuncia com maestria sobre o castigo de Deus, mas não deixa de exortar os soldados e as autoridades sobre o excesso na punição. Dessa forma, é como se o profeta estivesse dizendo que se Judá estava merecia aquela punição, mas entre eles também havia pecadores, tanto que Odede anunciou: “O Senhor, o Deus dos seus antepassados, ficou irado com o povo de Judá e deixou que vocês o derrotassem. Mas vocês mataram aquela gente com tanta raiva, que Deus ficou sabendo disso” (2Cr 28.9).

E aqui acontece algo maravilhoso, enquanto que Judá não deu ouvidos para o anuncio dos profetas Isaías e Oséias, os samaritanos deram ouvidos a Palavra de Deus anunciada por Odede, a ponto de terem reconhecido seus pecados (2Cr 28.13), e assim, levaram de volta os prisioneiros até Jericó, uma viagem de 80 km. Os soldados levaram de volta, pois a estrada de Jerusalém para Jericó era, de fato, perigosa. Deram roupas e sandálias aos que precisavam, deram de comer e de beber a todos eles e cuidaram dos seus ferimentos. Muitos comentaristas relacionam esse evento a parábola do bom samaritano (Lc 10.30,33,34). Esses, mesmo afastados de Deus, preferiram ouvir a Palavra de Deus.

Os samaritanos tiveram um ato de amor, ato raro, em tempo de guerra. A Palavra de Deus levou a prática. Esse relato junto a parábola do bom samaritano ilustra o uso de misericórdia (2Cr 28.15; Lc 10.37). Uma ilustração do ministério de Jesus que veio nos resgatar das garras do inimigo. Amém!

ERT

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A voz da consciência!

 28 de agosto de 2022

Salmo 71.1-8; Apocalipse 6.9-11; Romanos 6.1-5; Marcos 6.14-29

Culto festivo

 

Texto: Marcos 6.14-29

Tema: A voz da consciência!

 

Dia 29 de agosto é dia em que a igreja cristã lembra-se do martírio de João Batista.

No calendário litúrgico esta rememoração iniciou na França, no século V. A origem da mesma foi a construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de são João Batista. E também, conforme a tradição, diz-se que o martírio ocorreu no dia 29 de agosto, um ano antes da Paixão de Jesus.

A respeito de João Batista, Jesus disse: “dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista” (Lc 7.28).

Convém refletir a respeito de João Batista que condenou o pecado e denunciou o adultério do rei Herodes Antipas que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodias. A ousadia do profeta despertou a ira de Herodes, que imediatamente mandou prendê-lo, até que, durante uma festa no palácio, a filha de Herodias, chamada Salomé, instigada ardilosamente pela mãe, dançou para o rei e seus convidados. Sua dança, exuberância e espetáculo despertou no rei o desejo de dar a ela o que quisesse. E, o inimigo aproveitou para calar a voz da verdade e a cabeça de João Batista foi pedida em lugar de qualquer riqueza.

O mal se corta pela raiz e a verdade se corta a cabeça!

O martírio por decapitação de João Batista nos chegou narrado através do evangelho de Marcos (Mc 6.14-29). João Batista morreu em paz, mas Herodes viveu atormentado pela consciência. Herodes estava com sua consciência atormentada e não sabia como se livrar dela.

Adolf Pohl escreveu que nada é mais perigoso que uma consciência pesada sem arrependimento.

Quando Herodes ouvia João Batista falar “ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo” (Mc 6.20), ou seja, não sabia se abandonava o pecado ou permanecia no mesmo. E, quando teve oportunidade, a voz de Herodias (do pecado) falou mais alto que a voz da verdade que “gostava de escutar” e lhe condenava seu pecado.

João Batista era a voz no caminho do pecado de Herodes. E, a pecadora Herodias resolveu a situação calando essa voz. E agora, como calar a voz da consciência que acusa?

A consciência pesada e culpada o fez pensar que João Batista ressuscitou para perturbá-lo. Herodes ouviu João Batista em suas pregações e agora ouve sobre Jesus e a consciência que o acusa não o leva ao arrependimento. Meses depois, Jesus o chama de raposa e quando estava sendo julgado, Jesus esteve com Herodes face a face, mas Herodes zombou de Jesus. Duas oportunidades e nenhum proveito.

Herodes foi alguém que ouviu João Batista falar e agora ouve um “zum-zum” a respeito de Jesus e assim como ficou confuso diante da pregação de João Batista, fica confuso acerca de Jesus.

Quando a consciência acusa também ficamos confusos sobre quem é Jesus! Será que perdoa meu pecado?

Herodes estava tão determinado a continuar na prática do pecado que tapou os ouvidos à voz da verdade e silenciou o profeta por causa da voz do pecado e desesperadamente não consegue silenciar a voz da consciência que o acusa.

Você é uma pessoa consciente? Tem consciência do seu pecado?

A consciência ajuda a distinguir entre o certo e o errado. Apesar de todas as pessoas terem consciência, a mesma está distorcida pelo pecado e por isso, precisa ser guiada por Deus, pela sua Palavra. João Batista disse que o machado está pronto para cortar as árvores pela raiz (Mt 3.10).

Não perca a oportunidade de arrependimento! Talvez os pecadores do mundo, cujos escândalos deploramos se convertam e nos precedam no céu. Jesus disse: “os últimos serão primeiros e os primeiros os ultimos” (Lc 13.30) e recordemos dos ninivitas que ouviram o profeta Jonas e se arrependeram (Lc 11.30).

Todos tem consciência! A consciência mostra que mesmo quem não conhece a Deus, conhece as leis naturais de Deus (Rm 2.14-15). A consciência tanto acusa como defende uma pessoa.

O pecado deixa a consciência pesada, trazendo sentimentos de culpa e ansiedade. Jesus levou o castigo de todos os pecados na cruz (Hb 9.28; 1Pe 3.18). Quem se arrepende de seus pecados não está mais debaixo de condenação:Jesus Cristo ofereceu só um sacrifício para tirar pecados, uma oferta que vale para sempre, e depois sentou-se do lado direito de Deus(Hb 10.12), por isso, cheguemos perto de Deus com um coração sincero e uma fé firme, com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura” (Hb 10.22). Amém!

ERT

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Intimidade exposta!

 21 de agosto 2022

Salmo 50.1-15; Isaias 66.18-23; Hebreus 12.4-24; Lucas 13.22-30

Texto base: Lucas 13.22-30

Tema: Intimidade exposta!

 

O artigo 5 inciso X da CFRB/88 - Princípio da Inviolabilidade descreve que invioláveis são a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral por sua violação.

Ninguém quer ter sua vida íntima vazada nas redes sociais ou motivo de comentários entre as pessoas. Num mundo conectado há uma série de crimes cometidos com respeito a Violação ao Direito à intimidade.

Jesus o advogado e juiz (Sl 50.6, 1Jo 2.1) irá expor a intimidade de cada um por ocasião do juízo. O texto de Lucas 13.22-30 destaca justamente isso.

Jesus percorria as cidades da Galileia e Peréia quando um homem lhe pergunta: “Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.23).

Muitos acreditam que estão salvos por estarem frequentando uma igreja. Jesus afirmará: “Não sei de onde são vocês” (Lc13.27).

Os judeus se diziam salvos por serem descendentes de Abraão e assim pensavam que não havia salvação para os gentios por não serem descendentes de Abraão. Para os judeus, as pessoas que não seguissem à risca os preceitos da lei judaica estavam excluídas automaticamente da salvação. Por isso a pergunta: “Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.23).

A resposta de Jesus: “Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão” (Lc 13.24) é um alerta importante. É como se Jesus dissesse: não se preocupe sobre quantos serão salvos, mas faça o que é possível para ser salvo.

Façam tudo - esforçar – palavra grega (agonizeste) que dá origem ao verbo agonizar – um esforço que demanda toda energia. Dessa forma a resposta de Jesus (Lc 13.24) me faz refletir: eu estou, ou, serei salvo?

O verbo grego agonizeste demonstra que não importa o que perderei nesse mundo (Lc 12.49-53), amigos, familiares. Não importa se serei perseguido, sofra por ser cristão. É necessário permanecer em Jesus. Permaneça na porta estreita.

Está difícil permanecer somente em Jesus nesses dias. Aliás, vivemos dias em que o evangélico se tornou sinônimo do não isso; não aquilo. O evangélico judeu de nossos dias supostamente frequenta uma igreja, exala piedade e assim se auto proclama merecedor das bênçãos de Deus. Muitos supostos evangélicos continuam presos em suas realizações e aguardam a retribuição divina e há os que estão presos a uma ideologia politica como salvadora da pátria. Dessa forma, o verdadeiro esforçar, façam tudo - do qual Jesus destaca foi invertido.

Esforçar significa não deixar de viver a vida de fé - passar pela porta estreita seja qual for a situação (Hb 12). Passar pela porta é estreita significa ter aqui e agora intimidade real com Jesus seja qual for o momento. Essa intimidade é demonstrada na oração em momento de aflição (Sl 50.15) e suportar o sofrimento com louvor (Hb 12.7). A porta estreita pela qual todos, irão passar é o juízo final. Dessa maneira, a resposta de Jesus: “Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão” (Lc 13.24) me faz refletir: eu estou, ou, serei salvo? Em que se baseia minha esperança?

A salvação não é uma questão matemática, geográfica, social, ... Jesus disse que muitos virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus. Esses são os gentios que vêm de todas as raças, tribos, línguas e nações (Ap 5.9).

Antes de concluir as Sagradas Escrituras, Jesus revelou para o apostolo João que “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Ap 22.14).

Para os judeus os gentios eram os últimos e Jesus diz que serão os primeiros. Os judeus com todos os privilégios que desfrutaram, por terem rejeitado o seu Messias virão a ser os últimos.

A salvação está em Jesus. Na sua obra realizada. A salvação está fora de mim e me é concedida gratuitamente pelo poder do Espirito Santo que age pela Palavra de Deus.

A porta continua sendo estreita! Deus não fez nenhuma reforma ampliando a porta ou indicando outra alternativa. A porta ainda é Jesus! Só pela porta que é Jesus atravessaremos a porta estreita do juízo final onde prevalecerá aqueles que viveram ou terminaram suas vidas na fé em Jesus. Nesse grande dia será violada a nossa intimidade com Jesus. Amém!

ERT

Entre lógicas: do mundo e do Reino de Deus! (Lc 16.1-15)

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