Romanos 13.8-10 e Mateus 18.15-20
Tema: A igreja na prática do
perdão!
As
pessoas dizem que o número “treze” é
o número do azar, mas o que poucos perceberam é que exatamente um número treze
é selecionado para o dia do casamento. Quem já não ouviu 1 Coríntios 13 num
casamento. Pode-se ainda relembrar Hebreus 13 e Romanos 13. Todos esses textos
falam da proeminência do amor (mas não leia Apocalipse 13! Sobre a sátira
satânica do governo).
O
autor a carta aos Hebreus, em especial Hb 13, nos espanta com a afirmação de
que quem ama, demonstrando hospitalidade, poderá chegar a receber anjos em sua
casa sem o saber. 1Co 13, fala sobre o amor como sendo óculos pelos quais vemos
o dom do outro. Romanos 13 é inesperado.
O
apóstolo Paulo havia acabado de escrever 11 capítulos, elaborando longos e
detalhados argumentos, citando dezenas de passagens do Antigo Testamento, para
reconceituar a lei dentro da perspectiva da fé. Agora, no capítulo 13, ele
simplesmente resume estes milhares de palavras em sete: “quem ama o próximo cumpre a lei”!
A fé instrui – o amor limita.
A fé liberta – o amor põe barreiras.
Como
uma comunidade de fé, uma comunidade instruída, uma comunidade liberta – vive
esse amor?
A igreja na prática do perdão!
A igreja cristã é a continuação e
presença da pessoa e ação de Jesus. E nesse sentido ela tem uma grande
responsabilidade.
Mateus 18 é o grande capítulo do perdão.
A igreja vive na prática do perdão.
Mateus 18.1-5 traz a pergunta sobre quem é o maior no reino dos céus?
Em Romanos 14 aprendemos que o Reino de
Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito (Rm
14.17).
O maior no reino dos céus é aquele que
serve (Lc 22.26).
Jesus, usa como exemplo uma criança. A
palavra criança pode ser usada para criancinha, como para servo, empregado. A
criança menor de 12 anos e o empregado representava socialmente os pobres e
humildes. O maior no reino dos céus é aquele que serve despretensiosamente.
A igreja na prática do perdão!
Mateus 18.6-9, nos alerta sobre o perigo
dos escanda-los. E um dos escanda-los vivido pela igreja é a falta de perdão ao
irmão faltoso.
Mateus 18.10-14 nos fala sobre o
afastamento do irmão. Você já procurou
saber porque determinado irmão se afastou? Se você foi o responsável, qual foi
a sua atitude? Jesus sente prazer pelo retorno da ovelha perdida.
A
igreja na prática do perdão!
Quando se fala sobre amar o próximo,
buscara a ovelha perdida, cuidar com os escanda-los, é preciso olhar com
carinho as palavras de Jesus em Mateus 18.15-20.
“Se teu irmão pecar”
É
possível não pecar?
Ninguém é perfeito. Nem mesmo dentro da
igreja encontramos alguém sem pecado. Todos somos pecadores. No entanto, a
grande pergunta é: Como agimos com o
irmão, cujo pecado conhecemos?
Você
lembra as palavras do oitavo mandamento? Não dirás falso
testemunho contra o teu próximo.
Deus deseja nos manter com um bom nome.
E é justamente por isso, que seu conselho é: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só” (Mt
18.15).
Mantenha o bom nome do próximo. Não saia
logo contando o pecado que você sabe que o mesmo cometeu. Converse com ele,
pois, se houver arrependimento, você estará fazendo com que o mesmo permaneça
no reino dos céus. “O amor não pratica o
mal contra o próximo” (Rm 14.10).
Para que haja perdão, reconciliação é
necessário arrependimento. E com o objetivo de ganhar o seu irmão faltoso,
Jesus recomenda: converse com ele. Não destrua o seu bom nome. Não o afaste da
igreja.
Se porventura, aquela pessoa não te
ouvir, arrume testemunhas de sua confiança. Pessoas que não irão comentar com
outras e tente novamente ganhar seu irmão. Se não ouvir mesmo assim, leve o
assunto à igreja.
Mas, para que a igreja resolva tudo da
melhor maneira, precisa saber que vive na prática do perdão.
Lembre-se: tenho observado que muitas pessoas se auto excluem. Elas mesmas
supõem que não encontrarão acolhimento e perdão na igreja e assim se excluem.
Tenho
visitado pessoas afastadas da igreja e nessas visitas é unânime a fala: “pastor, eu não vou por enquanto, pois as
pessoas vão me olhar diferente. Eu não sei o que elas vão pensar de mim”.
A prática do perdão precisa ser uma
prática da encarnação de Jesus.
É importante lembrar que essa é a
terceira parte do evangelho de Mateus, Jesus está indo a cruz. "É necessário ..."
Todos os salvos, aqueles que sabem que
são pecadores e que necessitam da misericórdia e do perdão de Jesus, são mais
compreensivos, tolerantes.
No amor não há lugar para o ódio, a
vingança, a exigência, o radicalismo.
A igreja na prática do perdão – perdoa,
para que haja harmonia, paz e tranquilidade.
A igreja na prática do perdão – perdoa,
para que haja mais união (Cl 3.14). Só o amor une – e a maior manifestação de
amor que pode haver é o perdão.
A igreja na prática do perdão – perdoa,
pois só pelo amor há identificação (Jo 13.34,35). Somos diferentes uns dos
outros, mas quando nos amamos e nos perdoamos, parecemos ser iguais.
A igreja na prática do perdão – perdoa,
pois só pelo perdão há comunhão. Onde não há perdão não há comunhão. Pessoas
estão onde se sentem amadas e perdoadas.
A igreja na prática do perdão – perdoa,
pois no perdão há edificação (1Co 8.1).
Deus, ao longo da história tem com seu
povo uma relação de amor e perdão. E esse amor e perdão são as marcas de vida
da igreja. Amém!
Rev. Edson Ronaldo
Tressmann
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