quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A igreja na prática do perdão!

10 de setembro de 2017
14º Domingo após Pentecostes
Sl 32.1-7; Ez 33.7-9; Rm 13.1-10; Mt 18.1-20
Tema: A igreja na prática do perdão!

O que fazer com um pecador que está no pecado?
O antigo testamento apresenta que é necessário persuadi-lo a arrepender-se de sua vida pecaminosa (Lv 19.17; Ez 33.7-9).
De quem é essa tarefa?
Bem, muitos pensam que essa é a tarefa do pastor. Mas, essa missão é daquele que sabe dos pecados que o pecador anda cometendo.
O mundo age na contramão. Milhares de leis são criadas com o objetivo de proteger o indivíduo. No entanto, observando a situação, vê-se que as muitas leis estão apenas permitindo que o pecador continue vivendo em pecado com autorização do estado.
O antigo testamento enfatizou a necessidade de se conversar com o pecador que está vivendo em pecado. O novo testamento também dá ênfase nessa conversa (Mt 18.15; Lc 17.3; Gl 6.1).
A igreja na prática do perdão!
1 – Falando em particular
A missão de cada cristão precisa ser: conduzir meu próximo ao arrependimento e a Cristo.
Mostrar ao pecador o seu pecado não tem o objetivo de destruí-lo, pelo contrário, o objetivo é alertá-lo e auxiliá-lo para que viva. Cada cristão precisa ter em mente o objetivo do bom pastor Jesus, ganhar o irmão perdido.
Há pessoas que caminham, mas só se dão conta que estão no caminho errado quando alguém próximo lhe alerta. O mesmo se dá na situação do pecador em pecado. Muitos só irão saber que estão no pecado se alguém próximo lhes falar.
Disse Jesus: “Amarás o teu próximo, como você ama a si mesmo” (Mt 22.39). Assim sendo, se você estivesse no erro, gostaria de ser exortado? De que maneira? Jesus nos anima a proceder: “porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Mt 18.11).
Quando se vai em busca do pecador desviado em seu pecado, o objetivo é apenas um, “colocar o pecador frente a frente com seu pecado para leva-lo ao arrependimento” (1Co 14.24-25; Ap 3.19). A igreja não pode se apressar em excomungar o pecador que está envolvido em pecado. A igreja não foi enviada para julgar, e nem se livrar do irmão faltoso.
A igreja na prática do perdão!
2 – Conversando com a igreja
A palavra “igreja” aparece no evangelho de Mateus apenas duas vezes. Em Mateus 18.17 e 16.18. A expressão “dize-o à igreja” é muito forte e impactante.
Com essas palavras, Jesus não tinha por objetivo tornar público o pecado para desmoralizar o pecador. A igreja conforme o Novo Testamento significa comunidade dos crentes em Jesus. Essa comunidade só é santa por ter sido chamada por Jesus, por ter sido santificada por Cristo, vivificada pelo Espírito Santo. A igreja é o povo santo.
Dize-o à igreja”, ou seja, diga aqueles que depositam sua confiança em Cristo e esperam receber apenas dele a justiça e a salvação. Todos aqueles que estão reunidos como perdoados em Cristo perdoam, “...tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18.18). Como disse Lutero, “a igreja está repleta de perdão dos pecados”.
Viver a prática do perdão é a característica do cristão e da igreja. Para a prática do amor Jesus dá três passos para a busca e o resgate do pecador desviado em seu pecado. A fé atua movida pelo amor (Rm 13.8-10).
O pecador em pecado é alvo do amor de Deus, amor esse vivido e praticado entre os irmãos na fé.
Lembre-se: Mateus 18 15-20 não é um texto que mostra os três passos para excomunhão do pecador. O texto mostra três atitudes de amor para resgatar o pecador. A verdade é que a igreja vive na prática do perdão! Amém!


Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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