terça-feira, 23 de abril de 2019

Igreja, luz do mundo


Salmo 148; Atos 5.12-20; Apocalipse 1.4-18; João 20.19-31
Texto: Apocalipse 1.4-18
Tema: Igreja, luz do mundo. Ap 1.13; Jo 20.19-31

Enviar cartas é um costume que caiu em desuso. As pessoas não enviam e nem sequer recebem mais cartas.
Apocalipse é uma carta enviada da parte daquele que morreu e ressuscitou para sua igreja. E que bela carta recebemos. Vamos estudar uma parte dessa carta.

Alguns temas sugeridos:
O Pai e o Espírito Santo Falam à igreja.
O Regente Absoluto
Quem é Jesus Cristo?
Sacerdotes de Deus
A volta de Cristo e sua conseqüência.
Olhem! Não sejam distraídos. V.7
Permanecer debaixo da cruz, v.9
Domingo – Dia do Senhor.
Igreja, luz do mundo. V.13 – Jo 20.19-31
Informações para estudo:
         João envia a carta as SETE igrejas da Ásia. Hoje a região da Ásia é a Turquia, foi a essas igrejas que João enviou o primeiro exemplar de sua carta. O número SETE significa “todas.” João ao enviar seu primeiro exemplar as igrejas da Ásia, enviava também a todas as igrejas do mundo, pois apocalipse é a revelação, é a revelação dos mistérios de Deus que atingem a história da igreja de Cristo aqui na terra até o último dia, e a igreja de Cristo está no mundo todo.
         João saúda a igreja com a graça e a paz da parte de Deus, aquele que é, que era e que há de vir. Interessante observar que João usa o nome de Deus revelado a Moisés no monte Sinai, quando Deus chamou Moisés para libertar o povo, “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU” (Ex 3.14). É o mesmo Deus, Deus não muda, seu nome dura para sempre, Sl 102.27; 90.2.
           da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono” – Aqui os SETE ESPÍRITOS significa o ESPÍRITO SANTO. Isso não é invenção do apóstolo João, Salomão já se referia ao Espírito Santo assim, Pv 9.1A Sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas” e também o profeta Zacarias se referia ao Espírito Santo, “Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra, num só dia.
         João está afirmando que está revelação é dada por Deus, o mesmo Deus que libertou o povo da escravidão do Egito e esta revelação é da parte do Espírito Santo. É Deus Pai e Espírito Santo falando a igreja. E ao dizer que estão diante do seu trono – João quer enfatizar que Deus é o regente absoluto. Dele é o poder, está no trono e todos ao seu redor.
         Não está faltando nada? Sim! Não se falou de Jesus. Então vamos ler o v. 5.
         Esperem aí! Foi falado em nome do Pai e do Espírito Santo. Porque Jesus veio em terceiro? Se olharmos em outras passagens bíblicas, Jesus aparece em segundo. Jesus aparece em terceiro porque a seguir segue uma descrição detalhada do Filho de Deus. João não quer confundir o leitor, por isso, fala em Jesus por último para seguir uma descrição detalhada do Filho de Deus. João coloca Jesus em terceiro para seguir a descrição daquele que é o centro das revelações desse livro, Is 61. 1 – 2; Mt 13. 53 – 57. João está falando do Jesus prometido no AT e que viveu no NT.
         João começa a descrever Jesus como a) – a testemunha fiel – no v. 2 já foi dito que João está falando da verdade revelada por Jesus Cristo. O próprio apóstolo João foi testemunha ocular de Jesus e já em seu evangelho anuncia Jesus como a testemunha fiel, Jo 3.11; 3. 31 - 32; 8.14; 18.37; Ap 3.14. João continua descrevendo a pessoa de Jesus e diz b) -  Ele é o primeiro Filho, que foi ressuscitado – Cl 1. 15 – 18; 1Co 15.20; Jo 11. 25 – 26; 11.40 – 42; Rm 6. 8 – 9. E continua c) -  e que governa os reis do mundo inteiro – é rei dos reis. Cristo é Senhor da igreja, Rm 14.9.
         Jesus é o dono do destino das nações, é rei dos reis.
         João está anunciando a vitória de Jesus Cristo sobre todas as forças do mal. Ele é profeta, sacerdote e rei
         João continua consolando a igreja dizendo que Cristo nos ama – Jo 14.24; 14.9; Rm 5.8; e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados – O pecado nos tornou escravos do diabo. E Deus que nos criou se ele nos quisesse por filhos novamente à sua imagem, precisaria nos redimir, Jo 8.34; Rm 16.23; 1Jo 1.7.
         João ainda diz que Jesus por sua morte, nos dá perdão e salvação. Sendo assim, cada cristão agora é um sacerdote, chamado a oferecer sacrifício. Precisamos lembrar que no AT os sacrifícios eram estipulados de acordo com o pecado, um pombo, um cordeiro, etc. Mas, sendo Cristo o sacrifício perfeito, tendo saciado a ira de Deus, nós agora como cristãos somos chamados a oferecer sacrifícios da nova aliança, arrependimento de coração, orações, agradecimentos, vida dedicada ao serviço de Deus. Isso não é um dever, é resposta ao amor de Deus em Cristo por nós, Rm 12.1; 1Pe 2.5.
          Esse é o tema geral do livro: A volta de Cristo e sua conseqüência.
         Olhem! Na outra tradução é eis – quando aparece a expressão eis, ou olhem que é o caso da NTLH, coisas extraordinárias serão relatadas. Um meio de chamar a atenção para aquilo que será lido ou ouvido adiante.
         Assim como Jesus subiu aos céus, ele descerá At 1.11; 1Ts 4.16 – 17. Todas as pessoas, de todas as nações estarão diante dele, até mesmo os que o transpassaram pelos pregos e pela lança. Por ser esse o anuncio, a volta de Cristo é que João diz logo no v. 1 “Feliz quem lê este livro, e felizes aqueles que ouvem as palavras desta mensagem profética e obedecem ao que está escrito neste livro!” Quem estiver vigilante, firme na fé, nas Escrituras esse não precisa temer a volta, pois Cristo o levará para o lar eterno. Mas, João diz ao outro grupo. Grupo dos perdidos – todos chorarão – é um verbo grego que significa bater. Ou seja, esse grupo como é costume até hoje, baterá no peito em sinal de desespero Mt 24.30.
         O amém no final do versículo indica que não há reversão, será assim.
         Deus é o autor da História. Ele é o autor dos acontecimentos narrados neste livro. Ele o primeiro e o último, principio e fim, Cl 1.16-17; Jo 1.1-14. Deus é eterno e único, Ex 20.2-3; Is 44.6; Hb 13.8.
         Diz João, Deus é o todo poderoso -  o termo PantoKrator – Pás – tudo, todo; Kratos – poder. Ele tem a autoridade absoluta e o poder de exercer essa autoridade em todos os eventos e acontecimentos. Ele é vitorioso. E assim a igreja também é, não precisa temer a perseguição.
Aplicação dos primeiros 8 versículos na minha vida
         O livro causa medo a muitas pessoas. Mas quando estudamos a fundo, vemos que está falando do Cristo vencedor. Como vencedor subiu ao céu e de lá voltará. Esse Cristo vencedor é autor da história, ele está em todos os acontecimentos. Convida os leitores e ouvintes a permanecerem fiéis a palavra, na mensagem de salvação. A palavra de Deus não muda, ela sempre foi e é a mesma, confiar nesta palavra é a base da nossa vida.
         Ninguém sabe o dia e a hora, permaneçamos fiéis a Cristo pela palavra. O final dos tempos não deve nos causar medo, mas consolo, pois quem está em Cristo o verá descendo em poder e glória e subirá com Cristo majestosamente. Jesus nos amou a ponto de dar sua vida por nós, morreu na cruz pelos nossos pecados. Essa a mensagem que me anima, conforta e consola.
         Os desastres da natureza nos assustam. Por quê? O medo faz parte da nossa natureza pecaminosa. Mas no livro de Apocalipse Deus quer nos dar a certeza da salvação em Jesus, e assim quer nos afastar da insegurança e nos assegurar que não importa o que aconteça, estamos a salvo. Amém!
a) – Onde estava João, quando recebeu a revelação de Deus? Por que estava lá?
         Naquele período o imperador era adorado, e João e os cristãos que não faziam isso, acabaram sendo presos e eram perseguidos, muitos até a morte. João foi mandado a Patmos, pois ele era testemunha de Jesus, conheceu Jesus, viveu com Jesus, andou e aprendeu com Jesus. Era uma ameaça para o império romano.
         João fala sobre agüentar o sofrimento – o sofrimento acompanha o cristão, cada um de uma forma pessoal, Mt 5.11-12; At. 14.22; Tg 1.2-3. O apóstolo João fala em suportar o sofrimento com paciência – Hypomone” Hypo – debaixo, Meno – ficar. Sabemos que a paciência é uma virtude cristã, um fruto do Espírito Santo. Mas, o apóstolo João aqui no v.9 de Ap está querendo nos transmitir a idéia de carregar a cruz, ficar embaixo, permanecer. Não importa qual seja a nossa cruz, João está anunciando permaneçam embaixo, carreguem a  cruz, com lágrimas nos olhos, mas com o canto da vitória no coração, Mt 10.22; Ap 2.10; Rm 5. 3-5. Em breves palavras João está dizendo, eu anuncio a palavra de Deus, fui preso por causa dela, mas carrego a cruz de Cristo, pois sei que em Cristo sou vencedor.
         Por que João estava preso em Patmos? Por pregar a palavra de Deus. Interessante notar que a ilha de Patmos, uma ilha vulcânica, árida e rochosa, hoje é uma ilha de pescadores. Nessa ilha tem um monte que dá se ver toda a Ásia Menor (turquia) onde se encontravam as igrejas a quem João escrevia.  
b) – O que o apóstolo João quer dizer com “No dia do Senhor fui dominado pelo Espírito de Deus”?      Na época do apóstolo João, a expressão “dia do Senhor” – era usada para o domingo.  E só aparece aqui no NT. Domingo o Primeiro dia da Semana. No Império Romano, que era quem dominava os povos naquela época, esse dia, era dedicado ao Imperador.
         Foi no dia do Senhor – num domingo que Deus se revelou a João. E ao dizer “dominado pelo Espírito.” Quer dizer que João não estava num estado mental e espiritual fora do comum, mas estava lúcido. Para entender melhor vamos ler At 10.10; 2Co 12.1-4; João foi levado em espírito para além das limitações do entendimento humano. Deus se revela como quer e de várias formas. Sonhos, Gn 40.5; 41.1; 1Rs 3.5; Dn 2.1; Mt 2.12; At 15.9. Mas aqui em Ap João estava acordado e com plenos poderes de raciocinar. João estava consciente daquilo que ouviu e viu.
Interessante que em português – Domingo também significa dia do Senhor. Esse é o dia em que os cristãos se reúnem para adorar o Senhor, para ouvir sua palavra e receber a Santa Ceia (1Co 16.2; At 20.7) É o dia em que lembramos a ressurreição de Jesus, Mt 28.1.
         O anjo disse: escreva num livro o que você vai ver. Somente o que ver. Nenhum acréscimo, Ap 22.18-19. O termo escrever – aparece 12 vezes em Ap, e denota uma ação instantânea. João escreveu as visões assim como e quando as recebeu. Não foi tudo em um dia. E vejam só, é importante lembrar que em todo o NT só aqui temos a ordem direta de Deus para escrever. Livro aqui se refere ao papiro, a casca interior da planta de papiro. O livro de Ap são 5 metros de papiro.
         mande esse livro às igrejas – o mensageiro levaria o rolo às igrejas, uma após outra, Cl 4.16. O que João quer frisar aqui é o roteiro das cartas. Capital, a maior das sete cidades, Éfeso. Depois o norte, Esmirna, Pérgamo. Sudeste, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia. Todos os cantos, todas as igrejas.
         Éfeso – João morou lá, mais ou menos 30 anos. Conhecia pessoalmente cada membro, conhecia seus problemas, suas fraquezas, vitórias e derrotas.
         Esmirna – uma congregação que estava sofrendo, mas na graça de Cristo, ao mesmo tempo vencendo. Não recebe nenhuma repreensão.
         Pérgamo – uma igreja numa cidade rica, já viu a morte de um mártir, morreu por sustentar a fé cristã. Ap 2.13.
         Tiatira – Cidade de Lídia, o primeiro fruto missionário da Europa, onde em Filipos depois de ser batizada, dava hospedagem a Paulo, Silas e Timóteo, At 16.11-15.
         Sardes – igreja sob fortes pressões, tensões e tentações. Os poucos fiéis necessitavam de muito encorajamento espiritual.
         Filadélfia – desde que recebeu a carta, serviu de modelo de uma congregação de pouca força, porém de profunda fidelidade.
         Laodicéia – uma igreja abastada de bens terrenos, porém pobre espiritualmente e à beira de se perder completamente.
João não viu o anjo, o anjo não é o importante, ele viu um grande quadro.
         Vemos nesses vs. que Jesus aparece a João de uma forma gloriosa, semelhante ao dia da Transfiguração, João se lembra, pois estava presente nesse acontecimento (Mt 17.1-2). Os vs 13-16, mostram de que forma era Jesus: Santo e poderoso.
         João vê 7 candelabros de ouro. Ouro é o metal mais precioso da época, brilhava na luz com teu esplendor. O v. 20 diz que os candelabros representam as igrejas aqui na terra. A igreja é o candelabro do mundo, brilha, irradia para todas as pessoas. A igreja mantém a luz acessa na escuridão deste mundo em trevas, mediante a pregação da palavra de Deus. Os cristãos, cada um em seu ambiente, são como “luzeiros do mundo” anunciando palavras de vida, Fp 2.15-16.
         Cristo está no meio da igreja, andando, agindo na e por meio da igreja aqui na terra. Dessa maneira, pela presença de Cristo, os cristãos se tornam “luz do mundo” Mt 5.14, se tomamos a sério as palavras do salmista, Sl 119.105.
         É importante lembrar que os candelabros não foram o essencial dessa visão. Eles simplesmente formaram a moldura brilhante do quadro majestoso. “No meio deles estava um ser parecido com um homem” – essa era a intenção da visão, mostrar a João, a fim de que ele soubesse que não era um sonho fantástico, mas era uma realidade, claro que uma realidade sobrenatural. É uma réplica da visão do profeta Daniel, Dn 10.5-6. João sabia que era o filho de Deus que lhe aparecia, Mt 10.23; 11.19; 12.8; 13.37; 16.27; 19.28; 23.30; 25.31; 26.24.
         Depois de identificar o revelador, Jesus, João acrescenta que Jesus estava no meio deles, no meio da igreja. Cristo é o centro da igreja, ele age em favor da igreja. Depois escreve “vestindo uma roupa que chegava até os pés e com uma faixa de ouro em volta do peito” – ou seja, vestido com poderes. Poús – pé, aro estender, vestido que se estendia até os pés. Ex 28.4; 29.5; Ez 9.2, 11. E ainda “com uma faixa de ouro em volta do peito” – significa estar em serviço, Ap 15.6. A diferença é marcante, no AT o cinto do sacerdote é parcialmente de ouro, Ex 28.8; 39.5. Enquanto que o cinto de Cristo na figura é feita de ouro puro.  Isso significa que Jesus está acima de todos os sumos sacerdotes.
         Essa imagem mostrada a João representa dignidade, majestade, glória, Cristo rei dos reis, salvador dos que são teus, aparece como sumo sacerdote que faz sacrifício de si mesmo. Agora o apóstolo João vai continuar descrevendo a pessoa que lhe apareceu.
         João descreve a pessoa que lhe apareceu “semelhante a filho de homem.” João fala de sua cabeça, seus cabelos, seus olhos, seus pés e sua voz. O profeta Daniel, (Dn 7.9, 13), descreve o ancião de dias enquanto que o apóstolo João vê o filho do homem. Se compararmos Daniel e Apocalipse, veremos a manifestação visível e palpável do próprio Deus aqui na terra, como verdadeiro homem em Jesus, sumo sacerdote e cordeiro imolado.
         Os seus cabelos eram brancos como a lã ou como a neve – significa santidade e pureza absoluta, Is 1.18.
         e os seus olhos eram brilhantes como o fogo – Em Daniel temos uma visão parecida, Dn 10.5,6. Tanto Daniel como João descrevem o poder onisciente de Jesus. Nada pode ficar escondido dele. Fogo – na Bíblia, designa em geral a ira de Deus. Perante os olhos penetrantes de Jesus não se pode esconder pecado algum.
         O apóstolo João tem uma visão semelhante a Daniel (2.31-45), onde diz que Deus permanecerá para sempre, nenhuma força será capaz de derrubá-lo, e quando por os pés em cima de qualquer inimigo, este não terá possibilidade de escape, será consumido pelo fogo da sua ira.
         e a sua voz parecia o barulho de uma grande cachoeira – No v.10, João descreveu a voz como um som de trombeta. Esse sinal de alerta fez ele olhar. Agora, viu aquela figura majestosa do filho do homem, descrita até agora segundo sua cabeça, seus cabelos, seus olhos e pés. Por último descreve sua voz que é diferente daquela que ouviu no inicio. A voz do “semelhante a filho de homem” era ainda mais irresistível do que a alerta, é descrita como estrondo de muitas águas. Assim como não se pode silenciar o som de uma grande queda de água, de cataratas ou onda do mar, (quem já esteve na praia sabe que o barulho é constante), assim não se pode silenciar a voz daquele que estava no trono. Vemos essa mesma figura no profeta Ezequiel, (Ez 1.24; 43.2; Ap 14.2; 19.6; Dn 10.6).
         Depois de descrever o o vestido, sua pessoa, João agora segue uma descrição do instrumento que está na mão do “Filho do homem.
         Na mão direita ele segurava sete estrelas – mão direita aqui e em muitas outras passagens simboliza o poder majestoso com que tem até o firmamento em suas mãos, Jó 38.31; Is 40.12. Aqui não se trata das estrelas do firmamento, mas sim dos “anjos das sete igrejas” v.20. Portanto, dos mensageiros de Deus, dos pastores das congregações e seus bispos. Lembra o profeta Daniel, Dn 12.3. As sete estrelas, isso é, os bispos das sete igrejas são distinguidos das suas igrejas que são simbolizadas na figura dos sete candeeiros. Nas cartas, dirigidas as igrejas, os seus bispos são responsáveis pela condição espiritual de suas igrejas. As sete estrelas se acham na mão direita do Filho do Homem. Esse fato tem um profundo significado para o exercício do ministério, de um lado, somos imbuídos da autoridade e do poder do Senhor. Mas o poder que se tem não propriamente do pastor, ele vem do Senhor e fica. Ainda, só podemos exercer esse poder enquanto estivermos na mão direita do Senhor. Aqui podemos observar o seguinte – os ministros são estrelas, não luzes feitas por homens ou fogo fátuo; são estrelas – não capachos nos quais homens podem pisar e limpar seus pés; são estrelas imutáveis -  não gente às quais falta o fôlego no constante correr atrás de mudanças dessa terra.
         Estar na mão direita de Deus é um consolo, pois Cristo declara que ninguém irá arrebatar de sua mãos suas ovelhas. Certamente não há força na terra que pode arrebatar da mão do glorioso Senhor as estrelas que ele tem na sua mão direita. 
         e da sua boca saia uma espada afiada dos dois lados – essa visão tem raízes no AT. Simboliza a palavra de Deus que “sai da boca” do Senhor. Várias passagens do NT aplicam a figura à palavra de Deus, Ef 6.17; Hb 4.12; Ap 19.15. A imagem, portanto, mostra o Filho do Homem como aquele que profere a sentença do juízo Final.
         uma espada afiada dos dois lados – literalmente – duas bocas. Fora Lc 2.35, o termo espada ocorre somente em Apocalipse, 2.12,16; 6.8; 19.15,21. A figura não é estranha, pois a espada dos romanos usada pelas tropas, tinha a forma de uma língua. Mas o que dá forma é o termo “afiada.” Pela vontade de Deus, a sua palavra corta Hb 4.12, fere os seus inimigos, especialmente quando o filho do homem profere sua sentença final.
         O seu rosto brilhava como o sol do meio dia – Na transfiguração de Jesus, o rosto de Jesus resplandecia como o sol, Mt 17.2. Aqui João vê a glória completa do Senhor. A figura do sol não era suficiente para descrever essa glória. Era como o sol em sua força total. Nenhum homem pecador pode olhar párea a glória de Deus sem ser profundamente atingido. E foi isso que aconteceu a João.
         O profeta Ezequiel teve uma reação semelhante, Ez 1.28. A glória do Senhor Ressuscitado, já que ele o havia visto humilhado, morto e sepultado, o derrubaram. João teve medo, mas no sentido de uma reverência profunda. Essa reação mostra que João não estava fora de seu estado normal quando escreveu Apocalipse. O Senhor da igreja tem uma mensagem a transmitir, ele não quer só pessoas deitadas lhe adorando. Por isso, levanta seu servo e fim de colocá-lo em ação.
Os vs 17-18, fala da morte e ressurreição de Jesus. Não resta dúvida: é o mesmo, Jesus, o mestre, que havia andado com os discípulos três anos. Ele, agora, se apresenta vitorioso sobre a morte e todos os poderes do mal. Essa é a mensagem de consolo aos cristãos que estavam vivendo num mundo ameaçador, perseguidos pelos romanos. Diante dessa mensagem podemos olhar para a nossa vida com realismo, sabendo que o nosso Senhor é vencedor e, com ele, também nós o somos. Neste mundo estamos sujeitos a tentações, dores e fraquezas. Mas em Cristo temos uma promessa graciosa.
d) – Há algo de importante na posição das estrelas e dos candelabros, na visão que João teve?
         No v. 20 vemos Jesus explicando que os candelabros representam as SETE igrejas a quem o livro foi dirigido inicialmente. Mas precisamos nos lembrar que SETE significa TODAS. SETE representa algo completo, é o número da igreja de Cristo, que está espalhada pelo mundo inteiro. Essa visão mostra que Cristo está no meio das igrejas. Jesus é aquele que está conosco, nós que somos sua igreja hoje. Jesus prometeu isso, Mt 18.20; 28.20). Nós, a igreja, somos os candelabros, ou seja, o castiçal usado para colocar luminárias, velas. A igreja, que tem Jesus em seu meio por palavra e sacramentos, é luz para o mundo, Mt 5.14. A igreja por sua essência é missionária. A Igreja que não é missionária pode fechar suas portas.
         As SETE ESTRELAS representam os “anjos das sete igrejas.” A palavra anjo, na Bíblia, pode se referir a seres espirituais, (anjo Gabriel); mas também pode significar mensageiro, referindo-se assim a uma pessoa que Deus coloca como seu mensageiro. Nesse texto, bem como nos cap. 2-3, a palavra anjo se refere aos pastores, mensageiros da palavra nas suas respectivas congregações.  Os “SETE ANJOS” são, portanto o ministério da palavra. Cristo tem o ministério da palavra em sua mão direita, o ministério pertence a Jesus. Nem ao pastor, nem a congregação, o ministério pertence a Cristo. Ele instituiu o ministério e o envia, dá a igreja, para proclamar o evangelho e administrar os sacramentos.
         Nesses vs temos então uma visão de Jesus Cristo em aspectos importantes: 1) – Sua glória, majestade, santidade; 2) – Sua graça (ao vir carinhosamente para junto dos seus); 3) – a verdade da sua morte e ressurreição, que nos garante ser ele o Senhor vitorioso; 4) – Sua ligação com sua igreja e com o ministério pastoral.
Mensagem
         Felizmente, vivemos num país onde podemos confessar nossa fé livremente. Ainda hoje, em muitos países, não há liberdade religiosa. (Procurar no ML). Paises como a China, etc. Hoje existem outras perseguições. Quais? Zombaria, desrespeito, critica, falso testemunho da igreja, etc.
         Assim como na época do apóstolo João nos reunimos no dia do Senhor para adorar a Deus, receber dele perdão dos pecados, fortalecimento da fé. Como é agradável podermos a cada domingo, sábado, quarta estudar a palavra de Deus, meditar nela, crescer na fé, no amor. Como é bom ser alimentado na Santa Ceia.
         Jesus Cristo ainda continua sendo o santo e poderoso. Em meio às tentações da nossa carne, do mundo e do diabo, Cristo está no meio da sua igreja. Ele age na igreja, ele é o centro da igreja. Ele é a estrela, nós, pessoas perdoadas por Cristo somos o candelabro, somos luz para o mundo. Nosso brilho precisa ofuscar nas pessoas para que elas possam se tornar luz para outros.
         Esses vs. além de nos apresentar de uma forma muito bonita o Cristo vencedor da morte, além de nos transmitir uma bonita mensagem de que nós também somos vencedores, ele está nos apontando para a emergência da missão. De sermos luz, sal, par este mundo hostil. Precisamos nos despertar para a missão de Deus, salvar pessoas. Indicar as pessoas o Cristo vencedor, o Cristo ressuscitado. Pois só em Cristo há salvação, só em Cristo há perdão, só em Cristo nós podemos ser luz para o mundo e apontar para a verdadeira luz que é Cristo. Deus nos abençoe. Amém!
Resumo
a)    – Onde estava João, quando recebeu a revelação de Deus? Por que estava lá?
João foi mandado a Patmos, pois ele era testemunha de Jesus. Naquele período o imperador era adorado, e João e os cristãos que não faziam isso, acabaram sendo presos e eram perseguidos, muitos até a morte.
b)   – O que o apóstolo João quer dizer com “achei-me no espírito, no dia do Senhor”?
Na época do apóstolo João, a expressão “dia do Senhor” – era usada para o domingo.
c)    – Que parte no texto nos deixa claro que quem fala com João é Jesus mesmo?
Os vs 13-16.
d)   – Há algo de importante na posição das estrelas e dos candelabros, na visão que João teve?
No v. 20 vemos Jesus explicando que os candelabros representam as SETE igrejas a quem o livro foi dirigido inicialmente. Essa visão mostra que Cristo está no meio das igrejas. Jesus é aquele que está conosco, nós que somos sua igreja hoje. Jesus prometeu isso, Mt 18.20; 28.20). Nós, a igreja, somos os candelabros, ou seja, o castiçal usado para colocar luminárias, velas. A igreja, que tem Jesus em seu meio por palavra e sacramentos, é luz para o mundo, Mt 5.14. A igreja por sua essência é missionária. A Igreja que não é missionária pode fechar suas portas.
         As SETE ESTRELAS representam os “anjos das sete igrejas.” A palavra anjo, na Bíblia, pode se referir a seres espirituais, (anjo Gabriel); mas também pode significar mensageiro, referindo-se assim a uma pessoa que Deus coloca como seu mensageiro. Nesse texto, bem como nos cap. 2-3, a palavra anjo se refere aos pastores, mensageiros da palavra nas suas respectivas congregações.  Os “SETE ANJOS” são, portanto o ministério da palavra. Cristo tem o ministério da palavra em sua mão direita, o ministério pertence a Jesus. Nem ao pastor, nem a congregação, o ministério pertence a Cristo. Ele instituiu o ministério e o envia, dá a igreja, para proclamar o evangelho e administrar os sacramentos.
Mensagem
         Felizmente, vivemos num país onde podemos confessar nossa fé livremente. Ainda hoje, em muitos países, não há liberdade religiosa. Paises como a China, etc. Hoje existem outras perseguições. Quais? Zombaria, desrespeito, crítica, falso testemunho da igreja, etc.
         Assim como na época do apóstolo João nos reunimos no dia do Senhor para adorar a Deus, receber dele perdão dos pecados, fortalecimento da fé. Como é agradável podermos a cada domingo, sábado, quarta estudar a palavra de Deus, meditar nela, crescer na fé, no amor. Como é bom ser alimentado na Santa Ceia.
         Jesus Cristo ainda continua sendo o santo e poderoso. Em meio as tentações da nossa carne, do mundo e do diabo, Cristo está no meio da sua igreja. Ele age na igreja, ele é o centro da igreja. Ele é a estrela, nós, pessoas perdoadas por Cristo somos o candelabro, somos luz para o mundo. Nosso brilho precisa ofuscar nas pessoas para que elas possam se tornar luz para outros.
         Esses versículos além de nos apresentar de uma forma muito bonita o Cristo vencedor da morte, além de nos transmitir uma bonita mensagem de que nós também somos vencedores, ele está nos apontando para a emergência da missão. De sermos luz, sal, par este mundo hostil. Precisamos nos despertar para a missão de Deus, salvar pessoas. Indicar as pessoas o Cristo vencedor, o Cristo ressuscitado. Pois só em Cristo há salvação, só em Cristo há perdão, só em Cristo nós podemos ser luz para o mundo e apontar para a verdadeira luz que é Cristo. Deus nos abençoe. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

ROTTMANN. Johannes. Vem, Senhor Jesus - Apocalipse de S. João. Ed. Concórdia. Porto Alegre, RS, 1993.

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