Salmo 148; Atos 5.12-20; Apocalipse 1.4-18; João 20.19-31
Texto:
Apocalipse 1.4-18
Tema: Igreja,
luz do mundo. Ap 1.13; Jo 20.19-31
Enviar cartas é um costume que caiu
em desuso. As pessoas não enviam e nem sequer recebem mais cartas.
Apocalipse é uma carta enviada da
parte daquele que morreu e ressuscitou para sua igreja. E que bela carta recebemos. Vamos estudar uma parte dessa carta.
Alguns temas sugeridos:
O Pai e o Espírito Santo Falam à
igreja.
O Regente Absoluto
Quem é Jesus Cristo?
Sacerdotes de Deus
A volta de Cristo e sua conseqüência.
Olhem! Não sejam distraídos. V.7
Permanecer debaixo da cruz, v.9
Domingo – Dia do Senhor.
Igreja, luz do mundo. V.13 – Jo
20.19-31
Informações para estudo:
João
envia a carta as SETE igrejas da Ásia. Hoje a região da Ásia é a Turquia, foi a
essas igrejas que João enviou o primeiro exemplar de sua carta. O número SETE significa “todas.” João ao enviar
seu primeiro exemplar as igrejas da Ásia, enviava também a todas as igrejas do
mundo, pois apocalipse é a revelação, é a revelação dos mistérios de Deus que
atingem a história da igreja de Cristo aqui na terra até o último dia, e a
igreja de Cristo está no mundo todo.
João
saúda a igreja com a graça e a paz da parte
de Deus, aquele que é, que era e que há de vir. Interessante observar que
João usa o nome de Deus revelado a Moisés no monte Sinai, quando Deus chamou
Moisés para libertar o povo, “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU”
(Ex 3.14). É o mesmo Deus, Deus não muda, seu nome dura para sempre, Sl
102.27; 90.2.
“da parte dos sete espíritos que estão diante
do seu trono” – Aqui os SETE ESPÍRITOS significa o ESPÍRITO SANTO. Isso
não é invenção do apóstolo João, Salomão já se referia ao Espírito Santo assim,
Pv 9.1 “A Sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas” e
também o profeta Zacarias se referia ao Espírito Santo, “Porque eis aqui a pedra que pus
diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a
sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra,
num só dia.”
João
está afirmando que está revelação é dada por Deus, o mesmo Deus que
libertou o povo da escravidão do Egito e esta revelação é da parte do Espírito
Santo. É Deus Pai e Espírito Santo falando a igreja. E ao dizer que estão diante do seu trono – João quer
enfatizar que Deus é o regente absoluto. Dele é o poder, está no trono e
todos ao seu redor.
Não está faltando nada? Sim! Não se
falou de Jesus. Então vamos ler o v. 5.
Esperem
aí! Foi falado em nome do Pai e do Espírito Santo. Porque Jesus veio em terceiro? Se olharmos em outras passagens
bíblicas, Jesus aparece em segundo. Jesus aparece em terceiro porque a seguir
segue uma descrição detalhada do Filho de Deus. João não quer confundir o
leitor, por isso, fala em Jesus por último para seguir uma descrição detalhada
do Filho de Deus. João coloca Jesus em terceiro para seguir a descrição
daquele que é o centro das revelações desse livro, Is 61. 1 – 2; Mt 13. 53 –
57. João está falando do Jesus prometido no AT e que viveu no NT.
João
começa a descrever Jesus como a) – a
testemunha fiel – no v. 2 já foi dito que João está falando da verdade revelada por Jesus Cristo.
O próprio apóstolo João foi testemunha ocular de Jesus e já em seu evangelho
anuncia Jesus como a testemunha fiel, Jo 3.11; 3. 31 - 32; 8.14; 18.37; Ap
3.14. João continua descrevendo a pessoa de Jesus e diz b) - Ele é o primeiro Filho, que foi ressuscitado – Cl 1. 15 – 18;
1Co 15.20; Jo 11. 25 – 26; 11.40 – 42; Rm 6. 8 – 9. E continua c) -
e que governa os reis do mundo inteiro – é rei dos reis. Cristo é
Senhor da igreja, Rm 14.9.
Jesus
é o dono do destino das nações, é rei dos reis.
João
está anunciando a vitória de Jesus Cristo sobre todas as forças do mal. Ele é
profeta, sacerdote e rei
João
continua consolando a igreja dizendo que Cristo
nos ama – Jo 14.24; 14.9; Rm 5.8; e pela
sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados – O pecado nos tornou
escravos do diabo. E Deus que nos criou se ele nos quisesse por filhos
novamente à sua imagem, precisaria nos redimir, Jo 8.34; Rm 16.23; 1Jo 1.7.
João
ainda diz que Jesus por sua morte, nos dá perdão e salvação. Sendo assim, cada
cristão agora é um sacerdote, chamado a oferecer sacrifício. Precisamos lembrar
que no AT os sacrifícios eram estipulados de acordo com o pecado, um pombo, um
cordeiro, etc. Mas, sendo Cristo o sacrifício perfeito, tendo saciado a ira de
Deus, nós agora como cristãos somos chamados a oferecer sacrifícios da nova
aliança, arrependimento de coração, orações, agradecimentos, vida dedicada ao
serviço de Deus. Isso não é um dever, é resposta ao amor de Deus em Cristo
por nós, Rm 12.1; 1Pe 2.5.
Esse é o tema geral do livro: A volta de Cristo e sua conseqüência.
Olhem!
Na outra tradução é eis – quando
aparece a expressão eis, ou olhem que é o caso da NTLH, coisas extraordinárias
serão relatadas. Um meio de chamar a atenção para aquilo que será lido ou
ouvido adiante.
Assim
como Jesus subiu aos céus, ele descerá At 1.11; 1Ts 4.16 – 17. Todas as
pessoas, de todas as nações estarão diante dele, até mesmo os que o
transpassaram pelos pregos e pela lança. Por ser esse o anuncio, a volta de
Cristo é que João diz logo no v. 1 “Feliz quem lê este livro, e felizes aqueles
que ouvem as palavras desta mensagem profética e obedecem ao que está escrito
neste livro!” Quem estiver vigilante, firme na fé, nas Escrituras esse
não precisa temer a volta, pois Cristo o levará para o lar eterno. Mas, João
diz ao outro grupo. Grupo dos perdidos – todos
chorarão – é um verbo grego que significa bater. Ou seja, esse grupo como é
costume até hoje, baterá no peito em sinal de desespero Mt 24.30.
O
amém no final do versículo indica
que não há reversão, será assim.
Deus
é o autor da História. Ele é o autor dos acontecimentos narrados neste livro.
Ele o primeiro e o último, principio e fim, Cl 1.16-17; Jo 1.1-14. Deus é
eterno e único, Ex 20.2-3; Is 44.6; Hb 13.8.
Diz
João, Deus é o todo poderoso - o termo PantoKrator – Pás – tudo, todo; Kratos
– poder. Ele tem a autoridade absoluta e o poder de exercer essa autoridade em
todos os eventos e acontecimentos. Ele é vitorioso. E assim a igreja também é,
não precisa temer a perseguição.
Aplicação dos primeiros 8 versículos na minha vida
O
livro causa medo a muitas pessoas. Mas quando estudamos a fundo, vemos que está
falando do Cristo vencedor. Como vencedor subiu ao céu e de lá voltará. Esse
Cristo vencedor é autor da história, ele está em todos os acontecimentos.
Convida os leitores e ouvintes a permanecerem fiéis a palavra, na mensagem de
salvação. A palavra de Deus não muda, ela sempre foi e é a mesma, confiar nesta
palavra é a base da nossa vida.
Ninguém
sabe o dia e a hora, permaneçamos fiéis a Cristo pela palavra. O final dos
tempos não deve nos causar medo, mas consolo, pois quem está em Cristo o verá
descendo em poder e glória e subirá com Cristo majestosamente. Jesus nos amou a
ponto de dar sua vida por nós, morreu na cruz pelos nossos pecados. Essa a
mensagem que me anima, conforta e consola.
Os
desastres da natureza nos assustam. Por
quê? O medo faz parte da nossa natureza pecaminosa. Mas no livro de
Apocalipse Deus quer nos dar a certeza da salvação em Jesus, e assim quer nos
afastar da insegurança e nos assegurar que não importa o que aconteça, estamos
a salvo. Amém!
a) – Onde estava João, quando recebeu a revelação de Deus? Por que estava
lá?
Naquele
período o imperador era adorado, e João e os cristãos que não faziam isso,
acabaram sendo presos e eram perseguidos, muitos até a morte. João foi mandado
a Patmos, pois ele era testemunha de Jesus, conheceu Jesus, viveu com Jesus,
andou e aprendeu com Jesus. Era uma ameaça para o império romano.
João
fala sobre agüentar o sofrimento – o
sofrimento acompanha o cristão, cada um de uma forma pessoal, Mt 5.11-12; At. 14.22; Tg 1.2-3. O
apóstolo João fala em suportar o sofrimento com paciência – “Hypomone”
Hypo – debaixo, Meno – ficar. Sabemos que a paciência é uma virtude cristã, um
fruto do Espírito Santo. Mas, o apóstolo João aqui no v.9 de Ap está querendo
nos transmitir a idéia de carregar a cruz, ficar embaixo, permanecer. Não
importa qual seja a nossa cruz, João está anunciando permaneçam embaixo,
carreguem a cruz, com lágrimas nos
olhos, mas com o canto da vitória no coração, Mt 10.22; Ap 2.10; Rm 5. 3-5. Em breves palavras João está dizendo,
eu anuncio a palavra de Deus, fui preso por causa dela, mas carrego a cruz de
Cristo, pois sei que em Cristo sou vencedor.
Por que João estava preso em Patmos?
Por pregar a palavra de Deus. Interessante notar que a ilha de Patmos, uma ilha
vulcânica, árida e rochosa, hoje é uma ilha de pescadores. Nessa ilha tem um
monte que dá se ver toda a Ásia Menor (turquia) onde se encontravam as igrejas
a quem João escrevia.
b) – O que o apóstolo João quer dizer com “No dia do Senhor fui dominado pelo Espírito de Deus”? Na época do apóstolo João,
a expressão “dia do Senhor” – era usada para o domingo. E só aparece aqui no NT. Domingo o Primeiro
dia da Semana. No Império Romano, que era quem dominava os povos naquela época,
esse dia, era dedicado ao Imperador.
Foi no dia do Senhor – num domingo que
Deus se revelou a João. E ao dizer “dominado
pelo Espírito.” Quer dizer que João não estava num estado mental e
espiritual fora do comum, mas estava lúcido. Para entender melhor vamos ler At 10.10; 2Co 12.1-4; João foi levado
em espírito para além das limitações do entendimento humano. Deus se revela
como quer e de várias formas. Sonhos,
Gn 40.5; 41.1; 1Rs 3.5; Dn 2.1; Mt 2.12; At 15.9. Mas aqui em Ap João estava
acordado e com plenos poderes de raciocinar. João estava consciente daquilo que
ouviu e viu.
Interessante que em
português – Domingo também significa dia do Senhor. Esse é o dia em que os
cristãos se reúnem para adorar o Senhor, para ouvir sua palavra e receber a
Santa Ceia (1Co 16.2; At 20.7) É o
dia em que lembramos a ressurreição de Jesus, Mt 28.1.
O anjo disse: escreva num livro o que você vai ver. Somente o que ver. Nenhum
acréscimo, Ap 22.18-19. O termo escrever – aparece 12 vezes em Ap, e denota uma
ação instantânea. João escreveu as visões assim como e quando as recebeu. Não
foi tudo em um dia. E vejam só, é importante lembrar que em todo o NT só aqui
temos a ordem direta de Deus para escrever. Livro aqui se refere ao papiro, a
casca interior da planta de papiro. O livro de Ap são 5 metros de papiro.
mande esse livro às igrejas – o
mensageiro levaria o rolo às igrejas, uma após outra, Cl 4.16. O que João quer
frisar aqui é o roteiro das cartas. Capital, a maior das sete cidades,
Éfeso. Depois o norte, Esmirna, Pérgamo. Sudeste, Tiatira,
Sardes, Filadélfia, Laodicéia. Todos os cantos, todas as igrejas.
Éfeso – João morou lá, mais ou menos 30
anos. Conhecia pessoalmente cada membro, conhecia seus problemas, suas
fraquezas, vitórias e derrotas.
Esmirna – uma congregação que estava
sofrendo, mas na graça de Cristo, ao mesmo tempo vencendo. Não recebe nenhuma
repreensão.
Pérgamo – uma igreja numa cidade rica,
já viu a morte de um mártir, morreu por sustentar a fé cristã. Ap 2.13.
Tiatira – Cidade de Lídia, o primeiro
fruto missionário da Europa, onde em Filipos depois de ser batizada, dava
hospedagem a Paulo, Silas e Timóteo, At 16.11-15.
Sardes – igreja sob fortes pressões,
tensões e tentações. Os poucos fiéis necessitavam de muito encorajamento
espiritual.
Filadélfia – desde que recebeu a carta,
serviu de modelo de uma congregação de pouca força, porém de profunda
fidelidade.
Laodicéia – uma igreja abastada de bens
terrenos, porém pobre espiritualmente e à beira de se perder completamente.
João não viu o anjo, o
anjo não é o importante, ele viu um grande quadro.
Vemos nesses vs. que Jesus aparece a
João de uma forma gloriosa, semelhante ao dia da Transfiguração, João se
lembra, pois estava presente nesse acontecimento (Mt 17.1-2). Os vs 13-16,
mostram de que forma era Jesus: Santo e
poderoso.
João
vê 7 candelabros de ouro. Ouro é o metal mais precioso da época, brilhava na
luz com teu esplendor. O v. 20 diz que os candelabros representam as igrejas
aqui na terra. A igreja é o candelabro do mundo, brilha, irradia para todas
as pessoas. A igreja mantém a luz acessa na escuridão deste mundo em trevas,
mediante a pregação da palavra de Deus. Os cristãos, cada um em seu ambiente,
são como “luzeiros do mundo”
anunciando palavras de vida, Fp 2.15-16.
Cristo
está no meio da igreja, andando, agindo na e por meio da igreja aqui na terra.
Dessa maneira, pela presença de Cristo, os cristãos se tornam “luz do mundo” Mt 5.14, se tomamos a
sério as palavras do salmista, Sl 119.105.
É
importante lembrar que os candelabros não foram o essencial dessa visão. Eles
simplesmente formaram a moldura brilhante do quadro majestoso. “No
meio deles estava um ser parecido com um homem” – essa era a intenção
da visão, mostrar a João, a fim de que ele soubesse que não era um sonho
fantástico, mas era uma realidade, claro que uma realidade sobrenatural. É uma
réplica da visão do profeta Daniel, Dn
10.5-6. João sabia que era o filho de Deus que lhe aparecia, Mt 10.23;
11.19; 12.8; 13.37; 16.27; 19.28; 23.30; 25.31; 26.24.
Depois
de identificar o revelador, Jesus, João acrescenta que Jesus estava no meio
deles, no meio da igreja. Cristo é o centro da igreja, ele age em favor da
igreja. Depois escreve “vestindo uma roupa que chegava até os pés e
com uma faixa de ouro em volta do peito” – ou seja, vestido com poderes.
Poús – pé, aro estender, vestido que se estendia até os pés. Ex 28.4; 29.5; Ez
9.2, 11. E ainda “com uma faixa de ouro em volta do peito” – significa estar em
serviço, Ap 15.6. A diferença é marcante, no AT o cinto do sacerdote é
parcialmente de ouro, Ex 28.8; 39.5. Enquanto que o cinto de Cristo na figura é
feita de ouro puro. Isso significa que
Jesus está acima de todos os sumos sacerdotes.
Essa
imagem mostrada a João representa dignidade, majestade, glória, Cristo rei dos
reis, salvador dos que são teus, aparece como sumo sacerdote que faz sacrifício
de si mesmo. Agora o apóstolo João vai continuar descrevendo a pessoa que lhe
apareceu.
João
descreve a pessoa que lhe apareceu “semelhante
a filho de homem.” João fala de sua cabeça, seus cabelos, seus olhos, seus
pés e sua voz. O profeta Daniel, (Dn
7.9, 13), descreve o ancião de dias enquanto que o apóstolo João vê o filho
do homem. Se compararmos Daniel e Apocalipse, veremos a manifestação visível e
palpável do próprio Deus aqui na terra, como verdadeiro homem em Jesus, sumo
sacerdote e cordeiro imolado.
Os seus cabelos eram brancos como a lã ou
como a neve – significa santidade e pureza absoluta, Is 1.18.
e os seus olhos eram brilhantes como o fogo
– Em Daniel temos uma visão parecida, Dn
10.5,6. Tanto Daniel como João descrevem o poder onisciente de Jesus. Nada
pode ficar escondido dele. Fogo – na
Bíblia, designa em geral a ira de Deus. Perante os olhos penetrantes de Jesus
não se pode esconder pecado algum.
O
apóstolo João tem uma visão semelhante a Daniel (2.31-45), onde diz que Deus
permanecerá para sempre, nenhuma força será capaz de derrubá-lo, e quando por
os pés em cima de qualquer inimigo, este não terá possibilidade de escape, será
consumido pelo fogo da sua ira.
e a sua voz parecia o barulho de uma grande
cachoeira – No v.10, João descreveu a voz como um som de trombeta. Esse
sinal de alerta fez ele olhar. Agora, viu aquela figura majestosa do filho do
homem, descrita até agora segundo sua cabeça, seus cabelos, seus olhos e pés.
Por último descreve sua voz que é diferente daquela que ouviu no inicio. A voz
do “semelhante a filho de homem” era
ainda mais irresistível do que a alerta, é descrita como estrondo de muitas
águas. Assim como não se pode silenciar o som de uma grande queda de água, de
cataratas ou onda do mar, (quem já esteve na praia sabe que o barulho é
constante), assim não se pode silenciar a voz daquele que estava no trono.
Vemos essa mesma figura no profeta Ezequiel, (Ez 1.24; 43.2; Ap 14.2; 19.6; Dn 10.6).
Depois
de descrever o o vestido, sua pessoa, João agora segue uma descrição do
instrumento que está na mão do “Filho do
homem.”
Na mão direita ele segurava sete estrelas
– mão direita aqui e em muitas outras passagens simboliza o poder majestoso com
que tem até o firmamento em suas mãos, Jó 38.31; Is 40.12. Aqui não se trata
das estrelas do firmamento, mas sim dos “anjos
das sete igrejas” v.20. Portanto, dos mensageiros de Deus, dos pastores das
congregações e seus bispos. Lembra o profeta Daniel, Dn 12.3. As sete estrelas,
isso é, os bispos das sete igrejas são distinguidos das suas igrejas que são
simbolizadas na figura dos sete candeeiros. Nas cartas, dirigidas as igrejas,
os seus bispos são responsáveis pela condição espiritual de suas igrejas. As
sete estrelas se acham na mão direita do Filho do Homem. Esse fato tem um
profundo significado para o exercício do ministério, de um lado, somos imbuídos
da autoridade e do poder do Senhor. Mas o poder que se tem não propriamente do
pastor, ele vem do Senhor e fica. Ainda, só podemos exercer esse poder enquanto
estivermos na mão direita do Senhor. Aqui podemos observar o seguinte – os
ministros são estrelas, não luzes feitas por homens ou fogo fátuo; são estrelas
– não capachos nos quais homens podem pisar e limpar seus pés; são estrelas
imutáveis - não gente às quais falta o
fôlego no constante correr atrás de mudanças dessa terra.
Estar
na mão direita de Deus é um consolo, pois Cristo declara que ninguém irá
arrebatar de sua mãos suas ovelhas. Certamente não há força na terra que pode
arrebatar da mão do glorioso Senhor as estrelas que ele tem na sua mão
direita.
e da sua boca saia uma espada afiada dos
dois lados – essa visão tem raízes no AT. Simboliza a palavra de Deus que “sai da boca” do Senhor. Várias passagens
do NT aplicam a figura à palavra de Deus, Ef 6.17; Hb 4.12; Ap 19.15. A imagem,
portanto, mostra o Filho do Homem como aquele que profere a sentença do juízo Final.
uma espada afiada dos dois lados –
literalmente – duas bocas. Fora Lc 2.35, o termo espada ocorre somente em
Apocalipse, 2.12,16; 6.8; 19.15,21. A figura não é estranha, pois a espada dos
romanos usada pelas tropas, tinha a forma de uma língua. Mas o que dá forma é o
termo “afiada.” Pela vontade de Deus,
a sua palavra corta Hb 4.12, fere os
seus inimigos, especialmente quando o filho do homem profere sua sentença
final.
O seu rosto brilhava como o sol do meio dia
– Na transfiguração de Jesus, o rosto de Jesus resplandecia como o sol, Mt
17.2. Aqui João vê a glória completa do Senhor. A figura do sol não era
suficiente para descrever essa glória. Era como o sol em sua força total.
Nenhum homem pecador pode olhar párea a glória de Deus sem ser profundamente
atingido. E foi isso que aconteceu a João.
O
profeta Ezequiel teve uma reação semelhante, Ez 1.28. A glória do Senhor
Ressuscitado, já que ele o havia visto humilhado, morto e sepultado, o
derrubaram. João teve medo, mas no sentido de uma reverência profunda. Essa
reação mostra que João não estava fora de seu estado normal quando escreveu
Apocalipse. O Senhor da igreja tem uma mensagem a transmitir, ele não quer só
pessoas deitadas lhe adorando. Por isso, levanta seu servo e fim de colocá-lo
em ação.
Os vs 17-18, fala da morte e ressurreição de Jesus. Não resta dúvida: é
o mesmo, Jesus, o mestre, que havia andado com os discípulos três anos. Ele,
agora, se apresenta vitorioso sobre a morte e todos os poderes do mal. Essa é a
mensagem de consolo aos cristãos que estavam vivendo num mundo ameaçador,
perseguidos pelos romanos. Diante dessa mensagem podemos olhar para a nossa
vida com realismo, sabendo que o nosso Senhor é vencedor e, com ele, também nós
o somos. Neste mundo estamos sujeitos a tentações, dores e fraquezas. Mas em
Cristo temos uma promessa graciosa.
d) – Há algo de importante na posição das estrelas e dos candelabros, na
visão que João teve?
No v. 20 vemos Jesus explicando que
os candelabros representam as SETE igrejas a quem o livro foi dirigido
inicialmente. Mas precisamos nos lembrar que SETE significa TODAS. SETE
representa algo completo, é o número da igreja de Cristo, que está espalhada
pelo mundo inteiro. Essa visão mostra que Cristo está no meio das igrejas.
Jesus é aquele que está conosco, nós que somos sua igreja hoje. Jesus prometeu
isso, Mt 18.20; 28.20). Nós, a
igreja, somos os candelabros, ou seja, o castiçal usado para colocar
luminárias, velas. A igreja, que tem Jesus em seu meio por palavra e
sacramentos, é luz para o mundo, Mt 5.14.
A igreja por sua essência é missionária. A Igreja que não é missionária pode
fechar suas portas.
As
SETE ESTRELAS representam os “anjos das
sete igrejas.” A palavra anjo, na Bíblia, pode se referir a seres
espirituais, (anjo Gabriel); mas também pode significar mensageiro,
referindo-se assim a uma pessoa que Deus coloca como seu mensageiro. Nesse
texto, bem como nos cap. 2-3, a
palavra anjo se refere aos pastores, mensageiros da palavra nas suas
respectivas congregações. Os “SETE
ANJOS” são, portanto o ministério da palavra. Cristo tem o ministério da
palavra em sua mão direita, o ministério pertence a Jesus. Nem ao pastor, nem a
congregação, o ministério pertence a Cristo. Ele instituiu o ministério e o
envia, dá a igreja, para proclamar o evangelho e administrar os sacramentos.
Nesses
vs temos então uma visão de Jesus Cristo em aspectos importantes: 1) – Sua glória, majestade, santidade; 2) –
Sua graça (ao vir carinhosamente para junto dos seus); 3) – a verdade da sua morte e ressurreição, que nos garante ser
ele o Senhor vitorioso; 4) – Sua ligação
com sua igreja e com o ministério pastoral.
Mensagem
Felizmente, vivemos num país onde
podemos confessar nossa fé livremente. Ainda hoje, em muitos países, não há
liberdade religiosa. (Procurar no ML).
Paises como a China, etc. Hoje existem outras perseguições. Quais? Zombaria, desrespeito, critica,
falso testemunho da igreja, etc.
Assim
como na época do apóstolo João nos reunimos no dia do Senhor para adorar a
Deus, receber dele perdão dos pecados, fortalecimento da fé. Como é agradável
podermos a cada domingo, sábado, quarta estudar a palavra de Deus, meditar
nela, crescer na fé, no amor. Como é bom ser alimentado na Santa Ceia.
Jesus
Cristo ainda continua sendo o santo e poderoso. Em meio às tentações da nossa
carne, do mundo e do diabo, Cristo está no meio da sua igreja. Ele age na
igreja, ele é o centro da igreja. Ele é a estrela, nós, pessoas perdoadas por
Cristo somos o candelabro, somos luz para o mundo. Nosso brilho precisa ofuscar
nas pessoas para que elas possam se tornar luz para outros.
Esses
vs. além de nos apresentar de uma forma muito bonita o Cristo vencedor da
morte, além de nos transmitir uma bonita mensagem de que nós também somos
vencedores, ele está nos apontando para a emergência da missão. De sermos luz,
sal, par este mundo hostil. Precisamos nos despertar para a missão de Deus,
salvar pessoas. Indicar as pessoas o Cristo vencedor, o Cristo ressuscitado.
Pois só em Cristo há salvação, só em Cristo há perdão, só em Cristo nós podemos
ser luz para o mundo e apontar para a verdadeira luz que é Cristo. Deus nos
abençoe. Amém!
Resumo
a)
– Onde estava João, quando recebeu a
revelação de Deus? Por que estava lá?
João foi mandado a Patmos, pois ele
era testemunha de Jesus. Naquele período o imperador era adorado, e João e os
cristãos que não faziam isso, acabaram sendo presos e eram perseguidos, muitos
até a morte.
b)
– O que o apóstolo João quer dizer
com “achei-me no espírito, no dia do
Senhor”?
Na época do apóstolo João, a expressão “dia do
Senhor” – era usada para o domingo.
c)
– Que parte no texto nos deixa claro
que quem fala com João é Jesus mesmo?
Os vs 13-16.
d)
– Há algo de importante na posição
das estrelas e dos candelabros, na visão que João teve?
No v. 20 vemos Jesus explicando que
os candelabros representam as SETE igrejas a quem o livro foi dirigido
inicialmente. Essa visão mostra que Cristo está no meio das igrejas. Jesus é
aquele que está conosco, nós que somos sua igreja hoje. Jesus prometeu isso, Mt 18.20; 28.20). Nós, a igreja, somos
os candelabros, ou seja, o castiçal usado para colocar luminárias, velas. A
igreja, que tem Jesus em seu meio por palavra e sacramentos, é luz para o
mundo, Mt 5.14. A igreja por sua
essência é missionária. A Igreja que não é missionária pode fechar suas portas.
As
SETE ESTRELAS representam os “anjos das
sete igrejas.” A palavra anjo, na Bíblia, pode se referir a seres
espirituais, (anjo Gabriel); mas também pode significar mensageiro,
referindo-se assim a uma pessoa que Deus coloca como seu mensageiro. Nesse
texto, bem como nos cap. 2-3, a
palavra anjo se refere aos pastores, mensageiros da palavra nas suas
respectivas congregações. Os “SETE
ANJOS” são, portanto o ministério da palavra. Cristo tem o ministério da
palavra em sua mão direita, o ministério pertence a Jesus. Nem ao pastor, nem a
congregação, o ministério pertence a Cristo. Ele instituiu o ministério e o
envia, dá a igreja, para proclamar o evangelho e administrar os sacramentos.
Mensagem
Felizmente, vivemos num país onde
podemos confessar nossa fé livremente. Ainda hoje, em muitos países, não há
liberdade religiosa. Paises como a China, etc. Hoje existem outras
perseguições. Quais? Zombaria,
desrespeito, crítica, falso testemunho da igreja, etc.
Assim
como na época do apóstolo João nos reunimos no dia do Senhor para adorar a
Deus, receber dele perdão dos pecados, fortalecimento da fé. Como é agradável
podermos a cada domingo, sábado, quarta estudar a palavra de Deus, meditar
nela, crescer na fé, no amor. Como é bom ser alimentado na Santa Ceia.
Jesus
Cristo ainda continua sendo o santo e poderoso. Em meio as tentações da nossa
carne, do mundo e do diabo, Cristo está no meio da sua igreja. Ele age na
igreja, ele é o centro da igreja. Ele é a estrela, nós, pessoas perdoadas por
Cristo somos o candelabro, somos luz para o mundo. Nosso brilho precisa ofuscar
nas pessoas para que elas possam se tornar luz para outros.
Esses
versículos além de nos apresentar de uma forma muito bonita o Cristo vencedor
da morte, além de nos transmitir uma bonita mensagem de que nós também somos
vencedores, ele está nos apontando para a emergência da missão. De sermos luz,
sal, par este mundo hostil. Precisamos nos despertar para a missão de Deus,
salvar pessoas. Indicar as pessoas o Cristo vencedor, o Cristo ressuscitado.
Pois só em Cristo há salvação, só em Cristo há perdão, só em Cristo nós podemos
ser luz para o mundo e apontar para a verdadeira luz que é Cristo. Deus nos
abençoe. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
ROTTMANN. Johannes. Vem, Senhor Jesus - Apocalipse de S. João. Ed. Concórdia. Porto
Alegre, RS, 1993.
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