segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A força está em agarrar-se a Cristo!

 19 de outubro de 2025

Décimo nono domingo após Pentecostes

Salmo 121; Gênesis 32.22-30; 2Timóteo 3.14-4.5; Lucas 18.1-8

Texto: Gênesis 32.22-30

Tema: A força está em agarrar-se a Cristo!

 

O relato da luta de Jacó com o “homem” em Jaboque para muitos destaca a identificação do misterioso lutador como figura como do Cristo pré-encarnado, ou seja, uma aparição de Jesus antes de seu nascimento. Essa interpretação reforça a crença na intervenção direta de Deus na vida humana e a proximidade de Cristo com a humanidade desde o início da história da salvação.

A luta em Jaboque não é apenas um evento aleatório, mas uma manifestação de Deus que prepara o caminho para a encarnação e a paixão de Cristo. O fato de o “homem” se envolver em uma luta física com Jacó demonstra um Deus que não é distante, mas que se aproxima e “luta” com seu povo, um tema que ressoa com a experiência cristã de fé e dúvida.

A luta de Jacó é vista como uma metáfora para a luta espiritual do cristão. A fé não é uma experiência estática ou fácil, mas um constante “lutar” com Deus, suas promessas e as realidades da vida.

Jacó se agarra ao “homem” e exige uma bênção, mesmo após ser ferido. Isso simboliza a perseverança da fé. Em vez de fugir ou desistir diante das dificuldades, o crente se agarra a Deus e à sua Palavra. A fé, não é passividade, mas uma confiança ativa e insistente.

O ferimento no quadril de Jacó, que o faz mancar, é um detalhe crucial. Pois, de acordo com a teologia da cruz, a força de Jacó está em sua fraqueza. A bênção não vem da sua própria força ou habilidade, mas de sua submissão e derrota. O ferimento o lembra de que a salvação não é conquistada pelo esforço humano, mas recebida pela graça de Deus. A limitação física de Jacó o força a confiar apenas em Deus, e não em suas próprias artimanhas, como ele costumava fazer.

A mudança de nome de Jacó (“suplantador”, “enganador”) para Israel (“aquele que luta com Deus”) é o ponto culminante do episódio. Essa transformação de identidade representa a nova realidade de um crente que foi derrotado por Deus.

Jacó “prevaleceu” contra Deus, mas a vitória real foi ser subjugado por Ele. O novo nome, Israel, significa que ele não apenas lutou com Deus, mas Deus lutou com ele, e Jacó é agora definido por essa relação.

A nova identidade de Jacó não se baseia em seu próprio mérito ou em suas ações passadas, mas na bênção e na graça de Deus. Jacó não é mais o enganador, mas o patriarca do povo de Deus, cujo nome reflete uma história de luta e de bênção divina.

A história de Jacó é um exemplo primordial de que Deus se revela não na força e na glória, mas na fraqueza, no sofrimento e na humilhação.

A luta de Jacó em Jaboque é um sofrimento que leva à salvação. A dor e o ferimento no quadril são a marca da bênção de Deus, um sinal de que ele foi tocado por Deus e, através dessa experiência de fraqueza, recebeu uma nova vida. Em vez de buscar a bênção na força e na conquista, Jacó a encontra na submissão e na graça de Deus.

Em Gênesis 32.22-30 temos a história da vida cristã, marcada pela luta, pela fraqueza, e, finalmente, pela bênção incondicional da graça de Deus, revelada na figura de Cristo e recebida pela fé. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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