26 de outubro de 2025
Vigésimo
domingo após Pentecostes
Salmo
5; Gênesis 4.1-15; 2Timóteo 4.6-8,16-18; Lucas 18.9-17
Texto:
2Tm
4.8
Tema: Coroa
inviolável
“Já agora a coroa da justiça me está guardada,...”
(2Tm 4.8)
Paris,
a cidade das luzes, está em luto e indignação. Há poucos dias, o mundo viu a
notícia de um roubo audacioso no coração do Museu do Louvre. Ladrões, em uma
ação cinematográfica, violaram a segurança de uma das maiores instituições do
planeta e roubaram joias inestimáveis, símbolos da realeza francesa.
Entre
o tesouro levado, estava a coroa da Imperatriz Eugénie, uma peça
deslumbrante, adornada com mais de mil diamantes e dezenas de esmeraldas. Mas o
que mais choca não é apenas o roubo, e sim o desfecho: essa coroa, de valor
que transcende o dinheiro, foi encontrada danificada, abandonada em uma
rua. A glória terrena, por mais guardada que seja, é vulnerável, pode ser
roubada, pode ser quebrada e, no final, é jogada fora.
Diante
da fragilidade da coroa de diamantes e esmeraldas, voltamos ao testamento final
do Apóstolo Paulo, escrito de uma prisão sombria, pouco antes de sua execução.
Ele não fala de uma coroa terrestre, mas de uma promessa que brilha mais forte
do que todas as joias do Louvre.
“Já agora a coroa da justiça me está guardada,...”
(2Tm 4.8)
Que
coroa é esta que Paulo aguardava? E por que ela é mais segura do que a coroa de
qualquer imperatriz?
O
Louvre tinha segurança de ponta, vitrines de alta tecnologia. Mas ladrões, em
minutos, mostraram que nenhuma segurança humana é absoluta. O ouro e as pedras
preciosas atraem a cobiça e a destruição.
Muitos
investem apenas em “coroas terrenas”.
Há quem coloque a esperança em cofres seguros. Mas, assim como a Coroa da
Imperatriz, essas coisas são vulneráveis ao roubo, à crise, à doença e à morte.
O
ponto sombrio da notícia é que a coroa foi danificada e jogada em uma rua.
Esse é o retrato da glória humana. Mesmo que a alcance, a morte a abandona no
meio do caminho. É um prêmio que não dura.
Paulo,
podia ter coroas de honra religiosa em Jerusalém, fama filosófica em Atenas,
deliberadamente escolheu correr atrás de algo mais seguro.
Paulo
usa o verbo no perfeito: “me está guardada”. Isso significa que
ela está reservada, segura, fora do alcance de qualquer ladrão ou de qualquer
força que tente roubá-la.
A
coroa que Paulo aguarda não é feita de diamantes e esmeraldas, mas de justiça.
É
um erro pensar que Paulo ganhou essa coroa por seus esforços (“combati o bom combate, completei a carreira”).
A coroa é a glória final que corresponde à justiça de Cristo que Deus
nos alcança por sua graça!
A
coroa não depende da força de Paulo, mas da fidelidade e justiça do doador: “a qual o Senhor, justo Juiz, me dará”. O
Senhor Jesus é o Juiz que não pode ser subornado, forçado, ou enganado. Ele
prometeu e Ele entregará.
O
prêmio não é exclusivo. A Coroa da Imperatriz pertencia a
uma só pessoa. A coroa de Paulo é para todos. “...e
não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”.
Só
se “combate o bom combate” e “completa a carreira” àquele que está certo que
a coroa já está reservada e anseia por encontrá-la.
O
mundo olha para a coroa danificada no chão de Paris e sente perda e frustração.
O cristão olha para a Coroa da Justiça
guardada no céu e sente esperança inabalável.
A
coroa da imperatriz, de diamantes e esmeraldas, foi roubada, quebrada e jogada
fora, apesar de toda a segurança humana. Coroa gloriosa, mas frágil.
A
Coroa da Justiça, que Paulo aguarda, é inviolável, guardada pelo próprio
Senhor.
Que
você possa viver cada dia com essa bendita esperança, correndo com foco,
lutando com coragem, para que, “naquele Dia”,
você possa receber a recompensa que é, em si mesma, a glória de ser finalmente
e eternamente justo em Cristo. Amém.
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