Uma
carta aos meus queridos amigos
A
atual situação na qual encontra a IELB, com falta de pastores e muitas
paróquias vacantes, tenho observado um certo desleixo por parte de muitos
colegas. Um desses desleixos é que muitos chamados são de imediato ignorados.
Os pastores chamados por determinada paróquia, nem sequer dão-se o respeito de
receber e ler o que a Paróquia requer de seu pastor. Infelizmente, fazer isso
com a Paróquia que gostaria de ter determinado pastor, não é justo e nem sequer
ético.
Dias
atrás, preparando um mini curso para colegas do Distrito Paraná Norte, me
deparei com uma verdadeira joia de Carl Ferdinand Wilhem Walther. Entre os anos
de 1884 – 1885, em suas preleções, disse:
Quando é designado um
lugar para um candidato de Teologia desenvolver seu oficio de ministro
Luterano, este lugar deve se tornar o lugar mais querido, mais lindo e mais
precioso do mundo para ele. Ele não deve querer trocar o mesmo nem mesmo por um
reino. Quer seja uma metrópole ou uma pequena cidade nos campos ou uma clareira
em uma floresta, um lugar de grande crescimento ou o deserto, para ele deve ser
uma miniatura do paraíso. Até os anjos abençoados descem do céu com alegria,
seja quando e para onde for que o Pai os envia para ministrar àqueles que serão
os herdeiros da salvação. Então, porque nós, pobres pecadores, deveríamos estar
relutantes ou ter má vontade de segui-los com grande alegria a qualquer lugar
onde podemos levar outras pessoas, nossos co-pecadores, para a salvação?
Pastores não deveriam
escolher local, o local deve escolher os pastores! Eles
sabem do que necessitam, e além das qualidades e dons, o que cada local precisa
é de um evangelista, ou seja, alguém que lhes pregue o evangelho.
Infelizmente,
o oficio ministerial, tem sido associado a uma vida de certas regalias. Assim,
muitos apenas querem receber chamados de paróquias que lhes dê segurança total.
Lembre-se:
as dificuldades, sejam elas quais forem, não deve desmotivar um pastor em
aceitar um chamado, um novo desafio. A verdade é que ao receber um chamado de
alguma paróquia com dificuldades, precisa encher o pastor com um ardente desejo
em ir e despertar as pessoas de sua morte espiritual através dos meios da graça
e fazer desses, cristãos vivos e ativos. Apesar do diabo, querer ainda dar o
tombo final, mantendo muitos filhos de Deus sem um pastor, é preciso que alguém
aceite o desafio e iniciar o ministério em determinado local com o poder da fé.
Tudo
o que um evangelista tem e é a única coisa que precisa, é a poderosa Palavra de
Deus. Com a Palavra de Deus, qualquer congregação, por mais que esteja sendo um
deserto seco, pode se transformar em um jardim florescente de Deus.
Caro
amigo, colega pastor!
Os
desafios existem! Os desafios só são vencidos pela Palavra de Deus. Qual é a razão da vosso medo?
Quando um pastor se
acomoda e acha que seus dias de trabalho e lutas terminaram, é alguém do qual
só se pode ter muita pena. Está muito enganado se pensa que agora entrou num
porto de descanso e paz, que quer aproveitar bem, já que agora ele é seu
próprio chefe e não precisa aceitar ordens de pessoa alguma no mundo.
Igualmente de penalizar, como atitude mencionada, é o ministro que olha seu
ministério como uma profissão ou um negócio e decide preparar para si mesmo uma
paróquia boa e confortável, sendo cuidadoso para não fazer inimigos e fazendo
tudo para que todas as pessoas sejam seus amigos. Esses infelizes indivíduos
planejam usar meios espirituais para proveito temporal. Eles não são
verdadeiros ministros de Cristo e, no dia derradeiro, Deus lhes dirá: Nunca vos
conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade Mt
7.23.
A
preocupação do ministro é que nenhuma alma se perca! E, ao escolher essa ou
aquela paróquia, já que o momento está sendo muito propicio para isso, o
ministro está fazendo acepção, julgando que só determinada paróquia merece o
exercício do ministério que lhe foi confiado por Deus.
Cada
ministro precisa olhar para um chamado, pensando tão somente nas pessoas que
lhe serão confiadas. Infelizmente, o diabo está lançando a tentação de fazer
com que o pastor olhe primeiro para suas regalias. E assim, as dificuldades
paralisam qualquer análise de chamado.
Querido amigo, colega pastor, ao me dirigir a você por meio
dessa carta, gostaria tão somente te levar a reflexão sobre o que de fato tem
sido primordial em seu ministério.
Lembre-se:
fomos separados para proclamar o evangelho. Diante de qualquer chamado, a
primeira e única pergunta deve ser: há
pessoas que querem e precisam ouvir o evangelho? Se a resposta for afirmativa,
o chamado já merece ser analisado com muito carinho e respeito.
Deus
abençoe a cada colega no exercício do ministério onde quer que esteja. E que ao
deixar a atual paróquia para um novo desafio, o colega pastor possa testemunhar:
aqui estou eu e todos aqueles que me
confiaste; nenhum só se perdeu.
Forte
abraço
Em
Jesus
Edson
Ronaldo Tressmann
E também http://sermoescristoparatodos.blogspot.com.br
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