04 de setembro de 2016
16º Domingo após Pentecostes
Sl 1; Dt 30.15-20; Fm1-21; Lc 14.25-35
Tema: Whatsapp do
apóstolo Paulo!
Milhares
de pessoas já se comunicaram por meio de bilhete. Esse era um meio de
comunicação muito usado nas escolas. Os bilhetinhos se transformaram nas
mensagens de whats.
O
apóstolo Paulo enviou um importante e necessário whats a Filemon através e não
foi através de um celular de ultima geração. Foi através de uma breve bilhete,
a carta a Filemom Qual motivo para o envio desse bilhete? Qual é o recado do
whatsapp de Paulo a Filemom?
Esse
whatsapp é diferente de muitos que se recebe atualmente. Ele contêm uma
saudação, um agradecimento, um pedido e uma conclusão. Esse whatsapp tem um
recado profundo, importante e necessário.
A saudação:
O apóstolo Paulo estava preso
em Roma por confessar sua fé em Jesus Cristo. Enquanto estava na prisão o
apóstolo recebeu uma visita surpreendente. Era um escravo fugitivo. Esse
escravo fugitivo, Onésimo, foi aconselhado a voltar para seu senhor, Filemon, e
junto dele entregar o whatsapp que Paulo estava lhe enviando.
Filemon era o líder leigo na congregação de
Colosso. Durante os 3 anos em que Paulo esteve na cidade de Éfeso, Filemon foi
convertido ao cristianismo. A casa de Filemon passou a servir de local de
culto. Afia
era a esposa de Filemon e Arquipo era o pastor da congregação, Cl 4.17.
Agradecimento:
Filemon era um líder
leigo cheio de fé, amor e acima de tudo, cheio de “compaixão cristã”. Havia em Filemon
uma característica muito especial, a empatia. Ou seja, sofria com quem sofria e
se alegrava com quem estava alegre. Filemon era um líder leigo que amava
sinceramente as pessoas, Paulo ressalta isso ao escrever, “...o coração dos
santos tem sido reanimado...” (Fm 7). Essa compaixão de Filemon pelos
outros tornou o evangelho conhecido naquela região.
O
agradecimento do apóstolo Paulo revela que a fé, o amor e a compaixão, animam
as pessoas dentro e fora da igreja. Após saudar e agradecer, o apóstolo faz um pedido
e esse é o objetivo principal do recado desse whatsapp.
O
apóstolo Paulo apela à sua autoridade apostólica para impor sua vontade. Ele
apela para a fé, o amor e a compaixão de Filemon. O apóstolo solicita em nome
do amor.
O
apóstolo não se refere a um amor humano, mas sim, ao amor de Deus pelo homem. Em
nome do amor que levou Filemon a conversão, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (Jo 3.16), “Pois o amor de Cristo nos constrange,” (2Co
5.14).
Paulo, em nome do amor,
pede em favor de Onésimo. Quem era Onésimo? Um escravo de Filemon. Agora
um fugitivo.
O apóstolo Paulo faz algo
revolucionário na época. No entanto, enquanto muitos, inclusive Filemon,
pudessem pensar que o apóstolo estivesse pedindo pelo escravo, Paulo pedia pela
pessoa de Onésimo, pelo homem amado por Deus.
Onésimo, mesmo escravo,
havia sido transformado pelo evangelho. O evangelho o havia feito, mesmo como
um escravo, um homem livre.
O apóstolo Paulo diz a
respeito de Onésimo “que gerei entre algemas”. Isso significa
dizer que Onésimo, pela pregação do evangelho, pela fé em Cristo, se
tornou um filho espiritual do apóstolo e assim irmão de Filemon. No império
romano, o professor do aluno, ou o guia espiritual, era considerado um pai.
Onésimo,
pela sua fuga, merecia ser punido junto com aquele que o havia recebido.
Mesmo
preso, o apóstolo Paulo sabia das consequências em ter recebido um escravo
fugitivo. Não por isso, mas envia o escravo Onésimo de volta. No entanto, quer
que o mesmo seja recebidopor Filemon assim como o evangelho o havia tornado, ou
seja, “irmão
caríssimo” (Fm 16).
O apóstolo Paulo quer que
Filemon exerça apenas um direito: o direito do amor.
O apóstolo Paulo faz um
pedido em nome do amor, mas, deixa claro que Filemon tem toda a liberdade
cristã para decidir o que fazer nessa situação.
Por mais conflitante e
prejudicial que tenha sido a fuga do escravo Onésimo, o apostolo Paulo ressalta
o lado positivo de todo esse acontecimento. Onésimo teve a oportunidade de ouvir
com clareza o amor de Deus em Jesus.
O apóstolo Paulo conclui
enviando saudações de outros cooperadores que de fato acompanharam toda a
instrução dada à Onésimo.
Qual
aprendizado nesse recado do whatsapp de Paulo a Filemon? Que tal
pensar no mesmo através das seguintes perguntas:
1 - Quais
atitudes de “em nome do amor” podem
contagiar os outros?
2 – Você
perdoaria “em nome do amor e de livre
vontade” a quem lhe ofendeu profundamente? 2Co 5.14; Rm 5.8. Perdoe, mas faça
isso “por livre vontade” (v.14) e que
a pessoa que te ofendeu seja recebida “como
irmão caríssimo” (v. 16). Fazendo isso, você estará não apenas “reanimando meu coração” (v. 20), mas
principalmente o teu.
3 - Quantas
coisas “inúteis” se tornaram “úteis” ao passar do tempo? Quero usar como exemplo os
catadores de papéis. Por muitos, eles não era e vistos como úteis, mas
atualmente por causa do aquecimento Global, estão sendo úteis e indispensáveis,
afinal, catam material reciclável. Contribuem para o meio ambiente e sua preservação.
4 - O que é
fazer algo “de livre e boa vontade”? No catecismo Menor, Dr. Martinho
Lutero, a frase “boa vontade” aparece duas vezes. Primeiro: Na conclusão dos Dez Mandamentos, onde Deus quer
nos animar a amar e confiar nele e de “boa vontade”, ou seja, por esse amor
e confiança, cumprir tudo quanto nos ordena. Segundo: a expressão “de boa
vontade” aparece na Quinta Petição do Pai Nosso. Em agradecimento ao
perdão recebido por Deus em Jesus, queremos perdoar de coração, e de boa vontade fazer o bem aos que pecam
contra nós.
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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