segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Entrando pela porta estreita!

21/08/2016
14º Domingo após Pentecostes
Sl 50.1-15; Is 66.18-23; Hb 12.4-24; Lc 13.22-30
Tema: Entrando pela porta estreita!

         Há perguntas impróprias. Imagine que você vá na festa de aniversário de uma mulher e diante do bolo faça a seguinte pergunta: porque não colocou as velinhas para sabermos a idade?
         Jesus também teve que lidar com perguntas impróprias. Uma delas é apresentada pelo evangelista Lucas (Lc 13.23), “...são poucos os que são salvos?” Jesus responde da seguinte maneira: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc 13.23).
         O que a resposta de Jesus ensina?
      Bem, a julgar por todo o contexto bíblico, em resumo, Jesus quer ensinar o seguinte: “olhe para você mesmo. Tenha certeza da tua salvação”.
         O mais importante é a minha situação diante de Deus. O caminho é o arrependimento. Ao se arrepender, o pecador recebe o perdão da parte de Deus.
         São poucos os que são salvos?
         As pessoas falam sobre salvação. Quer seja num hospital diante de um amigo, ou com um ente querido gravemente doente. É muito comum falar sobre esse assunto num velório.
         São poucos os que são salvos?
         É maravilhoso, pois o que temos para hoje é um momento de reflexão! Essa é a proposta de Jesus (Lc 13.22-30). Por isso, vou reformular a pergunta de outra maneira: Você será salvo?
         Muitos dizem que estão se esforçando para tal. Mas, qual é o tamanho do esforço? Jesus contou a parábola sobre um fariseu e um publicano. Ambos foram ao templo orar. O fariseu era um homem esforçado e dedicado, assim como muitos entre nós. Esse homem ia ao templo e dizia: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, ...; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lc 18.11-12). O publicano era um daqueles que muitas vezes julgamos como relaxados. Esse, sem nenhum esforço para apresentar apenas orava: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13).
         Jesus disse que quem saiu do templo justificado, ou seja, perdoado, foi o homem que não tinha nenhum esforço para apresentar a Deus. Ele apenas se apresentou arrependido. 
         Ao responder: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc 13.23), Jesus ensina que a pergunta é imprópria. Afinal, ninguém deve colocar em dúvida o amor e a misericórdia de Deus. A pergunta: “São poucos os que serão salvos?” questiona a natureza de Deus. É pergunta imprópria que muitos fazem ainda hoje: “Se Deus é amor, porque não salva a todos?
         A Escritura aponta para o meio de salvação dos pecadores. Esse meio pode ser comparado a uma porta estreita que é desprezada por muitos.
         Quando Jesus proclama “Esforçai-vos”, deseja levar o pecador a olhar para si e se arrepender. Por mais que o homem faça, por mais que se esforce, sem fé não se salvará. “O justo viverá por fé” (Rm 1.17). Ao dizer: “Esforçai-vos” Jesus quer nos conduzir a ele, a porta estreita. Jesus disse: “quem não crer já está condenado”.
         Jesus morreu por todos, mas infelizmente, nem todos irão usufruir da dádiva da morte de Cristo. Porque? Jesus responde que “...não quisestes” (Mt 23.37). Deus responde por boca do profeta Oséias: “A tua ruina, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro” (Os 13.9). Lembre-se: o inferno não foi feito para os homens, mas, infelizmente por não crerem na obra redentora de Cristo, acabam sendo condenados ao inferno.
         Jesus é a porta estreita. Estreita porque o mistério da eleição e da salvação por graça é insondável a razão humana. Por isso, a pergunta, “serão poucos os que serão salvos?” é imprópria e inadequada. Deus elegeu e elege “por meio de Jesus Cristo” (Ef 1.3-6) cada pecador para a salvação.
         Jesus Cristo chama a si todos os pecadores e promete-lhes refrigério, e seriamente quer que todos os homens venham a ele e consintam que se lhes ajude, aos quais ele mesmo se oferece, na Palavra, e quer se que o escute e não tape os ouvidos ou despreze a Palavra. Além disto promete o poder e a operação do Espírito Santo, divina assistência para perseverança e salvação eterna. Amém!  


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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