segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Alimento para alimentar!

14/08/2016
13º Domingo após Pentecostes
Sl 119.81-88; Jr 23.16-29; Hb 11.17-31; Lc 12.49-53
Tema: Alimento para alimentar!

         O que me impressiona como pregador do evangelho é o fato de ser constantemente repreendido (“entre linhas”) pelas pessoas dizendo que não devo me preocupar tanto com o ensino errado de alguns pregadores. Será que a igreja que prega a Palavra corretamente não deve se opor ao falso ensino? Como ensinar a verdade, sem condenar o erro?
         Na Palavra de Deus há muitas admoestações contra os falsos mestres. A mais solene está nas palavras do profeta Jeremias: “Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações” (Jr 23.22).
         Anos atrás, numa outra paróquia onde atuei, um idoso fez o seguinte comentário: “muitos desses falsos mestres fingem dizer a verdade e tem diante de si pessoas que fingem ouvir a verdade”. De fato, as pessoas se permitem ser levadas para o mau caminho através de ensinamentos falsos, e assim, perdem-se por culpa própria. A Palavra de Deus está recheada de conselhos e advertências contra os falsos mestres e falsos ensinos. Não é possível que alguém se digne a estar numa igreja, ler a Bíblia e alegar nunca ter ouvido ou lido exatamente essas advertências.
         No entanto, isso não serve para desculpar os falsos mestres que proclamam falsos ensinamentos. A verdade é que a culpa dos mesmos é bem maior, pois, além de escolherem o caminho errado para si mesmos, apontam esse caminho para outros. Nesse sentido, a exortação de Deus é clara: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas, como quem deve prestar conta” (Hb 13.17). A obediência e submissão não se deve a qualquer guia espiritual. Ela só é devida a quem de fato está preocupado em ensinar corretamente, justamente por saber que é responsável pela alma de cada um que lhe foi entregue pelo Senhor.
         Há muita responsabilidade para um pregador do evangelho! Não uma responsabilidade empresarial, ou seja, voltada aos resultados. Infelizmente, devido a pressões, muitos pregadores encararam a responsabilidade ministerial com crescimento. Assim, os Relatórios, Planos Estratégicos, Metas, Alvos, se tornaram o ponto principal do ministério.
         O pastor tornou-se sinônimo de faz tudo. E, muitos em muitas situações, não se dedicam ao estudo e a realização de um bom sermão, um bom estudo bíblico. Afinal, sua função como SEO da empresa “igreja” é preencher relatórios, pensar e executar estratégias, cumprir metas e alcançar os alvos.
         Lembre-se: a maior responsabilidade de um pastor é ser “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que se contradizem” (Tt 1.9).
         Sou um grande defensor de que nossa igreja não apenas faça como muito bem faz, ou seja, forme bons pastores, mas que as paróquias permitam aos pastores que mais e mais estudem e ofereçam o melhor alimento as ovelhas.
         Talvez alguém pense: pastor, você tem o hábito de preparar as mensagens antes, tendo feita essas, um ano antes de pregá-las, (09/07/2015) quer mais tempo para estudar? SIM. Pois, quanto mais preparo houver, melhor vocês estarão alimentados. Quanto melhor uma ovelha estiver alimentada, melhor será seu testemunho, sua vida, seus direitos e deveres na igreja.
         Um bom alimento alimenta quem é alimentado por ele!
         No trecho bíblico aos Hebreus (Hb 11.17 – 31) relata-se a respeito de Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe. Todos eles viveram e tem seus nomes lembrados até hoje por causa do verdadeiro alimento.
         Poderiam ter se perdido, afinal, havia falsos profetas naqueles dias, mas corretamente alimentados, permaneceram fiéis. Que corretamente alimentados possamos continuar firmes nutridos pela fé. Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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