segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Igreja se comunica numa linguagem de Esperança

Mensagem para o dia de 02 de Novembro - Finados
1Tessalonicenses 4.13 - 18
A Igreja se Comunica numa linguagem de Esperança 
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            Paulo, Timóteo e Silvano já responderam nos capitulos anteriores da carta aos tessalonicenses, algumas questões sobre a moral sexual e matrimonial. No capitulo 4,  estão respondendo algumas questões que provoca uma certa intranqüilidade àquela comunidade: os mortos, ressurreição e segunda volta de Cristo.
            Os cristãos estavam sendo perseguidos, e a pergunta era o que iria acontecer se morressem, ou se fossem assassinados? Tudo iria se acabar? A ressurreição é realmente verdade?
            É importante olharmos as palavras  do v.12 – “aos de fora” – e do v.11 “não tenham necessidade de ninguém”, “ocupar-se dos próprios negócios”, “trabalhar com as suas mãos”. Essas palavras estão transmitindo um valioso recado: Saiam do sistema, do mercado, assim iriam descobrir a novidade. Palavras que valem para o nosso mundo consumista. Não se deixem escravizar por isso.
            O v.13 indica quantas léguas “os de fora”, “os outros” estavam longe da verdade. Quem eram esses?Os que não tem esperança”. Eram os que detinham o poder no império romano. Havia uma enorme distância da classe social rica para os trabalhadores de Tessalonica. Os ricos não esperavam por mais nada, pois possuiam tudo aqui e agora. Assim como em nossos dias, há aqueles que possuem tudo aqui e agora.
            Paulo em suas palavras está falando da volta do Senhor vitorioso. O exemplo fora dado, pois no império romano, as pessoas esperavam a volta do imperador vitorioso de uma guerra. Era um dia aguardado, pois havia um grande e delicioso banquete, cheio de bebidas e comida farta.
           A exemplo da volta do imperador vitorioso será a volta do Senhor Jesus. Nesse dia os mortos vão ressuscitar e os que estiverem vivos vão se encontrar com o Senhor. Paulo faz o anuncio de vida após a morte.
            A doutrina da ressurreição é sempre colocada em cheque quando ocorre a perseguição. Por sermos um país livre em termos religiosos, pouco nos importamos com esse assunto. Mas se olharmos os livros de Daniel, Marcos, Mateus, Lucas e Apocalpse veremos a importante ênfase nesse assunto. Um assunto importante em dias de perseguição. A linguagem de Paulo é camuflada para que os perseguidores não a entendam, mas aos cristãos a verdade da ressurreição os animava a permanecerem firmes, mesmo em meio aos perigos de morte.
            A linguagem é de esperança: não ficar triste diante da morte. O v. 13 diz  “aos que dormem” – o termo grego é Koimoménon, fazer dormir, colocar para dormir, na certeza de que se vai acordar. Não podemos ficar na ignorância assim como os de fora que não tinham essa esperança. Sua esperança e alegria estavam nas coisas materiais que possuiam nesse mundo, não aguardavam e nem esperavam por mais nada. A morte do cristão é uma gloriosa ressurreição.
            O anuncio da ressurreição que perpassou a pregação da Igreja primitiva era consolo e força para os Tessalonicenses perseguidos. Essa pregação era uma esperança viva. Uma esperança que conforme o v. 15,  “por palavra do Senhor”, era do próprio Senhor, por isso, os tessalonicenses podiam se regozijar.
            Paulo afirma: “nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, ... (v.15). É uma afirmação de que eles estariam vivos. Na época a pregação consistia em ressurreição para julgamento apenas com os vivos, e Paulo está afirmando que a pregação da salvação consiste em dizer que em Cristo todos, mortos e vivos estão verdadeiramente vivos. Assim os tessalonicenses eram chamados a colocar toda a esperança na volta de Jesus, pois nem mesmo a morte os separaria do Senhor. A verdade é que não há ressurreição para julgamento, mas todos ressuscitarão para uma maravilhosa festa.
            O v.17 com uma linguagem apoteótica, fala sobre um encontro do governante com seus súditos após uma vitória na guerra. Celebra-se o domínio do homem sobre o homem. Roma tinha poder sobre todos e tudo. O encontro com o representante desse poder era algo extraordinário. Dessa festa só participavam os vencedores, aqueles que praticavam a injustiça sobre os outros e que  dominavam e venciam seus semelhantes e os escravizavam. Mas, nós cristãos, precisamos olhar para o versiculo 17 e vermos a maravilhosa mensagem. É Jesus, o vencedor que vem ao encontro do seu povo, um povo vivo. Os v. 16-17 não narram nenhuma batalha, ao contrário, apresentam o que é verdadeiro, ou seja, que ao acontecer a vinda, o combate já terminou, o vencedor está chegando e é vitorioso. A festa é para todos aqueles que em Jesus são vencedores e que não precisaram dominar, combater ou escravizar seu semelhante para estar no banquete do vencedor. 
             A preocupação de Paulo nessa carta são apena os fiéis. Paulo está ressaltando o encontro  definitivo com o Senhor que vem. Olhemos mais uma vez as palavras do v. 17: “estaremos para sempre com o Senhor”. Essa é a finalidade da história de Deus para conosco, que cada pecador esteja com ele para sempre.
            O pedido é que os fiéis não se entristeçam com os entes queridos mortos, pois todos se alegrarão no reencontro com o Senhor. Essa esperança era uma injeção de ânimo, diante da tristeza dos que já partiram e da perseguição.

Edson Ronaldo Tressmann

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