segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A verdade que liberta

Dia da Reforma - 31 de outubro
Sl 46; AP 14. 6 – 7; Rm 3. 19 – 28; Jo 8. 31 – 36 ou Mt 11. 12 - 19
Tema: A verdade que Liberta
Introdução
            Ano de 1.500 é classificado como  período da Idade Média. Muitas descobertas, mas o homem em si, vivia numa crise espiritual. A igreja apresentava um Deus irado e bravo. Todas as coisas que eram feitas, se fazia para agradar esse Deus irado. As relíquias, as romarias, a missa aos mortos, oferendas aos mortos para salvá-los. Ainda havia as indulgências, em nome da fé o povo era sufocado. Cristo deixou de ser o centro. A salvação dependia das boas obras praticadas por pessoas que não conheciam a graça de Deus. Se as faziam era por puro medo ou desespero, e com toda a certeza isso não agradava a Deus. Se houvesse conhecimento, como houve depois da reforma, entenderiam que essa atitude errada é que irava a Deus. 1500 é período onde se esperava e se tinha certeza de novas descobertas, mas a certeza da salvação não havia.
            O que era preciso, ou quanto sacrifício era necessário para ser salvo? O que fazer para ser salvo? Uma questão dificil de ser respondida, pois a Bíblia estava proibida aos leigos. As almas estavam atribuladas.
            Entre as muitas almas inquietas com a incerteza da salvação estava Lutero. Ele se auto flagelava, pois não conhecia o Deus verdadeiro. Lutero tinha medo de Deus. Observamos isso quando de caminho de volta a Universidade, depois de ter participado de um velório de um amigo seu. Quando retornava um raio atingiu uma árvore ao seu lado que quase o matou, ali, em meio a chuva prometeu a santa Ana que iria ingressar num convento se ele saísse vivo daquela tempestade.
            O medo e o desespero levaram Lutero a ingressar num convento, imaginando que lá encontraria paz para sua alma.  Lutero sempre buscou a resposta para sua inquietação: O que fazer para ser salvo? Quanto mais cumpria as regras, mais se agravava o tormento da sua alma e menos paz encontrava. Sem saber o que fazer, Lutero abriu seu coração ao seu superior, o Frade João Staupitz, o qual o confortou dizendo: “Cristo é o salvador verdadeiro e você um pecador. Deus não brincou ao entregar seu Filho por nós”. Mais tarde Lutero disse que essas palavras tiraram sua alma do inferno. Essas palavras caíram como um raio dentro de Lutero. Relembremos: “Cristo é o salvador verdadeiro e você um pecador. Deus não brincou ao entregar seu Filho por nós”. Lutero passou a examinar toda Escritura.
            Cristo na sua Palavra mudou Lutero. Em 31 de outubro de 1517, em Wittemberg, na porta norte do castelo, Lutero afixou 95 teses que fizeram uma enorme mudança, principalmente naquilo que estava afligindo as pessoas, a vida espiritual.
            O Resultado dessas 95 teses foi que Lutero teve que enfrentar a dieta de Worms. Mesmo ali, Lutero se manteve firme e confessou: “se eu não for convencido pela Escritura que estou errado, então que Deus me perdoe
            Lutero sempre se considerou um servo de Cristo. E mesmo quando as pessoas se reuniam para dar nome a esse movimento, Lutero pedia que simplesmente se chamassem de Cristãos, pois foi Cristo quem deu a vida para nos salvar.
            Estamos vivendo em meio a muitas heresias. Dentro do culto estão usando coisas não prescritas como elementos de culto. Estão abandonando a prática do culto verdadeiro. E ainda, se julgam melhores que a igreja que foi reformada e fazem piores atrocidades que se fazia naquele período de escuridão espiritual. E entre tantas atrocidades, a pior é a distorção da Palavra de Deus.
            Na palavra de Deus, nas palavras de João 8.36 meditemos no tema: a verdade que liberta.
            Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres” (Jo 8.36). Cristo é a única verdade que liberta. Lembremos do significado do 2º artigo do Credo: “Creio que esse Jesus Cristo é meu Senhor...”. A mesma coisa já falou o profeta Isaias cap. 53, numa das mais belas passagens da Bíblia.  Isaias 53. 1 – 9.
            Jesus morreu por nós. Cristo é o centro da verdade. A única verdade que liberta. Se lhe apresentam outros meios além de Cristo para a liberdade, saiba que é mentira, pois só Cristo é a salvação. Cristo humilhou-se para a nossa remissão. Em Cristo estamos justificados, não precisamos de romarias, indulgências, missa do 7º dia. A salvação nos foi e é dada em Cristo.
            Diz Paulo em sua 2º carta aos Coríntios: “Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com ele, vivamos de acordo com a vontade de Deus” (2Co 5.21), e o profeta Isaias que acabamos de ouvir diz que Cristo foi moído pelos nossos pecados. Graças a isso, podemos crer na vida após a morte. A justiça, a salvação vem da graça de Deus por Jesus Cristo. Deus nos olha pelo sacrifício de Cristo. Cristo é a verdade que liberta.
Conclusão
            Lutero em um período muito difícil foi arauto dessa salvação. Hoje olhamos para trás, 494 anos e vemos que somos herdeiros e também servos dessa verdade. Não podemos arredar nenhum milímetro que seja dessa preciosa verdade, “Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres” (Jo 8.36). Dia 31 de outubro se comemora o Hallowen. Essa é uma festa que apresenta tudo aquilo contra o que nós lutamos e precisamos nos afastar.
            Apontemos Cristo para nossos familiares, vizinhos e amigos. Dia 31 de outubro é dia de festejarmos a verdade que liberta. Esse dia me leva a louvor a gratidão. Que continuemos assim como fez Lutero e tantos outros a confessar que só a graça de Deus em Jesus Cristo nos justifica. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

Baseado em anotações do sermão proferido pelo Professor Leonardo Neitzel na Congregação Ebenézer em São Paulo no ano de 2000.

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