sexta-feira, 22 de abril de 2011

Como agimos nas situações difíceis como a morte?

23/04/11 – Sábado de Aleluia
Sl 16; Dn 6.1 - 24; 1Pe 4.1 - 8; Mt 27. 57 - 66;
Tema: Como agimos nas situações difíceis como a morte?
SALMO 16 Hino de Davi
Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente. Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer. Muitas serão as penas dos que trocam o SENHOR por outros deuses; não oferecerei as suas libações de sangue, e os meus lábios não pronunciarão o seu nome. O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte. Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança. Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”.
            Lindas palavras do salmista Davi. E nessas palavras queremos meditar nesse dia conhecido como Sábado de Aleluia.
            O Sábado de Aleluia, também conhecido como sábado Santo, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa. Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas, que é a oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica. É o momento de parar em meio a toda a agitação da vida e recordar que a Obra é de Deus. Consiste basicamente na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmos e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-lhe por si e por todos os homens. Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado, mas consumo de quantidades limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa.
É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.
Entre costumes e tradições, Sábado de Aleluia é mais uma oportunidade, e que preciosa oportunidade para refletirmos no acontecimento da sexta feira e no maravilhoso evento do domingo. Nesse sentido as palavras do salmista são apropriadas.
            Resumidamente o salmo 16 traz a mensagem: Refúgio em Deus, o bem supremo, na presença de sofrimento e de morte. Esse Salmo é uma expressão de fé na boca de Davi. É demonstração de fé inalterável em Deus.
            Davi está em perigo de morte: “...porque em ti me refugio” (v.1). E Davi se refúgia em Deus, pois sabe que: “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (v.10).
            As palavras do salmo apresentam uma calma, uma alegria interior e uma confiança inabalável. A calma, a alegria e a confiança se devem a esperança e certeza de que tudo o que Davi espera para o futuro, possui em Deus. Mesmo em meio ao perigo de morte, Davi não se queixa, não fica triste ou desesperado. Pois ele sabe e reconhece que a sua esperança está naquele que Deus havia dito que viria, JESUS.
            Como nos comportamos em situação de morte? Talvez estamos sendo ameaçados; outras vezes um ente querido está bastante doente, digamos que em fase terminal. Qual é a nossa atitude?
            Podemos comparar nosso viver nesse mundo a um constante sábado de Aleluia. Ou seja, estamos em processo de recuperação de um choque. Uma tragédia aconteceu e foi terrivel, a morte de Cristo. E no sábado só nos resta esperar pelo domingo, onde a vitória será completa. No sábado de Aleluia que vivemos, que é a vida nesse mundo, estamos nós em meio as tragédias, tsunami, morte, violência, etc. E devido a essas tragédias que são diárias, ficamos paralisados e por muitas vezes nos esquecemos do evento do domingo, a RESSURREIÇÃO DE CRISTO. Disse Jesus: “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40) e ainda anunciou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (Jo 11.25).
            Esquecer disso, perder essa esperança é viver nossos dias da sábado nos acontecimentos de sexta. O mundo olha somente para a dor, para a violência, para a morte e vê nisso o fim de todas as coisas. Pois com as palavras do salmista: Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente. Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer.
            Deus é o meu refugio – por mais que hoje, sábado de aleluia as pessoas façam festa, pois terminou a quaresma. Por mais que as pessoas gozem de saúde e dinheiro, somente em Deus está o meu refugio. Pois em Deus, no seu Filho Jesus, encontro paz e calma para suportar os medos da vida nesse mundo. Pois em Cristo eu sei que essa vida aqui não termina na sexta, mas sim precisa ser vivida e termina no domingo, na certeza da ressurreição.
            A própria Palavra de Deus, através de Pedro e Paulo recebem a interpretação do Sl 16. Essa interpretação está registrada por Lucas em At 2.29-32 e 13.35-37. Tanto Pedro como Paulo testemunham sobre a esperança de Davi que terá a promessa cumprida em Jesus.
            O testemunho do apóstolo Pedro aconteceu por ocasião do dia de Pentecostes. Paulo, no entanto, dá testemunho com as palavras do Salmo 16 dá testemunho durante a sua primeira viagem missionária em numa sinagoga em Antioquia. As palavras do salmo anunciam uma profecia de Davi, acerca de Jesus, o Cristo, que foi prometido como o herdeiro ao trono. E a esperança de Davi se baseiam e fundamentam nessa esperança. Nessa esperança, mesmo diante da morte, Davi não sucumbe.
            Como nos comportamos em situação de morte? Que estejamos firmes nessa esperança, na certeza de que no domingo Jesus ressuscitou e assim como Ele ressucitou, nós também ressuscitaremos.
Conclusão
            Devido aos nossos pecados queremos viver como se todo dia fosse sexta feira santa. Cenário de dor e sofrimento. No entanto, somos animados e consolados para vivermos a e na alegria do domingo, Jesus ressuscitou. Nessa certeza e esperança nossos dias são de luz e felicidade. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

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