31 de outubro 2021
Salmo
43; Habacuque 2.2-4; Romanos 5.1-2; João 8.31-32
Texto:
João 8.31-32
Tema:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará”
Quem
disse: “e conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará”? Há quem dia que foi o presidente
Bolsonaro.
Muitos têm feito uso da Bíblia por
motivos políticos. Deus não está interessado por partido A, B ou C. Sabemos que
uma verdade política hoje, pode ser uma mentira amanhã. E uma mentira política
hoje, pode ser uma verdade amanhã. Estamos inseridos nesse contexto e por ele
arrumando inimizades.
A visão moderna de verdade foi construída
ao longo dos séculos, desde a antiguidade, misturando concepções grega, latina
e hebraica. Em grego, a verdade (aletheia) significa aquilo que que não está
oculto, não escondido, e é manifestado aos olhos e ao espírito e evidente para
a razão. Em latim, a verdade (veritas) é aquilo que pode ser demonstrado com
precisão e refere-se à exatidão. Como descreveu Tomás de Aquino, é a expressão
da realidade.
Disse Jesus: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.” Qual é essa verdade? E a mesma nos liberta de que?
Os judeus que se diziam livres devido o
conhecimento e suposto cumprimento da lei, na verdade, estavam escravizados
pela ignorância. Esperavam o Messias - o libertador político e ignoravam o
libertador que de fato e verdade lhes daria a verdadeira libertação.
A festa dos tabernáculos (Lv 23.34-43)
havia terminado. Essa era a festa mais popular e alegre de todas as sete.
Durante os sete dias de festa, em pelo menos 3 dias, Jesus ensinou muitas
pessoas. Ante esses ensinamentos, fariseus e escribas opuseram-se
ferrenhamente.
Pessoas passaram a crer, e a fé não deveu-se
algum sinal (Jo 2.23). O ouvir da Palavra gerou fé (Rm 10.17). Os crentes não
falavam nada abertamente por medo dos líderes judeus (Jo 7.13).
Apesar dos que creram, havia também àqueles
que pensavam que Jesus estivesse louco ou endemoniado. Dessa forma, assim como
é em nossos dias, havia uma multidão dividida (Jo 7.12-13).
Judeus invejosos que julgavam como um
ridicularizador da lei de Moisés e das tradições religiosas enviaram soldados
para prender Jesus. Esses soldados foram impactados por suas palavras (Jo 7.46)
e não prenderam Jesus Cristo.
Um dos líderes entre os judeus, Nicodemos,
tentou impedir os judeus de ignorarem e rejeitarem Jesus alegando que de acordo
com a lei não se podia tomar tal atitude sem antes investigar a pessoa (Jo
7.31).
Todas essas situações levaram judeus a
perturbarem o ensinamento de Jesus e manter as pessoas escravas da suposta
imposição da lei e da tradição religiosa judaica. Os constantes debates e
perguntas dos lideres judeus, mantiveram muitas pessoas cativas a ponto de não
compreenderem quem era Jesus (Jo 7). Por isso perguntaram sobre quem ele era.
Pelo ouvir da Palavra de Deus muitos
chegaram a fé e Jesus sabia que pelo ouvir, muitos poderiam se afastar da fé,
por esse motivo, Jesus exorta: “...quem permanecer na minha palavra...” (Jo
8.31).
As muitas pessoas com nome ou anônimas
que estava crendo em Jesus corriam um perigo: abandonar a fé em Jesus devido à confusão causada pelos
fariseus e escribas. Jesus exorta que o abandono e a rejeição poderiam
custar muito caro (Jo 7.28).
Estamos vivendo dias em que muitos se
dizem cheios de “verdades”.
No entanto, essas “verdades” apenas afastam de Cristo, a verdade
absoluta.
A “verdade” da evolução retira a verdade da
criação e da ação do Deus triuno na história. A “verdade” da reencarnação retira
a mensagem e a certeza da ressurreição e importância da obra de Jesus Cristo. Supostas “verdades” escravizam pessoas e
as mantêm cativas. Disse Jesus: “e conhecereis a verdade e a verdade os libertará”
(Jo 8.32).
Fariseus e escribas estavam certos de
suas supostas “verdades”
e por isso, impedidos de ver a verdade absoluta de Deus: Jesus! O próprio
Cristo exclamou: “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6).
Presos por uma verdade, fariseus e escribas
trouxeram uma mulher adultera diante de Jesus. Pela lei (Lv 20.10; Dt 22.22-24)
a mesma deveria ser apedrejada.
Observe
que Jesus não se opõe ao apedrejamento, mas, Jesus os faz refletir: “Quem de vocês
estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!”
(Jo 8.7).
Nesse episódio, atrelado a essas
palavras, há uma verdade libertadora! Atire a pedra quem não tiver nenhum pecado!
Os fariseus e escribas eram intocáveis.
Esses homens eram santos. Após constatarem que não há ninguém que não peca, a
lei que os faria apedrejar aquela mulher, os condenou e os fez ver que
precisavam rever sua postura.
Os que defendiam a lei e a moralidade
absolveram a adultera e o mesmo estava fazendo Jesus. Liberta da morte que a
lei lhe causaria, o evangelho do perdão também a libertou e por isso pode ouvir
e seguir o conselho de Jesus: vá!
Querido irmão e irmã em Jesus: “e conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”. Amém!
ERT
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