quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

 10 de outubro de 2021

Salmo 90.12-17; Amós 5.6-7,10-15; Hebreus 3.12-19; Marcos 10.17-22

Texto: Marcos 10.17-22

Tema: Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

 

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Um homem, conhecido como jovem rico, tem sua história registrada por três de quatro evangelistas. O relato quer nos ensinar varias e preciosas lições. Desejo exprimir uma possível reflexão do mesmo.

Conforme João Marcos (Mc 10.17-22) esse homem se aproximou de Jesus e se ajoelhou.

O ato de ajoelhar significava intensidade e sinceridade. É um gesto de submissão completa. Ajoelhar-se perante alguém indica que se reconhece a autoridade dessa pessoa.

O homem rico reconhecia a autoridade de Jesus como bom mestre. Entre os judeus, havia a ideia de que Deus é bom, e o melhor de todos os homens era apenas um representante da bondade absoluta de Deus. Dessa forma, ao ajoelhar-se diante de Jesus e chama-lo de bom mestre, o homem rico (Mc 10.17-22), reconhecia a autoridade de Jesus como sendo um representante da bondade de Deus e achava que ele também o fosse. E para classificá-lo como tal, diz que observava todos os mandamentos.

Querendo receber de Jesus o título de bom, o homem foi questionado sobre a observação dos mandamentos da segunda tábua que falam sobre a vida diante do próximo. Ao responder que observava os mesmos, Jesus coloca o dedo na ferida fazendo-o refletir que não era um representante da bondade de Deus, pois lhe faltava prático amor ao próximo. Jesus disse: “Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu” (Mc 10.21).

Esse pobre homem rico, ajoelhado, considerando Jesus um representante da bondade de Deus e desejando esse título, ouve de Jesus que ele não representava a bondade de Deus, afinal, não era capaz de vender seus bens e doar aos pobres.

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Depois de falar que observava os mandamentos que indicava seu relacionamento com o próximo, Jesus indica que esse homem amava a si mesmo e principalmente o dinheiro.

Salomão disse que “quem ama o dinheiro nunca fica satisfeito...” (Ec 5.10) e o apostolo Paulo escreveu a Timóteo que “o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males...” (1Tm 6.10).

Jesus disse que o maior entre todos é aquele que serve (Mc 10.43). E assim, diante dessa narrativa (Mc 10.17-22) cabe a pergunta: O que temos e somos serve aos outros?

De nada adianta querer ajoelhar-se, supostamente observar os mandamentos e, não passar disso.

Ao dizer de maneira humorada que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mc 10.25), Jesus enfatiza o perigo que corre a alma humana. Seu alerta é para que se tenha cuidado com uma vida dividida. Não é possível supostamente cumprir a lei referente ao próximo sem amá-lo verdadeiramente. Cuidado! Não deixe o terreno, o passageiro, tirar o eterno.

Jesus olha com amor (Mc 10.21) para esse pobre homem rico. Com olhar misericordioso, Jesus aponta seu pecado e o quanto estava distante de Deus imaginando estar perto pelo aparente cumprimento da lei.

Ajoelhou-se para falar e levantou-se triste depois de ouvir!

Um homem que dizia amar o próximo por não cometer adultério, não matar, não roubar, não dar falso testemunho, honrar pai e mãe, mas, quando desafiado a vender seus bens e doar aos necessitados, saiu triste.

Por amor a esse pobre homem rico, Jesus apontou seu pecado e a raiz da sua pobreza espiritual. Ele amava ao dinheiro.

Quantas pessoas dizem que nunca mataram, roubaram, adulteraram e assim buscam ser taxados de bons e até merecedores do céu e das bênçãos de Deus. Assim como foi com esse pobre homem rico, Jesus continua a olhar com amor e deseja incutir cada qual do seu pecado e fazê-lo refletir. Quantas vezes nos ajoelhamos para falar e nos levantamos triste depois de ouvir!

Precisamos ser convencidos do nosso pecado para verdadeiramente nos ajoelhar diante do Pai e dizer: nada tenho observado da tua lei, pequei e peco pelo meu olhar, pensar, falar, fazer e deixar de fazer. Tenho amado mais o que tenho e sou e desprezei o meu próximo a quem deveria amar. Obrigado Senhor por meu amar mesmo assim. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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