26 de setembro de 2021
Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos
9.38-50
Texto: Tiago 5.14
Tema: Unção com Óleo
“Se algum de vocês estiver doente, que chame os
presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça
dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14).
O assunto unção com óleo é cheio de
dúvidas e tem causado muitos transtornos na vida de muitos congregados. É
preciso aproveitar o texto de Tiago 5.14 “Se algum de vocês estiver doente, que chame os
presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça
dessa pessoa em nome do Senhor” e enumerar alguns pontos.
1 - Desvios
sobre o ensino da unção com óleo
a) Extrema Unção
– A igreja Romana desde o século XII e XIII criou o dogma da extrema unção com
base em Tiago 5:14. Esse dogma foi mudado e reafirmado pelo Concílio Vaticano
II, quando se tira a expressão “extrema
unção” e muda para “unção de enfermos”.
A extrema unção é para a alma e não
para o corpo. É preparação para a morte e não cura para a vida. Enquanto o
propósito de Tiago é claro: unção para cura e não preparação para a morte.
b) Posição
Neopentecostal – A crença que toda doença procede do diabo e
consequentemente é da vontade de Deus curar a todos em todas as circunstâncias.
c) A Prática da Unção
Generalizada – Pastores que ungem todas as pessoas que estão dentro
da igreja, bem como objetos.
d) A Prática da Unção
Realizada por todas as Pessoas – São os presbíteros que ungem e não
outros membros da igreja.
“Se algum de vocês estiver doente, que chame os
presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça
dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14)
2 - A Bíblia é a prática da unção com óleo
a) O
óleo como cosmético – Mt 6:17
b) O
óleo como remédio – Lc 10:25-37; Is 1:6
c) O
óleo como símbolo espiritual – Mc 6:13; Tg 5:14
A unção com óleo, na época era um
remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo, “azeite em nome
do Senhor” na Escritura sempre representa um sinal para o Espírito
Santo (Êx 29.7; Nm 32.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). Simbolizando assim que o
Espírito Santo concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7), começando pelo
íntimo e chegando ao físico. E em tantas outras partes da Escritura encontramos
a cura sem a unção com óleo e com a imposição de mãos (At 5.12; 14.3; 19.11). É
preciso destacar que o ponto não está no óleo, nem nas mãos, mas na oração em
nome do Senhor, pois no verso 15, ouvimos as palavras de Tiago: “Essa oração,
feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os
pecados que tiver cometido” (Tg 5.15).
3. A unção com óleo em Tiago - remédio ou
símbolo espiritual?
a) A posição de que o
óleo é remédio
Jay Adams é o maior defensor desta
tese. Seu principal argumento é a palavra grega usada por Tiago (aleipho = friccionar + lipo = gordura).
Thomas Goodwin usava os argumentos de
que os presbíteros são os administradores da unção e não tinham necessariamente
o dom de cura. Ele observa que os receptores da unção eram os membros da
igreja, enquanto que os milagres se estendiam a todas as pessoas. Isso, pelo
fato dos cristãos entenderem a simbologia da unção com óleo. Outro ponto, é que
o dom de cura não estava limitado ao uso do óleo, pois, se a unção com óleo significasse
cura eficaz, os cristãos teriam encontrado uma forma de escapar da morte e
esqueceriam de Jesus.
b) A posição de que o óleo é um símbolo espiritual
Tiago usou aleipho e não chrio,
sendo que ambos significam ungir. O fato é que chrio jamais é usado para o ato
físico de unção, sendo apenas usado no sentido metafórico (Lc 4:18; At 10:38).
O óleo em Tiago 5:14 não é medicinal
porque não é o óleo que cura, nem o óleo mais a oração que curam, mas a oração
da fé. Pois, os presbíteros são chamados para ungir com óleo, pois, se a unção
fosse medicinal, poderia ser feita por qualquer outra pessoa sem a necessidade
de convocar os presbíteros e que a mesma precisassem ser feitas em nome do
Senhor.
As palavras “em nome do Senhor” colocam os
limites da cura. O poder está no nome de Jesus. A cura vem pelo poder do nome
de Jesus e não pelo efeito terapêutico do óleo. Isso faz da unção com óleo um
exercício espiritual e não uma prática medicinal.
ERT
Edson Ronaldo
TREssmann
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