26 de setembro de 2021
Salmo
104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20; Marcos 9.38-50
Texto:
Tg 5.14-16
Tema:
Orem sempre!
Tiago, irmão do Senhor Jesus, escreveu
uma carta que convida os que creem a prática da fé.
Dentro dessa prática, convida o cristão
sofredor a orar e o cristão que já recebeu a bênção de sair do sofrimento a
cantar louvores (Tg 5.13). Entre as práticas da fé, Tiago enumera algumas
atitudes que tem causado muitos atritos entre pastores e congregados. Ouçamos
com atenção as recomendações: “Se algum de vocês estiver doente, que chame os
presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça
dessa pessoa em nome do Senhor” (Tg 5.14). “Essa oração, feita com fé, salvará a
pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido”
(Tg 5.15). “Portanto,
confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos
outros, para que vocês sejam curados. A oração de uma pessoa obediente a Deus
tem muito poder” (Tg 5.16).
1 - Doente – chame os presbíteros para que
orem, coloquem azeite na cabeça.
2 – Doente – ao chamar os presbíteros,
aproveite e confesse seus pecados e orem;
Qualquer doença traz solidão. Nessa
situação é comum que a pessoa fique queixosa e passe a reclamar de muitas
coisas, inclusive do pastor que não lhe visitou. Tiago aconselha que o próprio
enfermo cristão, tome a iniciativa: “chame os presbíteros da igreja”.
Se a tendência do enfermo é ficar
resmungando e dizendo que ninguém o vem visitar, Tiago recomenda que o enfermo
chame os presbíteros com a mesma naturalidade que chamam um médico.
Por que chamar os
presbíteros da igreja?
Jesus concedeu uma importância especial
à visita a enfermos e concedeu à oração conjunta uma promessa especial (Mt
25.36; 18.19).
E na visita aos enfermos há 3
recomendações importantes de Tiago: ore na fé em Jesus,
derrame uma unção de óleo, confesse os pecados.
A visita ao enfermo não visa somente a
cura do doente. O desejo de Deus é que o enfermo sinta o amor e a presença de
Deus. A visita ao enfermo é uma excelente oportunidade para que o doente veja
sua situação diante de Deus, confesse seus pecados e receba o bálsamo do
perdão.
A unção com óleo, na época era um
remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo, “azeite em nome
do Senhor” na Escritura sempre representa um sinal para o Espírito
Santo (Êx 29.7; Nm 32.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). Simbolizando assim que o
Espírito Santo concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7), começando pelo
íntimo e chegando ao físico. E em tantas outras partes da Escritura encontramos
a cura sem a unção com óleo e com a imposição de mãos (At 5.12; 14.3; 19.11). É
preciso destacar que o ponto não está no óleo, nem nas mãos, mas na oração em
nome do Senhor, pois no verso 15, ouvimos as palavras de Tiago: “Essa oração,
feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os
pecados que tiver cometido” (Tg 5.15).
A oração feita com fé significa que está
fundamentada na fé no Senhor a quem se ora. É a oração feita por alguém que crê
em Cristo, que está na comunhão dos santos, e que confia naquele a quem ora.
Essa oração feita com fé, salvará a pessoa doente. Mas, além da cura física,
Deus dá o que mais a pessoa precisa: perdão dos pecados.
Se a doença traz solidão e acusação dos
pecados – na doença, junto ao presbítero, haverá
possibilidade de confissão e perdão.
Na
angústia da doença, a pessoa se desnuda. A pessoa já não quer
mais preservar a sua imagem. Tudo o que ela deseja é consolo e esse está no
perdão. Ela diz coisas que não diria em outra situação. Tenho vivido momentos
maravilhosos com pessoas no leito da morte. Momento de confissão, perdão e
oração.
É
interessante a ligação que Tiago faz entre doença e pecado
(vv. 15 e 16). Nem toda doença é devido a um pecado pessoal, afinal, só há
doença por causa do pecado, da natureza pecaminosa, resultado da queda em pecado.
Sabendo disso, Tiago recomenda que se chame o presbítero (responsável pelo
ensino). Já que o doente está impossibilitado de ir à igreja, chame o pastor.
Sempre brinco com as pessoas que muitos
acham que o pastor é bruxo. Pensam que ele tem bola de cristal e consegue por
si só saber quem está precisando. Avisem!
Chamem!
Muitas vezes, a pessoa quando doente
quer falar alguma coisa que pesa sobre a mesma. Quando ficamos doentes é comum
querer saber o pôr que. E muitas vezes, as pessoas sobrecarregam a sua
consciência com algum pecado cometido e precisam confessar seu pecado e ouvir a
boa nova do perdão. Observe que pecado privado, requer confissão privada.
Pecado público, requer confissão pública.
Tanto a imposição de mãos, bem como a unção de óleo
são símbolos da ação de Deus. Não é que a mão de determinada pessoa ou o óleo
de determinada demonização é mais poderoso. A recomendação da oração vem de
Deus. Ele prometeu ouvir e atender as orações a seu modo e tempo. Todo o poder
é dele e todo louvor precisam ser a ele.
Orar pelo tempo! (vv.17-18)
Creditamos o bom tempo, a boa colheita,
as inovações tecnológicas. Tudo isso, é motivo de louvarmos a Deus. No entanto,
é preciso orar pelo tempo.
Tiago cita o exemplo de Elias, um ser
humano comum como todos nós, mas sua oração fervorosa, ficou sem chover 3 anos
e seis meses. (1Rs 17.1).
Israel havia se afastado de Deus e em
confronto com o Rei, o povo e os profetas de Baal, Elias orou para mostrar que
Deus ainda era Deus e que ele governa todas as coisas. Após o grande período de
seca, Elias orou, e choveu e a terra deu as suas colheitas.
As pessoas não estão usando o maior
poder que Deus lhes coloca as mãos, a
oração.
Não oramos pela produção, pela
fertilidade da terra, pela chuva, pelo meio ambiente.
Assim como Elias orou fundamentado na
promessa de Deus (1Rs 18.1), podemos nós orar, pois recebemos uma promessa de
Deus: “...Enquanto
o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e
inverno, dia e noite” (Gn 8.22).
Oramos por causa das promessas de Deus.
E muitas são as suas promessas relacionadas a oração, por isso, “orem sempre”
(1Ts 5.17).
Tiago termina sua carta falando sobre o
maior de todos os perigos que corremos – afastar-se da verdade.
Paulo escreve aos Gálatas dizendo que é
preciso falar de Deus para um desviado (Gl 6.1) e, Tiago escreve dizendo que é
preciso falar do desviado para Deus (Tg 5.19).
O maior risco é se afastar da verdade.
Assim como falado na semana passada, a sabedoria desse mundo se opõe a
sabedoria de Deus, que é Cristo, por esse motivo, o autor a carta aos Hebreus
escreveu: “por
isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos
desviarmos delas” (Hb 2.1).
Tiago diz que alguém que se afastar da
verdade e enveredar-se no pecado está na morte eterna. E quem fizer com que
essa pessoa retorne, tirará essa pessoa da morte eterna e fará com que seus
pecados sejam perdoados.
Em sua exortação aos que se afastaram da
verdade e que estão longe do Senhor (Mc 9.42-50), Jesus diz: “... se o sal
perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? ...” (Mc 9.50). Por isso, Jesus aconselha “tenham sal em
vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Mc 9.50).
Se relembrarmos o sermão do Monte (Mt 5
-7), ouvimos Jesus dizendo por essas palavras que os cristãos são o sal de Deus e salgam o mundo (Mt 5.13). Salgamos o
mundo com nossas orações. Salgamos os afastados da verdade, quando falamos
deles ao Pai celestial.
Precisamos ajudar os que se desviaram da
verdade! Ela precisa voltar, para ser salvo da morte, receber perdão, vida e
salvação.
Tiago termina sua carta falando de
oração. Oração pelos que sofrem, pelos enfermos, e cuidado e restauração aos
que se desviaram da verdade.
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