Salmo50.1-15; Isaías 66.18-23; Hebreus 12.4.24; Lucas
13.22-30
Texto: Hebreus 12.4-24
Tema: Decodificando o
sofrimento!
Em dias de redes sociais a senha é
fundamental. Muitos autorizam que a senha fique salva no dispositivo e assim é
só clicar e as redes sociais estão acessíveis. Mas, de repente acontece algo e
precisamos logar para poder ter acesso a conta, e o drama é que se esqueceu a
senha.
O mesmo acontece na vida cristã. Tudo
está indo bem, de repente, um sofrimento e tribulação. E quando ocorre o
sofrimento e com ele a tribulação, inicia-se uma caminhada entre três balizas:
Tribulação – provação – tentação.
Ninguém quer sofrer. Porque? O sofrimento é contrário a
natureza humana. Deus não criou o ser humano para que sofra, mas, devido à
queda em pecado, sofremos. O sofrimento, seja ele qual for mostra o pecado e
sua terrível consequência.
Corremos perigo, em desanimar da vida
pela fé em Cristo. Afinal, o pecado é afastamento de Deus. E o diabo sabe que,
quanto mais longe de Cristo, melhor. Por isso, constantemente nos assedia. E
seu assédio é aterrador quando estamos sofrendo, pois, surgem as mais variadas
dúvidas do amor e da justiça de Deus em Jesus.
E para que no sofrimento “não cansemos e nem desanimemos” (Hb
12.3), o autor decodifica o sentido do sofrimento e da tribulação. Em outras
palavras, ele nos fornece a senha de acesso para continuarmos a navegação.
Tema: Decodificando o
sofrimento e a tribulação!
1 – Suportem o sofrimento
com paciência, Hb 12.7
2 – Levantem as mãos
cansadas e fortaleçam os joelhos enfraquecidos Hb 12.12
3 – Concessão do título de
cidadão do céu Hb 12 22
O código de acesso para navegação tranquila, mesmo em meio ao
sofrimento e a tribulação que trazem consigo provação e tentação está na fé
Jesus.
Decodificando o
sofrimento e a tribulação.
1 – Suportem o sofrimento com paciência, Hb 12.7
- Deus está com seus filhos no
sofrimento - Hb 12.8-9.
Ao permitir o sofrimento, Deus não
nos criou para sofrermos, em amor e misericórdia, prova a nossa fé e aproveita
para nos corrigir, afinal, o desejo de Deus é nos ter perto dele. Por isso, o
seu convite ao arrependimento é constante.
- Deus educa com o sofrimento,
Hb12.10-11
O sofrimento tem um sentido profundo.
Não é da vontade, mas é permitido por Deus. O sofrimento mostra o pecado e sua
seriedade.
Quando um pai castiga o filho, o faz
como objetivo de que observe a seriedade do erro. E ao corrigir o filho, o pai
e a mãe esperam que seus filhos os agradeçam no final.
A expressão “pai espiritual” (v.9) só é
encontrada nesse texto em todo o NT. Ela descreve a realidade de Deus. Ele é o
nosso Pai. E como Pai, permite o sofrimento, a tribulação, a provação, a
tentação, não para destruir, mas para nos recompensar com uma vida correta e de
paz. Ouça as palavras consoladoras: “Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece
motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos
recebem como recompensa uma vida correta e de paz” (Hb 12.11).
Quando ouvimos relatos da vida de
Abraão, Jacó, Esaú, Davi, Sansão e outros, ficamos fascinados pelos momentos de
alegria, sucesso e bênção. Mas, não podemos ignorar seus momentos de lágrimas. Foram
as lágrimas e as dores que tornaram os momentos de alegria, sucesso e bênção
tão especiais.
Lembre-se: a vida do
próprio Jesus, filho de Deus, teve um momento de cruz, sofrimento e tribulação.
No caminho com Jesus, na vida pela
fé, também existem lágrimas, sofrimentos, tribulações. Mas, esses momentos são
educativos e pedagógicos que Deus utiliza para nosso bem. As experiências
difíceis fazem parte da vida de fé (Hb 11.35-40).
O pai espiritual utiliza-se do sofrimento que é
decorrente do pecado para nos fazer produzir fruto de justiça.
Essa expressão é emprestada do AT (Pv
11.30). Deus espera que seus filhos produzam frutos (Sl 1.3; Jr 17.8; 10.1-8). O que é esse fruto da justiça? É levar
para outro o que a árvore produz. A árvore é Cristo e os frutos são amor e
misericórdia. Em outras palavras, o fruto da justiça, é levar ao outro a vida
que recebemos de Deus em Cristo.
O fruto da justiça em meio ao
sofrimento é manter-se firme na confiança em Deus, o Pai espiritual.
O fruto da justiça (Rm 6.22; Fp 1.11;
Hb 12.11; Tg 3.18) é a santificação, ou seja, manter-se numa comunhão mais
profunda com Deus. Afinal, no sofrimento, andamos em meio as balizas da
tribulação, provação e tentação o nosso inimigo quer nos afastar dessa comunhão
com Deus.
Decodificando o
sofrimento e a tribulação.
1 – Suportem o sofrimento com paciência, Hb 12.7
2 – Levantem as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos
enfraquecidos,
Hb 12.12
A citação é de Isaías 35.3. O mesmo
texto citado por Jesus quando indagado por João Batista se Jesus era o Messias
(Mt 11.5), ressaltando que o fim messiânico anunciado pelos profetas se
realizou em nEle, Jesus.
No sofrimento, quando se abate sobre
nós as tribulações, as provações e as tentações, a igreja precisa proclamar o
Cristo. Nesse sentido, as palavras: “Levantem as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos
enfraquecidos” Hb 12.12, nada mais é do que permanecer firme, pois,
por trás de tudo isso há um propósito maior.
O verbo grego é anorthoo –
reconstruir, erigir. Entre os médicos da época era uma expressão usada para
ressaltar o fortalecer. Ou em caso de ossos quebrados e deslocados no sentido
de ajustar. Assim sendo, é como se o autor estivesse ressaltando para que não
andassem como fracassados, que não podiam mover o corpo.
A metáfora baseada na fisiologia,
descrevendo um corpo dominado por uma tremenda fraqueza, era justamente para
que não se sentissem assim, pois todo o sofrimento tinha como fim ultimo
disciplinar e mostrar que eles eram filhos de Deus. Não importava o que estavam
enfrentando, Deus os livraria ao final de tudo, assim como prometeu por boca do
profeta (Is 35.3-4).
O manter-se firme tem um propósito
missionário (Hb 12.14, 15). Pois, se os sofrimentos, com suas tribulações,
provações e tentações enfraquecerem os firmes, o que será dos que ainda não
caminham firmemente.
O autor destaca a caminhada que tem
um alvo. E essa caminhada é marcada por meio de sofrimentos e tribulações. E ao
exortar para que fortaleçam as mãos e os joelhos e no intuito de ressaltar o alvo
final, monte Sião (v.22), assembleia festiva (v.22), Deus (v. 23), Jesus (v.
24).
“Levantem as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos
enfraquecidos” (Hb 12.12).
Decodificando o sofrimento e a tribulação.
No sofrimento surgem as tribulações,
provações e tentações, por isso, o Espírito Santo por meio do autor humano da
carta aos hebreus nos exorta (Hb 12.14-24).
- Tenham paz com todos e a
santificação Hb 12.14
- Não abandone a graça de Deus
Hb 12.15
- Não desrespeite as coisas
sagradas Hb
12.16-17
Lembre-se: Em Cristo vocês ultrapassaram a lei
(Ex 19.16-22; 20.18-21; Dt 4.11-12; 5.22-27) e chegaram a graça de Deus (Gl
4.26; Hb 11.10; Ap 21.2).
Os versos 22 a 24 descrevem todo o
testemunho do NT de três maneiras. E esse testemunho não pode ser esquecido em meio
ao sofrimento, tribulação, provação e tentação.
É preciso se lembrar do lugar da
salvação, a igreja da salvação e o rei da salvação.
Assim como Abraão, Isaque e Jacó (Hb
11.10,16), a igreja, mesmo em meio ao sofrimento espera pela cidade vindoura
(Hb 13.14). Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
CHAMPLIN, R.N.
O novo testamento interpretado
versículo por versículo. Volume 5.
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2014.
LAUBACH, Fritz.
Carta aos Hebreus. Comentário Esperança. Editora
Esperança, Curitba, PR, 2013
WIERSBE, Warren W. Novo Testamento 2. Comentário
Bíblico expositivo. Editora Geográfica, Santo André, SP, 2017.
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