segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Diante do fim, eis que surge algo novo!



18 de novembro de 2018
26º Domingo após Pentecostes
Sl 16; Dn 12.1-3; Hb 10.11-25; Mc 13.1-13
Texto: Marcos 13.1-13
Tema: Diante do fim, eis que surge algo novo!

O que te deixa impressionado? Muitas coisas têm impressionado o ser humano.
No dia 30 de outubro, foi inaugurada na Índia, a maior estátua do mundo. A estátua de Patel (líder da independência do País), feita toda em bronze, não impressiona apenas pelo seu tamanho, mas também pelos gastos. Foram gastos cerca de 1,5 bilhão de reais. As autoridades do país enfatizam que essa impressionante obra atrairá inúmeros turistas ao país.
As pessoas se impressionam com feitos humanos. Quem de nós nunca se impressionou com alguma construção? Eu fiquei impressionado com a estátua do Cristo Redentor quando em 2000 fui ao Rio de Janeiro.
Ao sair do Templo (onde Jesus mostrou sua boa impressão com o testemunho de fé da viúva pobre socialmente), um dos discípulos mostrou sua impressão sobre o templo e as pedras que o edificaram (Mc 13.1).
Os feitos humanos nos impressionam. A julgar por mim, sempre fiquei impressionado com o nosso templo. Formato de um coração segurado por duas mãos. Me disseram que esse projeto saiu da sua cabeça Lídio em 1991. Impressionante!
Enquanto aquele discípulo, e nós também, ficamos impressionados com os maravilhosos feitos humanos, Jesus nos lembra algo fundamental: “...não ficará uma pedra em cima da outra, tudo será destruído” (Mc 13.2).
Parece que Jesus gosta de cortar nosso barato. Precisava ser tão direto?
A resposta de Jesus parece ter gerado um desconforto, afinal, há um silêncio que só é interrompido no monte das Oliveiras, enquanto Jesus apreciava de longe o Templo. Essa cena parece mostra que Jesus estava refletindo sobre o que havia respondido. Os discípulos também refletiram sobre a resposta de Jesus e se aproximaram para fazer um pedido: “Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão acontecer?” (Mc 13.4).
É triste constatar que as construções humanas, quer seja pela sua arquitetura ou funcionalidade, irão se acabar.
Será?
Milhares de pessoas duvidam disso. Há os que preferem crer na reencarnação, ou no reinicio de vida em outro planeta. Só não querem crer na volta de Jesus e na vida eterna ao lado de Deus.
Por qual motivo as pessoas não querem mais crer no final eminente?
Bem, a resposta se deve aos sinais anunciados por Jesus, que acontecem, se repetem, mas, parece que Jesus nunca voltará.
Os sinais de que a arquitetura humana terá um fim são evidentes a cada dia. A certeza do retorno de Jesus é evidente. Pois, vejam se esses sinais ocorrem ou não:
v. 6: muitos aparecerão fingindo ser o Messias e enganarão muitas pessoas;
v. 7, 8: batalhas e guerras; um país invadindo outro;
v.8: terremotos e falta de alimentos;
v.9: pregadores sendo presos e apanhando dentro da igreja;
v.12: irmãos serão entregues por irmãos para serem mortos. Filhos ficarão contra pai e mãe e os matarão;
v.13:seguidores de Cristo serão odiados;
Algum desses sinais já aconteceu? Acontecem?
E daí, será que precisamos nos aterrorizar? A resposta é não!
Jesus sabe que o pecado nos faz ficar medrosos e inquietos diante das tragédias. Por isso, dá outras recomendações cristãs ante esses sinais.
v. 7: Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim;
v.8: Essas coisas serão como as primeiras dores de parto;
v.9 e 11: na prisão, o Espírito Santo nos impelirá a falar sobre o evangelho;
v. 13:fique firme até o fim e seja salvo;
A partir do momento em que Jesus responde a um dos seus discípulos sobre os sinais de que não ficará pedra sobre pedra e que o fim virá, Jesus ressalta a atitude nesses tempos do fim.
É natural que quando os sinais ocorram as pessoas se apavorarem. Ao mesmo tempo, é muito fácil ser enganado pelos sinais. Milhares de pessoas tiraram a própria vida para não presenciarem o fim.
Os sinais do fim, não tem o intuito de assustar ou atemorizar, eles objetivam nos preparar e deixar alertas.
A questão não é sobre quando se dará o fim, mas, como viver na fé, em meio aos sinais que mostram que esse fim está por acontecer.
Quando Jesus diz que não ficará pedra sobre pedra e que o fim virá, ele tem por objetivo dar nova forma ao nosso agora.
Quantas pessoas, estão agora, ocupadas com as coisas de pedra. Pessoas estão perdidas com as coisas admiráveis desse mundo, esquecendo-se que essa admiração irá terminar, pois, algo muito admirável se dará: a volta de Jesus.
Quando Jesus fala sobre o fim de todas as coisas o incrível é que nada será diferente para àqueles que o defendem. Pelo contrário, esses é que serão presos, maltratados, odiados. Isso têm um objetivo amoroso: que aqueles que odeiam possam ouvir o evangelho e sejam salvos.
Por mais que os discípulos estejam preocupados com o fim, com os sinais, Jesus mostra que diante da angustia do fim, das dores de parto (v.8), pode nascer algo novo. E esse novo se dá em Jesus pelo poder do evangelho.
Todo evangelho de Marcos tem um único objetivo, preparar o leitor para o grande evento da crucificação e ressurreição de Jesus. Esse é o evangelho a ser testemunhado pelos filhos e filhas de Deus que irão sofrer com o eventos do fim. Esse evangelho salva vidas.
Jesus alerta seus discípulos que no tempo do fim, importa evangelizar com fidelidade (At 20.29-31; 2Ts 2.3-11; 1Tm 4.1). Não se percam em meio aos sinais e não se deixem enganar. Jesus diz: “ainda não será o fim”, ou seja, lutem para se aquietar. Não se deixem levar para longe de Cristo.
No fim acabará a vida política, econômica e ecológica. Coisas pelas quais muitas pessoas tem se digladiado e deixado de se aperceber do evento maior que está por vir. Precisamos ter clareza de quem somos e para que estamos aqui, por isso, “tenham cuidado” (v.9). É melhor apanhar do que bater e matar outros (v.9,12).
No fim dos tempos, será quase impossível viver como um discípulo de Cristo, pois “sereis odiados” (v.13). Por isso, Jesus profere uma frase de ânimo: “quem ficar firme até o fim será salvo” (v.13).
Jesus sabe os sinais, fala sobre eles: v. 6: muitos aparecerão fingindo ser o Messias e enganarão muitas pessoas; v. 7, 8: batalhas e guerras; um país invadindo outro; v.8: terremotos e falta de alimentos; v.9: pregadores sendo presos e apanhando dentro da igreja; v.12: irmãos serão entregues por irmãos para serem mortos. Filhos ficarão contra pai e mãe e os matarão; v.13:seguidores de Cristo serão odiados; e diz que mesmo diante de tudo isso, quem permanecer firme no serviço, nos discipulado até o fim, receberá o prêmio. A questão que fica é: quem daqueles discípulos se sujeitará a isso? Aqueles que presenciaram a ressurreição. Paulo, anos mais tarde escreveu aos Filipenses “Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da sua ressurreição. ...” (Fp 3.10).
O que tem te deixado impressionado?
Aos olhos do fim, o que realmente impressiona é como a Palavra de Deus me mantêm discípulo de Cristo. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann


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