12
de agosto de 2018
12º
Domingo após Pentecostes
Sl 34.1-8; 1Rs 19.1-8; Ef 4.17 –
5.2; Jo 6.35-51
Tema:
Qualquer mera semelhança é pura coincidência!
No dia 12 de agosto de 2012 ao pregar
sobre o texto de 1Reis 19, o proposito foi mostrar com base nesse texto que os
deprimidos precisam de muita compreensão e não nosso julgamento, afinal, todos nós
estamos sujeitos a depressão.
A julgar pelo contexto do texto, é
evidente o contraste entre o Elias poderoso, cheio de confiança após arrasar os
profetas de Baal no monte Carmelo e o Elias desanimado e deprimido no deserto
de Berseba.
Há ainda hoje muitos Elias, pregadores
que não suportam a adoração a outros deuses e que condenam a mesma. Há Elias
corajosos na luta contra deuses pagãos e seus adoradores. Mas, há também muitos
Elias, que após muitas lutas se encontram deprimidos e se sentido sós num deserto
de vida.
Qual é o motivo para que muitos Elias estejam enfrentando a
depressão? Sem julgar as causas psicológicas de tal doença,
quero destacar que assim como o profeta Elias, muitos ainda hoje, ao constatar
que ao invés de culto verdadeiro, há muita hipocrisia e a velha adoração a
outros deuses e até muita superstição entre aqueles a quem se prega a pura
Palavra de Deus.
Os Elias do século XXI, assim como o
profeta Elias do século IX, são idênticos. Afinal, enquanto Elias imaginava que
o sucesso do monte Carmelo fosse trazer resultados para todo o reino e o
verdadeiro culto restabelecido em Israel, assim, os Elias do século XXI,
imaginam que suas estratégias e planos darão resultados, tudo fracassa e parece
que não fizeram nada.
E a pergunta do profeta Elias do século
IX, continua sendo a pergunta do Elias do século XXI. “Onde está Deus? Onde está o poder da
Palavra de Deus a qual proclamo?”
E assim como aconteceu com o profeta
Elias, acontece hoje, pregadores da Palavra de Deus desistem de confiar e entender
os caminhos e planos de Deus. Assim como no século IX, ainda em pleno século
XXI, os Elias continuam achando que os fiéis devem reinar em absoluto, afinal,
Deus é Deus único e absoluto.
Deus precisa conversar com seus
pregadores ainda hoje!
E para falar com o profeta Elias, Deus
envia anjos para o alimentar e fazê-lo caminhar até o monte Horebe, o monte de
Deus. Elias é convidado a voltar ao lugar onde Deus havia feito uma aliança com
seu povo. Elias voltou ao monte onde Deus apareceu a Moisés e o enviou para
libertar o seu povo.
Deus faz seu profeta voltar para lhe
mostrar que seu amor e misericórdia continuam presente e atuante.
O profeta Elias estava atuando como juiz
e executor em nome de Deus, mas, seu chamado não havia sido para isso. Deus não
queria que Elias fosse um inquisidor.
Mas, pastor não pode-se concordar com a idolatria reinante em
nosso país? Não se pode tolerar isso ou aquilo?
Não procuremos separar o que Jesus disse
para deixar crescer junto, o trigo e o joio. O joio só cresce porque julga o
evangelho de Deus como sendo fraqueza de Deus. Mas, para o joio, pelo
evangelho, Deus continua proporcionando misericórdia e perdão. Misericórdia e
perdão que impulsiona o trigo que também cresce de maneira viçosa.
É preciso que os muitos Elias do século
XXI voltem ao Horebe. No monte Horbe, monte onde Deus se faz ver, encontrar um
Deus misericordioso e amoroso. Um Deus que permite Elias trucidar falsos
profetas, mas que também os permite fugir e se refugiar no deserto e o
encontrar no Horebe.
Em todas as situações, Deus é Deus. Um
Deus misericordioso e amoroso. A questão é que o evangelho não pode ser visto e
encarado com glórias humanas. O evangelho proclamado continua sendo “loucura para os
que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1Co
1.18). Por isso, Elias do século XXI, “...não se envergonhe do evangelho, porque é poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está
escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.16-17). Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
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