segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Cristo amou e ama a sua Igreja


26 de agosto de 2018
14º Domingo após Pentecostes
Sl 14; Is 29.11-19; Ef 5.22-33; Mc 7.1-13
Texto: Efésios 5.22-33
Tema: Cristo amou e ama a sua igreja

Como é um bom receber uma declaração de amor!
Faz quanto tempo que você não ouve a declaração: eu te amo?
Qual foi a última vez que você fez uma declaração de amor? Ao parceiro? Parceira? Filho? Filha? Amigo? Amiga?
Nosso dia fica mais cheio de vida e alegria quando recebemos uma declaração de amor.
Na carta circular, carta de Paulo aos Efésios, o apostolo anuncia a declaração de amor de Jesus para com a sua igreja. A pericope (Efésios 5.22-33) é uma verdadeira declaração de amor de Jesus.
Cristo amou e ama a igreja (Ef 5.22-33).
Quatro provas de amor de Jesus para com a igreja.
Primeira: se entregado pela igreja. (Ef 5.25)
... assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela”.
Desde a queda em pecado, Deus intervém na história humana com o intuito de salvar a humanidade pecadora.
O apostolo usa o termo grego “paredoken” que significa entregar nas mãos; entregar alguém à custódia, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue à morte; dar algo à alguém, pôr-se ao lado.
Ao escrever que Cristo “paredoken” se “entregou” – Paulo enfatiza toda obra realizada por Jesus para reunir os filhos de Deus como sendo parte de seu corpo.
Somos parte do corpo de Cristo pelo fato de Jesus ter se entregado por nós.
Cristo amou e ama a igreja (Ef 5.22-33).
Quatro provas de amor de Jesus para com a igreja.
Segunda: a torna santa.
Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com sua palavra” (Ef 5.26).
A igreja só é santa por causa da obra de Cristo. Somos igreja por causa da unidade no Espírito no vínculo da paz (Ef 4.3).
As pessoas estranham o fato de que quando confessamos nossa fé dizemos: “a comunhão dos santos”. No entanto, vale lembrar que a própria confissão de fé aponta para a nossa santidade, ou seja, para a obra de Deus em Jesus no poder do Espírito Santo.
A santidade da igreja não está em suas obras e realizações, mas, na obra realizada por Jesus Cristo. David Platt no livro Contra Cultura faz um belo resumo sobre a igreja ser santa ao dizer: “a obra de Cristo me liberta das minhas obras e também me liberta para prática de boas obras”.
A igreja é santa por causa de Cristo – e vivendo em Cristo continua praticando sua santidade nesse mundo, conforme Paulo explicitou aos Efésios: “Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz” (Ef 5.8).
Ser igreja é ser corpo de Cristo. Ser parte do corpo de Cristo não é nenhum mérito humano, é graça de Deus. Paulo escreveu a Tito: “Porém, quando Deus, o nosso Salvador, mostrou a sua bondade e o seu amor por todos, ele nos salvou porque teve compaixão de nós, e não porque nós tivéssemos feito alguma coisa boa. Ele nos salvou por meio do Espírito Santo, que nos lavou, fazendo com que nascêssemos de novo e dando-nos uma nova vida” (Tt 3.4-5).
Pelo batismo, o braço da graça de Deus é estendido às criancinhas. Pelo batismo fomos inseridos no corpo de Cristo.
Cristo amou e ama a igreja (Ef 5.22-33).
Quatro provas de amor de Jesus para com a igreja.
Terceira: Apresenta a igreja gloriosa diante de Deus. (Ef 5.27)
E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito”.
A obra de Jesus em favor da igreja é para afastar da mesma outros sedutores que querem simplesmente corromper a igreja. Ele se declara para a igreja para que a mesma não se esqueça do seu amor.
Jesus Cristo quer uma igreja exclusivamente para si, de maneira irrepreensível, que não pode ser acusada de nada, por isso, “se entregou por ela, ... a santificou, ... e a apresenta gloriosa”.
Cristo amou e ama a igreja (Ef 5.22-33).
Quatro provas de amor de Jesus para com a igreja.
Quarta: Jesus a alimenta e cuida dela. (Ef 5.29)
... cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja”.
A ideia transmitida pelo alimentar é de alguém que está dando de mamar e assim nutrindo com nutrientes preciosos para a vida toda. Ao anunciar que cuida ressalta que aquece, mantém quente, cuida com amor terno e carinhoso. Um belo retrato do amor de Jesus para com a igreja que é o seu corpo.
O corpo de Cristo (Igreja) continua sendo alimentado e cuidado pelos meios da graça: batismo, santa ceia e pregação. Por esses alimentos, Deus nos estende a sua graça salvadora alimentando e cuidando.
Cristo amou e ama a igreja (Ef 5.22-33).
Quatro provas de amor de Jesus para com a igreja. Com essas declarações, Jesus mostra para a Igreja, quem ela é e como é amada e que sob esse amor serve ao seu cabeça: Jesus Cristo.
Relacionamentos terminam por falta de amor. O amor mantém um vínculo ocorrido no amor.
Jesus é a declaração de amor de Deus por seus filhos e filhas. A igreja - corpo de Cristo vive sob esse amor.
A igreja recebeu e recebe amor. Um amor declarado a cada culto através da pregação, da santa ceia que não se recebe por merecimento, mas por graça, e pelo batismo que é o braço estendido de Deus.
A igreja - junção dos que estão nesse amor. A igreja sempre vivenciou e vivencia esse amor.
Por amor, Jesus foi até o fim pelos filhos e filhas de Deus. Sob esse amor estou submisso.
A ideia transmitida pelo verbo “hupotasso” (v.21) (colocar-se sob o amor) é de não se calar, não ficar parado sem ação diante do amor do marido, Jesus. Amém!

Rev. Edson Ronaldo TREssmann
Querência do Norte – 15/06/2017

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