Reforma Protestante - 500 anos!
Mateus
10.34 e Hb 4.12
“Não penseis que
vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
“Porque a palavra
de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes,
e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
Tema:
A Palavra de
Deus traz guerra e paz!
Martinho Lutero, sem
dúvida um dos melhores pregadores que a cristandade já conheceu.
Lutero vinha pregando
em sua igreja de Wittenberg havia anos, mas quanto mais pregava, mais
desanimado ficava. As pessoas não entendiam. Elas ouviam de bom grado, mas em
vez de serem motivadas, se tornavam apáticas. Lutero observou que, apesar de
sua pregação, “ninguém age de acordo com
o que ouve; pelo contrário, as pessoas tornam-se tão ignorantes, frias e
preguiçosas que é uma vergonha, e elas fazem muito menos que antes”.
Um
exemplo: quando Lutero e os outros reformadores pregavam
que participar do culto não era mais um ato meritório, a frequência nos cultos
diminuiu.
Janeiro de 1530, Lutero
estava tão farto, que anunciou à igreja que não pregaria mais. Irônico, mas a
verdade é que Lutero entrou em greve.
Claro que como todo apaixonado pela pregação, Lutero não ficou muito tempo
longe do púlpito.
Um ano antes de morrer,
durante uma viagem, resolveu não voltar a Wittenberg, o centro da Reforma. Ele
escreveu à sua esposa Catarina: “Meu coração esfriou, de modo que não quero mais ficar lá”.
Ele estava irritado porque as pessoas pareciam muito indiferentes a sua
pregação. Muitos até zombavam sobre quem lhe havia dado o direito de questionar
tanto o que antes era ensinado.
“Estou farto dessa cidade e não quero voltar”,
escreveu. Preferiria “mendigar o pão a torturar e irritar minha pobre velhice e
meus últimos dias com a sujeira de Wittenberg”. Dentro de um mês,
porém, um dos moradores da cidade pediu que Lutero voltasse.
Todos os pregadores ficam desanimados.
O desânimo se deve ao
momento em que vivemos. Os pregadores televisivos são tidos como melhores; os
pastores das pequenas congregações, sem aparente sucesso, são constantemente
interpelados a ouvir e aprender com esses famosos pregadores como se eles
fossem a solução de todos os problemas. O relativismo está presente entre nós.
Os baais modernos competem pela lealdade do povo.
Que encruzilhada! Entramos em greve ou mudamos? Aprendemos a fazer a diferença, apesar dos
desafios?
Qual pastor em seu
íntimo que já não pensou:
- Qual é o valor do exercício
do ministério nesse lugar?
- vou pregar, mas não
me sinto ali, vou ao púlpito e me sinto vazio;
- quem é você para
pregar sobre fé?
- devo ou não devo
falar sobre determinado assunto? Afinal, as pessoas se chateiam.
Todo pregador vive o
dilema: tenho em minhas mãos a espada que fere e ao mesmo tempo paz. Tenho em minhas mãos algo mais efetivo que um aparelho de ultrassonografia.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
A Bíblia não quer falar
para o mundo moderno como se o pregador precisasse ser psicólogo, antropólogo,
cientista político e social. A Bíblia quer criar um mundo que não existiria sem
que Deus falasse. Deus falou e o mundo veio a existir. E Deus fala e uma nova
criação surge: o
pecador justificado! Antes de falar sobre o fim, Deus disse para não
acrescentar nenhuma palavra e nem tirar qualquer Palavra que fosse da Bíblia
(Ap 22.17-18).
Não
se pode reduzir o evangelho a uma frase de para-choque de caminhão.
É pelo ouvir do evangelho que a comunidade de Deus vai tomando forma.
O livro antigo, para
muitos ultrapassado, desconcertante, agressivo, que traz espada e paz, um livro
maravilhosamente desafiador, conhece a verdade sobre mim. Sou pecador (por isso
a espada) e como tal preciso da redenção em Jesus (paz). Esse livro de Deus: “... é viva e
eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12).
As
histórias do pregador não são dele. Deus dá a mensagem
(Bíblia). Deus nos torna mensagem (história, acontecimentos).
Deus tem uma relação de
amor comigo e nessa relação de amor a comunicação é vital e para que a
comunicação seja perfeita, enviou seu Filho, do qual sou comunicador.
A
Palavra de Deus traz guerra e paz!
Nunca estou velho ou
inteligente demais para morrer. Todos os dias eu preciso morrer. Tomar minha
cruz e seguir Jesus. Que cruz pesada está sendo a de pregador do evangelho! Mas, é tão somente pelo evangelho que Jesus quer transformar o mundo,
trazendo guerra e paz!
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
A Reforma nasceu pelo abrir da Bíblia.
Ao abrir a Bíblia,
muitas pessoas infelizmente acomodaram-se. Não podemos simplesmente voltar a
velhas práticas pagãs, legalistas para motivar pessoas. É preciso tão somente
falar o que Deus fala através da Bíblia – por mais que isso traga a espada,
pois, sem a Espada do Espírito, não há paz de Espírito.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
Continuemos
com o evangelho a respeito
da graça de Deus em Cristo – somente o evangelho libertou pessoas ao
longo da história da humanidade após a queda em pecado.
Esse evangelho é o
poder de Deus para salvação!
Semana após semana,
pregação após pregação, pessoas vão sendo ressuscitadas, e vivendo novas vidas
pelo evangelho!
A
Palavra de Deus incomoda!
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
Será
que as pessoas também matariam Jesus hoje?
Dependendo da pregação
de muitos, Jesus seria feito reitor de uma universidade, preletor de
conferências, presidente do Brasil. Mas, Jesus é
salvador. Não se pode reduzir o cristianismo ao esforço humano para
se tornar uma boa pessoa, ou simplesmente alguém entusiasmado pela sociedade!
Jesus foi morto porque
ameaçava o mundo constituído. Ele, pela pregação do evangelho continua sendo
uma ameaça, principalmente ao diabo que não quer a salvação.
Muitas pessoas não
gostam mais da igreja! É por que a igreja ama a instituição e muitas vezes tem
se esquecido de Jesus. É melhor pregar para manter uma instituição e uma
estrutura, do que falar sobre Jesus, que por vezes traz espada.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12)
Na época da Reforma não foi fácil falar
contra uma estrutura. Foi possível por causa do evangelho, o qual se é chamado
a pregar, mesmo que traga espada.
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
“Não penseis que vim trazer paz à terra;não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34)
O
evangelho é uma espada de dois gumes – ele interfere em
tudo o mais sobre a terra (Henry Ward Beecher). O evangelho invade todos os
cantos e todas as curvas da vida dos ouvintes: sexualidade, pensamentos,
sonhos, contas bancárias, pecados secretos, alvos, propriedades, motivações,
família e trabalho.
É preciso, como
pregador, e isso traz um deserto árido, falar, interferir, mas sem justiça
própria. Edificar a igreja, não condená-la. Falar a verdade, mas em amor.
Todo pregador precisa
entender que: assim
como nos alegramos com os batismos, também nos gloriamos das pedradas,
afinal, “a
Palavra de Deus traz a paz e a espada”.
Amém!
Edson Ronaldo
Tressmann
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