18 de setembro de 2016
18º Domingo após Pentecostes
Sl 113; Am 8.4-7; 1Tm
2.1-15; Lc 16.1-15
Tema: Resgatados!
Os
brasileiros correm um grande risco. O risco de querer fazer justiça com as
próprias mãos. O “olho por olho e dente
por dente” parece ser a única e última alternativa para essa pátria em que
a desordem e a falta de justiça estão em alta.
Um
jovem de 18 anos foi assassinado a facadas na cidade de Nowshahr, Irã. Segundo
as leis islâmicas, a família da vítima era quem deveria empurrar a cadeira para
que o assassino fosse enforcado, mas, ao invés disso, foi retirado da forca
pela família da vítima, momentos antes da execução. A mãe simplesmente deu um
tapa no rosto do assassino cujo nome era Balal. Mesmo que Balal tenha sido
poupado pela família, continuou a cumprir a sentença na prisão.
Essa
história real acontecida no Irã mostra uma diferença. Balal teve sua vida
poupada, mas, continuou preso. Ao contrário disso, há o relato do texto de
estudo (1Tm 2.1-15), onde encontra-se uma palavra rara, única no Novo
Testamento, a expressão grega “antilytron”
– resgate. No entanto, esse
termo descreve o resgate completo, perfeito.
A
palavra resgate
merece uma apurada dedicação devido ao contexto no qual está inserido. O
contexto traz uma exortação à orar por todos os homens, inclusive reis e os que
ocupam posições de destaque.
As
palavras (1Tm 2.6) parecem soar com as palavras do evangelista João Marcos: “...dar a sua
vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). No entanto, assim como
anunciado anteriormente, há um jogo de palavras interessante nesses dois
episódios. Esse jogo de palavras é que marca o ponto fundamental do texto
(1Tm2.6). João Marcos faz uso da expressão “lytron anti” – resgate para. Enquanto que
Paulo faz uma combinação do substantivo e da preposição numa só palavra, “antilytron” resgate de.
Essa combinação
de palavras deu um novo impacto a palavra lytron. Antilytron designa um resgate que foi completamente pago. Cristo foi o preço da
troca, pelo qual se concede a liberdade. O
resgate tem valor infinito, no entanto, nem todos desfrutam da liberdade, do
resgate.
Quando
o evangelista João Marcos diz que Jesus veio “...dar a sua vida em resgate por muitos”
(Mc 10.45), no contexto judaico palestino, “muitos”
refere-se a à comunidade escatológica eleita. Ou seja, “muitos”
refere-se apenas a raça. Enquanto que o apóstolo Paulo ao escrever “...deseja que todos
os homens sejam salvos...” (1Tm 2.4) e conclui que “...se deu em
resgate por todos...” (1Tm 2.4), não faz referência a “todos”
num sentido absoluto e inclusivo, mas “todos os tipos”.
Ao
escrever “...deseja
que todos os homens sejam salvos...” e “...se deu em resgate por todos...” o apóstolo Paulo refere-se a não exclusão de
classes. Por isso, anteriormente ressaltei a importância do contexto, ou seja, Paulo
exorta à orar por todos os homens não só por aqueles da própria raça. Deus visa a
salvação de todas as classes sociais e raciais. Jesus veio salvar
todos os tipos de homens. E
é justamente essa mensagem, é esse o “testemunho que se deve prestar em tempos oportunos”
(1Tm 2.6). Deus em Jesus veio salvar a todos. Cristo é para todos!
O testemunho é a coisa
testificada, ou seja, o
testemunho é mostrar
a todos o grande sacrifício expiatório de Cristo em prol de todas as pessoas.
Afinal, o “resgate”
de Cristo foi em lugar de.
Em meu e em seu lugar. “...o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...”
(1Tm 2.6). Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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