segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Resgatados!

18 de setembro de 2016
18º Domingo após Pentecostes
Sl 113; Am 8.4-7; 1Tm 2.1-15; Lc 16.1-15
Tema: Resgatados!

       Os brasileiros correm um grande risco. O risco de querer fazer justiça com as próprias mãos. O “olho por olho e dente por dente” parece ser a única e última alternativa para essa pátria em que a desordem e a falta de justiça estão em alta.
       Um jovem de 18 anos foi assassinado a facadas na cidade de Nowshahr, Irã. Segundo as leis islâmicas, a família da vítima era quem deveria empurrar a cadeira para que o assassino fosse enforcado, mas, ao invés disso, foi retirado da forca pela família da vítima, momentos antes da execução. A mãe simplesmente deu um tapa no rosto do assassino cujo nome era Balal. Mesmo que Balal tenha sido poupado pela família, continuou a cumprir a sentença na prisão.
       Essa história real acontecida no Irã mostra uma diferença. Balal teve sua vida poupada, mas, continuou preso. Ao contrário disso, há o relato do texto de estudo (1Tm 2.1-15), onde encontra-se uma palavra rara, única no Novo Testamento, a expressão grega “antilytron” – resgate. No entanto, esse termo descreve o resgate completo, perfeito.
       A palavra resgate merece uma apurada dedicação devido ao contexto no qual está inserido. O contexto traz uma exortação à orar por todos os homens, inclusive reis e os que ocupam posições de destaque.
       As palavras (1Tm 2.6) parecem soar com as palavras do evangelista João Marcos: “...dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). No entanto, assim como anunciado anteriormente, há um jogo de palavras interessante nesses dois episódios. Esse jogo de palavras é que marca o ponto fundamental do texto (1Tm2.6). João Marcos faz uso da expressão “lytron anti” – resgate para. Enquanto que Paulo faz uma combinação do substantivo e da preposição numa só palavra, “antilytronresgate de
      Essa combinação de palavras deu um novo impacto a palavra lytron. Antilytron designa um resgate que foi completamente pago. Cristo foi o preço da troca, pelo qual se concede a liberdade. O resgate tem valor infinito, no entanto, nem todos desfrutam da liberdade, do resgate.
        Quando o evangelista João Marcos diz que Jesus veio “...dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45), no contexto judaico palestino, “muitos” refere-se a à comunidade escatológica eleita. Ou seja, “muitos” refere-se apenas a raça. Enquanto que o apóstolo Paulo ao escrever “...deseja que todos os homens sejam salvos...” (1Tm 2.4) e conclui que “...se deu em resgate por todos...” (1Tm 2.4), não faz referência a “todos” num sentido absoluto e inclusivo, mas “todos os tipos”.
        Ao escrever “...deseja que todos os homens sejam salvos...” e “...se deu em resgate por todos...” o apóstolo Paulo refere-se a não exclusão de classes. Por isso, anteriormente ressaltei a importância do contexto, ou seja, Paulo exorta à orar por todos os homens não só por aqueles da própria raça. Deus visa a salvação de todas as classes sociais e raciais. Jesus veio salvar todos os tipos de homens. E é justamente essa mensagem, é esse o “testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” (1Tm 2.6). Deus em Jesus veio salvar a todos. Cristo é para todos!
         O testemunho é a coisa testificada, ou seja, o testemunho é mostrar a todos o grande sacrifício expiatório de Cristo em prol de todas as pessoas. Afinal, o “resgatede Cristo foi em lugar de. Em meu e em seu lugar. “...o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...” (1Tm 2.6). Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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