06/09/2015
15º Domingo após Pentecostes
Salmo 146; Isaías 35.4-7ª; Tiago 2.1-10;14-18;
Marcos 7.31-37
Tema: Carta para um cristão!
Uma mera aceitação
passiva de certas verdades justifica e salva diante de Deus? A fé justifica e
salva porque produz amor e transforma a vida das pessoas?
Lutero descobriu pela Palavra de
Deus que somente a fé salva. Lutero, a luz da Palavra de Deus, deixou claro que
aqueles que são salvos, o são pela fé, e essa fé produz amor espontaneamente e
frutifica em boas obras. Todo aquele que crê não precisa ser exortado à
prática das boas obras, elas são automáticas. Àquele que crê não deixa de viver
na fé e na prática de boas obras. Não como senso de dever, mas como algo
natural e espontâneo.
Quando
há falta de amor, o problema não é a falta ou a necessidade de coerção à
prática do amor. Alguns solicitam que o pastor faça apelos a prática das boas obras.
O problema não pode ser encarado e resolvido assim, afinal, onde não há amor e prática
de boas obras, se deve ao fato da fé ser apenas uma aceitação passiva de certas
verdades. É falta de fé
verdadeira!
Alguém já viu uma
árvore produzir frutos porque alguém mandou? Ela produz frutos por ser frutífera. Assim é a fé!
O sol brilha e continuará brilhando. Fé é assim!
Todo
aquele que confessa com a boca que considera verdadeira as doutrinas de sua
igreja, mas, permanece no estado original, possuído de amor ao pecado, se ainda
peca em sua consciência, a fé não passa de simulação. A
fé genuína, a verdadeira, purifica o coração.
Toda
pessoa que crê não busca glória para si mesma. Um dos frutos da
fé é dar glórias a Deus e fazer com que outros deem glórias a Deus. Ainda
temos entre nós, milhares de pessoas que, assim como eram os fariseus, gostam
de receber glórias pelas suas ações “vindas da fé”. A fé toma conta do coração
humano a ponto de tornar a pessoa humilde diante de Deus e das pessoas.
O
apóstolo Tiago em sua carta aos cristãos diz que todo aquele que considera o
rico por ser rico e despreza o pobre por ser pobre, leva em conta a aparência
da pessoa, e isso, a fé não tolera. Todo verdadeiro cristão considera a outra
pessoa do ponto de vista do seu relacionamento com Deus. No tratamento
cristão, um mendigo perdoado por Cristo é tão digno quanto um imperador.
Infelizmente
há pessoas que confessam com a boca um cristianismo e em seu interior vivem outro “cristianismo”.
Há aqueles que meramente e passivamente aceitam certas verdades e dizem estar justificadas
e salvas diante de Deus.
Nos
relacionamentos diário, muitas pessoas são julgadas por um único critério: “Fizeram 100 atos, cometeram apenas um
deslize, e são mal vistos por esse único deslize”. Essa é a lógica do texto
bíblico, da carta aos cristãos: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só
ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).
Diante
de Deus, o que faz o
cristão um verdadeiro cristão é o reconhecimento do seu pecado, sua
miserabilidade e maldição por causa da sua natureza pecaminosa. O verdadeiro
cristão reconhece que sem Cristo está eternamente perdido.
Jesus
Cristo veio para redimir todo pecador. Por mais que se esforce, o cristão não
consegue cumprir a lei por completo. O pecado é algo terrível, é uma “anomia” - um ato fora da lei.
O
verdadeiro cristão não anda de cabeça erguida como um criminoso descarado. Quando
sua consciência é alarmada por qualquer desvio da lei de Deus, imediatamente reconhece
seu pecado e suplica por perdão. E é para esse cristão que o apóstolo Tiago escreve
sua carta. Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
sendo a palavra de Deus sempre e bem vinda que a páz de Jesus esteja com todos....
ResponderExcluirObrigado Izaura Medeiros.
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