30 de agosto de 2015
14º Domingo após Pentecostes
Salmo 119.129-136; Deuteronômio 4.1-2,6-9; Efésios
6.10-20; Marcos 7.14-23
Tema: Armadura
de Deus!
Há
intensos conflitos em várias regiões do Planeta, oriundos de vários motivos.
Luta por territórios, Independência, questões religiosas, recursos minerais.
A paz mundial corre risco!
O continente
Europeu busca resolver conflitos a respeito do povo Basco e sobre a
península balcânica. Esses conflitos envolvem elementos nacionalistas e étnicos.
No continente
africano a origem dos conflitos é o modo pelo qual o continente foi
dividido pelos europeus. Na colonização europeia, uma conferência reunida em
Berlim, resolveu definir a divisão africana para beneficiar a exploração por
parte dos países envolvidos na conferência. Os grupos étnicos aliados foram
separados e os rivais unidos numa mesma área geográfica, e aí, reside o
problema dos conflitos em todo o continente africano.
Na Ásia
o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio. No confronto
entre árabes e israelenses. Há questões territoriais e ideais separatistas. No
território afegão, a instabilidade política promovida pelas diferenças
religiosas torna os conflitos mais intensos.
Na América do
Sul a área com uma certa instabilidade é a Colômbia com o movimento
guerrilheiro denominado FARC e o Exército da Libertação Nacional (ELN).
Os conflitos de
natureza humana buscam resoluções humanas através de armas e acordos
de paz que na maioria das vezes não pacificam, apenas, adiam conflitos mais
intensos para o futuro.
O
apóstolo Paulo na sua carta aos cristãos da Ásia Menor (Efésios), escreve para
uma igreja que está vivendo em luta. No entanto, não é uma luta contra pessoas,
mas, contra o diabo. O apóstolo diz que a igreja cheia de vida luta contra os
dominadores do mundo sem vida.
Para
enfrentar essa luta, (o ser humano pecador e mesmo quando cristão, não consegue
lutar sozinho) Deus concede aos seus as suas armas para a luta (Is 11.4-5; 59.16-18).
Ele concede “a
verdade, a justiça, o evangelho da paz, a fé, a salvação e o Espírito”.
O
diabo, inimigo do cristão, de muitas maneiras visa afastar os combatentes das
armas proporcionadas por Deus. Sem as armas concedidas por Deus, o pecador não
sairá vitorioso do combate. Sem a armadura de Deus, o diabo conseguirá derrotar
os filhos de Deus. A armadura que Deus coloca à disposição do cristão não serve
apenas para que o cristão vença a luta, mas, para encorajamento para que se
permaneça na luta.
Se
o armamento anima o cristão a permanecer na luta, entende-se que estar na luta
não é uma opção de escolha. Cada cristão foi inserido no combate por meio do
batismo.
Muitos
pais guardam a roupa com a qual seu filho foi batizado. No entanto, vale
ressaltar que, a roupa, ou armadura disponibilizada por Deus por ocasião do
batismo não é uma roupa apenas para mostruário, é uma armadura com a qual se
luta e sai vitorioso do combate.
A
armadura de Deus, concedida ao cristão, traz as seguintes peças: “a verdade, a
justiça, o evangelho da paz, a fé, a salvação e o Espírito”. O
apóstolo Paulo escreve: “cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da
justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre
o escudo da fé, com o qual podereis apagar os dardos inflamados do Maligno.
Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de
Deus; ...” (Ef 6.14-17).
As
armas disponibilizadas por Deus são para nossa defesa, proteção e vitória no combate
“...contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).
O
cingir-se com a
verdade é a figura de linguagem adotada pelo apóstolo Paulo para
dizer que todo soldado cingido, tem seu abdômen protegido. Se o soldado não
está cingido, toda sua armadura está prestes a cair. Sem a verdade, toda
armadura está prestes a cair.
O
vestir-se da
couraça da justiça é ter todos seus órgãos vitais protegidos. Couraça é
um coleta de couro que protege os órgãos vitais do soldado no combate. Por
isso, o apóstolo Paulo escreve: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé
em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.17).
Calçar os pés
com a preparação
do evangelho da paz é estar estável e protegido. Sem a
revelação do evangelho nenhum soldado seguirá sua caminhada.
Embraçar o escudo da
fé é estar totalmente protegido. Antes da batalha, o escudo era
mergulhado na água para que as marcas dos dardos no combate anterior não
aparecessem no combate seguinte. Embraçar o escudo da fé é como se o soldado não
tivesse recebido nenhuma marca na batalha anterior. Embraçar o escudo da fé é o mesmo
que estar limpo. Essa verdade é escrita pelo apóstolo João na sua carta às
igrejas: “...São
estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram
no sangue do Cordeiro, razão porque se acham diante do trono de Deus...”
(Ap 7.14-15).
A
fé é o escudo
que protege o cristão diante da dúvida, do medo e da insegurança, “...esta é a
vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5.4). A fé na
obra redentora de Jesus Cristo é o escudo que nos defende do pavor que o diabo
lança quando alguém comete algum pecado.
Tomar o capacete da
salvação e a espada do Espírito é poder tranquilizar-se. Tranquilidade
essa que se têm em Jesus. “...nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele,
tranquilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar,
certamente, Deus é maior do que nosso coração e conhece todas as coisas”
(1Jo 3.19-20).
Desde
o dia do batismo, cada cristão foi inserido na luta. Pelo Batismo cada cristão
recebeu a armadura de Deus para a vitória e o ânimo para a batalha. Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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