segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Armadura de Deus!

30 de agosto de 2015
14º Domingo após Pentecostes
Salmo 119.129-136; Deuteronômio 4.1-2,6-9; Efésios 6.10-20; Marcos 7.14-23
Tema: Armadura de Deus!

         Há intensos conflitos em várias regiões do Planeta, oriundos de vários motivos. Luta por territórios, Independência, questões religiosas, recursos minerais.
         A paz mundial corre risco!
         O continente Europeu busca resolver conflitos a respeito do povo Basco e sobre a península balcânica. Esses conflitos envolvem elementos nacionalistas e étnicos.
         No continente africano a origem dos conflitos é o modo pelo qual o continente foi dividido pelos europeus. Na colonização europeia, uma conferência reunida em Berlim, resolveu definir a divisão africana para beneficiar a exploração por parte dos países envolvidos na conferência. Os grupos étnicos aliados foram separados e os rivais unidos numa mesma área geográfica, e aí, reside o problema dos conflitos em todo o continente africano.
         Na Ásia o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio. No confronto entre árabes e israelenses. Há questões territoriais e ideais separatistas. No território afegão, a instabilidade política promovida pelas diferenças religiosas torna os conflitos mais intensos.
       Na América do Sul a área com uma certa instabilidade é a Colômbia com o movimento guerrilheiro denominado FARC e o Exército da Libertação Nacional (ELN).
         Os conflitos de natureza humana buscam resoluções humanas através de armas e acordos de paz que na maioria das vezes não pacificam, apenas, adiam conflitos mais intensos para o futuro.
         O apóstolo Paulo na sua carta aos cristãos da Ásia Menor (Efésios), escreve para uma igreja que está vivendo em luta. No entanto, não é uma luta contra pessoas, mas, contra o diabo. O apóstolo diz que a igreja cheia de vida luta contra os dominadores do mundo sem vida.
      Para enfrentar essa luta, (o ser humano pecador e mesmo quando cristão, não consegue lutar sozinho) Deus concede aos seus as suas armas para a luta (Is 11.4-5; 59.16-18). Ele concede “a verdade, a justiça, o evangelho da paz, a fé, a salvação e o Espírito”. 
         O diabo, inimigo do cristão, de muitas maneiras visa afastar os combatentes das armas proporcionadas por Deus. Sem as armas concedidas por Deus, o pecador não sairá vitorioso do combate. Sem a armadura de Deus, o diabo conseguirá derrotar os filhos de Deus. A armadura que Deus coloca à disposição do cristão não serve apenas para que o cristão vença a luta, mas, para encorajamento para que se permaneça na luta.
         Se o armamento anima o cristão a permanecer na luta, entende-se que estar na luta não é uma opção de escolha. Cada cristão foi inserido no combate por meio do batismo.
         Muitos pais guardam a roupa com a qual seu filho foi batizado. No entanto, vale ressaltar que, a roupa, ou armadura disponibilizada por Deus por ocasião do batismo não é uma roupa apenas para mostruário, é uma armadura com a qual se luta e sai vitorioso do combate.
         A armadura de Deus, concedida ao cristão, traz as seguintes peças: “a verdade, a justiça, o evangelho da paz, a fé, a salvação e o Espírito”. O apóstolo Paulo escreve: “cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; ...” (Ef 6.14-17).
         As armas disponibilizadas por Deus são para nossa defesa, proteção e vitória no combate “...contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).
         O cingir-se com a verdade é a figura de linguagem adotada pelo apóstolo Paulo para dizer que todo soldado cingido, tem seu abdômen protegido. Se o soldado não está cingido, toda sua armadura está prestes a cair. Sem a verdade, toda armadura está prestes a cair.
         O vestir-se da couraça da justiça é ter todos seus órgãos vitais protegidos. Couraça é um coleta de couro que protege os órgãos vitais do soldado no combate. Por isso, o apóstolo Paulo escreve: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.17).
         Calçar os pés com a preparação do evangelho da paz é estar estável e protegido. Sem a revelação do evangelho nenhum soldado seguirá sua caminhada.
         Embraçar o escudo da fé é estar totalmente protegido. Antes da batalha, o escudo era mergulhado na água para que as marcas dos dardos no combate anterior não aparecessem no combate seguinte. Embraçar o escudo da fé é como se o soldado não tivesse recebido nenhuma marca na batalha anterior. Embraçar o escudo da fé é o mesmo que estar limpo. Essa verdade é escrita pelo apóstolo João na sua carta às igrejas: “...São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão porque se acham diante do trono de Deus...” (Ap 7.14-15).
         A é o escudo que protege o cristão diante da dúvida, do medo e da insegurança, “...esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5.4). A na obra redentora de Jesus Cristo é o escudo que nos defende do pavor que o diabo lança quando alguém comete algum pecado.
         Tomar o capacete da salvação e a espada do Espírito é poder tranquilizar-se. Tranquilidade essa que se têm em Jesus. “...nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranquilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que nosso coração e conhece todas as coisas” (1Jo 3.19-20).
         Desde o dia do batismo, cada cristão foi inserido na luta. Pelo Batismo cada cristão recebeu a armadura de Deus para a vitória e o ânimo para a batalha. Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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