13/09/2015
16º Domingo após Pentecostes
Salmo 116.1-9; Isaías 50.4-10; Tiago 3.1-12;
Marcos 9.14-29
Tema: Uma palavra para o cristão!
Parece
haver uma grande diferença entre o cristão descrito no sermão do pastor daquele
que está sentado no banco na igreja ouvindo o sermão. É claro que essa
diferença é visível, justamente, por que o pastor quer despertar as pessoas da
sonolência e alertá-los contra a auto ilusão. Mas, francamente falando, esse
não pode ser o último objetivo do pastor com seus sermões. E justamente, por
não ser esse o último objetivo do pastor com seu sermão, o mesmo não precisa
trazer a mente dos ouvintes as ultimas noticias noticiadas pelos telejornais ou
algo semelhante.
No
desejo de alertar os cristão ou de acordar de sua sonolência, textos como o de
Tiago são bem propícios. O apóstolo Tiago escreveu: “Meus irmãos, somente
poucos de vocês deveriam se tornar mestres na Igreja, pois vocês sabem que nós,
os que ensinamos, seremos julgados com mais rigor do que os outros. Todos nós
sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é uma pessoa
madura, capaz de controlar todo o seu corpo. Até na boca dos cavalos colocamos
um freio para que nos obedeçam e assim fazemos com que vão aonde queremos.
Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele é guiado por
um pequeno leme e vai aonde o piloto quer. É isto o que acontece com a língua:
mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas. Vejam como uma grande floresta
pode ser incendiada por uma pequena chama! A língua é um fogo. Ela é um mundo
de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso
ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em
chamas. O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os
animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os
peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de
veneno mortal, e ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer
ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas
com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição.
Meus irmãos, isso não deve ser assim. Por acaso pode a mesma fonte jorrar água
doce e água amarga? Meus irmãos, por acaso pode uma figueira dar azeitonas ou
um pé de uva dar figos? Assim, também, uma fonte de água salgada não pode dar
água doce” (Tg 3.1-12).
Esse
texto aterroriza o cristão, afinal, o mesmo fala sobre controlar a língua. Você consegue
controlar a sua língua? Sinceramente,
eu não consigo!
Se
o último objetivo do sermão for despertar as pessoas da sonolência o texto de Tg
3.1-12 é uma boa pedida. Mas, sinceramente, como
pregador da Palavra de Deus, é preciso mostrar, escrever e provar a todos que o
último objetivo do sermão
é fazer que os
cristãos do sermão escrito e falado seja o mesmo dos sentados nos bancos, ou
seja, que tenham certeza de que seus pecados estão perdoados diante de Deus. É
necessário que cada congregado ao se levantar do banco da igreja vá para sua
casa cheio de esperança da vida eterna.
O
apóstolo Tiago diz que “Todos nós sempre cometemos erros” (Tg 3.2). Não há um cristão sequer sem pecado! O cristão é um ser
humano dividido. Mesmo que busque fazer o bem, frequentemente não atinge seu
alvo (Rm 7.18). Claro que é preciso recordar que mesmo que o cristão não consiga fazer o bem, o
querer fazer o bem é a sua principal característica, pois, “Assim, também a
fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.17).
Ao dizer “Todos nós sempre cometemos erros” (Tg 3.2), o apóstolo Tiago anuncia que não existe
homem perfeito. Mulheres, não o procurem, ele não existe. Todo ser
humano é fraco e pecador.
Se o pastor quiser acordar da
sonolência os seus ouvintes, é preciso que pregue a verdade. Mas
infelizmente a tendência desastrosa de muitos pregadores é pintar o cristão
como alguém perfeito. Não existe ser humano perfeito, por mais fé que tenha.
Convivemos com pessoas que visam dar um
show de santidade. Evitam alguns tipos de conversa, erguem constantemente os
olhos para o céu, recitam trechos da Escritura, leem a Bíblia nos momentos de
lazer para impressionar. Lembre-se: “Todos nós sempre cometemos erros” (Tg 3.2). Sim, e diferentemente dos shows de
santidade transmitidos pelas mais variadas pessoas, existem cristãos apegadas ao seu Salvador Jesus, mas não são capazes de
falar muito a respeito de sua fé.
Ao constatar que “Todos nós sempre cometemos erros” (Tg 3.2), o apóstolo Tiago assim como ensinou Jesus,
diz que apesar do Espírito Santo estar presente e, operar nos crentes e os
tornar dispostos, ainda assim a carne, por outro lado, também está presente, e
a carne sempre é fraca. O diabo, sempre tenta, quer seja, por meio de
tribulações e tentações, fazer com que escorreguemos e caiamos por causa da
fraqueza da carne. Justamente por causa dessa fraqueza da carne é que todos
precisam ser constantemente advertidos, pois “...a carne milita contra o Espírito, ...”
(Gl 5.17). Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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