segunda-feira, 6 de julho de 2015

Oportunidade para hoje - arrependa-se!

12 de julho de 2015
7º Domingo após Pentecostes
Salmo 85.8-13; Amós 7.7-15; Efésios 1.3-14; Marcos 6.14-29
Tema: Oportunidade para hoje – arrependa-se!

         Diferentemente de Ezequiel, o profeta Amós foi enviado antes de acontecer o exílio Babilônico.
         Quando os profetas recebiam visões, era pela fato de que as visões revelavam a mensagem a ser proclamada ao povo. As visões tem um único objetivo, estão a serviço de Deus. Toda visão traz uma mensagem. Qual será a mensagem da visão do prumo?  
         Amós foi um profeta no 8º século antes de Cristo. Ele era do sul e foi enviado ao norte, a parte corrupta do reino. A missão para qual Deus lhe enviou foi chamar o povo ao arrependimento.
         Sob o reinado do rei Jeroboão II, a nação da Israel, o reino do norte, mesmo naufragada em corrupção, vivia um período de muita prosperidade, fato que não se via desde os reinados de Davi e Salomão (200 anos).
         A prosperidade era vista entendida pelo povo como sinal de aprovação divina. Assim, ao trazer uma mensagem de arrependimento, o profeta Amós enfrentou dificuldades. Afinal, o povo se tornou resistente a mesma. Devido a prosperidade ser entendida como aprovação divina, não havia do que se arrepender.
         O povo entendia a prosperidade como bênção e aprovação divina, mas não observavam que entre eles, esse período de prosperidade iniciou e marcou profundamente a separação por classes sociais. Em Israel havia quadras imensas de mansões e quadras imensas de casebres.
         O povo e o rei Jeroboão II eram muito desobediente a Deus. Em meio a prosperidade e sua suposta aprovação divina, a idolatria estava em alta em Israel. Além disso, foi um período de intensa rebeldia contra Deus.
         Deus por amor e misericórdia enviou o profeta Amós a esse povo. A mensagem era a visão do prumo. Olhando o contexto do livro do profeta Amós, observa-se que antes da visão do Prumo, Deus transmitiu a mensagem com uma visão de gafanhotos e do fogo (Am 7.1-6). Mesmo que o povo fosse rebelde e idolatra, Deus lhes transmite a certeza de que havia desistido dos seus planos de destruir a nação. Mas, com a visão do prumo (Am 7.7-9) Deus diz que Israel será julgada.
         O muro levantado a prumo significa que Israel foi construído conforme as profecias dadas a Abraão, Isaque e Jacó. O prumo seria colocado no meio do povo. Os tijolos que edificavam Israel já não correspondiam a planta original. Deus não deseja melhoramentos éticos ou motivacionais. Deus deseja um povo fiel às instruções originais, ou, melhor, um povo que vivesse a verdadeira fé.
         A mensagem do profeta Amós era que o povo vivesse a fé no Deus único e verdadeiro. No entanto, quando o profeta Amós proclamou essa mensagem sofreu forte oposição. Amazias, sacerdote de Betel, buscou expulsar Amós do país fazendo uso de sua influência política e aproveitando-se da ignorância do povo.
         Amazias não tinha argumentos bíblicos contra a mensagem de Amós, assim, Amós não se intimidou com a censura. Amós através da Palavra de Deus respondeu que não era imponente a ponto de convencer alguém com suas palavras, no entanto, pregava porque o Senhor o havia enviado para pregar (Am 7.15). Sua mensagem não tinha como objetivo agradar, ou até mesmo, acomodar pessoas.
         Quando lemos o livro do profeta Amós, imagina-se que o mesmo era ignorante. No entanto, como cultivador de sicômoros (figos silvestres), Amós sempre esteve envolvido no comércio. Era conhecedor da situação política, social e religiosa do seu tempo.
         Esse profeta, conhecedor do contexto social, econômico e político, denunciou a injustiça social, os latifúndios e a concentração de riqueza; a exploração dos pobres; os juízes corruptos; os comerciantes enganadores.
         Deus, ao enviar o profeta Amós queria convidá-los ao arrependimento, pois, mesmo na prática da corrupção, o povo oferecia sacrifício a Deus, dizimavam e celebravam festas religiosas.
         A mensagem de Deus ao povo através do profeta era que (vv.1-3) agora chegou-se ao extremo do extremo. E mesmo que Deus tivesse desistido do seu propósito que era destruir o povo (vv.4-6), o povo será julgado (vv.7-9).
         Chegou a hora! Acabou!
         A visão do gafanhoto, do fogo e do prumo mostram a paciência de Deus para com o pecador. Mas, não pode passar despercebido o alerta, haverá julgamento. Então, não adie o arrependimento.
         Conta-se que num determinado momento uma paróquia fez um chamado a um pastor com a seguinte clausula: “Nunca pregue contra nossos costumes sociais e políticos”.
         Querido amigo e amiga, lembre-se: Os pregadores não são chamados por Deus para agradar pessoas. O pregador não deve estar seguro se prega quando diz coisas boas para quem “o contratou”. O pregador precisa anunciar o que aquele que chamou e enviou lhe anuncia a revelação de Deus.
         Em pleno século XXI, ainda há, assim como houve em Israel, milhares de pessoas que pensam estar servindo a Deus, mas, continuam vivendo suas vidas tortas, corruptas e idolatras. E para esses, é necessário, que os profetas continuem proclamando a Palavra de Deus de maneira clara conforme a própria Palavra de Deus.
         A visão do prumo mostra que Deus avalia seu povo. Tolerância zero.
         Essa mensagem se tornou pública, mas não aceita. Mesmo que Deus advertisse o povo, infelizmente não quiseram ouvir.
         Por mais que a mensagem do profeta Amós seja áspera, a mesma traz consigo um convite amoroso de arrependimento.
         Ainda vivemos sob a graça de Deus. A graça de Deus nos é dada através dos meios da graça que continuam presentes entre nós. Deus, continua nos edificando, “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11) para que “...aquele que crer não foge” (Is 28.16).  
         Deus nos guarde firmes na fé e na vida da fé em seu Filho Jesus para que quando o prumo nos avaliar estejamos firmes e inabaláveis. Amém!



M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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