12 de julho de 2015
7º Domingo após Pentecostes
Salmo 85.8-13; Amós 7.7-15; Efésios
1.3-14; Marcos 6.14-29
Tema: Oportunidade para hoje – arrependa-se!
Diferentemente
de Ezequiel, o profeta Amós foi enviado antes de acontecer o exílio Babilônico.
Quando
os profetas recebiam visões, era pela fato de que as visões revelavam a
mensagem a ser proclamada ao povo. As visões tem um único objetivo, estão a
serviço de Deus. Toda visão traz uma mensagem. Qual será a mensagem da visão do prumo?
Amós
foi um profeta no 8º século antes de Cristo. Ele era do sul e foi enviado ao
norte, a parte corrupta do reino. A missão para qual Deus lhe enviou foi chamar o povo ao
arrependimento.
Sob
o reinado do rei Jeroboão II, a nação da Israel, o reino do norte, mesmo naufragada
em corrupção, vivia um período de muita prosperidade, fato que não se via desde
os reinados de Davi e Salomão (200 anos).
A
prosperidade era vista entendida pelo povo como sinal de aprovação divina. Assim,
ao trazer uma mensagem de arrependimento, o profeta Amós enfrentou dificuldades.
Afinal, o povo se tornou resistente a mesma. Devido a prosperidade ser
entendida como aprovação divina, não havia do que se arrepender.
O
povo entendia a prosperidade como bênção e aprovação divina, mas não observavam
que entre eles, esse período de prosperidade iniciou e marcou profundamente a
separação por classes sociais. Em Israel havia quadras imensas de mansões e
quadras imensas de casebres.
O
povo e o rei Jeroboão II eram muito desobediente a Deus. Em meio a prosperidade
e sua suposta aprovação divina, a idolatria estava em alta em Israel. Além disso,
foi um período de intensa rebeldia contra Deus.
Deus
por amor e misericórdia enviou o profeta Amós a esse povo. A mensagem era a
visão do prumo. Olhando o contexto do livro do profeta Amós, observa-se que antes
da visão do Prumo, Deus transmitiu a mensagem com uma visão de gafanhotos e do
fogo (Am 7.1-6). Mesmo que o povo fosse rebelde e idolatra, Deus lhes transmite
a certeza de que havia desistido dos seus planos de destruir a nação. Mas, com a
visão do prumo (Am 7.7-9) Deus diz que Israel será julgada.
O
muro levantado a prumo significa que Israel foi construído conforme as
profecias dadas a Abraão, Isaque e Jacó. O prumo seria colocado no meio do povo.
Os tijolos que edificavam Israel já não correspondiam a planta original. Deus
não deseja melhoramentos éticos ou motivacionais. Deus deseja um povo fiel às
instruções originais, ou, melhor, um povo que vivesse a verdadeira fé.
A
mensagem do profeta Amós era que o povo vivesse a fé no Deus único e
verdadeiro. No entanto, quando o profeta Amós proclamou essa mensagem sofreu
forte oposição. Amazias, sacerdote de Betel, buscou expulsar Amós do país
fazendo uso de sua influência política e aproveitando-se da ignorância do povo.
Amazias
não tinha argumentos bíblicos contra a mensagem de Amós, assim, Amós não se
intimidou com a censura. Amós através da Palavra de Deus respondeu que não era
imponente a ponto de convencer alguém com suas palavras, no entanto, pregava
porque o Senhor o havia enviado para pregar (Am 7.15). Sua mensagem não tinha
como objetivo agradar, ou até mesmo, acomodar pessoas.
Quando
lemos o livro do profeta Amós, imagina-se que o mesmo era ignorante. No
entanto, como cultivador de sicômoros (figos silvestres), Amós sempre esteve envolvido
no comércio. Era conhecedor da situação política, social e religiosa do seu
tempo.
Esse
profeta, conhecedor do contexto social, econômico e político, denunciou a
injustiça social, os latifúndios e a concentração de riqueza; a exploração dos
pobres; os juízes corruptos; os comerciantes enganadores.
Deus,
ao enviar o profeta Amós queria convidá-los ao arrependimento, pois, mesmo na
prática da corrupção, o povo oferecia sacrifício a Deus, dizimavam e celebravam
festas religiosas.
A
mensagem de Deus ao povo através do profeta era que (vv.1-3) agora chegou-se ao
extremo do extremo. E mesmo que Deus tivesse desistido do seu propósito que era
destruir o povo (vv.4-6), o povo será julgado (vv.7-9).
Chegou a hora! Acabou!
A
visão do gafanhoto, do fogo e do prumo mostram a paciência de Deus para com o
pecador. Mas, não pode passar despercebido o alerta, haverá julgamento. Então, não
adie o arrependimento.
Conta-se
que num determinado momento uma paróquia fez um chamado a um pastor com a
seguinte clausula: “Nunca pregue contra nossos costumes sociais e políticos”.
Querido
amigo e amiga, lembre-se: Os
pregadores não são chamados por Deus para agradar pessoas. O pregador não deve
estar seguro se prega quando diz coisas boas para quem “o contratou”. O pregador precisa
anunciar o que aquele que chamou e enviou lhe anuncia a revelação de Deus.
Em
pleno século XXI, ainda há, assim como houve em Israel, milhares de pessoas que
pensam estar servindo a Deus, mas, continuam vivendo suas vidas tortas,
corruptas e idolatras. E para esses, é necessário, que os profetas continuem proclamando a
Palavra de Deus de maneira clara conforme a própria Palavra de Deus.
A
visão do prumo mostra que Deus avalia seu povo. Tolerância zero.
Essa
mensagem se tornou pública, mas não aceita. Mesmo que Deus advertisse o povo,
infelizmente não quiseram ouvir.
Por mais que a
mensagem do profeta Amós seja áspera, a mesma traz consigo um convite amoroso
de arrependimento.
Ainda
vivemos sob a graça de Deus. A graça de Deus nos é dada através dos meios da
graça que continuam presentes entre nós. Deus, continua nos edificando, “Porque ninguém
pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo”
(1Co 3.11) para que “...aquele que crer não foge” (Is 28.16).
Deus
nos guarde firmes na fé e na vida da fé em seu Filho Jesus para que quando o
prumo nos avaliar estejamos firmes e inabaláveis. Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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