05/04/2015
A
Ressurreição do Senhor
Domingo
de Páscoa
Sl 16; Is 25.6-9; 1Co 15.1-11; Mc 16.1-8
Tema:
Jesus ressuscitado é a nossa ressurreição!
Passado o sábado,
Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem
embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol,
foram ao túmulo. Diziam uma às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do
túmulo? E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande.
Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco,
e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos
atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou,
não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. Mas ide, dizei a seus
discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis,
como ele vos disse. E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam
possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém
(Mc 16.1-8).
Nesse
dia de festa, páscoa, iremos pregar sobre a ressurreição de nosso Senhor Jesus
Cristo, em honra e louvor ao misericordioso e eterno Deus. Falar sobre a
ressurreição é falar sobre o que há de mais sublime e elevado, pois, na
ressurreição se baseia, não só a nossa vida presente, mas também a nossa vida
futura e eterna. Além de pregar sobre a ressurreição é importante que cada qual
escute com seriedade e agradeça a Deus por esse fato extraordinário.
O
problema é que não podemos anunciar nem sequer ouvir tal mensagem de forma
suficiente, por não ser possível compreendê-la suficientemente.
É
necessário lembrar a todos que não pregarei nada de novo nesse dia, afinal,
pregarei sem parar a respeito daquele homem chamado Jesus Cristo, verdadeiro
Deus e homem, e morto por nosso pecado e ressuscitado por causa da nossa
justiça, “aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).
É
necessário que se pregue constantemente a respeito da ressurreição de Jesus,
pois nunca estaremos inteirados sobre o mesmo suficientemente, continuaremos
sendo bebê e criancinhas a esse respeito.
No
atual contexto eclesiástico poucos são os pregadores que pregam a respeito da
ressurreição como convêm, e pior ainda, são poucos os que aprendem e entendem
esse assunto. Na verdade, não se pode esvaziar uma história tão cheia de
detalhes como a que acabamos de ouvir através de João Marcos no evangelho desse
domingo de páscoa (Mc 16.1-8).
Jesus
não foi e não é qualquer profeta. Jesus não é um espírito que atingiu o ápice
da reencarnação. O que há de sublime e extraordinário nas palavras do evangelho
é a vitória do Senhor Jesus Cristo sobre o pecado, a morte, o diabo e o
inferno. Jesus Cristo dilacerou a morte em si mesmo. Nem o diabo, nem a morte
nada puderam fazer a Jesus. Ele ressuscitou!
Nossa
confissão, a confissão de cada cristão é: “Creio em Jesus
Cristo, filho único de Deus, concebido pelo Espírito Santo, nascido da virgem
Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, crucificado, morto e sepultado. Desceu ao
inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, ...”. As palavras
da Confissão mostram que Jesus é vencedor da morte, do inferno, do diabo e que
pela fé, nós também o somos.
Como
Luteranos, durante todo o ano ouvimos como o nosso Senhor Jesus Cristo, através
da sua vitória alcançada em si mesmo, derrotou e venceu pecado, morte e diabo:
ao diabo trucidou em seu próprio corpo; afogou a morte em seu próprio sangue;
apagou-o em seu sofrimento e em sua paixão. Efetuou isso tudo por si só e em si
só, mas não o guardou para si só e para si mesmo. Pois, sendo Deus verdadeiro e
eterno e Senhor de todas as coisas, não tinha necessidade de tal vitória, para
si mesmo, e muito menos necessidade de tornar-se homem, ou de sofrer sob Pôncio
Pilatos. O fato de Jesus Cristo ter realizado tais coisas, isto é para mim, para
você e para todos.
Nós
não apenas cremos somente que Cristo, em pessoa, morreu e ressuscitou dos
mortos. Igualmente cremos que precisamos nos apoderar deste sofrimento e da
ressurreição, como sendo tesouro dado e doado a nós, e encontrar no mesmo consolo.
A mensagem da ressurreição de Jesus Cristo pretende nos consolar e tranquilizar.
A mensagem da ressurreição de Jesus Cristo é maior do que o céu e a terra, e na
qual o pecado e a morte de todo o mundo foram devorados. Essa ressurreição eu
deverei possuir para vencer a minha morte. A minha santidade não o deverá
fazer; de fato, ela é incapaz de efetuá-lo, assim como é incapaz de me livrar
de qualquer peso do pecado e mesmo da morte. Foi Jesus que em si e por si
obteve eterna e gloriosa vitória contra pecado, morte e diabo, e essa vitória é
minha, uma vez que eu creia em Jesus.
Quem
não quiser crer, que o deixe, mas, continuarei a pregar o que vocês precisam e
necessitam ouvir. A ressurreição de Jesus é a nossa vida (Cl 3.4).
Quando
o diabo ataca uma pessoa, faz com que céu e terra a apertem. Tal coisa ele faz
através do pecado. Da mesma forma vai agindo através da morte. A esta ele
consegue exagerar de forma tão horrível, hedionda e abominável que as pessoas
se esquecem totalmente de Deus e de sua palavra, principalmente a certeza de
que “a morte
já não tem mais poder para ferir”. O diabo é artista de mil
artimanhas, é mestre do pecado e da morte.
E
proveitoso e é necessário que as pessoas se animem contra tal inimigo, que se
preparem para o enfrentar, com a reta compreensão do poder e do fruto da
ressurreição de Cristo. Pois ele não veio ao mundo por amor de si mesmo, não se
fez pregar na cruz em seu próprio benefício. Não teve necessidade de fazer tal
coisa em seu próprio proveito, mas carregou o nosso pecado, devorou a nossa
morte através da sua morte, e o inferno que nos era destino, ele o destruiu,
como anunciou por boca do profeta Oséias: "Eu os remirei do poder do inferno e os
resgatarei da morte, Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno,
a tua destruição?" (Os 13.14).
Diga
sempre, repita todos os dias: “sei que meu pecado é grande, por mais que a
morte me assuste, pareça horrível e amarga, no entanto, na paixão e morte de
Jesus, bem como a sua ressurreição está a minha garantia de que sou e estou
salvo e que nem mesmo a morte, por mais dolorosa que seja, me tirará de suas
mãos”.
Jesus
Cristo presenteia sua ressurreição, sua vitória e seu triunfo a todos os que
creem. “Graças
a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”
(1Co 15.57).
Você se alegra
por essa vitória? Ou, apenas deseja vitória financeira?
A
vitória de Jesus Cristo, sua ressurreição, um tesouro inestimável, mas que não
é valorizado por não poder ser tateado e manuseado nessa vida.
“Entrando no
túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram
surpreendidas e atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais
a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui;...”.
Que a certeza da ressurreição seja nosso consolo e motivação para enfrentarmos
a vida nesse mundo. Amém!
M.S.T. Rev. Edson
Ronaldo Tressmann
Bibliografia
Dez sermões sobre o
Credo. Tradução: Lindolfo
Weingartner. Editora: Sinodal, 1987.
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