29/03/15
Domingo de Ramos
Sl 118.19-29; Zc 9.9-12; Fp 2.5-11;
Mc 14.1-15.47
Tema: Estão abertas as portas
da justiça!
“Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao
Senhor” (Sl 118.19)
O que há por
trás das portas da justiça? O que é “porta da justiça”?
Nas portas eram resolvidos as
principais questões. Só adentrava a porta quem já estava com sua situação
resolvida ou por ser atendida.
“Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao
Senhor” (Sl 118.19). Deus abriu as portas da justiça em seu Filho
Jesus. Jesus disse: “Eu sou a porta. Se alguém entrar
por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (Jo 10.9).
Quem
poderá estar junto aos santos cantando de maneira alegre esse hino de
agradecimento a Deus?
De
acordo com a tradição hebraica, “portas” significa prefeituras, escolas,
sinagogas, tribunais e todas as instituições públicas onde se trata de assuntos
comunitários e públicos (Pv 31.23). Assim, “Portas da justiça” pode
ser tido como uma referência as paróquias onde se desenvolve publicamente os
ofícios da cristandade: pregação, ensino, batismo, administração do sacramento,
disciplina, consolo.
Ao
pedir para que as “Portas da justiça” lhe
sejam abertas o salmista se refere aquilo que é tratado amplamente no novo
testamento, ou seja, dá-me perdão
dos pecados, graça e fé.
Pastores
são chamados para abrir as “portas da justiça”, ou
seja, exercer em lugar da comunidade cristã, o ofício das chaves, oferecendo as
pessoas perdão dos pecados.
É
importante manter a igreja em atividade. No entanto, não como uma atividade
humana, mas sim divina. A igreja é o lugar onde se proclama a Palavra de
maneira correta, se administra os Sacramentos conforme a ordem divina. Afinal,
pelos meios da Graça – Palavra e Sacramentos, é que se é dado o perdão dos
pecados.
“Esta é a porta do Senhor; por ela entrarão os justos” (Sl
118.20)
Com
essas palavras o salmista fala sobre culto. A verdadeira porta, o verdadeiro
templo, o verdadeiro culto é realizado quando se louva a Deus pela salvação
recebida: “Render-te-ei graças porque me acudiste e foste a minha
salvação” (Sl 118.21). Infelizmente, muitas “portas da justiça”
foram transformadas em portas da justiça pessoal. Há muitos que mesmo se
confessando cristão, vivendo numa prática cristã, não reconhecem Jesus como seu
salvador, assim, não se sentem acudidos e nem confessam Jesus como seu salvador.
Mesmo
que muitos adentrem na igreja, ninguém pertence a verdadeira comunidade dos
santos sem que seja verdadeiramente crente, cristão. Quem
não é crente, cristão não pertence a igreja cristã. Todo
crente, todo cristão é aquele que crê em Jesus como sendo seu único e
suficiente salvador. O cristão só se
gloria de uma coisa – é santo e justo em Cristo (Dn 7.18,21,25,27). Infelizmente muitos que se
dizem cristãos estão vendendo suas obras como obras santas.
Quem crê é justo e santo e entra pela porta.
Os judeus se gloriam de serem descendência de Abraão, de terem a lei, isso
parecia lhes dar uma proximidade maior com Deus. No entanto, disse o salmista e
é repetido no Novo testamento: “A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular;” (Sl
118.22). Jesus foi humilhado mais do que todos os santos para que cada um de
nós sejamos exaltados.
O
salmo 118 era bastante conhecido entre o povo de Israel. As palavras do
versículo 25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor,
concede-nos prosperidade!” foram cantadas por ocasião da entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém. No domingo de Ramos ouvimos esse cântico.
O
povo clama: “Socorro,
por favor, socorro”. Essas palavras são expressas por corações
insistente, por pessoas que tentam convencer a Deus através da sua exclamação.
E certos de que a salvação estava chegando o povo exclamava: “Bendito o que vem em nome do Senhor...” (Sl 118.26).
As
pessoas cantavam aleluia pela salvação que estava chegando. Cantar aleluia no
final da quaresma, início da semana santa é ressaltar que a salvação enviada
por Deus em seu Filho Jesus.
Somente
os crentes cantam: “bendito aquele que vem em nome do
Senhor”. Esse hino nunca estará na boca de um ateu. São palavras da
boca de um cristão. Nós somos abençoados por estarmos na casa de Deus, por
termos adentrado nas “portas da justiça” e
mais uma vez receber a certeza da salvação no perdão oferecido e dado por
Jesus. E justamente por isso junto ao salmista e todo o povo de Deus podemos
confessar: “Tu és o meu Deus, render-te-ei graças; tu és o meu
Deus, quero exaltar-te” (Sl 118.28). Amém!
Rev.
M.S.T. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com
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