JULHO 2014
Tema
anual: IELB - 110 anos alimentada na fonte de água viva.
4º Domingo após Pentecostes
06/07/2014
Sl 145. 1 – 14; Zc 9. 9 –
12; Rm 7. 14 – 25ª; Mt 11. 25 - 30
A
selfie humana publicada no facebook divino
Fazer
uma selfie é a moda do momento. A selfie é uma palavra inglesa que
significa “autorretrato”. Esse “autorretrato” é tirado e compartilhado
na internet. Em 2013, os responsáveis pelos dicionários da Oxford, escolheram selfie como a palavra do ano.
As
selfies fazem o maior sucesso em
sites de humor, por causa da careta feita pela pessoa no ato da foto, ou por
algo hilariante que aparece em segundo plano. Uma selfie pode gerar polêmica. Como foi no caso da selfie feita no funeral de Nelson
Mandela, onde aparecem Obama, David Cameron e Helle Thorning Schimdt.
Ilustração: Fazer uma selfie. Eu aqui do púlpito, e vocês num
segundo plano. Pronto! Depois publico no facebook.
Para
uma foto, a pessoa se prepara, se arruma, mas a selfie é um ato repentino. Deu a oportunidade, se faz um selfie.
Nossa
selfie que acabei de fazer mostra
alguns detalhes interessantes. Detalhes que podemos corrigir. Um sorriso, o
cabelo, a maquiagem, etc.
Mas, se fizermos uma selfie diante da Palavra de Deus?
Diante
do selfie divino o apóstolo Paulo
exclamou: “Desventurado homem
que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).
O
selfie divino conforme publicado na
caixa de entrada que é a Palavra de Deus nos apresenta num segundo plano. Somos
nós diante da lei de Deus que está em primeiro plano. Diante da lei de Deus
sabemos que pós nós mesmos não podemos escapar da condenação e da perdição
eterna.
A
selfie divina do novo homem, do homem
batizado, do homem libertado (Rm 6) mostra um santo vacilante, que caminha, mas
tropeça.
Ao
dizer: “Porque nem mesmo
compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que
detesto” (Rm 7.15) o apostolo Paulo apresenta com
fidelidade as palavras de Jesus registradas pelo evangelista João (Jo 15.5), de
que sem Ele (Jesus) nada se pode fazer para agradar ao Pai. Por mais que se
faça e busque fazer, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
A
real situação de cada ser humano é que, por mais que me esforce, sempre acaba
agindo como se não fosse cristão.
Ao
dizer: “Porque nem mesmo
compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que
detesto... Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha
natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu
não consigo fazê-lo” (Rm 7.15,18), o apóstolo publica na
página do facebook divino a selfie de
um cristão. Um cristão desesperado ao olhar para si, mas confortado ao saber
que em Jesus é perdoado e amado.
O
cristão não vive iludido supondo que sua ação e prática cristã o fazem um
melhor cristão e merecedor de bênção e vida eterna. O cristão não vive uma vida
autônoma, como se pudesse satisfazer seus pecados através de sua piedade. O
cristão, ao ouvir “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o
que prefiro, e sim o que detesto... Pois eu sei que aquilo que é bom não vive
em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a
vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo” (Rm 7.15,18) se reconhece como alguém miserável e que jamais pode
confiar em sua própria justiça.
Diante
do selfie divino somos conduzidos à
pergunta do apóstolo Paulo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Pela fé em Jesus sou feito novo homem, reconheço que não é a
minha prática cristã diária que restaura meu selfie diante de Deus. Em Jesus, o único que cumpriu a lei, e a
cumpriu em meu lugar, somente nEle está a certeza do perdão e da vida eterna.
Por isso, “Que Deus seja
louvado, pois ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (Rm 7.25ª).
Uma
selfie antes de ser publicada na
internet pode ser melhorada. Muitas usam a selfie
para mostrarem seus sentimentos do momento: tristeza, alegria, paixão, etc.
O
selfie divino me mostra que sou um
ser dividido. Como cristão, como novo homem pelo poder do Espírito Santo,
desejo e busco fazer o bem, mas, frequentemente por causa da minha natureza
pecaminosa acabo fazendo o mau.
Deus
em sua graça e misericórdia me chamou e chama pelo evangelho, me comprou, já
que minha selfie estava borrada pelo
pecado, com seu precioso sangue e sua inocente paixão e morte para que eu lhe
pertença e viva submisso a ele em seu reino e o sirva em eterna justiça e bem
aventurança. No entanto, infelizmente por causa da minha natureza pecaminosa acabo
falhando em meu servir. A imagem do meu selfie
precisa constantemente ser editada. Deus em Jesus, com seu perdão edita meu selfie melhorando a minha imagem com seu
divino “photoshop”.
Lembre-se! A selfie humana publicada no facebook divino é a do verdadeiro
cristão, ou seja, daquele que vive no perdão oferecido e dado por Jesus.
UMA
RESPOSTA NECESSÁRIA
Essa mensagem não
promove pecado? Não!
Observando
a carta de Paulo aos Gálatas (Gl 2.17) e aos Romanos (Rm 6.1,15), naquela época
muitos diziam que a justificação por graça levava o homem a pecar mais. Pois o
mesmo sempre é perdoado. Diante dessa inquietante questão precisamos ler e
estudar o texto da segunda carta de Paulo aos Coríntios. Na mesma, vemos que o apóstolo
fala sobre ministério do pecado (2Co 3.7).
Um
ministro do pecado, é ministro da lei, é um legislador, um mestre ou executor
da lei, ou seja, aquele que ensina boas obras e o amor ao invés da salvação
pela graça e pela fé em Jesus. Essa doutrina da lei apenas aterroriza e
perturba a consciência, encerrando tudo sob o pecado. É impossível a natureza
humana cumprir a lei, mesmo os justificados que têm o Espírito Santo, (Rm 7.23).
A
lei de Deus, a qual Paulo se refere em Romanos 7, recebe o seu uso próprio e o seu
alvo ao tornar réus os homens tranquilos e seguros em suas ações (Lv 26.36). A
lei requer perfeita obediência e condena aqueles que não a praticam. E é
evidente que ninguém presta tal obediência à lei e nem pode prestar. Mas, Deus
requer que seja prestada obediência plena. Assim, a lei me acusa e mostra a
necessidade que tenho de alguém que cumpra a lei por mim. “E o verbo se fez carne e habitou
(tabernaculou) entre nós, cheio de graça e verdade, e vimos a sua glória,
glória como do unigênito do Pai...Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna” (Jo 1.14).
A
lei acusa nossa consciência e mostra nosso pecado. O conhecimento do pecado
aterroriza nossa consciência, leva ao desespero e mata, (Rm 7.11). E nessa
morte causada pela lei, encontro a vida, Jesus. Jesus cumpriu a lei em meu
lugar. Todo aquele que nele crê, não perecerá, mas terá a vida eterna.
Pr Edson Ronaldo
Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com
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