6º
Domingo após Pentecostes - 20/07/2014
Sl 119. 57
– 64; Is 44. 6 – 8; Rm 8. 18 – 27; Mt 13. 24 – 30, 36 –
43
Tema: Vivendo como trigo entre o joio
O
evangelista Mateus em seu evangelho, capítulo 13, registra três parábolas
pronunciadas por Jesus sobre semente. Parábola do semeador; Parábola do Joio;
Parábola do grão de mostarda (Mt 13. 1 – 43).
Conforme
a parábola do semeador a semente quando lançada cai em todo tipo de solo, beira
do caminho, solo rochoso, entre os espinhos e na boa terra. Não adianta
planejar e querer semear apenas em terra boa. Por onde quer que a igreja atua,
a semente é semeada.
Para
nossa surpresa, Jesus diz que depois de semear a boa semente, o inimigo da
Igreja e dos filhos de Deus, semeia semente ruim para que o trigo seja
estragado e danificado.
Não somos
enviados para eliminar o joio, precisamos vigiar para que não sejamos
danificados e deixemos de ser trigo.
Sem
desejo de eliminar, combatemos o joio com a boa semente de Deus, ou seja,
através do perdão, do amor, do testemunho. Afinal, na parábola do joio, Jesus
disse que a boa semente são os filhos de Deus espalhados no vasto campo do
mundo.
Jesus
havia explicado a parábola do semeador, mas os discípulos ficaram intrigados
com a parábola do joio e pediram que Jesus lhes esclarecesse o sentido da mesma.
Você compreende a
parábola do joio?
— O Reino do Céu é como um homem que semeou
sementes boas nas suas terras. Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio
um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi
embora. Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu.
Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: “Patrão, o senhor
semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?” — “Foi
algum inimigo que fez isso!”, respondeu ele. — E eles perguntaram: “O senhor
quer que a gente arranque o joio?” — “Não”, respondeu ele, “porque, quando
vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo. Deixem o trigo e o
joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores
que vão fazer a colheita: ‘Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para
ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito” (Mt 13.
24 – 30)
Aprendemos
da parábola do joio que entre a boa planta, germinada
e crescida da boa semente, o inimigo da Igreja semeou semente ruim. A
semente ruim produz joio e prejudica o crescimento e desenvolvimento do trigo.
De
acordo com a parábola do semeador aprendemos que Jesus através da atuação dos
seus discípulos, a boa terra, continua semeando a boa semente entre os mais
variados tipos de solos. E entre a terra boa, o inimigo semeia
semente ruim.
A
boa semente de Deus nesse mundo é a “palavra” e também os “filhos do reino”. Essa boa semente é única, inigualável e excelente. É única em sua
procedência, conteúdo e poder. Ela vem do reino, prega o reino, está a serviço
do reino e conduz ao reino. Todos os que nascem dessa semente, Palavra, são transformados em boa semente “filhos do reino” e estão espalhados para que o reino
cresça.
O
apóstolo Pedro anunciou ao povo de Deus espalhado pelo império romano, “Pois vocês, pela viva
e eterna palavra de Deus, nasceram de novo como filhos de um Pai que é imortal
e não de pais mortais” (1Pe 1. 23). Jesus espalhou e espalha seus servos no campo (mundo) para que a semente
continue sendo semeada, “Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para
serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros
para pastores e mestres da Igreja” (Ef 4.11).
Assim
como na parábola do semeador o problema não é a boa semente. O problema é o
inimigo do bom agricultor. Quem
é o inimigo do bom agricultor Jesus?
Na
Idade Média falava-se demais do diabo, e muitos foram mortos sob a acusação de
pactuarem com ele. Se houve extremos no passado a ponto de levar pessoas à
morte, vivemos em nossos dias o extremo da ridicularização. Muitos tratam o
diabo apenas como uma personificação do mal.
O
diabo é ativo, está sempre pronto para atacar. Quando o dono do campo termina
sua semeadura, o inimigo vai atrás e lança sua semente ruim.
Precisamos
cuidar com os momentos oportunos do diabo (Lc 4.13). Ele aproveita as
oportunidades da melhor maneira. Na parábola do joio a oportunidade que o
inimigo teve foi a noite, e ele aproveitou para semear semente ruim em meio a
boa semente.
Estejamos
vigilantes! Nosso inimigo está ativo. Está ativo no indiferentismo doutrinário,
no secularismo, na mornidão e na apatia cristã.
É
muito fácil semear joio, afinal, a terra está preparada para o plantio do
trigo. O inimigo aproveita a boa terra e a terra preparada para semear semente
ruim. O inimigo quer estragar o plantio de trigo.
O
joio só pode ser diferenciado do trigo depois de grande. Ai é que está o
perigo. Muitas vezes estamos entre o joio, mas não sabemos, pois ainda é
pequeno. O indiferentismo doutrinário começa por pequenas porções. Permite-se
um hino equivocado aqui, um ensino contrário acolá, e assim, não importa mais
as verdades bíblicas. O joio engana muita gente enquanto é pequeno. Somos enviados a viver como filhos da
luz (trigo) em meio aos filhos das trevas (joio). Falamos a mesma língua, frequentamos os mesmos lugares. Trabalhamos juntos. Aconselhamos uns aos outros
nas tribulações. Somos colaboradores seja no trabalho e no lazer. Mas, é
preciso lembrar que há um enorme contraste. Os filhos de Deus pertencem a Deus
e os filhos do maligno pertencem ao maligno.
Mesmo que muitos desses filhos do maligno sejam pessoas respeitosas, de
alta posição social, influentes, o que vale, e isso, com a graça de Deus nós
temos, é o verdadeiro relacionamento com Deus.
Assim
como os servos apresentados por Jesus na parábola, também nos assustamos com o
joio que cresce nesse mundo. O joio é motivo real de tristeza, o joio mostra o
real estrago do inimigo sob a igreja e os cristãos.
Semeamos
a boa semente todos os dias, seja nos cultos, nos estudos bíblicos, nos departamentos,
através do rádio, da internet, mas, infelizmente de maneira absurda o joio cresce
e se desenvolve. Não nos conformamos com o joio, nosso desejo é eliminá-lo.
Mesmo
que estejamos entre o joio e ver seu constante crescimento, devemos viver entre
o joio ou se afastar do joio?
A
resposta a essa questão está na oração feita por Jesus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os
guardes do Maligno. Assim como eu não sou do mundo, eles também não são. Que
eles sejam teus por meio da verdade; a tua mensagem é a verdade. Assim como tu
me enviaste ao mundo, eu também os enviei” (Jo 17. 15 – 18).
Muitos
estranham o fato de Jesus não querer que se arranque o joio. No entanto, o
desejo de Deus para que não se arranque o joio é justamente para que o trigo
não seja danificado. A preocupação de Jesus é com o trigo.
O
joio pode facilmente ser encontrado onde há incredulidade com seus mais
variados frutos, mas, infelizmente é preciso lembrar que exteriormente muitos
parecem ser filhos do reino e não são. Assim sendo, corremos o risco de
arrancar trigo em lugar de joio, e deixar joio em lugar de trigo.
Deus
concede ao pecador um prazo determinado para arrepender-se dos seus maus
caminhos e busque o salvador Jesus. Não podemos encurtar esse prazo por nossa
vontade. É vontade de Deus que cada pecador se arrependa e conheça a verdade
sobre Jesus e seja salvo.
Como
sementes de Deus semeadas no campo, testemunhemos o amor e a misericórdia do
amor de Deus em Jesus através do amor para com o próximo, uma vida de perdão e de
oferta e serviço ao reino de Deus. Amém!
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Edson Ronaldo Tressmann
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