terça-feira, 14 de maio de 2013

Motivo pelo qual nossos planos muitas vezes não se realizam.


19/05/13 – Domingo de Pentecostes

Sl 143; Gn 11. 1 - 9; At 2. 1 - 21; Jo 14. 23 - 31

Tema: Motivo pelo qual nossos planos muitas vezes não se realizam.
 

 ...e dali o Senhor os dispersou por toda a superfície da terra

          O relato bíblico de Gênesis 11 é um relato onde vemos dois projetos opostos, dois resultados distintos. Diante dos mesmos podemos nos responder o motivo pelo qual nossos planos muitas vezes não se realizam.

         Vejamos:

         De um lado o ser humano e seus planos. Do outro, Deus e o seu plano.

         Iniciemos pelo projeto humano.

         Meta: Construir uma torre muito alta.

         Objetivo: Unificar todos ao redor dessa torre, para que unidos possam fazer mais e melhor. “...para que não sejamos espalhados por toda a terra” (11.4c)

         Podemos enumerar que esse projeto recebeu o nome de Torre da União. Realizado numa planície conhecida por Sinar. Sua grandiosidade se devia a meta que em si era um grande empreendimento e também o seu objetivo. Envolveu toda a humanidade.

         Precisamos reconhecer que seus idealizadores eram pessoas visionárias. Afinal, construir uma torre que chegasse até o céu para tornar celebres seus nomes era algo até aquele momento inimaginável.

         Se eu perguntasse a vocês, quem iniciou esse projeto na planície de Sinar, ou seja, o projeto Torre da União. O que vocês responderiam?

         Leiamos Gn 10. 8 – 10

Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. O principio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.

         E no texto de Gn 11 vemos que o Projeto Torre da União acontece na planície de Sinar, onde Ninrode era rei. Assim podemos concluir que tudo se iniciou com ele.
         Ninrode – significa rebelde. Na verdade, o projeto Torre da União era um projeto político contra Deus. Mas, as pessoas que sempre se deixam influenciar, acabaram se entusiasmando com o projeto da Torre. Mas, diante de um rebelde, temos Babel, que significa confusão.
         O relato bíblico de Gênesis 11 é um relato onde vemos dois projetos opostos, dois resultados distintos. Diante dos mesmos podemos nos responder o motivo pelo qual nossos planos muitas vezes não se realizam.
         O projeto Torre da União estava errado por, pelo menos, dois motivos.

         Primeiro: Produto da ambição humana que teve como alvo o engrandecimento humano.

         Segundo: O projeto buscava o contrário daquilo que era da vontade de Deus.

         Deus havia dito: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra" (Gn 1.27; 9.1; 9.7; 9.19). E o propósito explícito, a meta a ser buscada era "...para que não sejamos espalhados por toda a terra" (Gn 11:4).

         Por isso, o Deus que parece ter sido cruel ao espalhar o povo e desfazer um projeto belíssimo, é o Deus que havia feito uma promessa. A promessa da Salvação. É o Deus que havia criado o homem para que se espalhasse pela terra.

         A união da qual a Bíblia fala não é uma união que gera isolacionismo ou mesmo individualismo. A Bíblia se opõe ao bairrismo tão escancarado em muitas de nossas congregações. A Bíblia fala da união que precisamos ter com todas as pessoas e raças. Onde estivermos espalhados por esse imenso Brasil que é a composição de vários Brasis, a nos comunicar e interagir.

         Acredito que a exemplo do primeiro século quando a evangelização foi facilitada pela dispersão da igreja de Jerusalém, ainda hoje, esse mesmo método seria o mais eficaz.

         O projeto Torre da União, ou melhor, Torre de Babel, é um exemplo para que a Igreja não se tranque em si mesma. Mas que continue, não apenas espalhando o evangelho, mas espalhando a si mesma. Não podemos ficar reclusos em nossos redutos, precisamos incentivar a disseminação, a procriação das Igrejas. Afinal o evangelho precisa ser COMUNICADO. E para que essa comunicação aconteça Deus assim como disse Jesus: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26)

         Para que ocorra a COMUNICAÇÃO, Deus nos envia o Espírito Santo. E o seu grande milagre, não é apenas falar em línguas estranhas outro qualquer outra coisa magnifica, mas sim, a exemplo do nascimento da Igreja Cristã, o maravilhoso milagre é a conversão das pessoas pelo anuncio do Evangelho. E esse milagre é o mais evidente em nossos dias pós-modernos, pois, mesmo que pareça que a Igreja está acabando, ele se revigora com seus novos convertidos.

         E pelo Espírito Santo, aquilo que Deus espalhou para realizar seu plano de povoação, agora ajunta pela fé, como anunciou Paulo aos cristãos da Ásia Menor: “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele.” (Ef 3. 8 – 12).

         O Espírito Santo através da proclamação do Evangelho através dos seus ministros fiéis continua ajuntando as pessoas afastadas pelo pecado. Ajunta para seu reino pessoas que estavam espalhadas no reino mundano.

         Continuemos a espalhar o Evangelho e nos espalhemos entre as pessoas para que muitos outros sejam ajuntados entre nós e a Jesus Cristo pela fé. Amém!

 

Pr Edson Ronaldo Tressmann

cristo_para_todos@hotmail.com

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