terça-feira, 28 de maio de 2013

IELB: 109 anos capacitada a escrever sua biografia esperando no Senhor.


02/06/13 – 2º Domingo após Pentecostes.

Sl 33. 12 - 22; Gn 15. 1 - 6; 1João 4. 16 - 21; Lc 16. 19 - 31

Tema: Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.

 
         Mesmo comemorando 109 anos, fazemos parte da Igreja desde o seu inicio, assim, somos uma Igreja milenar. E desde seu inicio, comunicamos a Vida para todas as pessoas, em todos os níveis sociais e culturais.

         Essa comunicação da Vida por algum tempo ficou obscurecida, sendo trazida de volta por ocasião da Reforma da Igreja em 1517. Essa verdade continua sendo distorcida por outros milhares, e se não for comunicada por quem a conhece, corre-se o risco de perdê-la novamente. Por isso, o versículo bíblico que anuncia “Deus é amor” soa de maneira estranha para muitos. O versículo que deveria soar de maneira agradável aos ouvidos, acaba causando tristeza e desconforto mesmo entre aqueles que se dizem cristãos.

         Deus nada mais é do que AMOR. Todas as suas ações fluem do seu amor.

         Infelizmente por não ocorrer à comunicação adequada desse Deus de amor, há pessoas que o veem com o coração triste e duro considerando-o um juiz irado. Para ilustrar bem essa questão, lembro que dias atrás alguém diante da doença do pai disse: “Nossa, o pai deve ter sido uma pessoa muito ruim, pois veja como está sofrendo.

         Assim como no século XVI Deus levantou um homem para trazer de volta a comunicação da vida, precisamos hoje, século XXI, continuar comunicando a vida. Afinal, muitos precisam compreender que Deus nos ama não por causa de nossas obras, mas sim, por causa do seu amor.

Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.

         Feliz quem está convicto e crê firmemente que Deus é amor.

         Deus é amor.

         Mesmo que seja uma frase pequena, com duas palavras apenas, tem um sentido profundo. A questão é que o “deus deste mundo deseja conservar a mente das pessoas na escuridão. E para isso procura impedir que a luz da boa notícia a respeito da glória de Cristo, que mostra como Deus realmente é não brilhe sobre nós” (uma adaptação de 2Co 4.4).
 
         E para que a Comunicação da Vida: Deus é Amor, não seja uma mensagem que chegue aos nossos ouvidos e transforme nossa vida, o Diabo atua por meio do mundo e da nossa carne, e impede que as pessoas coloquem Jesus Cristo diante dos olhos. Assim, no sofrimento e na dor, muitos enxergam Deus como um juiz irado e punitivo. 
         No sofrimento conseguimos ver o quanto Deus é amor. Pensemos no sofrimento de Cristo. Todo aquele sofrimento foi por amor a nós. E no nosso sofrer, esse mesmo Deus de amor está conosco. Como um cristão certa vez confessou: “Deus não me livra do sofrimento, mas no sofrimento.
 
         IELB: 109 anos capacitada a escrever sua biografia esperando no Senhor. E essa espera só foi e continuará sendo possível devido ao nosso Deus de amor. Afinal, “Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.
         Assim como o apóstolo João comunicou o amor de Deus em Jesus por nós, e esse amor alimentou e capacitou a escrever nossa biografia nesses 109 anos, desejamos continuar comunicando esse amor. Pois o conhecer e crer no amor de Deus nos motiva a comunicar que Deus é amor.

         Deus é amor.

         Palavras simples, mas que requerem uma fé muito grande. Uma fé que luta contra tudo o que não provém do Espírito de Deus. Afinal, nossa consciência, o diabo, o inferno, o julgamento de Deus, resiste para que não creiamos que Deus seja amor e sim um carrasco juiz.

         Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.” O amor de Deus nos capacita a termos confiança no dia do juízo, no qual as pessoas tremerão. Disse o profeta Isaias: “...Estou colocando em Sião uma pedra, uma pedra preciosa que eu escolhi, para ser a pedra principal do alicerce. Nela está escrito isto: ‘Quem tem fé não tem medo’” (Is 28.16). Conhecendo o amor, temos fé, e assim subsistiremos no juízo e não apenas no juízo, mas também em nosso século.

         ALERTA:
         Não entre na onda da pós-modernidade, pois a mesma não conhece uma sílaba sequer da frase: Deus é amor, e nem busca “Conhecer e crer no amor que Deus tem por nós.
         Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.” E nesse amor somos capacitados a não sentir medo. Mas pastor eu tenho medo? Pois bem, eu também tenho.
         A questão é que o apóstolo João está falando do medo que apavora a pessoa e que a torna incapaz de crer. Quanto mais fé, menos pavor. Quanto menos fé, mais pavor há. E nesse pavor o Deus de amor é o juiz irado que simplesmente castiga e condena.
         Segundo a Bíblia há tempo para tudo (Ec 3). E quando falamos sobre tempo para tudo, precisamos recordar que o cristão tem dois tempos: o tempo de guerra e o tempo de paz.
         No tempo de guerra somos afetados diferentemente do tempo de paz. O tempo de paz é quando não somos tentados na fé. Quando em paz nossa consciência não nos acusa e nada nos aflige. No entanto, quando surgem as tentações na fé, fica difícil se alegrar. O diabo ataca nossa confiança. E desse tempo de guerra o apostolo João fala em nosso texto. No tempo da tentação na fé, o tempo de guerra, o cristão verdadeiro se distingue do falso. E essa distinção é tida pelo amor e pela confiança. Muitos até temem a morte e o juízo, mas não persistem na fé.
         O apostolo João Comunica a Vida por saber que a fé e o amor são obstaculizados pelo diabo. Ele não deseja que eu veja o Deus de amor e que eu ame o meu próximo.
         A Igreja Comunica a Vida, por isso, “Conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.” Que assim seja, Amém!
 

Pr Edson Ronaldo Tressmann
 
Bibliografia:

Lutero, Martinho. Obras Selecionadas: interpretação do Novo Testamento – João 14 – 16 – 1João. Volume 11. Tradução de Hugo S. Westphal e Geraldo Korndörfer. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia; Canoas: ULBRA, 2010. pp. 522 - 526

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