segunda-feira, 2 de junho de 2025

Só há uma união boa.

 08 de junho de 2025

Dia de Pentecostes

Salmo 143; Gênesis 11.1-9; Atos 2.1-21; João 14.23-31

Texto: Gênesis 11.1-9

Tema: Só há uma união boa.


Do fim do dilúvio até o início da construção da torre de Babel se passaram 130 anos.

Gênesis capítulo 10 mostra o mapa genealógico, a tabela das nações, mostrando como os filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé, começaram a se espalhar e Gn 11 narra como isso aconteceu.

Observe um simples detalhe. Muitas são as vezes em que as bênçãos acabam se tornando obstáculos para fazermos a vontade de Deus. Gênesis 11 narra 3 bênçãos:

- Uma só língua;

- Unidade e harmonia;

- Vale fértil;

Após o dilúvio, Deus ordenou para que os descendentes de Noé (Sem, Cam e Jafé) se espalhassem por toda a terra e Deus prometeu que nunca mais destruiria a terra com dilúvio e para isso, onde quer que estivessem, ao avistarem o arco íris no céu, se lembrassem dessa promessa.

Por 130 anos, os filhos Sem, Cam e Jafé, tiveram muitos outros filhos. Ninrode, filho de Cam e neto de Noé, teve a iniciativa de construir uma cidade e nenhum problema quanto a isso. O problema se deu quando a construção de uma torre visava unificar o povo em torno dela e assim, ter na mesma seu refúgio se caso houvesse outra grande enchente. Estando próximas e unidas, a torre seria sua salvação.

Diante desse contexto, a reflexão que proponho para o culto de Pentecostes é: toda união é de fato, boa?

No culto passado, com base no Salmo 133, meditamos sobre a bênção que é a união; o desafio e o convite. Todavia, nos convém continuar a reflexão e questionar: toda união é realmente boa?

O apostolo Paulo na carta aos Coríntios escreveu uma citação do poeta grego Menandro, que na época era, digamos um influenciador e conhecido pelos gregos: “as más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15.33). Há uma frase moderna que diz assim: “se você se deitar com os cachorros, se levantará com pulgas”.

Ao citar essa frase de um poeta pagão, Paulo deseja destacar aos coríntios que eles estavam deixando de crer na ressurreição por causa da conversa dos judeus.

Numa era repleta de influenciadores é preciso ter cuidado por quem você se deixa influenciar!

Muitas conversas parecem ser boas, muitas uniões parecem ser agradáveis. Todavia, muitas conversas e uniões contaminam com argumentos que parecem ser legítimos e válidos, mas, distorcem a verdade e até corrompem os bons costumes.

A torre de Babel se iniciou com uma bela teoria, mas, essa tese era contrária a vontade de Deus.

Será que toda união é realmente boa?

Buscar viver em união, incentivar a união é louvável, no entanto é preciso analisar que nem toda união é boa.

Pense nos jovens que por causa de más influências caíram no caminho das drogas ou outros vícios. Quantos, por argumentos que aparentemente são bons, abandonaram a igreja. E a união nas seitas?

Uma união má deve ser rompida. Em Babel, a união foi desfeita pelo próprio Deus. Na verdade, a união não era má, a finalidade dessa união era má. A concórdia entre eles alimentava algo ruim, ir contra os planos de Deus. Há algum tipo de união que está alimentando algo ruim para você, ou sua vida?

O argumento para a construção da Torre era Boa. A ideia era excelente. Havia harmonia na edificação. Todavia, ia contra os planos de Deus.

Quando Deus quer realizar e fazer prevalecer seus planos, não há carruagem, muros, mar e torre que o impeça.

Será que a voz do povo é a voz de Deus? Algumas uniões e harmonias estão levando pessoas para longe dos planos de Deus. A voz da maioria nem sempre têm a razão.

O que dizer sobre a tese de que juntos, somos mais fortes? Tudo depende em torno do que está a unidade. Qual é a finalidade da união. A torre de babel foi uma unidade contrária ao conselho de Deus. E juntos eles estavam realizando seu plano. Eram fortes juntos, mas, a finalidade dessa força não contava com a força de Deus.

Deus tolera planos maus e ímpios, no entanto, dentro da sua medida e limite. Deus não é indiferente e desinteressado. “Então o Senhor desceu para ver a cidade e a torre ...” (Gn 11.5), ou seja, nada é desconhecido por Deus.

A causa do dilúvio foi a mesma causa da Torre: pecado. Vivemos diante dessa mesma realidade e por causa do pecado, algumas uniões são prejudiciais.

A expressão cujo cume toque os céus destaca a soberba humana. Acredita-se que havia medo de uma nova inundação, assim, as estruturas da cidade e a torre e uma sociedade integrada tinha como pano de fundo o medo de não serem destruídos.

Temos aqui um duplo pecado:

 - ir contra a vontade de Deus;

 - falta de confiança na promessa de Deus.

Babel é a insistência humana em querer se opor a vontade de Deus. E na festa de Pentecostes, recordamos a vontade de Deus em querer ir ao encontro do ser humano, mesmo esse estando afastado da presença de Deus.

No dia de Pentecostes se destaca a única e verdadeira união, a igreja cristã. Só há Igreja, a verdadeira união por causa do poder do Espírito Santo.

Nessa união, a Igreja, somos o corpo que completa Cristo (Ef 1.23). Pela Palavra e Sacramento, Deus concede Dons e Talentos para que o evangelho continue sendo espalhado, com intuito de que outros recebam o evangelho e assim sejam salvas. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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