segunda-feira, 23 de junho de 2025

A liberdade para a qual Cristo me libertou envolve responsabilidade e limite! (Gl 5.1)

 29 de junho de 2025

Terceiro Domingo após Pentecostes

Salmo 16; 1Reis 19.9-21; Gálatas 5.1,13-25; Lucas 9.51 – 62

Texto: Gl 5.1

Tema: A liberdade para a qual Cristo me libertou envolve responsabilidade e limite!

 

Theodore Dalrympe, médico psiquiatra e escritor britânico, escreveu num ensaio denominado “E a faca entrou” sobre a premissa de que há muito debate político sobre a liberdade, todavia, no fundo, talvez as pessoas não queiram a liberdade, pois liberdade exige responsabilidade. Para Theodore é um erro supor que todos os homens queiram ser livres.

Viver em liberdade acarreta numa vida de responsabilidade. Tenho liberdade para qualquer coisa, todavia, essa liberdade traz consigo consequências.

Dalrympe, médico psiquiatra em prisões e hospitais descreve que todos tem a liberdade de fazer diferente, no entanto, essa liberdade incorre em ter que assumir erros. Dessa forma, ao invés de reconhecer seus erros e fazer diferente, as pessoas preferem se enxergar e colocar como vítima das circunstâncias.

Vivemos na cultura da vitimização, onde tudo passa a ser justificável pela situação social do indivíduo. A vitimização produz um ciclo de dependência e apatia, levando a pessoa a deixar de acreditar na capacidade para mudar de vida.

Infelizmente, muitos apoiam e incentivam a ideia de que o individuo não é livre, mas um refém da sua circunstância.

A liberdade cristã destaca com ênfase de que cada qual é livre, todavia, cada qual é responsável por sua liberdade.

Falar sobre liberdade é destacar a responsabilidade individual. Viver em liberdade é ter capacidade para escolher com responsabilidade e viver as consequências dessa escolha.

Todos temos liberdade de escolha! Toda decisão acarreta alegria ou tristeza! As decisões levam ao riso ou ao choro e sofrimento!

Na epístola aos Gálatas, o tema sobre a verdadeira liberdade é central.

Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).

Com a verdadeira liberdade em Cristo, temos a chance de fazer as melhores escolhas.

Liberdade cristã não implica fazer da própria vida o que bem se quer, pois, liberdade traz consigo responsabilidade. O próprio Deus anuncia “...cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rm 12.14).

Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), o apostolo Paulo enfatiza a responsabilidade e limite.

Tenho ouvido pessoas declararem que estão vivendo como se não houvesse amanhã. É preciso ter cuidado com esse tipo de vida. Cuidado com a busca da felicidade a qualquer custo. Extrapolar o hoje é jogar fora o amanhã. Minha liberdade cristã está limitada por responsabilidades e limites.

Cristo nos libertou ...

O Novo Testamento não transmite a ideia de liberdade, no sentido, de fazer o que bem se entende. A liberdade de acordo com o Novo Testamento é um modo de vida de acordo com a vontade de Deus. A liberdade anunciada no Novo Testamento é o ser escravo de Cristo (1Pe 2,16; 1Co 9.9).

Minha liberdade cristã não interfere apenas em minha vida. Saber que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13) é viver levando em conta que meu viver tem em vista o outro. Assim, a minha liberdade tem como responsabilidade a pessoa do próximo. Minha liberdade tem como limite a pessoa do próximo. Não é viver como se eu fosse o único ser vivente da terra.

Ao escrever aos Gálatas: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo desejava chamar atenção dos judeus que queriam obrigar os gentios a se circuncidarem e viver sob a lei. O que os judeus ainda não haviam descoberto era que os gentios estavam libertos pelo evangelho de Cristo.

A frase “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13) era para levar os judeus para a reflexão, pois ignoravam o ponto mais importante da lei: o amar o próximo. A liberdade do evangelho me coloca sob a liberdade de viver em favor do próximo que Deus também quer libertar pelo evangelho.

A frase “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13) se contrapõe a ética dos nossos dias, baseada na filosofia hedonista (vale tudo pelo meu prazer), na filosofia naturalista (o mais forte predomina) e na filosofia relativista (viver como se não houvesse norma e nem lei).

Fui libertado no amor de Cristo e nesse amor vivo minha vida. Somos promotores da liberdade em amor, por isso, a vida tem como responsabilidade o próximo e o limite do viver é o próximo.

Lembre-se: Se faço tudo o que desejo, sem me preocupar comigo e com o outro, acabo perdendo a liberdade para a qual Cristo me libertou. Na fé em Cristo todas as minhas atitudes e decisões são exercícios de fé. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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