29 de junho de 2025
Terceiro
Domingo após Pentecostes
Salmo
16; 1Reis 19.9-21; Gálatas 5.1,13-25; Lucas 9.51 – 62
Texto: Gl
5.1
Tema: A
liberdade para a qual Cristo me libertou envolve responsabilidade e limite!
Theodore Dalrympe,
médico psiquiatra e escritor britânico, escreveu num ensaio denominado “E a faca entrou” sobre a premissa de que há
muito debate político sobre a liberdade, todavia, no fundo, talvez as pessoas
não queiram a liberdade, pois liberdade exige responsabilidade. Para Theodore é
um erro supor que todos os homens queiram ser livres.
Viver
em liberdade acarreta numa vida de responsabilidade. Tenho
liberdade para qualquer coisa, todavia, essa liberdade traz consigo
consequências.
Dalrympe, médico psiquiatra em prisões e hospitais
descreve que todos tem a liberdade de fazer diferente, no entanto, essa
liberdade incorre em ter que assumir erros. Dessa forma, ao invés de reconhecer
seus erros e fazer diferente, as pessoas preferem se enxergar e colocar como
vítima das circunstâncias.
Vivemos na cultura
da vitimização, onde tudo passa a ser justificável pela situação social do
indivíduo. A vitimização produz um ciclo de dependência e apatia, levando a
pessoa a deixar de acreditar na capacidade para mudar de vida.
Infelizmente,
muitos apoiam e incentivam a ideia de que o individuo não é livre, mas um refém
da sua circunstância.
A liberdade
cristã destaca com ênfase de que cada qual é livre, todavia, cada qual
é responsável por sua liberdade.
Falar sobre
liberdade é destacar a responsabilidade individual. Viver em liberdade é ter
capacidade para escolher com responsabilidade e viver as consequências dessa
escolha.
Todos temos
liberdade de escolha! Toda decisão acarreta alegria ou tristeza! As decisões
levam ao riso ou ao choro e sofrimento!
Na epístola aos
Gálatas, o tema sobre a verdadeira liberdade é central.
“Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13).
Com a verdadeira
liberdade em Cristo, temos a chance de fazer as melhores escolhas.
Liberdade cristã não
implica fazer da própria vida o que bem se quer, pois, liberdade traz consigo
responsabilidade. O próprio Deus anuncia “...cada
um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rm 12.14).
Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13), o apostolo Paulo enfatiza a responsabilidade e limite.
Tenho ouvido pessoas
declararem que estão vivendo como se não houvesse amanhã. É preciso ter cuidado
com esse tipo de vida. Cuidado com a busca da felicidade a qualquer custo. Extrapolar
o hoje é jogar fora o amanhã. Minha liberdade cristã está
limitada por responsabilidades e limites.
“Cristo nos libertou ...”
O Novo Testamento
não transmite a ideia de liberdade, no sentido, de fazer o que bem se entende.
A liberdade de acordo com o Novo Testamento é um modo de vida de acordo com a
vontade de Deus. A liberdade anunciada no Novo Testamento é o ser escravo de
Cristo (1Pe 2,16; 1Co 9.9).
Minha liberdade
cristã não interfere apenas em minha vida. Saber que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13) é viver levando em conta que meu viver tem em vista o outro. Assim, a
minha liberdade tem como responsabilidade a pessoa do próximo. Minha liberdade
tem como limite a pessoa do próximo. Não é viver como se eu fosse o único ser
vivente da terra.
Ao escrever aos
Gálatas: “Cristo nos libertou para que nós
sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo desejava chamar atenção
dos judeus que queriam obrigar os gentios a se circuncidarem e viver sob a lei.
O que os judeus ainda não haviam descoberto era que os gentios estavam libertos
pelo evangelho de Cristo.
A frase “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13) era para levar os judeus para a reflexão, pois ignoravam o ponto mais
importante da lei: o amar o próximo. A liberdade do evangelho me
coloca sob a liberdade de viver em favor do próximo que Deus também quer
libertar pelo evangelho.
A frase “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13) se contrapõe a ética dos nossos dias, baseada na filosofia
hedonista (vale tudo pelo meu prazer), na filosofia naturalista
(o mais forte predomina) e na filosofia relativista (viver como
se não houvesse norma e nem lei).
Fui libertado no
amor de Cristo e nesse amor vivo minha vida. Somos promotores da liberdade em
amor, por isso, a vida tem como responsabilidade o próximo e o limite do viver
é o próximo.
Lembre-se: Se faço tudo o que
desejo, sem me preocupar comigo e com o outro, acabo perdendo a liberdade para
a qual Cristo me libertou. Na fé em Cristo todas as minhas atitudes e decisões
são exercícios de fé. Amém
Edson Ronaldo Tressmann
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