05 de janeiro de 2025
A
Epifania do Senhor
Salmo
72.1-11; Isaías 60.1-6; Efésios 3.1-12; Mateus 2.1-12
Texto:
Mateus 2.1-12
Tema: Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? (Mt 2.2)
Se não fosse por
grandes cientistas astrônomos, iriamos acreditar em muito mais coisas sobrenaturais
do que hoje. Cientistas e astrônomos mostram o mundo como ele realmente é.
Numa era em que as
pessoas pensavam que o mundo era plano, o matemático, astrônomo e geógrafo
grego Eratóstenes (276 a.C. a 195 a. C) usou o sol, na verdade a sombra, para
concluir que ela é redonda.
O astrônomo persa
Abd al-Rahman al-Sufi (903 d. C – 986 d.C, Azophi para os ocidentais), fez a primeira
observação conhecida de um grupo de estrelas fora da Via Láctea, a galáxia de
Andrômeda. Sua obra o “Livro das Estrelas Fixas” permite à astronomia
moderna fazer comparações úteis na pesquisa das variações do brilho das
estrelas.
O astrônomo
Nicolau Copérnico (1473 – 1543, o Polonês) propôs um modelo do sistema solar em
que a terra girava ao redor do sol. Isso apesar de não ser aceito, na época,
mudou a visão do sistema solar. O pai da astronomia moderna revolucionou o
pensamento ocidental ao tirar o homem do centro do universo (antropocentrismo).
Foi considerado um herege pela igreja Católica.
O italiano Galileu
Galileu (1564-1642) responsável por melhorar o telescópio óptico, usou o mesmo
para observar e descobrir as quatro luas principais de júpiter (luas de
Galileu) e os anéis de Saturno. Copérnico levantou a teoria de terra girando em
torno do sol, e essa foi defendida por Galileu. Por essa razão terminou sua
vida sob prisão domiciliar.
Edmond Halley
(1656-1742), o cientista britânico que analisou o avistamento de cometas
históricos e propôs que o cometa que apareceu em 1456, 1531; 1607 e 1682 era o
mesmo, e que voltaria em 1758. Morreu antes disso, e não pode dizer: “eu estava certo”. O cometa foi nomeado em sua
honra.
Os astrólogos
buscam entender a mudança dos tempos mediante o movimento das estrelas e dos
astros. O texto bíblico narra que certa vez, “magos
do oriente” vieram em busca de uma importante informação.
Em suas
observações estrelares, viram uma estrela que pelas suas pesquisas indicava o
nascimento de um rei judeu.
Esses homens
estavam além do seu tempo. Pela observação das estrelas e mediante as
informações, possivelmente deixadas por muitos que tiveram contato com o povo
de Israel, ou até mesmo por muitos que passaram na Babilônia durante o exilio
de Israel, aqueles estudiosos descobriram nas estrelas o que já havia sido
previsto pelo profeta Miquéias (Mq 5.2).
A informação
daqueles homens indicava uma mudança de tempo. O novo tempo chegou: Jesus.
Onde
está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? (Mt
2.2)
Uma pergunta
simples, todavia o título “rei dos judeus”
fez Herodes, homem cruel que diante de algo que ameaçava seu lugar no trono, a
agir para impedir que esse novo rei ocupasse seu lugar.
A pergunta
preocupou a todos em Jerusalém, pois conheciam a fúria de Herodes quando ele
suspeitava que alguém rivalizava pelo trono a ponto de Mateus registrar “...o rei Herodes soube disso, ficou muito preocupado, e
todo o povo de Jerusalém também ficou” (Mt 2.3).
Herodes era
edomita, descendente de Esaú. O primeiro de vários Herodes. Depois de Salomão
foi o maior construtor.
A falsa
interpretação de que o seu trono estava ameaçado pelo “Rei dos Judeus” levou Herodes a infringir uma
matança de crianças na época. O homem que já havia matado esposas e filhos
determinou a morte de crianças inocentes em Belém. Foram cerca de 20 bebês,
mas, numa vila tal como Belém, isso foi uma tragédia, tal como seria em nossos
dias, mesmo numa cidade grande.
O título
messiânico “Rei dos Judeus” destacava
o cumprimento da profecia de Deus. Mas, título esse ignorado pelos judeus que
pediram para Pilatos não escrever isso sob a cabeça de Jesus na cruz (Jo
19.21).
A pergunta dos
visitantes no palácio deixou Herodes intrigado a ponto de questionar aos
estudiosos escribas sobre: “Então Herodes reuniu
os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei e perguntou onde devia nascer o Messias”
(Mt 2.4).
Os escribas ao
saberem da estrela por boca dos magos não esboçaram nenhuma alegria. Talvez
seja pela corrupção reinante na época. Corrupção essa manifesta pelo fato de
João Batista estar pregando no deserto.
A estrela indicou,
e os magos sob essa orientação chegaram convictos do nascimento do Rei dos Judeus. No palácio foram orientados pela
Palavra de Deus que fora proclamada pelos escribas (Mq 5.2) que se dirigissem
para Belém.
Me chama atenção o
fato dos escribas e outros religiosos não terem tido a curiosidade para ir
junto aos magos e confirmar o nascimento do Messias. Isso evidencia que não
estavam dando a mínima para o surgimento do tão esperado Messias. Aqui faço um
adendo para as palavras do próprio Jesus sobre a iminente chegada do Filho para
julgar os vivos e os mortos: “...antes do
dilúvio, o povo comia e bebia, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em
que Noé entrou na barca. Porém não sabiam o que estava acontecendo, até que
veio o dilúvio e levou todos. Assim também será a vinda do Filho do Homem”
(Mt 24.38).
O evento da visita
dos magos é prova de que a Palavra de Deus se cumpre fielmente. O profeta
Isaías anunciou: “Os povos de Midiã e de Efa
chegarão com enormes caravanas de camelos; virá também o povo de Sabá, trazendo
ouro e incenso. Todos eles anunciarão as grandes coisas que o Senhor fez”
(Is 60.6).
Outro fato é que o
anúncio de que Jesus nasceu na pequena Belém é indício do cumprimento de Deus
para Davi (Mt 1.1).
É importante
destacar que nos primeiros dez capítulos do evangelho de Mateus vemos a
revelação do Rei para a nação de Israel.
Os astrólogos eram
e são pessoas que buscam entender a mudança dos tempos. O nascimento de Jesus
mudou os tempos, inclusive a denominação antes e depois de Cristo.
Quando o povo de
Deus foi exilado, durante os 70 anos de cativeiro Babilônico, Daniel foi
nomeado presidente da casa dos magos. E parece lógico que houve registros do
nascimento do Messias, Rei dos judeus, a quem os magos estavam buscando,
conforme indicado pela estrela. Também há registro em Números 24.17 de que “uma estrela sairá de Jacó”.
Chama a atenção o
fato de os magos terem visto a estrela e estarem certos do nascimento do Rei dos Judeus enquanto os judeus que tinham
as Escrituras ignoraram esse fato.
Os magos buscaram
em Jerusalém, pois tinham expectativas que os judeus estivessem esperando com
ansiedade esse dia. Todavia, os magos foram até mesmo enganados por Herodes que
parecia ser sincero em querer adorar Jesus. Mas, sua real intenção era
localizar Jesus e por fim a sua existência.
Eles supunham que
o nascimento de Cristo seria bem conhecido entre os judeus. Por isso, chegaram
com a pergunta “Onde está aquele que é
nascido rei dos judeus?”
O mundo está morto
e frio para Cristo. Não deve nos surpreender quando homens parecem surpresos diante
do desejo dos magos: “... Vimos a sua estrela no
oriente e viemos adorá-lo”.
O encontro dos
sábios com Jesus é uma ênfase sobre o plano de Deus para dar seu único Filho
como Rei e Salvador não apenas para o povo judeu, mas também para todas as
nações. Jesus é o enviado de Deus para dar aos judeus e aos gentios a paz
verdadeira e duradoura. Amém!
Edson
Ronaldo Tressmann
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